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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP NUTRIÇÃO MICROBIOLOGIA DOS ALIMENTOS Ana Julia Pimenta Toppan Briganó RA:D864343 APLICAÇÕES BIOTECNOLÓGICAS DE MICRORGANISMO ORIENTADORA: Karin ASSIS - Sp 2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................03 2. DESENVOLVIMENTO.............................................................................................03 3. CONCLUSÃO..........................................................................................................05 4. REFERÊNCIAS .......................................................................................................06 1. INTRODUÇÃO Nas Aplicações Biotecnológicas de Microrganismos, escolhemos como exemplo, a Fermentação Lática e a Fermentação Alcoólica. Antes de abordar sobre essas duas fermentações, é importante relembrar que a fermentação trata-se de um processo químico, que ocorre na ausência de oxigênio (O2), sendo feita por bactérias e fungos. Ela ocorre no citoplasma e com o auxílio de enzimas, as quais são catalizadoras (aceleram reações químicas). Para que ocorra a fermentação, é necessário que, primeiramente, ocorra a glicólise, que nada mais é do que a quebra da glicose em duas moléculas de ácido pirúvico. A fermentação lática tem como base os lactobacilos (bactérias presente no leite). Essas bactérias tem o gênero de bactérias benignas ao nosso organismo. E a fermentação alcoólica tem como base algumas leveduras, bactérias e outros tipos de microrganismo, em destaque, chamado de “fungos da cerveja”, originado da espécie Saccharomyces cerevisiae. 2. DESENVOLVIMENTO FERMENTAÇÃO LÁTICA Para que a fermentação lática ocorra, a glicose é quebrada e dá origem a moléculas de lactose (que nada mais são do que o açúcar presente no leite). Com essa quebra, forma- se o ácido pirúvico, ATP (adenosina trifosfato) e NADH2. O ácido pirúvico, pela ação da enzima desidrogenase lática, é convertido em ácido lático. Participam desse processo os lactobacilos, os quais são muito utilizados pelo homem. O sabor azedo do leite fermentado se deve ao ácido lático formado e eliminado pelos lactobacilos. O abaixamento do pH causado pelo ácido lático provoca a coagulação das proteínas do leite e a formação do coalho, usado na fabricação de iogurtes e queijos. O iogurte, por exemplo, é resultado da fermentação do leite, o qual sofre ação de bactérias compostas por Lactobacillusbulgaricus e Streptococcusthermophilus (que remove o oxigênio). Desta forma, quando o pH se encontra entre 5 e 6, o leite coagula. Vale lembrar que há várias outros tipos de bactérias que podem estar envolvidas no processo de fermentação do leite, como por exemplo: Lactobacillusacidophilus, Streptococcuslactis, Bifidobacteriumbifidum etc. A fermentação lática é muito importante para diversas atividades humanas. O ácido lático acaba por ser utilizada como acidulante em produtos alimentícios, no curtimento de peles, na forma de lactatos utilizados na indústria, tanto farmacêutica, quando de cosméticos, além da fabricação de polímeros termoplásticos, transparentes e biodegradáveis. Uma curiosidade: Você já deve ter ouvido que é comum a produção de ácido lático nos músculos de uma pessoa, em ocasiões que há esforço muscular exagerado. A quantidade de oxigênio que as células musculares recebem para a respiração aeróbia é insuficiente para a liberação da energia necessária para a atividade muscular intensa. Nessas condições, ao mesmo tempo em que as células musculares continuam respirando, elas começam a fermentar uma parte da glicose, na tentativa de liberar energia extra. O ácido láctico acumula-se no interior da fibra muscular produzindo dores, cansaço e cãibras. Depois, uma parte desse ácido é conduzida pela corrente sanguínea ao fígado onde é convertido em ácido pirúvico. FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA A fermentação alcoólica pode ser resumida assim: para poder reagir, cada molécula de glicose consome inicialmente 2 ATP para ser ativada. Quando isso ocorre, a molécula de glicose começa a sofrer várias reações até originar duas moléculas de ácido pirúvico. No decorrer dessas reações, há liberação de energia suficiente para recompor 4 ATP Cada molécula de ácido pirúvico, em seguida, sofre uma descarboxilação e se transforma em álcool etílico ou etanol. Saldo energético na fermentação alcoólica: 4 ATP produzidos – 2 ATP consumidos para ativar a glicose = 2 ATP C6H1206 -► 2 C2H50H + 2 C02 + 2 ATP O ser humano há tempos aproveita a atividade fermentadora das leveduras para a produção de bebidas como cerveja, cachaça e vinho, e de pães, considerando que a liberação de C02 promove o crescimento da massa. VINHO O principal e imprescindível processo para a elaboração do vinho é a fermentação da uva, que se produz quando o sumo da uva (mosto) se converte na bebida que tanto gostamos, o vinho. O processo como um todo só é possível graças às leveduras que são encontradas na pele das uvas, em forma de pó branco, chamado de “pruina” e também adicionadas ao mosto, segundo escolha do enólogo. Fermentação tumultuosa: após introduzir o mosto (sumo das uvas frescas) em recipientes (com a precaução de deixar espaço para a ebulição do gás) se produz o processo de fermentação mais intenso (começando poucas horas depois de sua introdução), produzindo-se a fermentação de quase que a totalidade do açúcar. Esta fase dura cerca de cinco dias. Fase complementária: após decantado o mosto, separando-o das cascas, em “tanques” tampados (permitindo a saída do gás por série de furos), o processo de fermentação torna-se mais suave, diminuído ao mínimo. Esta etapa se prolonga aproximadamente por duas semanas. Após esse período encontra-se o vinho elaborado, sendo encontrada ainda a presença de alguma quantidade de açúcar que sobrou na fase anterior. Maturação: o vinho obtido desse processo é colocado em barris de carvalho para que se comece a fase de amadurecimento, sem dúvida, a mais longa, quando as reações químicas ao longo de anos (dois ao menos para bebidas simples e muito mais para vinhos requintados) darão à produção novos aromas . Como a fermentação é um processo natural, não se pode esquecer da importância da fase do cultivo da videira. É nos vinhedos onde realmente se inicia o processo de elaboração do vinho. Durante o processo é imprescindível controlar a densidade, com o fim de determinar a quantidade de açúcar no mosto, além da temperatura, que em excesso pode matar as leveduras. 3. CONCLUSÃO Por fim, concluímos que nem todas bactérias e leveduras são ruins. Que precisamos delas para poder ter uma fermentação. Que com elas chegamos ao ácido lático e ao etanol. E que sem a bioquímica e biologia não saberíamos nada. 4. REFERÊNCIAS https://www.sobiologia.com.br/conteudos/bioquimica/bioquimica4.php https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/fermentacao-latica https://planetabiologia.com/o-que-e-fermentacao-alcoolica/ https://www.sobiologia.com.br/conteudos/bioquimica/bioquimica3_2.php https://www.clubedosvinhos.com.br/fermentar-para-nascer-o-vinho/ https://www.sobiologia.com.br/conteudos/bioquimica/bioquimica4.php https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/fermentacao-latica https://planetabiologia.com/o-que-e-fermentacao-alcoolica/ https://www.sobiologia.com.br/conteudos/bioquimica/bioquimica3_2.php https://www.clubedosvinhos.com.br/fermentar-para-nascer-o-vinho/
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