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Aula 3.2 - Estratégias saúde da família

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ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE 
E 
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA 
Prof.ª Alane Costa 
Cuiabá-MT 
CONTEXTO HISTÓRICO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA 
 Relatório Dawson – Informe 
oficial do Governo da Grã-
Bretanha que tratava da 
organização do Sistema de 
Serviços de Saúde. 
 Diferenciava três níveis de 
atenção e descrevia as funções 
de cada um (base da 
regionalização). 
 Este arranjo técnico embasou 
a organização dos Serviços de 
vários países. 
CONTEXTO HISTÓRICO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA 
As ideias centrais do Relatório Dawson 
A organização de ações e serviços de saúde, por razões de 
eficiência e custo, deve ser feita com base nas necessidades da 
comunidade, ou da população, porque o aumento crescente da 
complexidade da medicina eleva os custos dos serviços e 
diminui o número de pessoas que podem pagar por eles; 
As ações preventivas e curativas não podem ser separadas, 
devendo ser organizadas de forma integrada e colocadas 
dentro da esfera de atividade dos médicos generalistas, que 
inclui, além do indivíduo, suas famílias e a comunidade; 
CONTEXTO HISTÓRICO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA 
As ações e serviços devem ser acessíveis a todas as classes da 
população; 
Os serviços de saúde de uma população específica devem 
possuir como base um centro primário de saúde, que ofereça 
ações preventivas e curativas a cargo de médicos generalistas 
e de enfermeiros, com o apoio técnico de especialistas 
visitantes; e 
As unidades de saúde devem ser de diferentes tamanhos e 
níveis de complexidade, funcionando de forma integrada, com 
vínculos entre si para o encaminhamento de pacientes. 
CONTEXTO HISTÓRICO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA 
 Conferência Internacional de Cuidados Primários em Saúde – 
Alma Ata – URSS – que propôs que a “Atenção Primária à Saúde 
(APS) é a estratégia fundamental para se alcançar Saúde Para 
Todos no ano 2000”. 
 Carta de Ottawa – 1ª Conferência Internacional sobre Promoção 
da Saúde, propôs que as condições fundamentais para a saúde são: 
paz, lar, educação, alimentação, renda, ecossistema estável, recursos 
sustentáveis, justiça social e equidade. 
 8ª Conferência Nacional de Saúde – Reforma Sanitária no Brasil. 
CONTEXTO HISTÓRICO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA 
 Criação do SUS – “Art. 196 - A Saúde é direito de 
todos e dever do Estado...”. 
 PACS – Programa de Agentes Comunitários de Saúde. 
 PSF – Programa Saúde da Família. 
Cuidados essenciais baseados em métodos práticos, cientificamente bem 
fundamentados e socialmente aceitáveis e em tecnologia de acesso 
universal para indivíduos e suas famílias na comunidade, e a um custo que 
a comunidade e o país possam manter em cada fase de seu 
desenvolvimento, dentro do espírito de autoconfiança e autodeterminação. 
Os cuidados primários são parte integrante tanto do sistema de saúde do 
país, de que são ponto central e o foco principal, como do desenvolvimento 
socioeconômico geral da comunidade. Além de serem o primeiro nível de 
contato de indivíduos, da família e da comunidade com o sistema nacional 
de saúde, aproximando ao máximo possível os serviços de saúde nos 
lugares onde o povo vive e trabalha, constituem também o primeiro 
elemento de um contínuo processo de atendimento em saúde. 
ATENÇÃO PRIMÁRIA 
DEFINIÇÃO 
Organização Mundial da Saúde (1978)
“A atenção primária é aquele nível de um sistema de 
serviço de saúde que oferece a entrada no sistema 
para todas as novas necessidades e problemas, 
fornece atenção sobre a pessoa (não direcionada 
para a enfermidade) no decorrer do tempo, fornece 
atenção para todas as condições, exceto as muito 
incomuns ou raras, e coordena ou integra a atenção 
fornecida em algum outro lugar ou por terceiros”. 
ATENÇÃO PRIMÁRIA 
DEFINIÇÃO 
BASES PARA AVALIAR A ATENÇÃO PRIMÁRIA 
Atenção Primária à Saúde 
(APS) 
 
Atributos Essenciais Atributos Derivados 
Acesso 
Longitudinalidade 
Integralidade 
Coordenação 
Orientação 
Familiar 
Orientação 
Comunitária 
Competência 
Cultural 
ATRIBUTOS ESSENCIAIS DOS SERVIÇOS DE 
ATENÇÃO PRIMÁRIA 
• implica acessibilidade e uso do serviço a cada novo 
problema ou novo episódio de um problema pelo 
qual as pessoas buscam atenção à saúde. 
Primeiro contato/Acessibilidade 
• pressupõe a existência de uma fonte regular de 
atenção e seu uso ao longo do tempo, exigindo a 
delimitação da população às equipes de atenção 
primária. 
Continuidade 
• as unidades de atenção primária devem fazer arranjos para que o 
usuário receba todos os tipos de serviços de acordo com a sua 
necessidade, sendo alguns ofertados dentro do serviço de APS ou 
em outros serviços que compõem o sistema de saúde. Isto inclui o 
encaminhamento para serviços nos diferentes níveis de atenção, 
dentro ou fora do sistema de saúde. 
Integralidade 
• significa garantir alguma forma de continuidade do cuidado que 
possa ocorrer nos diferentes níveis de atenção, de forma a 
reconhecer os problemas que necessitam de segmento consecutivo. 
Significa manter-se responsável por acompanhar o usuário vinculado 
ao serviço de APS, ainda que ele esteja temporariamente sob os 
cuidados de um outro serviço. 
Coordenação 
ATRIBUTOS ESSENCIAIS DOS SERVIÇOS DE 
ATENÇÃO PRIMÁRIA 
ATRIBUTOS DERIVADOS DOS SERVIÇOS DE 
ATENÇÃO PRIMÁRIA 
• Conhecimento dos membros da família e dos problemas de 
saúde dos membros da família. 
Centrado na Família 
• Mecanismos para alcance do conhecimento das necessidades 
de saúde da comunidade, participação nas atividades 
comunitárias e envolvimento comunitário na unidade. 
Orientado para a comunidade 
• Providências para atender a necessidades especiais 
associadas a características culturais e prestação de serviços 
especiais para atender às necessidades culturais. 
Competência cultural 
NO BRASIL: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS) 
= ATENÇÃO BÁSICA (AB) 
A atenção básica é designada como: 
“um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que 
abrangem a promoção e proteção da saúde, a prevenção de 
agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e manutenção da 
saúde. (...) É realizada sob a forma de trabalho em equipe, dirigida 
a populações de territórios delimitados, pelos quais assume a 
responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no 
território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologia de 
elevada complexidade e baixa densidade, que deve resolver os 
problemas mais frequentes (...) e orienta-se pelos princípios de 
universalidade, da acessibilidade e coordenação do cuidado, do 
vínculo e continuidade, da integralidade e responsabilização.” 
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA, 2006 
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA 
A Saúde da Família constitui uma estratégia 
para a organização e fortalecimento da 
Atenção Básica como o primeiro nível de 
atenção à saúde no SUS. 
Procura o fortalecimento da atenção por meio 
da ampliação do acesso, a qualificação e 
reorientação das práticas de saúde 
embasadas na Promoção da Saúde. 
A PRODUÇÃO DO CUIDADO NA 
SAÚDE DA FAMÍLIA 
1.Atenção centrada na 
doença. 
2.Atua sobre a demanda 
espontânea. 
3. Ênfase na medicina 
curativa. 
4.Trata o indivíduo como 
objeto da ação. 
1.Atenção centrada na saúde. 
 
2.Responde à demanda de 
forma continuada e racional. 
3.Ênfase na integralidade da 
assistência. 
4.O indivíduo é sujeito, 
integrado à família, ao 
domicílio, à comunidade. 
5.Baixa capacidade de 
resolver problemas. 
6.Saber e poder centrado no 
profissional de saúde. 
7.Desvinculado da 
comunidade. 
8.Relação custo/benefício 
desvantajosa. 
5.Otimização da capacidade 
de resolver problemas. 
6.Saber e poder centrados na 
equipe e comunidade. 
7.Vinculado à comunidade. 
 
8.Relação custo/benefício 
otimizada. 
A PRODUÇÃO DO CUIDADO NA 
SAÚDE DA FAMÍLIA 
PRINCÍPIOS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA 
ADSCRIÇÃO DE CLIENTELA 
Definição precisa do território de atuação 
TERRITORIALIZAÇÃO 
Mapeamento da área, compreendendo segmentopopulacional 
determinado 
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO 
Cadastramento das famílias e dos indivíduos, gerando dados que 
possibilitem a análise da situação de saúde do território 
PLANEJAMENTO BASEADO NA REALIDADE LOCAL 
Programação das atividades segundo critérios de risco à saúde, 
priorizando solução dos problemas 
CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE 
TRABALHO DA SF 
INTERDISCIPLINARIDADE 
Trabalho interdisciplinar, integrando áreas técnicas e profissionais de 
diferentes formações 
VINCULAÇÃO 
Participação na dinâmica social das famílias assistidas e da própria 
comunidade 
COMPETÊNCIA CULTURAL 
Valorização dos diversos saberes e práticas na perspectiva de uma 
abordagem integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos de 
confiança com ética, compromisso e respeito 
 
CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE 
TRABALHO DA SF 
PARTICIPAÇÃO SOCIAL 
Participação da comunidade no planejamento, execução e avaliação 
das ações 
INTERSETORIALIDADE 
 Trabalho intersetorial, integrando projetos sociais e setores afins, 
voltados para a promoção da saúde 
FORTALECIMENTO DA GESTÃO LOCAL 
Apoio a estratégias de fortalecimento da gestão local 
Equipe mínima: 
1 médico 
1 enfermeiro 
2 auxiliares de enfermagem 
4-6 agentes comunitários 
 (até 12) 
 
A cada ~ 2 equipes mínimas – 1 equipe de saúde bucal (dentista 
e auxiliar). 
CH – 40h semanais para toda equipe. 
Microárea de responsabilidade 
 ~ 750 pessoas 
Área adscrita  800-1000 
famílias (máximo 4000 pessoas) 
EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA 
EQUIPE DE SAÚDE BUCAL 
Modalidade I: 
1 cirurgião dentista 
1 auxiliar em saúde bucal (ASB) 
Modalidade II: 
1 cirurgião dentista 
1 auxiliar em saúde bucal (ASB) 
1 técnico em saúde bucal (TSB) 
Situação de Implantação de Equipes de Saúde da Família, 
Saúde Bucal e Agentes Comunitários de Saúde 
BRASIL - AGOSTO 2011 
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA 
Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011 
A Política Nacional de Atenção Básica traz os 
Princípios, Fundamentos e áreas de atuação da Atenção 
Primária, bem como as Responsabilidades e 
Competências de cada esfera de Gestão; a Infra-
estrutura e as especificidades da Estratégia Saúde da 
Família e as atribuições dos profissionais das Equipes de 
Saúde da Família (ESF), Equipes de Saúde Bucal (ESB) e 
Agentes Comunitários de Saúde (ACS). 
ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES 
DE ATENÇÃO BÁSICA 
Atribuições comuns a todos os profissionais: 
 Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, 
identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades; 
 Manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos no sistema de informação 
indicado pelo gestor municipal e utilizar, de forma sistemática, os dados para a análise da 
situação de saúde considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficas e 
epidemiológicas do território, priorizando as situações a serem acompanhadas no planejamento 
local; 
 Realizar o cuidado da saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito da unidade 
de saúde, e quando necessário no domicílio e nos demais espaços comunitários (escolas, 
associações, entre outros); 
 Realizar ações de atenção a saúde conforme a necessidade de saúde da população local, 
bem como as previstas nas prioridades e protocolos da gestão local; 
 Garantir a atenção a saúde buscando a integralidade por meio da realização de ações de 
promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de agravos; e da garantia de 
atendimento da demanda espontânea, da realização das ações programáticas, coletivas e de 
vigilância à saúde; 
PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 
ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES 
DE ATENÇÃO BÁSICA 
Atribuições comuns a todos os profissionais: 
 Participar do acolhimento dos usuários realizando a escuta qualificada das necessidades de 
saúde, procedendo a primeira avaliação (classificação de risco, avaliação de vulnerabilidade, 
coleta de informações e sinais clínicos) e identificação das necessidades de intervenções de 
cuidado, proporcionando atendimento humanizado, se responsabilizando pela continuidade da 
atenção e viabilizando o estabelecimento do vínculo; 
 Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória e de outros 
agravos e situações de importância local; 
 Responsabilizar-se pela população adscrita, mantendo a coordenação do cuidado mesmo 
quando esta necessita de atenção em outros pontos de atenção do sistema de saúde; 
 Praticar cuidado familiar e dirigido a coletividades e grupos sociais que visa propor 
intervenções que influenciem os processos de saúde-doença dos indivíduos, das famílias, 
coletividades e da própria comunidade; 
 Realizar reuniões de equipes a fim de discutir em conjunto o planejamento e avaliação das 
ações da equipe, a partir da utilização dos dados disponíveis; 
 Acompanhar e avaliar sistematicamente as ações implementadas, visando à readequação do 
processo de trabalho; 
PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 
ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES 
DE ATENÇÃO BÁSICA 
Atribuições comuns a todos os profissionais: 
 Garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de informação na 
Atenção Básica; 
 Realizar trabalho interdisciplinar e em equipe, integrando áreas técnicas e 
profissionais de diferentes formações; 
 Realizar ações de educação em saúde a população adstrita, conforme 
planejamento da equipe; 
 Participar das atividades de educação permanente; 
 Promover a mobilização e a participação da comunidade, buscando efetivar o 
controle social; 
 Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações 
intersetoriais; e 
 Realizar outras ações e atividades a serem definidas de acordo com as prioridades 
locais. 
PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 
ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES 
DE ATENÇÃO BÁSICA 
Médico: 
 Realizar atenção a saúde aos indivíduos sob sua responsabilidade; 
 Realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo na 
UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários 
(escolas, associações, etc.); 
 Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; 
 Encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando fluxos 
locais, mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico do 
usuário; 
 Indicar, de forma compartilhada com outros pontos de atenção, a necessidade de 
internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento 
do usuário; 
 Contribuir, realizar e participar das atividades de Educação Permanente de todos os 
membros da equipe; e 
 Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento 
da UBS. 
PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 
ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES 
DE ATENÇÃO BÁSICA 
Enfermeiro: 
 Realizar atenção a saúde aos indivíduos e famílias cadastradas nas equipes e, quando 
indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, 
associações, etc.), em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, 
idade adulta e terceira idade; 
 Realizar consulta de enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e conforme 
protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, 
municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão, solicitar 
exames complementares, prescrever medicações e encaminhar, quando necessário, usuários 
a outros serviços; 
 Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; 
 Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS em conjunto com os 
outros membros da equipe; 
 Contribuir, participar, e realizar atividades de educação permanente da equipe de 
enfermagem e outros membrosda equipe; e 
 Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento 
da UBS. 
PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 
ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES 
DE ATENÇÃO BÁSICA 
Auxiliar e do Técnico de Enfermagem: 
 Participar das atividades de atenção realizando procedimentos 
regulamentados no exercício de sua profissão na UBS e, quando 
indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços 
comunitários (escolas, associações, etc.); 
 Realizar atividades programadas e de atenção à demanda 
espontânea; 
 Realizar ações de educação em saúde a população adstrita, 
conforme planejamento da equipe; 
 Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o 
adequado funcionamento da UBS; e 
 Contribuir, participar e realizar atividades de educação permanente. 
PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 
ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES 
DE ATENÇÃO BÁSICA 
Agente Comunitário de Saúde: 
 Trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida, a 
microárea; 
 Cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros 
atualizados; 
 Orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis; 
 Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; 
 Acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob 
sua responsabilidade. As visitas deverão ser programadas em conjunto com a 
equipe, considerando os critérios de risco e vulnerabilidade de modo que 
famílias com maior necessidade sejam visitadas mais vezes, mantendo como 
referência a média de uma visita/família/mês; 
PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 
ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES 
DE ATENÇÃO BÁSICA 
Agente Comunitário de Saúde: 
 Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a 
população adscrita à UBS, considerando as características e as finalidades do trabalho 
de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou coletividade; 
 Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e 
agravos e de vigilância à saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações 
educativas individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade, como por exemplo, 
combate à Dengue, malária, leishmaniose, entre outras, mantendo a equipe informada, 
principalmente a respeito das situações de risco; e 
 Estar em contato permanente com as famílias, desenvolvendo ações educativas, 
visando à promoção da saúde, à prevenção das doenças, e ao acompanhamento das 
pessoas com problemas de saúde, bem como ao acompanhamento das 
condicionalidades do Programa Bolsa Família ou de qualquer outro programa similar 
de transferência de renda e enfrentamento de vulnerabilidades implantado pelo 
Governo Federal, estadual e municipal de acordo com o planejamento da equipe. 
PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 
FUNCIONAMENTO DO PSF 
Agente Comunitário de Saúde 
 Vão nas casas de todos as famílias que se cadastraram; 
não vão nas que são “recusas” ou que estão em casa durante 
o dia apenas nos finais de semana. 
 Reuniões diárias (1/2 - 1 hora) e/ou semanais (2 a 4 
horas) para passar os casos e organizar as demandas. 
 ACS devem trabalhar para PROMOÇÃO DA SAÚDE: nas 
visitas, nos grupos, nas atividades comunitárias. 
 Vigilância epidemiológica e sanitária. 
FUNCIONAMENTO DO PSF 
Médicos 
 Consultas: agendadas ou acolhimento. 
 Visitas Domiciliares (VDs): acamados, famílias disfuncionais, 
situações específicas, aprofundamento do caso, etc... 
 Grupos educativos ou de autoajuda: cuidadores, tabagismo, 
reeducação alimentar, crianças, hipertensos e diabéticos, 
caminhada, etc... 
 Capacitação permanente da equipe. 
 Vigilância epidemiológica e sanitária. 
FUNCIONAMENTO DO PSF 
Enfermeiros 
 Acolhimento. 
 Consulta de gestantes e crianças. 
 Visitas Domiciliares: RN, acamados, bloqueios. 
 Gerenciamento de Recursos Humanos das equipes. 
 Coleta de exames. 
 Grupos. 
 Vigilância epidemiológica e sanitária. 
 Capacitação constante das equipes. 
FUNCIONAMENTO DO PSF 
Auxiliar de Enfermagem 
 Papanicolau – incentivar para a coleta. 
 Acolhimento. 
 Curativo, inalação, protocolo de exames/referências, vacinas, 
medicações, etc... 
 Grupos. 
 Visitas Domiciliares: curativos, sondas, pressão arterial, glicemia 
capilar, cuidados gerais. 
 Vigilância epidemiológica e sanitária. 
FUNCIONAMENTO DO PSF 
6 Prioridades 
 Tuberculose 
 Hanseníase 
 Hipertensão 
 Diabetes 
 Crianças menores de 2 anos 
 Gestantes 
ATENÇÃO PRIMÁRIA E O SUS 
Saúde da família é uma estratégia correta com 
problemas de curso; 
Equipe SF é interdisciplinar – fortalecer Clínica 
Ampliada e Apoio Matricial; 
Cobertura (50%) baixa – 30.000 equipes = 
100 milhões de pessoas – estender a 80% da 
população. 
Gastão Wagner 
ATENÇÃO PRIMÁRIA E O SUS 
Financiamento insuficiente (70% responsabilidade 
das prefeituras) – ampliar orçamento federal e 
estadual; 
Política e desenvolvimento pessoal inadequados: 
reforçar papel das Secretarias de Estado – criar 
carreira e organização específicos para o SUS. 
Formação e educação continuada. 
Gastão Wagner 
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a 
Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas 
para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e 
o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). 
FAUSTO, M. C. R.; MATTA, G. C. Atenção Primária à Saúde: histórico e perspectivas. 
In: MOROSINI, M. V. G. C.; CORBO, A. D. Modelos de atenção à saúde e a saúde da 
família. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz, 2007. p. 43-67. 
GIOVANELLA, L.; MENDONÇA, M. H. M. de. Atenção Primária à Saúde. In: ESCOREL, 
S.; LOBATO, L. de V. C.; NORONHA, J. C. de; CARVALHO, A. I. de (Orgs.). Políticas e 
Sistema de Saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2008. p. 575-625. 
RODRIGUES, P. H.; SANTOS, I. S. Organização dos serviços de saúde. In: ______. 
Saúde e Cidadania: uma visão histórica e comparada do SUS. São Paulo: Atheneu, 
2009. p. 47-61. 
STARFIELD, B. Atenção Primária e sua Relação com a Saúde. In: ______. Atenção 
Primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: 
UNESCO, Ministério da Saúde, 2002. p. 19-42. 
...o fracasso em reconhecer que os 
resultados de observações especializadas 
são, quando muito, apenas verdades 
parciais, que precisam ser corrigidas com 
fatos obtidos por estudo mais amplo. 
...Não existe membro mais perigoso da 
nossa profissão do que aqueles nela 
nascidos, os especialistas. 
Osler, 1892

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