Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Gabarito da 3a V.E. de GMA00113 2011.2 — Turma B1 05 de dezembro de 2011 1. (3.0) Resolva a equac¸a˜o do calor abaixo: ∂tu = ∂ 2 xu, x ∈ (0, l); u(t, 0) = 0, ∂xu(t, l) = 0, t > 0; u(0, x) = 2sen ( 3pix 2l ) − 5sen ( 17pix 2l ) . Soluc¸a˜o Separando varia´veis, escrevemos u(t, x) = A(t)B(x) e substitu´ımos na EDP para encontrar: A′(t) A(t) = B′′(x) B(x) = γ. Das condic¸o˜es de fronteira temos: B(0) = 0 e B′(l) = 0. Temos enta˜o que resolver B′′ = γB, B(0) = B′(l) = 0. A soluc¸a˜o desta equac¸a˜o depende do sinal de γ. Prosseguindo por casos: Seja γ = λ2, λ > 0. Neste caso, a soluc¸a˜o e´ dada por B(x) = C1e λx + C2e −λx. Como B(0) = C1 + C2, temos que B(0) = 0 implica C2 = −C1, Calculando a derivada em x = l, temos B′(l) = λC1 ( eλl + e−λl ) , que so´ sera´ nulo se C1 ou λ forem zero. No primeiro caso, temos uma soluc¸a˜o trivial e o segundo caso contraria a hipo´tese de λ > 0. Tomando γ = 0, temos B(x) = C1x+ C2. Como B(0() = C2, temos C2 = 0, Como B ′(x) = C1, B′(l) = 0 implica C1 = 0. Portanto, temos apenas a soluc¸a˜o trivial. Finalmente, tomando γ = −λ2, obtemos B(x) = C1 cos(λx) + C2sen(λx). Como B(0) = C1, temos C1 = 0. Por outro lado, B′(x) = λC2 cos(λx) e B′(l) = λC2 cos(λl), i.e., λl = pi 2 +mpi,m = 0, 1, 2, 3, . . . , 1 o que nos da´ λm = (2m+ 1) pi 2l , γm = −(2m+ 1)2 pi 2 4l2 . Voltando para A(t), temos A′m(t) = γmA(t) = −(2m+ 1)2 pi2 4l2 A(t), cuja soluc¸a˜o e´ A(t) = const× e−(2m+1)2pi2t/(4l2). Temos enta˜o as soluc¸o˜es separadas um(t) = sen((2m+ 1) pix 2l e−(2m+1) 2pi2t/(4l2). Finalmente observe que u(0, x) = 2u1(0, x)− 3u8(0, x). Portanto, u(t, x) = 2u1(t, x)− 3u8(t, x). 2. (2.5) Resolva a equac¸a˜o da onda abaixo: ∂2t u− 4∂2xu = x x ∈ R; u(0, x) = −x 3 24 + x− 1, ∂tu(0, x) = x. Soluc¸a˜o Primeiro, observe que ψ(x) = −x 3 24 + C1x+ C2 e´ uma soluc¸a˜o particular da EDP na˜o-homogeˆnea. Enta˜o, se escrevermos u(t, x) = v(t, x) + ψ(x), obtemos ∂2t v − 4∂2xv = 0, v(0, x) = x− 1− C1x− C2, ∂tv(0, x) = x. Escolhendo C1 = 1 e C2 = −1, temos que v(0, x) = 0. Aplicando a fo´rmula de D’Alambert, obtemos v(t, x) = 1 8 ∫ x+2t x−2t sds = 1 16 ( (x+ 2t)2 − (x− 2t)2) = xt. Portanto, u(t, x) = xt− x 3 24 + x− 1. 3. (2.5) Resolva ∇2u = 0, em 0 ≤ x2 + y2 < R2, R > 0; u = 1− x− y, em x2 + y2 = R2. 2 Soluc¸a˜o Escrevendo o laplaciano em coordenadas polares, temos: ∂2ru+ 1 r ∂ru+ 1 r2 ∂2θu = 0. Separando varia´veis: u(r, θ) = A(r)B(θ) e substituindo, encontramos: r2A′′(r) + rA′(r) A(r) = −B ′′(θ) B(θ) = γ. Temos enta˜o que B′′ = −γB, com B perio´dica de per´ıodo 2pi. A soluc¸a˜o desse problema e´ γn = −n2 e Bn(x) = C1 cos(nθ) + C2sen(nθ), junto com B0(θ) = const.. Tratando da equac¸a˜o para A(r), temos enta˜o A′′ + 1 r A′ − n 2 r2 A(r), que e´ uma equac¸a˜o de Euler com soluc¸o˜es Bn(r) = C1r n + C2r −n, n 6= 0 e B0(r) = C1 + C2 log(r). Como a soluc¸a˜o tem que estar definida em r = 0, temos que C2 = 0 e , portanto, que un(r, θ) = a0 2 + ∞∑ n=1 [an cos(nθ) + bnsen(nθ)] . Em r = R, temos que u(R, θ) = 1− x− y = 1 = R cos(θ)−Rsen(θ), Logo, temos a0 = 2, a1 = −1, b1 = −1 e todos e an = bn = 0, quad n > 1. Assim u(r, θ) = 1− r cos(θ)− rsen(θ). 4. (2.0) Encontre uma trinca de equac¸o˜es diferenciais ordina´rias que separem a equac¸a˜o ∂2rψ + 1 r ∂rψ + 1 r2 ∂2θψ + ∂ 2 zψ = 0, com as condic¸o˜es de contorno apropriadas para cada uma delas. Na˜o e´ preciso resolver as equac¸o˜es. 3 Soluc¸a˜o Escrevendo ψ(r, θ, z) = A(r)B(θ)C(z) e substituindo, encontramos: A′′(r) + 1rA ′(r) A(r) + B′′(θ) r2B(θ) + C ′′(z) C(z) = 0 Assim, A′′(r) + 1rA ′(r) A(r) + B′′(θ) r2B(θ) = −C ′′(z) C(z) = γ1 Temos enta˜o a nossa primeira equac¸a˜o C ′′(z) = −γ1C(z) Continuando, temos A′′(r) + 1rA ′(r) A(r) + B′′(θ) r2B(θ) = γ1 Rearrumando, temos r2 A′′(r) + 1rA ′(r) A(r) − γ1r2 = −B ′′(θ) B(θ) = γ2. Encontramos enta˜o que B′′(θ) = −γ2B(θ) e r2A′′(r) + rA′(r)− (γ1r2 + γ2)A(r) = 0. 4
Compartilhar