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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CAMPUS UNIVERSITÁRIO DA REGIÃO DOS VINHEDOS CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS, DA NATUREZA E DE TECNOLOGIA EEqquuaaççõõeess DDiiffeerreenncciiaaiiss Notas de Aula Professora: Regine Marie Pascale Langon Lorenzi 1 1. Equações Diferenciais 1.1. Introdução Para compreender e investigar problemas envolvendo o movimento de fluidos, o fluxo de corrente elétrica em circuitos, a dissipação de calor em objetos sólidos, a propagação e detecção de ondas sísmicas, o aumento ou diminuição de populações, entre muitos outros, é necessário resolver equações envolvendo derivadas da função incógnita. Estas equações são equações diferenciais. Passaremos agora a estudar os conceitos básicos e a seguir os métodos de resolução das equações diferenciais. Exemplos a) 35 x dx dy b) tsenq dt dq 10 1 5 1 c) 10 z x z d) 023 2 2 y dx dy dx yd e) xy'y''y 423 f) 3y'xy g) t y xy x y h) 04 2 2 x y t y i) xey dx dy xd yd 45 3 2 2 1.2. Classificação A ordem de uma equação diferencial é a ordem da mais alta derivada que nela aparece e ela pode ser classificada como equação diferencial de primeira ordem, de segunda ordem, e assim por diante. Uma equação diferencial pode ser ordinária quando envolve funções de uma variável independente ou parcial quando envolve funções de duas ou mais variáveis independentes, isto é, derivadas parciais. Classifique as equações diferenciais dos exemplos acima, segundo a ordem e o tipo. 1.3. Solução de uma equação diferencial A solução de uma equação diferencial é uma função que satisfaz a equação sob determinadas condições. 2 Exemplo 1: Verifique que a função 3 3 1 xy é uma solução da equação 2x dx dy . 1 3 1 3 xy também é solução da equação 2x dx dy ? 3 3 1 3 xy também é solução da equação 2x dx dy ? De uma maneira geral Cxy 3 3 1 representa qualquer solução da equação 2x dx dy , por isso ela é chamada de solução geral dessa equação diferencial. A solução geral de uma dada equação diferencial representa uma família de curvas, pois para cada valor da constante temos uma função que pode ser representada geometricamente por uma curva. Muitas vezes o interesse está numa das curvas integrais, escolhida mediante uma condição inicial. Nesse caso a solução que satisfaz uma condição inicial é denominada solução particular ou solução de um problema de valor inicial. Exemplo 2: Considerando a equação diferencial 02 x dx dy e a condição inicial 32 y ; a) qual seria a solução geral? b) atribua seis valores diferentes para a constante na solução geral e, esboce o gráfico da família de soluções. c) qual seria a solução particular? d) no gráfico da letra b faça a curva da solução particular. Exemplo 3: a) Verifique que a função xCey é solução geral da equação diferencial 0y'y ; b) Ache uma solução particular que satisfaça 23 y . x y -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 3 Exemplo 4: Verifique que a função xexcosxseny 10 2 1 2 1 é solução da equação diferencial xseny'y . Exemplo 5: Para 22 x , verifique que a relação 0422 yx é uma solução implícita para a equação diferencial y x dx dy . Exercícios 1.3 1) Verifique se cada uma das funções dadas é uma solução da equação diferencial correspondente: a) xx xeey 2 02 y'y''y b) nxy 0 'y''xy em ,I 0 c) 4 1 48 )xx(y 3 442 xy xy dx dy d) tt eex 2 tex'x''x 44 e) tcostsenv 32 0 2 2 v dt vd f) Cxxy 2 yx dx dy x 2 2) Determine 1c e 2c de modo que xcoscxsency 22 21 verifique as condições 10 y , 24 y e escreva a solução particular. 3) Determine 1c e 2c de modo que senxececy xx 22 2 1 verifique as condições 00 y , 10 'y e escreva a solução particular. 4) Determine c de modo que tcex 2 satisfaça a condição 00 x e escreva a solução particular. 5) Determine c de modo que 21 xcy satisfaça a condição 12 y e escreva a solução particular. 6) Determine 1c e 2c de modo que 1221 xcxcy verifique as condições 11 y , 21 'y e escreva a solução particular. Respostas: 2) xcosxseny 222 3) senxeey xx 22 4) 0x 5) 21 3 1 xy 6) 2xy 4 2. Equações diferenciais de primeira ordem e aplicações 2.1. Equações de primeira ordem separáveis - Método da separação de variáveis As equações de primeira ordem separáveis são equações diferenciais cuja solução pode ser obtida mediante primitivação direta. Em outras palavras, são equações diferenciais cujas variáveis podem ser separadas, gerando uma equação diferencial do tipo dy)y(gdx)x(f , cuja solução é cdy)y(gdx)x(f onde c é uma constante arbitrária. Exemplo 1: 02 dyyxdx Exemplo 2: 32xy'y Exemplo 3: xcosy'y 3 Exemplo 4: y x dx dy ; 34 y Exercícios 2.1 Resolva as equações diferenciais dadas ou os problemas de valor inicial pelo método da separação de variáveis: 1) x y dx dy 2) 03 y dx dy 3) 04 xy dx dy 4) xsen dx dy 5 5) 03 dyedx x 6) 61 x dx dy x 7) y'xy 4 8) 2 3 x y dx dy 5 9) yxe dx dy 23 10) dxxyxdyyxy 22 24 11) dx)y(xydy 212 14 , 10 y 12) ycosy x 'y 24 , 1y Respostas 1) Cxy 2) x3Cey 3) 2x2Cey 4) Cx5cos 5 1 y 5) Ce 3 1 y x3 6) C|1x|ln5xy 7) 4Cxy 8) Cx2y 12 9) Ce2e3 x3y2 10) )x4(Cy2 22 11) 2x21y 22 12) 83x8ysen6y3 232 2.2. Equações lineares de primeira ordem Nem toda equação diferencial é separável. Por exemplo, é impossível separar as variáveis na equação 2 2 xxexy dx dy . Porém esta equação pode ser resolvida por um método diferente que consideraremos agora. Uma equação diferencial de primeira ordem é chamada de linear se ela pode ser escrita na forma: )x(qy)x(p dx dy (forma padrão) (1) Procuramos uma solução para (1) em um intervalo I no qual as funções p(x) e q(x) são contínuas. Se 0)x(q então a equação é dita homogênea e se reduz a uma equação diferencialde variáveis separáveis, cuja resolução já é conhecida. Exemplo 1: 02 y dx dy 6 Se 0)x(q usamos o método do fator integrante. O fator integrante para a equação (1) é dx)x(p e)x(I que depende apenas de x, sendo independente de y. Multiplicando (1) por )y,x(I em ambos os membros, obtemos: )x(q)x(Iy)x(I)x(p dx dy )x(I (2) Como y)x(I)x(p dx dy )x(Iy)x(I dx d , podemos reescrever (2) da seguinte forma: )x(q)x(Iy)x(I dx d Separando as variáveis, temos: dx)x(q)x(Iy)x(Id (3) Integrando ambos os lados de (3): dx)x(q)x(Iy)x(Id dx)x(q)x(Iy)x(I Obtemos a solução da equação diferencial (1): dx)x(q)x(I)x(I y 1 (4) Descrevemos o algoritmo que permite encontrar a solução de uma equação diferencial linear de primeira ordem com 0)x(q . Para resumir, (1) pode ser resolvida em três passos: Passo 1: Escrevemos a equação diferencial na forma padrão; Passo 2: Identificamos p(x), q(x) e determinamos o fator integrante dx)x(p e)x(I ; Passo 3: Usamos o algoritmo descrito acima ou, o resultado (4) do mesmo. Exemplo 2: 63 y'y Exemplo 3: xxy'y 2 Exemplo 4: 44 xy x 'y 7 Exemplo 5: xexy dx dy x 64 Exemplo 6: xxy dx dy 2 , 30 y Exercícios 2.2 Resolva as equações diferenciais dadas ou os problemas de valor inicial, pela separação de variáveis se 0)x(q e pelo método do fator integrante se 0)x(q : 1) 05 y'y 2) 02 xy dx dy 3) 4123 y dx dy 4) xey dx dy 3 5) 12 xy'yx 6) xseny'y 27 7) 1 y,senxy'y 8) 40 z,xxz dx dz 9) 10024 310 3 Q,Q tdt dQ 10) 3000720690 T,,T, dt dT Respostas 1) x5cey 2) 2xcey 3) x4ce 3 1 y 4) xx3 cee 4 1 y 5) x c xln x 1 y 6) x2sen 53 7 x2cos 53 2 cey x7 7) xexcossenx 2 1 y 8) 2x2e51z 9) t tt Q 310 1496406 2 10) 30e60T t069,0 8 2.3. Aplicações das Equações Diferenciais de primeira ordem 2.3.1. Crescimento e Decaimento Seja N(t) a quantidade de substância (ou população) sujeita a crescimento ou decaimento. Admitindo que dt dN , a taxa de variação da quantidade de substância em relação ao tempo, seja proporcional à quantidade de substância presente, então kN dt dN , onde k é a constante de proporcionalidade. Exemplo 1: Sabe-se que uma cultura de bactérias cresce a uma taxa proporcional à quantidade presente. Após uma hora, observam-se 1.000 bactérias na cultura; e após quatro horas, observam-se 3.000 bactérias. Determine: a) a expressão do número aproximado de bactérias presentes na cultura no instante t; b) o número aproximado de bactérias no início da cultura. Exemplo 2: Certo material radioativo decai a uma taxa proporcional à quantidade presente. Se existem inicialmente 50 miligramas de material e se, após duas horas, o material perdeu 10% de sua massa original, determine: a) a expressão da massa remanescente em um instante arbitrário t; b) a massa de material após quatro horas; c) o tempo após o qual o material perde metade de sua massa original (meia-vida). 2.3.2. Variação de Temperatura A lei de resfriamento de Newton, aplicável igualmente ao aquecimento, diz que a taxa de variação de temperatura T(t) é proporcional à diferença entre a temperatura do corpo e a temperatura constante Tm do meio ambiente, isto é, )TT(k dt dT m , onde k é uma constante de proporcionalidade. Exemplo 3: Uma barra de metal à temperatura de 100 o F é colocada em um meio à temperatura constante de 0 o F. Se após 20 minutos a temperatura da barra é de 50 o F, determine: a) o tempo necessário para a barra atingir uma temperatura de 25o F; b) a temperatura da barra após 10 minutos. 9 Exemplo 4: Um corpo com temperatura desconhecida é colocado em um meio que é mantido a temperatura constante de 30 o F. Se, após 10 minutos, a temperatura do corpo é de 0 o F e após 20 minutos é 15 o F, determine a temperatura inicial desconhecida. 2.3.3. Circuitos em Série Em um circuito em série contendo somente um resistor e um indutor, a segunda lei de Kirchhoff diz que a soma da queda de tensão no indutor (L(di/dt)) e da queda de tensão no resistor (iR) é igual à voltagem (E(t)) no circuito, isto é: )t(ERi dt di L . A queda de potencial em um capacitor com capacitância C é dada por q(t)/C, em que q é a carga no capacitor. Então, para o circuito em série R-C, a segunda lei de Kirchhoff nos dá )t(Eq C Ri 1 . Mas, a corrente i e a carga q estão relacionadas por i = dq/dt , logo, temos: )t(Eq Cdt dq R 1 . Exemplo 5: Uma bateria de 12 volts é conectada a um circuito em série no qual a indutância é de 1/2 henry e a resistência, 10 ohms. Determine a corrente i se a corrente inicial é zero. Exemplo 6: Uma força eletromotiva de 100 volts é aplicada a um circuito R-C em série no qual a resistência é de 200 ohms e a capacitância, 10 4 farad. Encontre a carga q(t) no capacitor se q(0) = 0. Encontre a corrente i(t). 2.3.4. Concentração de Misturas A mistura de duas soluções salinas de concentrações diferentes resulta em uma equação diferencial de primeira ordem para a quantidade de sal contida na mistura. Esse problema envolve um tanque que contém inicialmente uma solução de sal. Outra solução salina é bombeada para dentro do tanque a uma determinada taxa e a mistura, bem agitada, é drenada para fora a outra taxa. O problema consiste em determinar a quantidade de sal no tanque no instante t. Circuito em série L-R Circuito em série R-C 10 Seja Q(t) a quantidade de sal no instante t, a taxa com a qual Q(t) se modifica é uma taxa líquida dada por 21 RR saldesaída detaxa saldeentrada detaxa dt dQ A taxa de entrada de sal R1 é o produto da concentração de sal no fluxo “para dentro” e a taxa de entrada de salmoura. Da mesma forma, a taxa segundo a qual o sal deixa o tanque é o produto da concentração de sal no fluxo “para fora” e a taxa de saída de salmoura. Exemplo 7: Inicialmente, 10 gramas de sal são dissolvidos em um tanque contendo 350 litros de água. Água pura começa a entrar no tanque à razão de 20 litros por minuto, enquanto a mistura bem homogeneizada sai do tanque à mesma taxa. Determine: a) a quantidade de sal no tanque no instante t; b) a quantidade de sal após 20 minutos. Exemplo 8: Inicialmente, 50 gramas de sal são dissolvidos em um tanque contendo 300 litros de água. Uma solução salina é bombeada para dentro do tanque a uma taxa de 3 litros por minuto, e a solução bem misturada é então drenada na mesma taxa. Se a concentração da solução que entra é 2 gramas por litro, determine: a) a quantidade de sal no tanque em qualquer instante; b) a quantidade de sal após 50 minutos; c) a quantidade de sal depois de um longo tempo. Nos exemplos 7 e 8, supusemos que a taxa segundo a qual asolução era bombeada para dentro era igual à taxa segundo a qual era bombeada para fora. Porém, isso não precisa ser assim; a mistura poderia ser bombeada para fora a uma taxa maior ou menor do que aquela segundo a qual é bombeada para dentro. Exemplo 9: Um grande tanque contém 300 galões de salmoura obtida dissolvendo-se 50 libras de sal. Uma salmoura contendo 2 libras por galão é bombeada para dentro do tanque a uma taxa de 3 galões por minuto. A solução bem misturada é então bombeada para fora a uma taxa de 2 gal/min. Ache a quantidade de sal no tanque no instante t. 11 Exercícios 2.3 1) Em uma solução nutriente, as bactérias crescem a uma taxa proporcional à quantidade presente. Inicialmente, há 250 bactérias na solução, as quais aumentam para 800 bactérias após sete horas. Determine: a) uma expressão para o número aproximado de bactérias na cultura no instante t; b) o tempo necessário para que o número de bactérias atinja 1.600. 2) Sabe-se que a população de certa comunidade cresce a uma taxa proporcional ao número de pessoas presentes em qualquer instante. Se após dez anos a população triplicou e se após 20 anos a população é de 150.000 pessoas, determine o número de habitantes iniciais na comunidade. 3) O isótopo radioativo de chumbo, Pb-209, decresce a uma taxa proporcional à quantidade presente em qualquer tempo. Sua meia-vida é 3,3 horas. Se 1 grama de chumbo está presente inicialmente, quanto tempo levará para 90% de chumbo desaparecer? 4) Um termômetro é removido de uma sala, em que a temperatura é de 70o F, e colocado do lado de fora, em que a temperatura é de 10 o F. Após 0,5 minutos, o termômetro marcava 50 o F. Qual será a temperatura marcada no termômetro no instante t = 1 minuto? Quanto tempo levará para o termômetro marcar 15 o F? 5) Um corpo à temperatura de 50o F é colocado ao ar livre onde a temperatura é de 100o F. Se, após 5 minutos, a temperatura do corpo é de 60 o F, determine: a) o tempo necessário para que o corpo atinja a temperatura de 75o F; b) a temperatura do corpo após 20 minutos. 6) Uma força eletromotriz (fem) de 30 volts é aplicada a um circuito em série L-R no qual a indutância é de 0,5 henry e a resistência, 50 ohms. Encontre a corrente i(t) se i(0) = 0. Determine a corrente quando t . 7) Um circuito em série R-C sem fem aplicada tem uma resistência de 10 ohms, uma capacitância de 0,04 farad e uma carga inicial no capacitor de 10 coulombs. Determine: a) a expressão da carga no instante t; b) a corrente no circuito no instante t. 12 8) Um circuito RC tem uma fem dada (em volts) por tcos 2400 , uma resistência de 100 ohms e uma capacitância de 210 farad. Inicialmente, não há carga no capacitor. Determine a corrente no circuito no instante t. 9) Um circuito RL tem uma fem de 5 volts, uma resistência de 50 ohms, uma indutância de 1 henry e não tem corrente inicial. Determine a corrente no circuito no instante t. 10) Um tanque contém 380 litros de salmoura obtida dissolvendo-se 36 kg de sal na água. Água pura começa a entrar no tanque à razão de 15 litros por minuto e a mistura, homogeneizada, sai do tanque à mesma razão. Determine: a) a quantidade de sal no instante t; b) o tempo necessário para que a metade do sal saia do tanque. 11) Um tanque contém inicialmente 350 litros de salmoura com 1 kg de sal. Em t = 0, outra solução de salmoura com 1 kg de sal por litro começa a entrar no tanque à razão de 10 litros por minuto, enquanto a mistura bem homogeneizada sai do tanque à mesma taxa. Determine: a) a quantidade de sal no tanque no instante t; b) o instante em que a mistura no tanque contém 2 kg de sal. 12) Um grande tanque está parcialmente cheio com 100 galões de um fluido no qual foram dissolvidas 10 libras de sal. Uma salmoura contendo 2 1 libra de sal por galão é bombeada para dentro do tanque a uma taxa de 6 gal/min. A solução bem misturada é então bombeada para fora a uma taxa de 4 gal/min. Ache a quantidade de libras de sal no tanque após 30 minutos. Respostas 1) a) t166,0e250)t(N b) 11h10min57s 2) 16.667 hab 3) 11 h 4) 36,67o F e 3,06 min 5) a) t = 15,4 min b) 79,5o F 6) t100e 5 3 5 3 )t(i e 5 3 i quando t 7) a) t5,2e10)t(q b) t5,2e25)t(i 8) t2sen 5 8 t2cos 5 16 e 5 4 )t(i t 9) 10 1 e 10 1 )t(i t50 10) a) t039,0e36)t(Q b) 17 min 46 s 11) a) 350e349)t(Q 35t b) 0,1 min 12) 64,375 libras 13 3. Equações diferenciais lineares de segunda ordem e aplicações Uma equação diferencial da forma )x(gy)x(a dx dy )x(a dx yd )x(a 012 2 2 é chamada equação diferencial linear de segunda ordem. 3.1. Equações dif. lineares de segunda ordem com coeficientes constantes homogêneas Se axa 2 , bxa 1 , cxa 0 e 0xg , onde a, b e c são constantes reais, então a equação é chamada de equação diferencial linear de segunda ordem com coeficientes constantes e homogênea, que pode ser escrita de forma mais simples, como: 0 cy'by''ay (1) Se tentarmos uma solução da forma xey , então xe'y e xe''y 2 ; assim a equação (1) torna-se 02 xxx ceebea ou 02 cbae x Como xe nunca se anula para valores reais de x, então a única maneira de fazer essa função exponencial satisfazer a equação diferencial é escolher de tal forma que ele seja raiz da equação quadrática 02 cba (2) A equação (2) é chamada de equação característica da equação diferencial (1). As raízes desta equação são a acbb 2 42 1 e a acbb 2 42 2 . Conforme acb 42 seja positivo, nulo ou negativo teremos, respectivamente, duas raízes reais distintas, uma raiz dupla ou um par de números complexos conjugados. 1 o caso: Se 042 acb , temos duas raízes reais distintas 1 e 2 e, portanto, duas soluções x ey 11 e x ey 22 que são linearmente independentes e dessa forma a solução geral de (1) é: xx ececy 21 21 Exemplo 1: Encontre a solução geral para a equação diferencial 0352 y'y''y 14 2 o caso: Se 042 acb , temos então uma única raiz dupla 1 e, portanto, só uma solução x ey 11 . Podemos mostrar que x xey 12 também é solução da equação diferencial e x ey 11 e x xey 12 são linearmente independentes e dessa forma a solução geral de (1) é: xx xececy 11 21 Exemplo 2: Encontre a solução particular da equação diferencial 02510 y'y''y sujeita às condições iniciais 20 y e 10 'y . 3 o caso: Se 042 acb temos as raízes complexas bia 1 e bia 2 , onde a e b são reais e 1i (unidade imaginária). Como no caso 1 a solução geral de (1) é: xbiaxbia ececy 21 Na prática preferimos trabalhar com funções reais em vez de exponenciais complexas. Para este fim, usamos a fórmula de Euler isencosei e após manipulações algébricas podemos concluir que a solução geral de (1) é: bxsencbxcoscey ax 21 Exemplo 3: Encontre a solução particular da equação diferencial 0134 y'y''ysujeita às condições iniciais 10 y e 20 'y . Exercícios 3.1 Encontre a solução geral para a equação diferencial dada: 1) 04 'y''y 2) 036 y''y 3) 09 y''y 4) 06 y'y''y 5) 0168 2 2 y dx dy dx yd 6) 065 y'y''y 7) 0 4 1 2 2 y dt dy dt yd 8) 02510 y'y''y 9) 032 y'y''y 10) 025 2 2 y dt yd Resolva a equação diferencial dada sujeita às condições iniciais indicadas: 11) 2020016 'y,y,y''y 12) 3000056 'y,y,y'y''y 15 Resolva a equação diferencial dada sujeita às condições de contorno indicadas: 13) 011002510 y,y,y'y''y 14) 2 2 000 'y,'y,y''y Respostas 1) 4x 21 eccy 2) x6 2 x6 1 ececy 3) x3sencx3coscy 21 4) x2 2 x3 1 ececy 5) x4 2 x4 1 xececy 6) x3 2 x2 1 ececy 7) 2t 2 2t 1 tececy 8) x5 2 x5 1 xececy 9) x2senecx2cosecy x2 x 1 10) t5senct5coscy 21 11) x4senx4cos2y 2 1 12) x 4 3x5 4 3 eey 13) x5x5 xeey 14) xcos2y 3.2. Equações dif. lineares de segunda ordem com coeficientes constantes não-homogêneas Vamos considerar agora a equação linear de segunda ordem com coeficientes constantes e não- homogênea ou completa: )x(gcy'by''ay (3) Para obter a solução desta equação basta somar à solução geral da equação homogênea uma solução particular da equação completa. Como já estabelecemos como obter a solução geral da equação homogênea resta-nos o problema de determinar uma solução particular da equação completa. Um método para determinar uma solução particular da equação (3) é o método dos coeficientes a determinar. O método dos coeficientes a determinar só se aplica se g(x) é uma função polinomial, uma função exponencial axe , xsen , xcos , ou somas e produtos dessas funções. 3.2.1. Família de uma função f(x) Família de uma função f(x) é um conjunto constituído por essa função e suas derivadas a menos de sinais e coeficientes. Assim podemos obter: f(x) família nx 121 ,x,...,x,x,x nnn axe axe xsen xcos,xsen xcos xsen,xcos 16 3.2.2. Construção de uma solução particular experimental Obtida a solução geral hy da equação homogênea associada, consideramos uma solução experimental py do seguinte modo: 1 o ) construímos a família de cada termo do 2 o membro e suprimimos a família que estiver contida em outra ou que com outra coincidir. 2 o ) se um elemento de uma família pertencer a hy , multiplicamos cada elemento dessa família pela menor potência de x com expoente inteiro e positivo que desfaça aquela situação. 3 o ) tomamos como expressão experimental py , uma combinação linear de todos os elementos das famílias resultantes dotados de coeficientes literais a serem determinados pela condição de que essa expressão verifique a equação dada. Exemplo 4: Resolva 242 xy'y''y Exemplo 5: Resolva xey'y''y 32 Exemplo 6: Resolva xseny'y''y 232 Exemplo 7: Resolva xcosxy''y 4 Exemplo 8: Resolva o problema de valor inicial 20104 'y,y,xsenxy''y Exercícios 3.2 Resolva a equação diferencial dada pelo método dos coeficientes a determinar: 1) 623 y'y''y 2) 3302510 xy'y''y 3) xxy'y''y 2 4 1 2 4) xexy''y 32483 5) 3 'y''y 6) 23 4 1 xey'y''y 7) xseny''y 234 8) xsenxy''y 2 9) xexy'y''y 32 122696 10) xcosxseny'y''y 232 Resolva a equação diferencial dada sujeita às condições iniciais indicadas: 11) 2 82 1 8 24 'y,y,y''y 17 12) 1000065 'y,y,x'y''y Respostas 1) 3ececy x22 x 1 2) 5 3 x 5 6 xececy x52 x5 1 3) 2 7 x4xxececy 2x22 x2 1 4) x32 21 e 3 4 x4x4x3sencx3coscy 5) x3eccy x21 6) 2x22x 2 2x 1 ex 2 1 12xececy 7) x2cosx 4 3 x2sencx2coscy 21 8) xxsen 2 1 xcosx 2 1 xsencxcoscy 221 9) x322x3 2 x3 1 ex6 3 2 x 9 8 x 3 2 xececy 10) x2cos 25 9 x2sen 25 12 xcos 2 1 xececy x2 x 1 11) 2 1 x2sen2y 12) x30x3e200200y 25x 3.3. Aplicações de Equações Diferenciais de Segunda Ordem 3.3.1. Vibração das Molas Sejam uma massa m e uma mola flexível suspensa verticalmente de um suporte rígido. Após a massa m ser atada à mola, ela provoca uma distensão s na mola que atinge sua posição de equilíbrio na qual o peso é igual à força restauradora ks ( ksmg ), onde k é um número real positivo chamado constante da mola. Por exemplo, se uma massa de 10 kg provoca uma distensão de 2 cm em uma mola, então k = ............ Vibrações não-amortecidas A massa é posta em movimento vibratório vertical puxando ou empurrando a mola, x unidades do comprimento natural, e soltando-a no instante t = 0. A força restauradora da mola será então xsk . Supondo que as únicas forças agindo sobre o bloco são o seu peso e a força restauradora da mola e que a aceleração do bloco no instante t é 2 2 dt xd , temos a partir da Segunda Lei de Newton ( maF ): mg)xs(k dt xd m 2 2 (o sinal negativo indica que a força restauradora da mola age em direção oposta ao movimento) kxksmgkx dt xd m 2 2 ou 0 2 2 kx dt xd m 18 cuja solução geral é tsenctcosc)t(x 21 que define o movimento harmônico simples. Movimento de um sistema não-amortecido com deslocamento inicial abaixo da posição de equilíbrio Exemplo 1: Um peso de 5 N distende uma mola 5 cm além de seu comprimento normal. Se o peso é levantado 4 cm e liberado com velocidade zero, determine a posição da massa em qualquer instante t (considere g = 10 m/s 2 ). Vibrações Amortecidas Consideremos o movimento de uma mola suspensa em um meio viscoso ou conectada a um dispositivo de amortecimento por êmbolo. Assumiremos que esta força de amortecimento é dada por um múltiplo constante da velocidade instantânea: dt dx cntoamortecimedeforça onde c é uma constante de amortecimento positiva e o sinal negativo se deve ao fato de que a força de amortecimento atua em direção oposta à do movimento. Pela Segunda Lei de Newton, temos: dt dx ckx dt xd m 2 2 ou 0 2 2 kx dt dx c dt xd mNo movimento amortecido três casos devem ser considerados, conforme as raízes da equação característica associada: Caso 1: Vibração superamortecida - As raízes da equação característica são reais e distintas Neste caso, o sistema é chamado superamortecido porque ocorre quando há muito atrito no sistema, isto é, o coeficiente de amortecimento é grande comparado com a constante da mola. O movimento é suave e não-oscilatório e a massa volta à posição de equilíbrio em um tempo relativamente curto. Caso 2: Vibração criticamente amortecida – As raízes da equação característica são reais e iguais Este sistema é dito criticamente amortecido pois qualquer redução na força de amortecimento resulta em um movimento oscilatório. O gráfico é similar ao do sistema superamortecido decrescendo mais rapidamente para valores de x próximos de 0. 19 Caso 3: Vibração subamortecida – As raízes da equação característica são complexas conjugadas O sistema é subamortecido pois o coeficiente de amortecimento é pequeno comparado à constante da mola. O movimento é oscilatório, mas a amplitude das vibrações tende a zero quando o tempo cresce. Vibrações superamortecidas Vibrações criticamente amortecidas Vibração subamortecida Exemplo 2: Uma massa de 0,25 kg é atada a uma mola com constante de elasticidade igual a 4N/m. Supondo que uma força de amortecimento igual ao dobro da velocidade instantânea atua no sistema, determine a equação de movimento se o peso parte da posição de equilíbrio com velocidade de 3 m/s para cima. Vibrações Forçadas Supondo que, em adição à força restauradora e à força de amortecimento, o movimento da mola seja afetado por uma força externa F(t). Por exemplo, F(t) poderia representar uma força que gera um movimento oscilatório vertical do suporte da mola. Então a Segunda Lei de Newton fornece: tF dt dx ckx dt xd m 2 2 ou tFkx dt dx c dt xd m 2 2 Exemplo 3: Uma massa de 0,2 kg está suspensa em uma mola cuja constante é 2N/m. A massa é liberada a partir do repouso 50 cm abaixo da posição de equilíbrio. O movimento é amortecido (c = 1,2) sendo comandado por uma força periódica externa ttf 4cos5 . Determine a expressão da posição da massa no instante t. Termos transitórios (transientes) e estacionários A solução geral para tFkx dt dx c dt xd m 2 2 é composta da soma da solução geral da homogênea mais a solução particular: txtxtx ph . Quando F é uma função periódica ( tsenFtF 0 ou tcosFtF 0 ), txh desaparece quando t , isto é, 0 txlim h x . Dizemos que txh 20 descreve o estado transitório e depende das condições iniciais. O segundo termo, txp , descreve o estado estacionário que é o que permanece depois de desaparecer o estado transitório. Na solução do exemplo 3 identifique o termo de estado transitório e o termo de estado estacionário. 3.3.2. Circuito Elétrico O circuito ao lado contém uma força eletromotriz (proporcionada por uma bateria ou gerador), um resistor, um capacitor e um indutor, em série. As quedas de tensão através de um resistor, um capacitor e um indutor são, respectivamente, Ri, (1/C)q e (L(di/dt)). Assim, pela lei de Kirchhoff, temos: )t(Eq C Ri dt di L 1 (1). Como dt dq i , a equação (1) torna-se )t(Eq Cdt dq R dt qd L 1 2 2 Exemplo 4: Encontre a carga tq no capacitor em um circuito em série LRC quando L= 0,25 henry, R = 10 ohms, C = 0,001 farad, E(t) =0, q(0) = 0 e i(0) = 2 A. Exercícios 3.3 1) Uma massa de meio quilo suspensa em uma mola faz com que a mesma se distenda 40 cm além de seu comprimento natural. Ache uma fórmula para o deslocamento da massa em um instante arbitrário t se massa é puxada 15 cm abaixo de sua posição de equilíbrio e depois solta. 2) Uma massa de 2 kg está suspensa em uma mola cuja constante é 10 N/m e permanece em repouso. É então posta em movimento com uma velocidade inicial de 150 cm/s para baixo. Determine a expressão da posição da massa, desprezando a resistência do ar. 3) Uma massa de 10 kg está suspensa em uma mola, distendendo-a em 70 cm além de seu comprimento natural. Põe-se a massa em movimento, a partir da posição de equilíbrio, com uma velocidade inicial de 1 m/s para cima. Determine a expressão da posição, sabendo que o movimento se dá em um meio no qual a força amortecedora é, em módulo, 90 vezes a velocidade instantânea. 4) Uma massa de 3,65 kg está suspensa em uma mola, distendendo-a em 39 cm além de seu comprimento natural. A massa é posta em movimento, a partir de sua posição de equilíbrio, com uma velocidade inicial de 1,22 m/s para baixo. Determine a expressão da posição, se a força devida à resistência do ar é, em módulo, 0,91 vezes a velocidade instantânea. 21 5) Um peso de 39,2 N está suspenso em uma mola cuja constante é de 64 N/m. O peso é posto em movimento, sem velocidade inicial, deslocando-o 0,5 m acima da posição de equilíbrio e aplicando-lhe simultaneamente uma força externa tsen)t(F 48 . Determine a expressão da posição, desprezando a resistência do ar. 6) Um circuito RCL ligado em série tem R = 180 ohms, C = 1/280 farad, L= 20 henries, e uma tensão aplicada tsen)t(E 10 V. Determine a carga no instante t, admitindo que q(0) = 0 e i(0) = 1 ampère. 7) Um circuito RCL ligado em série tem R = 10 ohms, C = 210 farad, L= 1/2 henry, e uma tensão aplicada 12)t(E volts. Determine a carga e a corrente no instante t, admitindo que q(0) = 0 e i(0) = 0. 8) Um circuito RCL ligado em série com uma resistência de 4 ohms, uma indutância de 0,5 henry, capacitor de 1/26 farad tem uma tensão aplicada tcos 216 V. Determine: a) a carga e a corrente no instante t se a carga inicial e a corrente inicial são ambas zero; b) a carga e a corrente transitórias; c) a carga e a corrente estacionárias. 9) Determine a carga e a corrente de estado estacionário em um circuito LRC quando L= 1 henry, R = 2 ohms, C = 0,25 farad e tcos)t(E 50 V. Respostas 1) t95,4cos15,0)t(x 2) t5sen6708,0)t(x 3) t7t2 e 5 1 e 5 1 )t(x 4) t01,5sene24,0)t(x t125,0 5) t4cost 4 1 t4sen 16 1 t4cos 2 1 )t(x 6) tcos9tsen13e101e110 500 1 )t(q t7t2 7) 25 3 t10sen 25 3 t10cos 25 3 e)t(q t10 t10sene 5 12 )t(i t10 8) a) tsentcostsenetcose)t(q tt 2 5 1 2 5 3 6 15 7 6 5 3 44 tsentcostsenetcose)t(i tt 2 5 6 2 5 2 6 15 82 6 5 2 44 b) tsenetcose)t(q tth 6 15 7 6 5 3 44 tsenetcose)t(i tth 6 15 82 6 5 2 44 c) tsentcos)t(q p 2 5 1 2 5 3 tsentcos)t(i p 2 5 6 2 5 2 9) tcostsenq p 13150 13 100 tsentcosi p 13 150 13 100 22 3.4. Sistemas de Equações Lineares Sistemas de equações diferenciais surgem no estudo do crescimento de duas espécies interagindo e talvez competindo, em sistemas físicos acoplados tais como: dois ou mais tanques de mistura conectados, dois ou mais sistemas massa-mola conectados, circuitos ligados para formar uma rede e em muitas outras áreas. 3.4.1. Operadores Diferenciais e o Método da Eliminação para Sistemas O método da eliminação pode ser aplicado a qualquer sistema de equações diferenciais lineares com coeficientes constantes e, baseia-se essencialmente no método de eliminação usado na resolução de sistemas lineares algébricos. 1º) Reescreve-se cada uma das equações do sistema na notação de operador diferencial, isto é, com o uso do operador D no lugar de dt d . 2º) Considera-se iDx como sendo o produto algébrico do coeficiente D pela variável ix . 3º) Elimina-se variáveis até obter uma equação com uma única variável dependente. Exemplo 5: Use o método da eliminação para resolver o sistema tyx'y yx'x 1074 143 3.4.2. Tanques de Mistura Conectados Exemplo 6: Considere os dois tanques mostrados na figura abaixo. Vamos supor que o tanque A contenha 50 litros de água na qual 25 quilos de sal estão dissolvidos. Suponha que o tanque B contenha 50 litros de água pura. Líquido é bombeado para dentro e para fora dos tanques conforme indicado na figura; a mistura trocada entre os dois tanques e o líquido bombeado para fora do tanque B é assumido como estando bem misturado. a) Construa um modelo matemático que descreva a quantidade de sal no tanque A ( tx ) e no tanque B ( ty ), no instante t. b) Determine a quantidade de sal no tanque A e no tanque B, no instante t. 23 Exercícios 3.4 1) Use o método da eliminação para resolver os sistemas: a) x dt dy yx dt dx 2 b) tx dt dy ty dt dx c) x dt dy y dt dx 2 3 d) yx'x y'y'x 23 2 2) Dois tanques grandes, cada um contendo 100 L de líquido, são interconectados por canos, com o líquido fluindo do tanque A para o tanque B a uma taxa de 3 L/min e do tanque B para o A a uma taxa de 1 L/min (ver figura abaixo). O líquido dentro de cada tanque é mantido bem agitado. Uma solução de salmoura com uma concentração de 0,2 kg/L de sal flui para o tanque A a uma taxa de 6 L/min. A solução (diluída) flui do sistema do tanque A a 4 L/min e do tanque B a 2 L/min. Se, inicialmente, o tanque A contém água pura e o tanque B contém 20 kg de sal, determine a massa do sal em cada tanque no instante t. 3) No problema 2, suponha que a solução de salmoura de mesma concentração entra no tanque A a uma taxa de 4 L/min; a solução (diluída) não sai do sistema do tanque B; o líquido flui do tanque A para o tanque B a uma taxa de 1 L/min e os outros dados são iguais. Determine a massa do sal em cada tanque no instante t. Respostas 1) a) tt tecec)t(x 21 tt tececc)t(y 221 b) 121 tsentctcosc)t(x 121 ttcoscsentc)t(y c) tt ecec)t(x 62 6 1 tt ecec)t(y 62 6 1 3 6 3 6 d) tt ecec)t(x 32 2 1 tt ecec)t(y 32 2 1 3 2 1 2) 20547174532 0765002350 t,t, e,e,)t(x 204061140611 0765002350 t,t, e,e,)t(y 3) 2094451805551 052360007640 t,t, e,e,)t(x 2047144714 052360007640 t,t, e,e,)t(y 24 4. Transformada de Laplace A transformada de Laplace permite que se obtenha a solução de uma equação diferencial ordinária de coeficientes constantes através da resolução de uma equação algébrica. A transformada de Laplace de uma função f é uma transformada integral. Isto é, ela é da forma: dt)t(f)t,s(K)s(Y . A função )t,s(K é chamada de núcleo da transformada. A escolha ste)t,s(K fornece uma transformada especialmente importante que é a transformada de Laplace. 4.1. Definição Seja f uma função definida para 0t . A transformada de Laplace é denotada e definida por: 0 dt)t(fe)s(F)t(f stL se a integral imprópria converge, pelo menos para algum valor de s. Exemplo 1: Calcule 1L . Exemplo 2: Calcule ateL . Na maioria dos casos é possível calcular )t(fL a partir do cálculo da integral imprópria que a define. Nosso objetivo é resolver problemas que envolvem equações diferencias utilizando a transformada de Laplace e, para tornar este processo mais ágil, usaremos uma tabela que contém as transformadas de Laplace das principais funções que aparecem em aplicações. Exemplo 3: Encontre te 2L . 25 Exercícios 4.1 Use a tabela para determinar a transformada de Laplace das funções: 1) t)t(f 4) tet)t(f 32 2) )t(sen)t(f 3 5) tsene)t(f t 3) te)t(f 5 6) 4t)t(f Respostas 1) 2s 1 )s(F 2) )9s( 3 )s(F 2 3) 5s 1 )s(F 4) 3)3s( 2 )s(F 5) 2s2s 1 )s(F 2 6) 5s 24 )s(F 4.2. Linearidade da Transformada de Laplace Se e são constantes, então )t(g)t(f)t(g)t(f LLL Exemplo 4: Encontre tcost 232 2 L . Exercícios 4.2 Use a tabela para determinar a transformada de Laplace das funções: 1) te)t(f 42 9) tcost)t(f 2) 35 t)t(f 10) sente)t(f t 3) tet)t(f 22 11) tcostsen)t(f 2526 4) )t(sente)t(f t 4364 35 12) 362 tt)t(f 5) 22 1 t)t(f 13) te)t(f 41 6) 2tcossent)t(f 14) tcos)t(f 74 7) tsenhtcosh)t(f 5453 15) tet)t(f 3 2 1 2 8) te)t(f 7 16) 429 2 tt)t(f Respostas 1) 4s 2 )s(F 2) s 3 s 5 )s(F 2 3) 1s 1 s 4 )s(F 3 4) 16s 12 s 36 5s 4 )s(F 24 5) s 1 s 4 s 24 )s(F 35 6) 4s 2 s 1 )s(F 2 7) 25s 20s3 )s(F 2 8) 1s e )s(F 7 9) 22 2 )1s( 1s )s(F 10) 2s2s 1 )s(F 2 11) 4s s512 )s(F 2 12) s 3 s 6 s 2 )s(F 23 26 13) 4s 1 s 1 )s(F 14) 49s s s 4 )s(F 2 15) )3s(2 1 s 2 )s(F 2 16) s 4 s 2 s 18 )s(F 23 4.3. Transformada Inversa de Laplace Se a transformada Laplace de uma função )t(f é )s(F , isto é, se )s(F)t(f L então )t(f é chamada transformada inversa de Laplace de )s(F e escrevemos simbolicamente )s(F)t(f 1L onde 1L é chamado operador da transformada inversade Laplace. Podemos obter a transformada inversa simplesmente a partir da tabela de transformadas. As funções da segunda coluna são as transformadas das funções da primeira coluna, conseqüentemente, as funções da primeira coluna são as transformadas inversas das funções da segunda coluna. Exemplo 5: Encontre 8 11 s L 4.4. Propriedade da Linearidade Se e são constantes, então )s(G)s(F)s(G)s(F 111 LLL Exemplo 6: Encontre 9 18245 23 1 s s s s L Exercícios 4.4 Use a tabela para determinar a transformada inversa de Laplace de cada uma das seguintes funções: 1) s )s(F 3 6) 25 1 s )s(F 2) 9 3 2 s )s(F 7) 2 2 ss )s(F 3) )s(s )s(F 5 5 8) 642 s s )s(F 4) 5 1 s )s(F 9) 26 4 ss )s(F 5) 64 1 2 s )s(F 10) 31 3 s )s(F 27 11) 92 31 22 ss )s(F 16) 22 2 9 9 )s( s )s(F 12) 25 4 )s(s )s(F 17) 62 2 sss )s(F 13) 4 5 16 3 2 4 22 ss s s )s(F 18) 4 5 2 ss )s(F 14) 152 4 2 ss )s(F 19) 204 8 2 ss )s(F 15) 4 1 2 s s )s(F Respostas 1) 3)t(f 2) )t3(sen)t(f 3) t5e1)t(f 4) 24 t )t(f 4 5) )t8(sen 8 1 )t(f 6) t5te)t(f 7) t2e1)t(f 8) )t8cos()t(f 9) t2t6 ee)t(f 10) t2et 2 3 )t(f 11) )t3(senet)t(f t2 12) t5t5 te 5 4 e 25 4 25 4 )t(f 13) )t2(sen 2 5 )t4cos(3e4)t(f t2 14) t5t3 e 2 1 e 2 1 )t(f 15) )t2(sen 2 1 )t2cos()t(f 16) )t3cos(t)t(f 17) t6t2 e 12 1 e 4 1 6 1 )t(f 18) 16 5 t 4 5 e 16 5 )t(f t4 19) )t4(sene2)t(f t2 4.5. Transformada de uma derivada Se )t(f , )t('f , )t(''f , …, )t(f )n( 1 forem contínuas em ,0 , de ordem exponencial, e se )t(f )n( for contínua por partes em ,0 , então: )(f...)('fs)(fs)t(fs)t(f )n(nnn)n( 000 121 LL Em particular, seja y)t(f , então: a) t'fL ou 'yL b) t''fL ou ''yL 28 4.6. Soluções de Equações Diferenciais As transformadas de Laplace podem ser usadas para resolver problemas de valor inicial com equações diferenciais lineares de coeficientes constantes. Primeiro tomamos a transformada de Laplace de cada um dos membros da equação, obtendo assim uma equação algébrica em Y(s). Em seguida, resolvemos algebricamente em relação a Y(s) e, finalmente, tomamos a transformada inversa de Laplace para obter )s(Y)x(y 1L . Ao contrário dos métodos precedentes, em que resolvemos primeiro a equação diferencial (achando sua solução geral) para então aplicar as condições iniciais para determinar as constantes arbitrárias, o método da transformada de Laplace resolve de uma vez todo o problema de valor inicial. Exemplo 7: 2005 )(y,y dt dy Exemplo 8: 2010 )('y,)(y,ty''y Exemplo 9: 602096 32 )('y,)(y,ety'y''y t Exercícios 4.6 1) Resolva as equações diferenciais a seguir, pelo método da Transformada de Laplace: a) 1003 )(y,y dt dy b) 51050 ,)(y,ty, dt dy c) 507 )(y,ey'y t d) 0032 )(y,y'y e) 206 4 )(y,ey'y t f) 00100 )('y,)(y,y''y g) 502003 )('y,)(y,y''y h) 200003 )('q,)(q,'q''q i) 2010043 )('y,)(y,y'y''y j) 1000416 2 2 )('y,)(y),tcos(y dt yd l) 00104 )('m,)(m),t(senm''m 29 m) 101012 2 2 )('y,)(y,y dt dy dt yd Com o auxílio da Transformada de Laplace, resolva os problemas a seguir: 2) Um circuito RL tem uma fem de 5 volts, uma resistência de 50 ohms, uma indutância de 1 henry e não tem corrente inicial. a) Determine a corrente no circuito no instante arbitrário t. b) Qual o valor da corrente quando s,t 020 , s,t 050 , s,t 10 e s,t 20 ? Qual o valor estacionário da corrente? c) Esboce o gráfico da corrente para t variando de 0 à 1 segundo. 3) Um peso de 150 N está suspenso de uma mola, distendendo-a 2,5 m além de seu comprimento natural. O peso é posto em movimento deslocando-o em 0,3 m para cima e imprimindo-lhe uma velocidade inicial de 0,6 m/s para baixo. Determine a equação de movimento, se a resistência do meio circundante é desprezível. (considere g = 10 m/s 2 ) Respostas 1) a) t3e)t(y b) t5,0e5,54t2)t(y c) tt7 e 6 1 e 6 31 )t(y d) t2e 2 3 2 3 )t(y e) t4t6 e 10 1 e 10 19 )t(y f) tcos)t(y g) )t3(sen 3 5 )t3cos(2)t(y h) t3e 3 2 3 2 )t(q i) t4t e 5 3 e 5 2 )t(y j) )t4(sen 4 1 )t4(tsen 8 1 )t(y l) )t2cos(sent 3 1 )t2(sen 6 1 )t(m m) tt2 e 3 4 e 6 1 2 1 )t(y 2) a) 10 1 e 10 1 )t(i t50 b) A103212,6)02,0(i 2 ; A101792,9)05,0(i 2 ; A109326,9)1,0(i 2 ; A109995,9)2,0(i 2 ; 1/10 3) )t2(sen3,0)t2cos(3,0)t(x 4.7. Frações Parciais Tendo em vista o uso da tabela de Transformada de Laplace para encontrar a transformada inversa, muitas vezes é necessário reduzir )s(F a uma forma reconhecível mediante transformações algébricas. Assim, o uso de frações parciais é muito importante para encontrar a transformada inversa de Laplace. O método das frações parciais consiste em se separar uma expressão racional em uma soma algébrica de expressões simples ou tabeladas. 30 4.7.1. A expressão possui fatores lineares distintos no denominador Neste caso, a expressão racional é do tipo )rs)...(rs)(rs( sN n 21 em que sN é um numerador em função de s e nr...,,r,r 21 são as raízes distintas do polinômio do denominador. Exemplo 10: Determine 321 42 21 sss s L . 4.7.2. A expressão possui fatores lineares repetidos no denominador Neste caso, a expressão racional é do tipo nrs sN 1 em que 1r é uma raiz de multiplicidade n. Exemplo 11: Determine )s()s( 32 1 2 1L 4.7.3. A expressão possui fatores quadráticos irredutíveis no denominador Neste caso, a expressão racional é do tipo cbsas sN 2 . Exemplo 12: Determine )s)(s( 54 1 2 1L Exercícios 4.7 1) Use a decomposição em frações parciais para determinar a transformadainversa das funções: a) )s)(s)(s( ss )s(F 421 962 b) )s)(s( s )s(F 43 506 2 2 c) 343 4 )s)(s( )s(F 31 2) Resolva as equações diferenciais a seguir, pelo método da transformada de Laplace: a) 00004 5 2 2 )('y,)(y,ey dt yd t b) 10 )(y),t(seny'y c) 100052 )('y,)(y),t(seney'y''y t Com auxílio da Transformada de Laplace, resolva o problema a seguir: 3) Um indutor de 2 henrys, um resistor de 16 ohms e um capacitor de 0,02 farads estão conectados em série à uma força eletromotriz de E(t) volts. Em t = 0, a carga sobre o capacitor e a corrente no circuito são nulos. Encontre a carga e a corrente num tempo t > 0 qualquer, se: a) V)t(E 300 b) V)t(sen)t(E 3100 Respostas 1) a) t4t2t e 30 1 e 6 25 e 5 16 )t(f b) )t2(sen3)t2cos(2e8)t(f t3 c) t4t4t42t3 e 343 4 te 49 4 et 7 2 e 343 4 )t(f 2) a) t2t2t5 e 12 1 e 28 1 e 21 1 )t(y b) )t(sen 2 1 )tcos( 2 1 e 2 3 )t(y t c) )t2(sene 3 1 )t(sene 3 1 )t(y tt 3) a) )t3(sene8)t3cos(e66)t(q t4t4 )t3(sene50)t(i t4 b) )t3(sene 26 25 )t3cos(e 52 75 )t3(sen 26 25 )t3cos( 52 75 )t(q t4t4 )t3(sene 52 425 )t3cos(e 26 75 )t3cos( 26 75 )t3(sen 52 225 )t(i t4t4 5. Funções Seccionalmente Contínuas Uma função f é dita seccionalmente contínua ou contínua por partes num intervalo b,a se este intervalo pode ser subdividido em um número finito de intervalos nos quais a função f é contínua e possui limites finitos à direita e à esquerda. Exemplo 1: Construa o gráfico da função f definida por 321 20 011 2 xse xsex xsex )x(f e verifique que f é seccionalmente contínua. 32 5.1. Função Degrau Unitário A função degrau unitário é uma função seccionalmernte contínua definida e denotada por ctse ctse )t(uc 1 00 A função degrau unitário pode ser usada para descrever fenômenos que iniciam (ou terminam) após um determinado tempo ou para introduzir descontinuidades quaisquer. Exemplo 2: Construa o gráfico da função f definida como: a) )t(u)t(f 3 b) )t(u)t(u)t(f 42 c) )t(u)t(u)t(f 23 2 Quando multiplicada por outra função definida para 0t , a função degrau unitário cancela uma porção do gráfico da função. Exemplo 3: Construa o gráfico da função f definida por )t(u)t()t(f 2 32 . Exercícios 5.1.1 Construa o gráfico de cada uma das funções abaixo: 1) )t(u)t(f 2 5) )t(u)t()t(f 44 2) )t(u)t(f 6 6) )t(u)t(u)t(f 422 3) )t(u)t(u)t(f 32 7) )t(u)t(u)t(u)t(f 432 2 4) )t(u)t(f 855 8) )t(u)t(sen)t(f 2 33 Respostas 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) A função degrau unitário pode também ser usada para escrever funções definidas por partes numa forma mais compacta. Por exemplo, a função definida por partes atse)t(g atse)t(g )t(f 2 1 0 pode ser escrita como )t(u)t(g)t(u)t(g)t(g)t(f aa 211 . Da mesma forma, a função definida por partes btse)t(g btase)t(g atse)t(g )t(f 3 2 1 0 pode ser escrita como )t(u)t(g)t(u)t(g)t(u)t(g)t(u)t(g)t(g)t(f bbaa 32211 . Exemplo 4: A voltagem em um circuito é dada por 50 5020 tse tset )t(E . Expresse )t(E em termos de funções degrau unitário. Exercícios 5.1.2 Escreva cada função em termos de funções degrau unitário: 1) 32 302 t, t, )t(f 2) 1 100 2 t,t t, )t(f t f(t) t f(t) t f(t) t f(t) t f(t) t f(t) t f(t) t f(t) 34 3) 44 400 2 t,)t( t, )t(f 6) t),tcos( t, )t(f 4 02 4) 30 30 t, t,e )t(f t 7) 51 540 401 t, t, t, )t(f 5) 24 202 t,t t,t )t(f 8) 20 21 00 t, t, t, )t(f Respostas 1) )t(u42)t(f 3 2) )t(ut)t(f 1 2 3) )t(u)4t()t(f 4 2 4) )t(uee)t(f 3 tt 5) )t(ut4)t(utt)t(f 22 22 6) )t(u))tcos(4()t(u22)t(f 7) )t(u)t(u)t(f 541 8) )t(u)t(u)t(f 2 5.2. A Transformada de Laplace da função degrau unitário 00 0 c,s,s e dt)t(ue)t(u cs c st cL Exemplo 5: Dado 32 302 t, t, )t(f , encontre )t(fL . 5.3. Teorema da Translação Se c for uma constante positiva, então )s(Ge)t(u)ct(g csc L Exemplo 6: Dado 4 400 2 t,t t, )t(f , encontre )t(fL . Exemplo 7: Dado 43 400 t,t t, )t(f , encontre )t(fL . 35 Exercícios 5.3 Calcule )t(fL para a função dada: 1) 80 805 t, t, )t(f 6) 5 500 5 t,e t, )t(f t 2) 11 100 t),t(sen t, )t(f 7) 5 500 t,e t, )t(f t 3) 33 300 t,t t, )t(f 8) 2 200 5 t,e t, )t(f t 4) 3 300 t,t t, )t(f 9) 21 200 3 t,t t, )t(f 5) 31 300 t,t t, )t(f 10) 20 2 00 t, t,t t, )t(f Respostas 1) s e5 s 5 )t(f s8 L 2) 1s e )t(f 2 s L 3) 2 s3 s e )t(f L 4) s 3 s 1 e)t(f 2 s3L 5) s 4 s 1 e)t(f 2 s3L 6) 1s e )t(f s5 L 7) 1s e )t(f )1s(5 L 8) 1s e )t(f 3s2 L 9) s 9 s 12 s 12 s 6 e)t(f 234 s2L 10) ss e s e )t(f s s 2 2 2 1 L 5.4. Forma Inversa do Teorema da Translação Se c for uma constante positiva, então )t(u)ct(g)s(Ge ccs 1L Exemplo 8: Calcule se s s 3 2 1 4 L . Exercícios 5.4 Determine a transformada inversa de Laplace da função dada: 1) se s )s(F 5 2 4 1 2) se s )s(F 4 1 2 36 3) se s )s(F 2 3 2 5) se s )s(F 2 3 1 4) se s )s(F 3 8 6) se s )s(F 2 1 Respostas 1) 102 2 1 5 tsen)t(u)t(f 2) 22 2 1 tsen)t(u)t(f 3) )2t(3 2 e)t(u2)t(f 4) )1t(3 1 e)t(u8)t(f 5) )t(u2t 2 1 )t(f 2 2 6) )t(ut)t(f 5.5. Equações diferenciais que envolvem funções seccionalmente contínuas Para resolver equações diferenciais envolvendo funções seccionalmente contínuas, escrevemos a função em termos de funções degrau unitário e usamos a transformada de Laplace. Exemplo 9: Resolva a equação diferencial: )t(fy'y , em que 15 100 t, t, )t(f , 00 )(y . Exercícios 5.5 1) Resolva as equações diferenciais: a) )t(fy'y , em que 11 101 t, t, )t(f 00 )(y b) )t(fy'y 2 , em que 10 10 t, t,t )t(f 00 )(y c) )t(fy''y 4 , em que 10 101 t, t, )t(f 00 )(y , 10 )('y d) )t(u)t(seny''y 24 10 )(y , 00 )('y e) )t(uy'y''y 165 00 )(y , 10 )('y f) )t(fy''y 00 )(y , 10 )('y , onde 20 21 00 t, t, t, )t(f Resolva os problemas abaixo com o uso da Transformada de Laplace: 2) Obtenha a carga q(t) no capacitor em um circuito RC em série quando q(0) = 0, R = 2,5 , C = 0,08 F e a tensão 35 300 t, t, )t(E . 37 3) Uma massa de 2 kg é presa a uma mola cuja constante é 32 N/m. Admita que a massa é solta do repouso na posição de equilíbrio. Determine a equação do movimento x(t) levando em conta que uma força externa t)t(f 20 age sobre o sistema para 50 t e é então removida. Ignore qualquer força amortecedora. 4) Determine a corrente i(t) em um circuito em série de malha simples quando i(0) = 0, L = 1 H, R = 10 e 2 3 0 2 3 0 t, t,tsen )t(E . Respostas 1) a) 1t 11 t e)t(u2)t(u2e1)t(y b) )t(ue 4 1 )t(u.t 2 1 )t(u 4 1 e 4 1 t 2 1 4 1 )t(y 1 )1t(2 11 t2 c) )2t2cos().t(u 4 1 )t(u 4 1 )t2cos( 4 1 4 1 )t2(sen 2 1 )t(y 11 d) )t(u).2t(sen 3 1 )t(u).4t2(sen 6 1 )t2cos()t(y 22 e) 33 1 22 11 32 ).( 3 1 ).( 2 1 )( 6 1 )( tttt etuetutueety f) )t(u.)tcos()t(u.)tcos()t(sen)t(y 2211 2) )t(u 5 2 )t(ue 5 2 )t(q 33 3t5 3) )(.204cos 8 25 )(.204 32 5 )(. 8 5 4 32 5 8 5 )( 555 tuttutsentuttsenttx 4) )t(ue)t(utsen)t(utcosetsentcos)t(i t t 2 3 2 3 10 2 3 2 3 10 101 10 2 3 101 1 2 3 101 10 101 1 101 10 101 1 6. Sistemas de Equações Diferenciais Lineares A transformada de Laplace pode ser usada na resolução de sistemas de equações diferenciais lineares com coeficientes constantes quando condições iniciais estiverem especificadas. Tomamos as transformadas de Laplace de cada equação diferencial reduzindo o sistema a um conjunto de equações algébricas nas funções transformadas. Resolvemos então o sistema de equações algébricas e a seguir obtemos a transformada inversa de Laplace. 38 Exemplo: Resolva o sistema: 2yx dt dy yx dt dx 2010 )(y)(x Exercícios 6.1 1) Utilize transformadas de Laplace para resolver os seguintes sistemas. Todas as incógnitas são funções de t. a) 04y'z tz'y 1010 )(z)(y b) 0 0 'y'z yz''y 100000 )(z)('y)(y c) x'y yx'x 2 0010 )(x)(y d) 05 02 yx'y yx'x 1020 )(x)(y 2) O sistema de equações diferenciais para as correntes )t(i1 e )t(i2 na rede elétrica da figura abaixo é 012 2 2 1 ii dt di RC )t(ERi dt di L Use a transformada de Laplace para resolver esse sistema sob as condições V)t(E 60 , L = 1 H, R = 50 , FC 410 , supondo 0000 21 )(i)(i . Respostas: 1) a) t2t2 e 8 3 e 8 7 4 1 )t(y e t2t2 e 4 3 e 4 7 t)t(z b) 2t 2 1 )t(y e 2t 2 1 1)t(z c) tt2 e 3 1 e 3 1 )t(x e tt2 e 3 2 e 3 1 )t(y d) )t3(sen 3 5 )t3cos()t(x e )t3(sen 3 7 )t3cos(2)t(y 39 2) tt tee)t(i 1001001 60 5 6 5 6 e tt tee)t(i 1001002 120 5 6 5 6 BIBLIOGRAFIA ANTON, H., BIVENS, I., STEPHEN, D. Cálculo. v. 2, 8.ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. BRONSON, R. Equações diferenciais. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1994. LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. v. 2, São Paulo: Harbra, 2002. NAGLE, R. K., SAFF, E. B., SNIDER, A. D. Equações diferenciais. 8. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012. SPIEGEL, M. R. Manual de fórmulas, métodos e tabelas de Matemática. 2.ed. São Paulo: Makron Books, 1992. SPIEGEL, M. R.Transformadas de Laplace. São Paulo: Mc Graw-Hill, 1979. STEWART, J. Cálculo. v. 2, 5 ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. ZILL, D. G. Equações Diferenciais com Aplicações em Modelagem. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. ZILL, D. G. & CULLEN, M. R. Matemática avançada para engenharia 1: equações diferenciais elementares e Transformada de Laplace. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009.
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