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ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE E ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA Prof.ª Alane Costa Cuiabá-MT CONTEXTO HISTÓRICO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA Relatório Dawson – Informe oficial do Governo da Grã- Bretanha que tratava da organização do Sistema de Serviços de Saúde. Diferenciava três níveis de atenção e descrevia as funções de cada um (base da regionalização). Este arranjo técnico embasou a organização dos Serviços de vários países. CONTEXTO HISTÓRICO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA As ideias centrais do Relatório Dawson A organização de ações e serviços de saúde, por razões de eficiência e custo, deve ser feita com base nas necessidades da comunidade, ou da população, porque o aumento crescente da complexidade da medicina eleva os custos dos serviços e diminui o número de pessoas que podem pagar por eles; As ações preventivas e curativas não podem ser separadas, devendo ser organizadas de forma integrada e colocadas dentro da esfera de atividade dos médicos generalistas, que inclui, além do indivíduo, suas famílias e a comunidade; CONTEXTO HISTÓRICO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA As ações e serviços devem ser acessíveis a todas as classes da população; Os serviços de saúde de uma população específica devem possuir como base um centro primário de saúde, que ofereça ações preventivas e curativas a cargo de médicos generalistas e de enfermeiros, com o apoio técnico de especialistas visitantes; e As unidades de saúde devem ser de diferentes tamanhos e níveis de complexidade, funcionando de forma integrada, com vínculos entre si para o encaminhamento de pacientes. CONTEXTO HISTÓRICO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA Conferência Internacional de Cuidados Primários em Saúde – Alma Ata – URSS – que propôs que a “Atenção Primária à Saúde (APS) é a estratégia fundamental para se alcançar Saúde Para Todos no ano 2000”. Carta de Ottawa – 1ª Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, propôs que as condições fundamentais para a saúde são: paz, lar, educação, alimentação, renda, ecossistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade. 8ª Conferência Nacional de Saúde – Reforma Sanitária no Brasil. CONTEXTO HISTÓRICO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA Criação do SUS – “Art. 196 - A Saúde é direito de todos e dever do Estado...”. PACS – Programa de Agentes Comunitários de Saúde. PSF – Programa Saúde da Família. Cuidados essenciais baseados em métodos práticos, cientificamente bem fundamentados e socialmente aceitáveis e em tecnologia de acesso universal para indivíduos e suas famílias na comunidade, e a um custo que a comunidade e o país possam manter em cada fase de seu desenvolvimento, dentro do espírito de autoconfiança e autodeterminação. Os cuidados primários são parte integrante tanto do sistema de saúde do país, de que são ponto central e o foco principal, como do desenvolvimento socioeconômico geral da comunidade. Além de serem o primeiro nível de contato de indivíduos, da família e da comunidade com o sistema nacional de saúde, aproximando ao máximo possível os serviços de saúde nos lugares onde o povo vive e trabalha, constituem também o primeiro elemento de um contínuo processo de atendimento em saúde. ATENÇÃO PRIMÁRIA DEFINIÇÃO Organização Mundial da Saúde (1978) “A atenção primária é aquele nível de um sistema de serviço de saúde que oferece a entrada no sistema para todas as novas necessidades e problemas, fornece atenção sobre a pessoa (não direcionada para a enfermidade) no decorrer do tempo, fornece atenção para todas as condições, exceto as muito incomuns ou raras, e coordena ou integra a atenção fornecida em algum outro lugar ou por terceiros”. ATENÇÃO PRIMÁRIA DEFINIÇÃO BASES PARA AVALIAR A ATENÇÃO PRIMÁRIA Atenção Primária à Saúde (APS) Atributos Essenciais Atributos Derivados Acesso Longitudinalidade Integralidade Coordenação Orientação Familiar Orientação Comunitária Competência Cultural ATRIBUTOS ESSENCIAIS DOS SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA • implica acessibilidade e uso do serviço a cada novo problema ou novo episódio de um problema pelo qual as pessoas buscam atenção à saúde. Primeiro contato/Acessibilidade • pressupõe a existência de uma fonte regular de atenção e seu uso ao longo do tempo, exigindo a delimitação da população às equipes de atenção primária. Continuidade • as unidades de atenção primária devem fazer arranjos para que o usuário receba todos os tipos de serviços de acordo com a sua necessidade, sendo alguns ofertados dentro do serviço de APS ou em outros serviços que compõem o sistema de saúde. Isto inclui o encaminhamento para serviços nos diferentes níveis de atenção, dentro ou fora do sistema de saúde. Integralidade • significa garantir alguma forma de continuidade do cuidado que possa ocorrer nos diferentes níveis de atenção, de forma a reconhecer os problemas que necessitam de segmento consecutivo. Significa manter-se responsável por acompanhar o usuário vinculado ao serviço de APS, ainda que ele esteja temporariamente sob os cuidados de um outro serviço. Coordenação ATRIBUTOS ESSENCIAIS DOS SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA ATRIBUTOS DERIVADOS DOS SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA • Conhecimento dos membros da família e dos problemas de saúde dos membros da família. Centrado na Família • Mecanismos para alcance do conhecimento das necessidades de saúde da comunidade, participação nas atividades comunitárias e envolvimento comunitário na unidade. Orientado para a comunidade • Providências para atender a necessidades especiais associadas a características culturais e prestação de serviços especiais para atender às necessidades culturais. Competência cultural NO BRASIL: ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS) = ATENÇÃO BÁSICA (AB) A atenção básica é designada como: “um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e manutenção da saúde. (...) É realizada sob a forma de trabalho em equipe, dirigida a populações de territórios delimitados, pelos quais assume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. Utiliza tecnologia de elevada complexidade e baixa densidade, que deve resolver os problemas mais frequentes (...) e orienta-se pelos princípios de universalidade, da acessibilidade e coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da integralidade e responsabilização.” POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA, 2006 ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA A Saúde da Família constitui uma estratégia para a organização e fortalecimento da Atenção Básica como o primeiro nível de atenção à saúde no SUS. Procura o fortalecimento da atenção por meio da ampliação do acesso, a qualificação e reorientação das práticas de saúde embasadas na Promoção da Saúde. A PRODUÇÃO DO CUIDADO NA SAÚDE DA FAMÍLIA 1.Atenção centrada na doença. 2.Atua sobre a demanda espontânea. 3. Ênfase na medicina curativa. 4.Trata o indivíduo como objeto da ação. 1.Atenção centrada na saúde. 2.Responde à demanda de forma continuada e racional. 3.Ênfase na integralidade da assistência. 4.O indivíduo é sujeito, integrado à família, ao domicílio, à comunidade. 5.Baixa capacidade de resolver problemas. 6.Saber e poder centrado no profissional de saúde. 7.Desvinculado da comunidade. 8.Relação custo/benefício desvantajosa. 5.Otimização da capacidade de resolver problemas. 6.Saber e poder centrados na equipe e comunidade. 7.Vinculado à comunidade. 8.Relação custo/benefício otimizada. A PRODUÇÃO DO CUIDADO NA SAÚDE DA FAMÍLIA PRINCÍPIOS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA ADSCRIÇÃO DE CLIENTELA Definição precisa do território de atuação TERRITORIALIZAÇÃO Mapeamento da área, compreendendo segmentopopulacional determinado DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO Cadastramento das famílias e dos indivíduos, gerando dados que possibilitem a análise da situação de saúde do território PLANEJAMENTO BASEADO NA REALIDADE LOCAL Programação das atividades segundo critérios de risco à saúde, priorizando solução dos problemas CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE TRABALHO DA SF INTERDISCIPLINARIDADE Trabalho interdisciplinar, integrando áreas técnicas e profissionais de diferentes formações VINCULAÇÃO Participação na dinâmica social das famílias assistidas e da própria comunidade COMPETÊNCIA CULTURAL Valorização dos diversos saberes e práticas na perspectiva de uma abordagem integral e resolutiva, possibilitando a criação de vínculos de confiança com ética, compromisso e respeito CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE TRABALHO DA SF PARTICIPAÇÃO SOCIAL Participação da comunidade no planejamento, execução e avaliação das ações INTERSETORIALIDADE Trabalho intersetorial, integrando projetos sociais e setores afins, voltados para a promoção da saúde FORTALECIMENTO DA GESTÃO LOCAL Apoio a estratégias de fortalecimento da gestão local Equipe mínima: 1 médico 1 enfermeiro 2 auxiliares de enfermagem 4-6 agentes comunitários (até 12) A cada ~ 2 equipes mínimas – 1 equipe de saúde bucal (dentista e auxiliar). CH – 40h semanais para toda equipe. Microárea de responsabilidade ~ 750 pessoas Área adscrita 800-1000 famílias (máximo 4000 pessoas) EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA EQUIPE DE SAÚDE BUCAL Modalidade I: 1 cirurgião dentista 1 auxiliar em saúde bucal (ASB) Modalidade II: 1 cirurgião dentista 1 auxiliar em saúde bucal (ASB) 1 técnico em saúde bucal (TSB) Situação de Implantação de Equipes de Saúde da Família, Saúde Bucal e Agentes Comunitários de Saúde BRASIL - AGOSTO 2011 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011 A Política Nacional de Atenção Básica traz os Princípios, Fundamentos e áreas de atuação da Atenção Primária, bem como as Responsabilidades e Competências de cada esfera de Gestão; a Infra- estrutura e as especificidades da Estratégia Saúde da Família e as atribuições dos profissionais das Equipes de Saúde da Família (ESF), Equipes de Saúde Bucal (ESB) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS). ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA Atribuições comuns a todos os profissionais: Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe, identificando grupos, famílias e indivíduos expostos a riscos e vulnerabilidades; Manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos no sistema de informação indicado pelo gestor municipal e utilizar, de forma sistemática, os dados para a análise da situação de saúde considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do território, priorizando as situações a serem acompanhadas no planejamento local; Realizar o cuidado da saúde da população adscrita, prioritariamente no âmbito da unidade de saúde, e quando necessário no domicílio e nos demais espaços comunitários (escolas, associações, entre outros); Realizar ações de atenção a saúde conforme a necessidade de saúde da população local, bem como as previstas nas prioridades e protocolos da gestão local; Garantir a atenção a saúde buscando a integralidade por meio da realização de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde e prevenção de agravos; e da garantia de atendimento da demanda espontânea, da realização das ações programáticas, coletivas e de vigilância à saúde; PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA Atribuições comuns a todos os profissionais: Participar do acolhimento dos usuários realizando a escuta qualificada das necessidades de saúde, procedendo a primeira avaliação (classificação de risco, avaliação de vulnerabilidade, coleta de informações e sinais clínicos) e identificação das necessidades de intervenções de cuidado, proporcionando atendimento humanizado, se responsabilizando pela continuidade da atenção e viabilizando o estabelecimento do vínculo; Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória e de outros agravos e situações de importância local; Responsabilizar-se pela população adscrita, mantendo a coordenação do cuidado mesmo quando esta necessita de atenção em outros pontos de atenção do sistema de saúde; Praticar cuidado familiar e dirigido a coletividades e grupos sociais que visa propor intervenções que influenciem os processos de saúde-doença dos indivíduos, das famílias, coletividades e da própria comunidade; Realizar reuniões de equipes a fim de discutir em conjunto o planejamento e avaliação das ações da equipe, a partir da utilização dos dados disponíveis; Acompanhar e avaliar sistematicamente as ações implementadas, visando à readequação do processo de trabalho; PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA Atribuições comuns a todos os profissionais: Garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas de informação na Atenção Básica; Realizar trabalho interdisciplinar e em equipe, integrando áreas técnicas e profissionais de diferentes formações; Realizar ações de educação em saúde a população adstrita, conforme planejamento da equipe; Participar das atividades de educação permanente; Promover a mobilização e a participação da comunidade, buscando efetivar o controle social; Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais; e Realizar outras ações e atividades a serem definidas de acordo com as prioridades locais. PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA Médico: Realizar atenção a saúde aos indivíduos sob sua responsabilidade; Realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações, etc.); Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; Encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando fluxos locais, mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário; Indicar, de forma compartilhada com outros pontos de atenção, a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário; Contribuir, realizar e participar das atividades de Educação Permanente de todos os membros da equipe; e Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS. PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA Enfermeiro: Realizar atenção a saúde aos indivíduos e famílias cadastradas nas equipes e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações, etc.), em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade; Realizar consulta de enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão, solicitar exames complementares, prescrever medicações e encaminhar, quando necessário, usuários a outros serviços; Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS em conjunto com os outros membros da equipe; Contribuir, participar, e realizar atividades de educação permanente da equipe de enfermagem e outros membrosda equipe; e Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS. PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA Auxiliar e do Técnico de Enfermagem: Participar das atividades de atenção realizando procedimentos regulamentados no exercício de sua profissão na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações, etc.); Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; Realizar ações de educação em saúde a população adstrita, conforme planejamento da equipe; Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS; e Contribuir, participar e realizar atividades de educação permanente. PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA Agente Comunitário de Saúde: Trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida, a microárea; Cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros atualizados; Orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis; Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; Acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob sua responsabilidade. As visitas deverão ser programadas em conjunto com a equipe, considerando os critérios de risco e vulnerabilidade de modo que famílias com maior necessidade sejam visitadas mais vezes, mantendo como referência a média de uma visita/família/mês; PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA Agente Comunitário de Saúde: Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à UBS, considerando as características e as finalidades do trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou coletividade; Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e agravos e de vigilância à saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade, como por exemplo, combate à Dengue, malária, leishmaniose, entre outras, mantendo a equipe informada, principalmente a respeito das situações de risco; e Estar em contato permanente com as famílias, desenvolvendo ações educativas, visando à promoção da saúde, à prevenção das doenças, e ao acompanhamento das pessoas com problemas de saúde, bem como ao acompanhamento das condicionalidades do Programa Bolsa Família ou de qualquer outro programa similar de transferência de renda e enfrentamento de vulnerabilidades implantado pelo Governo Federal, estadual e municipal de acordo com o planejamento da equipe. PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 FUNCIONAMENTO DO PSF Agente Comunitário de Saúde Vão nas casas de todos as famílias que se cadastraram; não vão nas que são “recusas” ou que estão em casa durante o dia apenas nos finais de semana. Reuniões diárias (1/2 - 1 hora) e/ou semanais (2 a 4 horas) para passar os casos e organizar as demandas. ACS devem trabalhar para PROMOÇÃO DA SAÚDE: nas visitas, nos grupos, nas atividades comunitárias. Vigilância epidemiológica e sanitária. FUNCIONAMENTO DO PSF Médicos Consultas: agendadas ou acolhimento. Visitas Domiciliares (VDs): acamados, famílias disfuncionais, situações específicas, aprofundamento do caso, etc... Grupos educativos ou de autoajuda: cuidadores, tabagismo, reeducação alimentar, crianças, hipertensos e diabéticos, caminhada, etc... Capacitação permanente da equipe. Vigilância epidemiológica e sanitária. FUNCIONAMENTO DO PSF Enfermeiros Acolhimento. Consulta de gestantes e crianças. Visitas Domiciliares: RN, acamados, bloqueios. Gerenciamento de Recursos Humanos das equipes. Coleta de exames. Grupos. Vigilância epidemiológica e sanitária. Capacitação constante das equipes. FUNCIONAMENTO DO PSF Auxiliar de Enfermagem Papanicolau – incentivar para a coleta. Acolhimento. Curativo, inalação, protocolo de exames/referências, vacinas, medicações, etc... Grupos. Visitas Domiciliares: curativos, sondas, pressão arterial, glicemia capilar, cuidados gerais. Vigilância epidemiológica e sanitária. FUNCIONAMENTO DO PSF 6 Prioridades Tuberculose Hanseníase Hipertensão Diabetes Crianças menores de 2 anos Gestantes ATENÇÃO PRIMÁRIA E O SUS Saúde da família é uma estratégia correta com problemas de curso; Equipe SF é interdisciplinar – fortalecer Clínica Ampliada e Apoio Matricial; Cobertura (50%) baixa – 30.000 equipes = 100 milhões de pessoas – estender a 80% da população. Gastão Wagner ATENÇÃO PRIMÁRIA E O SUS Financiamento insuficiente (70% responsabilidade das prefeituras) – ampliar orçamento federal e estadual; Política e desenvolvimento pessoal inadequados: reforçar papel das Secretarias de Estado – criar carreira e organização específicos para o SUS. Formação e educação continuada. Gastão Wagner REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). FAUSTO, M. C. R.; MATTA, G. C. Atenção Primária à Saúde: histórico e perspectivas. In: MOROSINI, M. V. G. C.; CORBO, A. D. Modelos de atenção à saúde e a saúde da família. Rio de Janeiro: EPSJV/Fiocruz, 2007. p. 43-67. GIOVANELLA, L.; MENDONÇA, M. H. M. de. Atenção Primária à Saúde. In: ESCOREL, S.; LOBATO, L. de V. C.; NORONHA, J. C. de; CARVALHO, A. I. de (Orgs.). Políticas e Sistema de Saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2008. p. 575-625. RODRIGUES, P. H.; SANTOS, I. S. Organização dos serviços de saúde. In: ______. Saúde e Cidadania: uma visão histórica e comparada do SUS. São Paulo: Atheneu, 2009. p. 47-61. STARFIELD, B. Atenção Primária e sua Relação com a Saúde. In: ______. Atenção Primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO, Ministério da Saúde, 2002. p. 19-42. ...o fracasso em reconhecer que os resultados de observações especializadas são, quando muito, apenas verdades parciais, que precisam ser corrigidas com fatos obtidos por estudo mais amplo. ...Não existe membro mais perigoso da nossa profissão do que aqueles nela nascidos, os especialistas. Osler, 1892
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