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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Processos químicos e bioquímicos Professora Maria Alice Fermentações industriais Fermentação é a transformação de uma substância em outra através da ação de microrganismos. Manutenção de culturas de microrganismos Semeadura em meio sólido: os microrganismos são mantidos em um meio sólido (tipo gelatina ‘gelose’) e tem seu crescimento retardado pela menor temperatura da geladeira. Não se congela o meio, pois o gelo possui pontas que podem romper as células. Fase de crescimento microbiano Fase log. Fase crescimento. Fase estacionária. Fase de decaimento. Medida de crescimento Determinação do peso seco feito em cadinhos e estufa. Determinação química de componentes celulares - proteínas e ácido nucleicos. Turbidimetria – absorbância. Contagem do número de indivíduos – câmara de contagem. Contagem de microrganismos viáveis – plaqueamento. Fermentação alcoólica Preparação dos substratos Melaço: Possui uma concentração muito grande então se dilui e faz a inoculação do microrganismo (adição do microrganismo no meio para ele promover o processo fermentativo). Depois deixa-se por um determinado tempo em um determinado pH. Cana de açúcar: Apresenta um grau elevado de açúcar (sacarose). A bactéria utilizada apresenta em sua parede a enzima invertase, que quebra a sacarose, transformando em glicose e frutose para promover o processo fermentativo. Mosto é a substância que vai ser utilizada no processo fermentativo, por exemplo, a cana de açúcar moída, sendo chamada de substrato. A partir do momento em que se adiciona ao substrato o inoculo (agente da fermentação crescido, desenvolvido), esse material é chamado de mosto e é posto para fermentar. Ou seja, mosto = substrato+inoculo. Vinho é o nome dado ao mosto fermentado. Obtenção do mosto a partir de amiláceos Antes de se colocar a levedura no mosto, faz-se o processo de sacarificação. Como as leveduras que atuarão nesse mosto não possuem em seu compartimento a enzima amilase, a fermentação não ocorrerá se simplesmente adicioná-la ao meio. Assim é feito o processo de sacarificação, que é a quebra do amido em frações de frutose. Tipos de sacarificação Sacarificação pelo malte É feito através da maltase ou emprego de malte, ou seja, o malte (cevada germinada) após sua germinação tem em seu conteúdo as enzimas (alfa e beta amilase) que vão quebrar o amido proveniente da cevada, por exemplo. O malte germinado é empregado para quebrar o amido. Para germinar a cevada (malte), necessita-se de uma temperatura adequada, umidade adequada. Ela fica em um compartimento até que germine, se transformando no malte. Esse malte será fermentado dando origem à cerveja. Sacarificação por ação microbiana Também é chamada de processo amilo. Nela ocorre o emprego de um microrganismo, que é um fungo, chamado “rizopus", que tem amilase em seu conteúdo, enzima capaz de quebrar o amido, depois disso coloca-se a levedura no meio para ela promover a ação sobre aquele açúcar proveniente da quebra pelo fungo. É usado na produção de sakê. Sacarificação pelo emprego de preparados enzimáticos São culturas puras que foram cultivadas com os fungos e bactérias e a partir desse momento, por um processo de extração enzimática, é extraída uma única enzima, a amilase produzida no meio. É feito o processo de purificação para poder ser utilizada. Esse processo possui um custo elevado para ser feito. Os três tipos de sacarificação são usados para a amilase. Preparação do inóculo O inóculo é a concentração desses microrganismos que vão ser adicionados no meio para ocorrer à fermentação. Primeiro deve-se ativar os microrganismos no meio em que vão crescer, realiza-se o crescimento dele podendo utilizá-lo com microrganismos selvagens ou leveduras selecionadas e adicionar ao meio para que possa se desenvolver. O preparo do inóculo pode ser tanto com microrganismo selvagens (microrganismos contido na cana de açúcar, por exemplo) quanto com leveduras puras selecionadas (somente a levedura de interesse). As leveduras puras são selecionadas com tolerância ao teor de açúcar e com boa velocidade de fermentação. O álcool produzido na fermentação é altamente tóxico ao microrganismo que o gerou. Em determinado ponto, quando se tem um grau elevado de álcool a fermentação termina porque o substrato já foi todo consumido e o próprio álcool inibe os microrganismo. Produção do inóculo – etapa de laboratório Meio – sacarose Para promover o crescimento do microrganismo primeiro começa-se o crescimento em concentrações baixas de açúcar para proporcionar somente o crescimento do microrganismo e não produzir álcool. Começa- se com uma solução de 5°BRIX (5g sacarose/100g solução) esse meio é transferido gradativamente até chegar a uma concentração de 11°BRIX, onde se tem o microrganismo crescido na etapa de laboratório. Depois da 11°BRIX a solução é transferida para uma pré-dorna. E por fim é transferido para uma dorna de fermentação definitiva, realizando o processo de fermentação. Devem ser controlados o pH do meio (4,5), pode ser adicionado ácido fosfórico para fazer esse controle. Caso se queira acelerar o processo fermentativo de crescimento das células, pode- se inicialmente realizar uma agitação para ocorrer o crescimento e depois cessar a agitação, pois o processo é de obtenção de álcool e não biomassa. Se o sistema for aerado constantemente, o piruvato, será transformado no ciclo de Krebs e, fará a biomassa crescer. Trabalhando em anaerobiose o metabolismo vai ser desviado para a produção de álcool. A aeração é simplesmente para o crescimento inicial da célula. O processo fermentativo ocorre em três etapas: Etapa preliminar – nas primeiras 6 horas Pequena quantidade de dióxido de carbono desprendido. Baixa temperatura. Grande quantidade de células. Etapa tumultuosa – fermentação propriamente dita (+- 12 horas) Grande produção de dióxido de carbono. Temperatura elevada. Resfriamento do mosto. Formação de espuma (elevação de CO2). Uso de antiespumante para evitar problemas de contaminação. Aumento da acidez. Consumo do substrato. Etapa final Diminuição de CO2. Diminuição da temperatura. Consumo total de açúcar. Sistemas de fermentação Sistema de cortes O mosto fermentado na dorna um é divido com outra dorna e seus volumes são completados com mosto não fermentado. Depois de fermentados a primeira dorna segue para a destilação enquanto a outra tem seu mosto fermentado dividido com outra dorna. O processo se repete cinco vezes. Sistema de aproveitamento do inoculo (pé de cuba) O mosto é posto na dorna para ser fermentado, depois é deixado em repouso onde o inóculo decanta para o fundo da dorna. Depois arrasta-se o volume, que é o sobrenadante, para a destilaria e adiciona-se mosto na dorna onde se tinha o inóculo. Sistema de recuperação de leveduras Separação por centrifugação e tratamento do creme de levedura com água e ácido sulfúrico. O ácido sulfúrico é utilizado para baixar o pH e matar as bactérias contaminantes. Fatores que afetam a fermentação Temperatura – 26 a 32°C para a produção de álcool e de 6 a 20°C para a produção de cervejas. pH do mosto deve estar entre 4,0 e 4,5 para a produção de álcool e entre 4,0 e 6,0 para a produção de cerveja. Teor alcoólico do produto: o aumento do teor alcoólico durante a fermentação inibe o funcionamento da levedura. Concentração da matéria-prima que varia com atemperatura e de acordo com o processo de interesse. Fermentação acética Objetivo Produzir vinagre, produto não destilado, resultante da fermentação acética de um mosto contendo álcool etílico. Deve ser pasteurizado para retirar os contaminantes e evitar a presença da bactéria xilinum. Inóculo, Vinagre forte, é o vinagre não pasteurizado, ou seja, contém as bactérias nele para dar inicio ao processo de fermentação. Agente da fermentação: bactérias do gênero acetobacter. A fermentação ocorre em duas etapas: Desidrogenação do etanol catalisada pela enzima etanoldesidrogenase. Oxidação do aldeído acético catalisada pela enzima acetaldeído desidrogenase. Fatores importantes para a produção do vinagre Concentração do substrato – o vinho deve conter de 5 a 12°GL pH de 3,5 para evitar a presença da xilinum. Temperatura de fermentação, ocorre de forma satisfatória entre 22 e 25°C evitando a evaporação do etanol produzido e a dispersão do ácido acético que pode ser carreado com a evaporação do etanol, mas o processo suporta até 30 - 35°C. Teor de oxigênio dissolvido - a interrupção da aeração intoxica as células e é inútil restabelecer a aeração. Concentração do produto – o aumento da concentração do produto inibe o funcionamento dos microrganismos. Preparação do mosto Alta concentração de etanol inibe o crescimento dos microrganismos e o baixo pH também. Controle do teor residual de álcool. A permanência de vinagre pronto na vinagreira pode acarretar a oxidação do ácido acético à água e dióxido de carbono, isto ocorre toda vez que ainda se tem suprimento de oxigênio, o que provoca a perda de acidez. A temperatura ideal para o crescimento das bactérias acéticas situa- se entre 25 e 32°C. A adição de nutrientes depende do tipo de matéria prima utilizada no processo. Com o vinho de frutas e cereais não é preciso fazer a adição de nutrientes, já com o álcool e outros destilados é indispensável a adição de nutrientes. Procedimento Agente: não há preparo especial, usa-se o vinagre forte não pasteurizado, contendo os agentes vivos. Matéria prima: vinhos dão os melhores vinagres. Meio de cultura: os vinhos e mostos alcoólicos em geral não precisam de adição, só de correção da acidez que é feita pela própria inoculação. (usa- se o vinagre forte tanto para a inoculação quanto para a correção da acidez). Processo de fermentação Processo lento – Orleans (barril deitado) Barril deitado de 200 L. Possui aberturas protegidas com tela para a entrada de ar e proteção contra a contaminação por moscas; o tubo para a adição de vinho possui uma curvatura para que os resíduos depositados no fundo do barril não se espalhem contaminando o vinagre; 1/3 do volume total do barril é preenchido com vinagre forte e de semana em semana adiciona-se 15L de vinho até que se atinja um determinado volume no barril (perto da entrada de ar); depois que esse volume é atingido são retirados 15L de vinagre e adicionados 15L de vinho. Esse processo se repete continuamente. Esse processo não necessita de envelhecimento pois, o tempo de residência na vinagreira já é suficiente. Película –mãe do vinagre – é formada por bactérias aeróbias. Se a película for rompida, pode ocorrer o entupimento dos tubos de entrada do vinho e saída do vinagre. Vantagem do processo: durante o tempo de fermentação, ocorre o envelhecimento do vinagre. Não tem necessidade de fazer o controle da temperatura pois, o processo é muito lento. Há perda de álcool por evaporação e oxidação excessiva a CO2 e H2O. Processo rápido – Alemão Processo em superfície, porém a película de bactérias se situa em suportes (inertes), que formam o recheio. É o processo mais utilizado industrialmente para a produção de vinagre de álcool. Processo fermentativo: realizado em vinagreiras recheadas. Funcionamento da vinagreira Higienização Primeiro faz-se a higienização das dornas e dos suportes com circulação de água quente ou vapor, para evitar que haja contaminação por microrganismos. Depois lava-se com vinagre forte que possui a acidez elevada para retirar gostos impróprios. Faz-se a inoculação do fermentador com vinagre forte, depois de dois dias as bactérias encontradas no vinagre já se adaptaram aos suportes. Assim realiza-se a circulação na vinagreira de uma mistura contendo 75% de vinagre forte e 25% de solução alcoólica, para evitar que a acidez abaixe muito, evitando o favorecimento da bactéria xilinum que produz uma película de celulose entupindo o recheio. Depois de feito todo esse processo na vinagreira, o mosto pode então ser introduzido. Fatores negativos para o uso de geradores recheados Não pode haver troca de cultura quando as bactérias estiverem implantadas no recheio. Evaporação do etanol ou seu arraste. Processo exotérmico que obriga ter controles precisos de temperatura e refrigeração. Evaporação e arraste do ácido acético. Aeração inadequada inativando os agentes fermentativos. Contaminação com a bactéria xilinum. Processo de cultura submersa Tecnologia mais moderna para a produção de vinagre. O suporte utilizado pelas bactérias é o próprio mosto. Necessita de aeração e agitação. Vantagens do processo Dispensa recheio. Maior velocidade de produção devido o alto nível de acidez. Produz tanto vinagre de álcool quanto de frutas. É automatizada tanto a entrada do substrato quanto a saída do produto. Desvantagens Efeito desastroso se ocorrer uma falha na aeração, pois o álcool produzido é altamente tóxico aos microrganismos que o produz. Exige envelhecimento pelo processo de esterificação, sendo feito em outro lugar. Controles da fermentação Teor alcoólico: é feito para verificar o consumo real do substrato, sendo feito somente no inicio do processo. Acidez: é feita para saber quando a fermentação deve ser interrompida. Temperatura: pode ser feito através de diminuição da aeração, aumento da circulação do mosto ou resfriamento através de trocadores de calor. Gás de saída: para saber se está ocorrendo a oxidação do ácido acético. Formação de espuma. Processo final do vinagre Retirar da vinagreira. Clarificação. Filtração. Envelhecimento. Estabilização por processos físicos e químicos. Envase. Beneficiamento do vinagre é feito por: Estocagem: permitida pelo processo alemão e submerso. O armazenamento é feito em dornas de madeira, o que evita a corrosão devido ao grau de acidez do vinagre, que devem ser completamente cheias e bem vedadas para evitar que entre ar e permita a ação das bactérias acéticas, responsáveis pela oxidação do vinagre. Envelhecimento: processo alemão e submerso. É responsável pela retirada do sabor e odor áspero do vinagre. Clarificação: realizada em filtro prensa. Engarrafamento: deve ser feito de forma que as garrafas fiquem cheias e vedadas. Pasteurização: conservação do vinagre pela eliminação de agentes contaminadores. Defeitos do vinagre Oxida a enzima que pode provocar escurecimento do vinagre. Mosca do vinagre. Nematoide. Flores de vinho. Contaminação pela xilinum. Fermentação lática Agente fermentador: bactéria láctea. Lactobacilos são anaeróbicos, trabalhados a uma temperatura mais alta o que contribui para a inibição de certos contaminantes no meio. Bactérias homofermentativas – produzem diretamente ácido lático através da via glicolítica. Bactérias heterofermentativas – fermentação da glicose formando o ácidolático. Matérias primas: Soro de leite – subproduto da fabricação de queijos. Glicose de milho – constituída de amido, deve passar pelo processo de sacarificação. Melaço – subproduto da fabricação de açúcar. Condições de fermentação: Temperatura elevada de acordo com os microrganismos que se utiliza no meio para evitar o crescimento de contaminantes. De 30 a 43°C. O pH deve ficar entre 5,0 e 6,0, sendo o mais indicado 5,8. O controle do pH deve ser feito para controlar o crescimento de contaminantes. Adição de carbonato de cálcio com a função de regular o pH e precipitar o lactato de cálcio para promover a retirada do inibidor. Agitação, não é feita só para aerar o sistema mas, também para manter o contato entre o carbonato de cálcio e o ácido lático que vai se formando. Controles da fermentação: Controle microbiológico: é feito para verificar se há presença de contaminantes que impossibilite a fermentação até o produto final, o ácido lático. Controle químico: é feito para controlar o açúcar inicial e final; para verificar quanto foi consumido de açúcar e quanto foi gerado de lactato e controlar a acidez, com a adição de carbonato de cálcio. O processo utilizado é a batelada, pois as bactérias não são resistentes às várias gerações do processo contínuo. A recuperação do ácido lático depende do tipo a ser produzido. Passo a passo: Solução de lactato de cálcio=> evaporação=>cristalização a 10°C=>cristais de lactato de cálcio bruto=>centrifugação=>lavagem com água destilada=>segunda cristalização=>terceira cristalização. O ácido lático é recuperado através do ácido sulfúrico. Após a fermentação ocorre a elevação da temperatura, pelo fundo das dornas com o auxílio de tubos perfurados injetando vapor, para coagular e precipitar a lactoalbumina presente no soro de leite (93°C) e destruir os microrganismos contaminantes (86°C). Pontos importantes: a escolha do microrganismo presente e a temperatura dependem do substrato que vai utilizar. O ácido lático é usado na alimentação de crianças, como acidulante em produtos alimentícios, como removedor de sais de cálcio, na indústria farmacêutica e de cosméticos, na fabricação de polímeros e no curtimento de peles. Um aspecto negativo é a produção de acidez e aromas indesejáveis em bebidas, devido à presença do diacetil. Fermentação cítrica Matérias- primas Melaço O melaço é rico em ferro e essa quantidade de ferro presente deve ser removida para que não interfira na produção de ácido cítrico. Ao ser utilizado, o melaço passará por um processo, que é feito através de bombonas catiônicas para a remoção do ferro. O ferro no meio faz com que haja a produção de isocitrato, a ausência do ferro faz com que haja acúmulo de ácido cítrico no meio aumentando o rendimento. Açúcar cristal. Caldo de cana. Os agentes fermentativos usados são os fungos filamentosos, estes são obrigatoriamente aeróbios. O controle da fermentação é feito através: Da temperatura. Do pH. Da concentração de açúcar no meio. Condições de fermentação Concentração inicial do substrato – acima de 18% ocorre acúmulo de açúcar no meio, abaixo de 15% ocorre desvio para a produção de ácido oxálico. A formação mais densa do micélio (forma vegetativa) e desenvolvimento de poucos esporos favorece a produção. Temperatura de 25 a 28°C. pH entre 2 e 3. É importante que a faixa de pH seja mantida baixa para que não haja acúmulo de ácido oxálico, para que contribua para a assepsia do meio e evite a contaminação do meio por bactérias. Aeração acelera a atividade enzimática e aumenta a temperatura. Deve-se ter cuidado para que não haja a oxidação do ácido cítrico. A concentração do ácido cítrico no meio inibe a ação dos microrganismos, assim o produto formado é retirado através do carbonato de cálcio, transformando em citrato de cálcio, esse material no fim do processo é recuperado com auxílio de ácido sulfúrico. Sistema de produção Cultivo em superfície Bandeja de alumínio ou inox, para que não haja contaminação do meio, esterilizada com álcool ou formol diluído. Câmara com controle de temperatura, umidade e ar estéril. Agente inoculador – fungo filamentoso Aspergillus niger. Substrato com concentração de 14% de sacarose. Como a concentração é baixa, o tempo de fermentação é aumentado dificultando a formação de ácido oxálico. A concentração dos nutrientes não pode exceder a 0,25% para evitar a formação do ácido cítrico. Controle dos íons de ferro e cobre. Se houver algum traço de ferro no meio utiliza-se o cobre que é seu antagônico e inibe sua ação. pH em 3,5 para evitar a formação do ácido oxálico e glucônico o que promove também a assepsia do meio. A temperatura deve ser de 25°C. Leo Realce Cultivo submerso As dornas de grandes volumes devem ser de aço inoxidável para que não haja contaminação do meio, devido ao baixo pH e sensibilidade ao ferro. Controle mais rigoroso da agitação e aeração para que não ocorra o desvio do metabolismo. pH inicial de 2,0 a 3,0. Temperatura de 28 a 30°C. Recuperação do ácido cítrico As células são separadas do mosto e este é neutralizado com leite de cal (carbonato de cálcio) que elimina o ácido cítrico do meio não interferindo na produção, precipitando a quente o citrato de cálcio. O precipitado é lavado para remover os resíduos do processo fermentativo e tratado com ácido sulfúrico para remover o cálcio em forma de sulfato insolúvel. Fatores que influenciam a produção do ácido cítrico Produtividade da cepa (microrganismos, levedura) ligada à capacidade de produzir as enzimas necessárias ao processo. Concentração do glicídio (açúcar) - concentração alta produz ácido cítrico, concentração baixa desvia para a produção de ácido oxálico. Temperatura entre 25 e 32°C. Fonte de nitrogênio inorgânico, nitrato de amônio ou sulfato de amônio. Concentrações maiores conduzem ao acúmulo de ácido oxálico diminuindo o crescimento vegetativo. Fonte de fósforo – a alta concentração promove maior crescimento e menos produção de ácido. (a ideia é produzir ácido e não o crescimento vegetativo). Concentração do produto – pode afetar a velocidade da fermentação pelo que a acidez é corrigida com leite de cal (CaCO3) ao longo do processo, precipitando o citrato. Usos do ácido cítrico Alimentos e bebidas. Detergentes e produtos de limpeza. Produtos farmacêuticos e nutricionais. Indústria de cosméticos. Estanhagem. Preparo de corantes e resinas.
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