Buscar

Fatos e Negócios Jurídicos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fatos e Negócios Jurídicos:
Depois de haver regulado o sujeito e o objeto do direito, passa a dispor sobre os fatos jurídicos, isto é, os acontecimentos em virtude dos quais nascem, subsistem e se extinguem as relações jurídicas.
Denomina-se fato jurídico acontecimentos que decorrem o nascimento, a subsistência e a perda dos direitos, contemplados em lei. Dentre esses fatos uns são naturais, alheia à vontade humana, ou para os quais essa vontade apenas decorre de modo indireto, tais como o nascimento, a maioridade, a interdição, o desabamento de um edifício, avulsão, coisas de força maior em relação ao direito.
Outros fatos são as de ações humanas. Umas produzem efeitos jurídicos em consonância com a vontade do agente, que as pratica justamente para obter os resultados desejados. São os negócios jurídicos. Outras ações humanas produzem também efeitos jurídicos, mas sem qualquer atenção a vontade do agente. Os efeitos produzidos acham-se previamente delineados na lei como consequência fatal da prática daquela ação.
Em sentido restrito, fato jurídico é acontecimento natural, independente da vontade interna, enquanto ato jurídico é acontecimento voluntário, fruto da inteligência e da vontade do interessado.
Negócio Jurídico:
A característica primordial do negócio jurídico é ser um ato de vontade. A vontade das partes atua no sentido de obter o fim pretendido, enquanto no ato jurídico lícito o efeito jurídico ocorre por determinação da lei, mesmo contra a vontade das partes.
A segunda característica do referido negócio é ser lícito, isto é, fundado em direito. 
São elementos essenciais, a estrutura do negócio, que lhe forma a substância e sem os quais o ato negocial não existe. Numa compra e venda, por exemplo, os elementos essenciais são a coisa, o preço e o consentimento. Os segundos são as consequências que decorrem do próprio negócio, sem necessidade de expressa menção. Os terceiros são estipulações que facultativamente se adicionam ao ato para modificar-lhe uma ou alguma de suas consequências naturais.
Quanto às pessoas, a validade do ato jurídico requer agente capaz, quer dizer, pessoa dotada de consciência e vontade reconhecida na lei como apta a exercer todos os atos da vida civil.
Exige ainda a lei, que o objeto seja possível, afastando tanto os negócios que objetivem prestações físicas impossíveis, como um loteamento no Sol. A sanção é nulidade do ato ( artigo 166 CC). Segundo estabelece, a impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estava subordinado. Não se pode esquecer que a impossibilidade a que se refere o legislador pode ser absoluta, comum a todas as pessoas, e relativa, alcançando apenas o agente.
O objeto dever ser determinado, ou ao menos determinável, no momento de sua concretização. Não se compreende, realmente, que numa compra e venda de apartamento não se conheça com precisão, com todos caracteres a unidade que se está sendo negociada. Ainda que inicialmente indeterminado, é possível sua oportuna determinação, de modo a tornar válido o negócio jurídico.
O terceiro elemento essencial é o consentimento. Negócio jurídico é negócio voluntário. Sem o concurso da vontade o ato não se configura. Ele pode ser expresso ou tácito. O primeiro é manifestado de modo explicito, categórico; no segundo a anuência é implícita. O silencio, em alguns casos, é um veiculo de manifestação da vontade.

Continue navegando