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Aula2.1 - Normalização - cap3

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Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Leslie M. F. Roman – Gesthab
Margaret S. S. Jobim – UFSM
Humberto R. Roman – UFSC
Normalização na construção civil
Capítulo 3
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Este capítulo apresenta os conceitos e a sistemática 
utilizada nos processos de normalização e avaliação da 
conformidade utilizados no Brasil, mais especificamente na 
construção civil. 
1. INTRODUÇÃO
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Normalizar é padronizar atividades específicas e repetitivas. É 
uma maneira de organizar as atividades por meio da criação e 
utilização de regras ou normas. 
A normalização técnica tem como objetivo contribuir nos 
seguintes aspectos: 
a) Qualidade;
b) Produtividade;
c) Tecnologia;
d) Marketing;
e) Eliminação de barreiras técnicas e comerciais. 
Objetivo da normalização
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Normas Técnicas: documentos aprovados por uma instituição 
reconhecida, que prevê, para um uso comum e repetitivo, 
regras, diretrizes ou características para os produtos ou 
processos e métodos de produção conexos, cuja observância 
não é obrigatória, a não ser quando explicitadas em um 
instrumento do Poder Público (lei, decreto, portaria, normativa, 
etc.) ou quando citadas em contratos. 
Conceitos
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Conceitos
Normas Regulamentadoras (NR): documentos aprovados por 
órgãos governamentais em que se estabelecem as 
características de um produto ou dos processos e métodos de 
produção com eles relacionados, com inclusão das disposições 
administrativas aplicáveis e cuja observância é obrigatória. 
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Os níveis de normalização são estabelecidos pela abrangência 
das normas em relação às áreas geográficas. A abrangência 
aumenta da base para o topo da pirâmide.
Níveis de normalização
Figura 1 – Pirâmide de abrangência da normalização
Empresarial
Associações
Nacionais
Regional
Internacional
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Normas Empresariais – são as normas elaboradas e aprovadas 
visando à padronização de serviços em uma empresa ou em 
um grupo de empresas;
Normas de Associação – são as normas elaboradas e 
publicadas por uma associação representante de um 
determinado setor, a fim de estabelecer parâmetros a serem 
seguidos por todas as empresas a ela associadas. 
Normas nacionais, do Mercosul e 
internacionais
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São as normas editadas por uma organização nacional de 
normas. 
No Brasil, as normas brasileiras são os documentos elaborados 
segundo procedimentos definidos pela ABNT (Associação 
Brasileira de Normas Técnicas), Fórum Nacional de 
Normalização Voluntária. 
As normas brasileiras são identificadas pela ABNT com a sigla 
NBR número/ano e são reconhecidas no território nacional. 
Normas nacionais
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São estabelecidas por um organismo regional de normalização, 
para aplicação em um conjunto de países. São normas 
regionais: 
Normas do Mercosul – desenvolvidas pela AMN (Associação 
Mercosul de Normalização), elaboradas através dos CSM 
(Comitês Setoriais Mercosul).
Normas COPANT (Comissão Pan-Americana de Normas 
Técnicas) – elaboradas nos seus comitês técnicos, por meio 
dos ABNT/CB e ONS. 
Normas regionais
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São normas técnicas estabelecidas por um organismo 
internacional de normalização, resultantes da cooperação e de 
acordos entre grande número de nações independentes, com 
interesses comuns. 
Normas internacionais
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São aquelas elaboradas e editadas pela Organização 
Internacional de Padronização (Internacional Organization for 
Standardization). 
Fazem parte da ISO institutos de normalizações nacionais de 
mais de cem países do mundo, entre eles o Brasil, representado 
pela ABNT. 
Normas ISO
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A série ISO 9000 é formada pelas seguintes normas:
NBR ISO 9000 – descreve os fundamentos de sistemas de 
gestão da qualidade e estabelece a terminologia para esses 
sistemas;
NBR ISO 9001 – especifica requisitos para um sistema de 
gestão da qualidade; 
NBR ISO 9004 – fornece diretrizes que consideram tanto a 
eficácia, como a eficiência de sistemas de gestão da qualidade.
Série de normas ISO 9000
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1. Foco no cliente;
2. Liderança;
3. Abordagem factual para tomada de decisão;
4. Envolvimento das pessoas;
5. Abordagem de processo;
6. Abordagem sistêmica para a gestão;
7. Melhoria contínua;
8. Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores. 
Princípios básicos das normas ISO
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Além da ISO 9000, existe a série ISO 14000, voltada para o 
meio ambiente. 
Essa norma é de grande importância no momento em que a 
humanidade passa por alterações climáticas devido ao descaso 
para com os aspectos ambientais. 
Série de normas ISO 14000
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A série 14000 é formada por três normas:
NBR ISO 14000 – descreve os fundamentos de sistemas de 
gestão ambiental e estabelece a terminologia para esses 
sistemas;
NBR ISO 14001 – especifica requisitos para um sistema de 
gestão ambiental;
NBR ISO 14004 – fornece diretrizes que consideram tanto a 
eficácia, como a eficiência de sistemas de gestão ambiental. 
Série de normas ISO 14000
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O processo de elaboração das normas brasileiras dentro da 
ABNT é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (CB). 
A elaboração de normas nacionais inicia-se com a identificação 
da necessidade do estabelecimento de padrões técnicos 
nacionais para produtos, serviços, métodos de ensaio ou de 
amostragem. 
Na seqüência, o tema é enviado para o comitê técnico 
responsável, onde é criada uma Comissão de Estudos (CE). 
Uma vez que este tenha sido obtido, o projeto é submetido à 
consulta pública por um período de tempo preestabelecido. 
2. PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE 
NORMAS BRASILEIRAS
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CB-02 - elaboração das normas técnicas de componentes, 
elementos, produtos ou serviços utilizados na construção civil 
(planejamento, projeto, execução, métodos de ensaio, 
armazenamento, transporte, operação, uso e manutenção e 
necessidades do usuário, subdivididas setorialmente); 
CB-18 - normalização no setor de cimento, concreto e 
agregados, compreendendo dosagem de concreto, pastas e 
argamassas; aditivos, adesivos, águas e elastômeros 
(terminologia, requisitos, métodos de ensaio e generalidades). 
3. NORMALIZAÇÃO BRASILEIRA NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL
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Existem sete tipos de normas elaboradas pela ABNT:
1. Classificação - ordena, designa, distribui e/ou subdivide 
conceitos, materiais ou objetos;
2. Procedimento - fixa rotinas e/ou condições para a execução de 
cálculos, projetos, obras, serviços e instalações; emprego de 
materiais e produtos industriais; rotinas administrativas; 
elaboração de documentos em geral, inclusive desenho; 
segurança na execução ou na utilização de obras, equipamentos, 
instalações ou processos; 
3. Padronização - restringe a variedade pelo estabelecimento de 
um conjunto metódico e preciso de condições a serem satisfeitas, 
com o objetivo de uniformizar as característicasgeométricas e/ou 
físicas de elementos de fabricação, produtos semi-acabados, 
desenhos e projetos; 
Tipos de normas
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4. Simbologia - fixa convenções gráficas, ou seja, símbolos, que 
devem ser associados a produtos e indicações de serviços; 
5. Terminologia - define, relaciona e/ou dá equivalência em 
diversas línguas de termos técnicos empregados, visando ao 
estabelecimento de uma linguagem uniforme;
6. Especificação - fixa as características físicas, químicas, etc. de 
materiais, processos, componentes, equipamentos e elementos 
de construção, bem como as condições exigíveis para aceitação 
e/ou rejeição de matérias-primas, produtos semi-acabados ou 
acabados; 
7. Método de Ensaio - prescreve a maneira de determinar ou 
verificar as características, condições ou requisitos exigidos de 
material ou produto e obra ou instalação. 
Tipos de normas
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As normas têm uma função orientadora e purificadora no 
mercado e sempre foram obrigatórias. 
As normas são recomendações, com base na melhor técnica 
disponível e certificada num determinado momento, para se 
atingir um resultado satisfatório. 
As normas continuam valendo como padrões mínimos de 
referência.
Responsabilidade profissional do 
engenheiro em relação às normas
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Consiste em verificar se um determinado processo, serviço 
ou produto está de acordo com requisitos especificados. 
Os requisitos podem ser uma norma ou regulamento 
técnico ou qualquer outro parâmetro preestabelecido pela 
empresa ou pelo consumidor. 
4. PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA 
CONFORMIDADE DE MATERIAIS
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1. Estabelecer com o consumidor uma relação de confiança de 
que o produto, processo ou serviço está em conformidade 
com os requisitos selecionados;
2. Assegurar ao consumidor que o produto, processo ou 
serviço está de acordo com as normas ou regulamentos 
previamente estabelecidos;
3. Apontar ao empresário as características que seu produto 
deve ter para que atenda às referidas normas ou 
regulamentos;
4. Indicar ao empresário as necessidades de melhorias para 
aumentar a aceitação do produto no mercado, tornando-o, 
conseqüentemente, mais competitivo. 
Objetivos da avaliação de conformidade
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1. Selecionar normas ou regulamentos;
2. Coletar amostras, realizar ensaios;
3. Realizar inspeções;
4. Realizar auditorias no Sistema de Gestão da Qualidade 
da empresa;
5. Avaliar e acompanhar o produto no mercado. 
Ações no processo de avaliação da 
qualidade
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1. Inspeção: processo de medir, ensaiar ou examinar um produto 
ou serviço:
por atributo: usada quando a conformidade não é medida, mas 
apenas rotulada (por exemplo, a análise da presença de 
manchas ou de trincas);
por variável: usada onde a característica avaliada é mensurável, 
como, por exemplo, a avaliação das dimensões, da resistência, 
entre outras;
2. Auditoria: usada para avaliar se as atividades desenvolvidas na 
empresa estão de acordo com o que foi planejado, se o 
planejamento foi eficazmente implementado e se os objetivos 
traçados pela empresa poderão ser atingidos. 
Formas de avaliar a qualidade de um 
produto
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1. Auditoria de Primeira Parte: também conhecida como Auditoria 
Interna. É conduzida pela organização nos seus próprios 
sistemas. 
O propósito é garantir à administração que os sistemas de 
gestão da qualidade estão promovendo a consecução dos 
objetivos da qualidade. 
O documento, rótulo ou outro meio equivalente por meio do 
qual o fornecedor atesta que um produto, serviço, processo ou 
sistema está em conformidade com os requisitos especificados 
é denominado Declaração do fornecedor.
Classificação das auditorias
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2. Auditoria de Segunda Parte: é a Auditoria de Fornecedor, 
conduzida por uma organização em outra com a qual a 
organização auditora tem, ou pretende ter, um contrato de 
compra de bens ou serviços. 
O propósito é assegurar à organização compradora que o 
fornecedor pode sustentar a entrega de produtos ou serviços. 
A declaração fornecida de que o produto, serviço ou processo 
adquirido está em conformidade com os requisitos normativos 
ou estabelecidos no contrato é conhecida como Declaração do 
comprador.
Classificação das auditorias
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3. Auditoria de Terceira Parte: é conduzida por uma agência 
independente, acreditada pelo INMETRO (Instituto Nacional de 
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial). 
O propósito da auditoria é garantir que o Sistema de Gestão da 
Qualidade está de acordo com uma norma nacional ou 
internacional, como a NBR ISO 9001. 
A declaração feita pela organização independente é chamada 
de Certificação. 
Classificação das auditorias
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Documento emitido – documento onde está explicitado o 
produto, processo ou serviço avaliado, a norma à qual atende, a 
data de emissão e a data de validade do documento;
Marca de conformidade – símbolo que atesta a conformidade 
de um produto com a Norma Brasileira ou especificações 
solidamente definidas, bem como atesta que sua fabricação 
está sob um controle contínuo do fabricante; 
Banco de dados informatizados: divulgação dos produtos em 
conformidade com os requisitos avaliados em banco de dados.
Formas de declaração da conformidade
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É denominada de Certificação de Produto e pode ser entendida 
como a garantia dada por um organismo independente de que o 
produto está conforme os requisitos técnicos estabelecidos. 
A certificação de produto somente é viável quando existem 
normas técnicas de Especificação e de ensaios aplicáveis, além 
de laboratórios qualificados para a sua realização.
Para a maioria dos produtos a certificação é voluntária; porém, 
muitas empresas a buscam por exigência de mercado ou por 
decisão estratégica. 
O INMETRO considera compulsória a certificação dos produtos 
cuja falha coloque em risco a vida humana (por exemplo, os 
extintores de incêndio) ou o meio ambiente.
Certificação de materiais na construção civil
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Além da Certificação de Produto, existem ainda mais dois tipos 
de certificação:
Certificação de Sistema – garantia dada por um organismo 
independente de que uma organização implementou um 
sistema de gestão e o mantém em conformidade com 
requisitos normativos (qualquer tipo de empresa pode ter seu 
sistema acreditado);
Certificação de Pessoal – garantia dada por um organismo 
independente de que um profissional tem competência, 
habilidade e conhecimento para executar uma determinada 
função. Atualmente, não existem programas de Certificação de 
Pessoal na Construção Civil. 
Certificação de materiais na construção civil
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1. Demonstrar a existência de regras de mercado que devem ser 
seguidas por todos os fornecedores, sem exceção, propiciando 
a concorrência justa;
2. Declarar externamente de forma independente a qualidade dos 
produtos e serviços perante os diversos mercados;
3. Minimizar os erros de produção e a oferta de produtos 
padronizados que atendam às necessidades do consumidor, 
trazendo como conseqüência aumento da produtividade e da 
competitividade;
4. Garantir a aceitação internacional dos produtos sem a 
necessidade de repetiçõesdas avaliações realizadas;
Vantagens da certificação de produtos
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5. Aumentar a confiança do consumidor no produto adquirido;
6. Auxiliar na identificação de produtos que atendam a normas 
específicas, possibilitando a tomada de decisões acertadas e 
diminuindo o risco da tomada de decisões com base em 
avaliações incorretas;
7. Facilitar o controle do governo dos produtos no mercado e 
simplificar as compras públicas.
Vantagens da certificação de produtos
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Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Modelo 1 (Ensaio de Tipo) – é o mais simples dos modelos de 
certificação. Neste modelo, um produto é ensaiado uma única 
vez para verificar se uma determinada característica está 
conforme com o estabelecido pelas normas; 
Modelo 2 – neste modelo, após ensaio de tipo, são retiradas 
periodicamente amostras do mercado, para verificar se a 
produção continua conforme;
Modelo 3 – igual ao modelo anterior com a diferença de que as 
amostras dos produtos são retiradas na própria fábrica e não no 
mercado; 
Modelos de certificação de produtos
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Modelo 4 – combinação dos modelos anteriores, retirando 
amostras para ensaios tanto no comércio quanto na própria 
fábrica;
Modelo 5 – neste modelo, além dos ensaios previstos no 
Modelo 4, são realizadas auditorias para a avaliação e 
aprovação do Sistema da Qualidade do Fabricante; 
Modelo 6 – modelo onde é avaliada a capacidade de uma 
indústria para fabricar um produto conforme uma especificação 
determinada, não avaliando a conformidade do produto final; 
Modelos de certificação de produtos
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Modelo 7 (Ensaio de Lote) – neste modelo, são ensaiadas 
amostras retiradas de um lote do produto, avaliando-se a sua 
conformidade com uma dada especificação;
Modelo 8 (Ensaio 100%) – neste modelo, todo o lote deve ser 
ensaiado para verificar a conformidade de todos os itens com 
uma dada especificação.
Modelos de certificação de produtos
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Para que possa certificar produtos, uma organização deve ser 
acreditada pelo INMETRO. 
A acreditação de OCP (Organismos de Certificação de 
Produtos) é concedida por produto ou família de produtos. 
Existem cerca de cinqüenta e cinco Organismos de Certificação 
de Produtos atuando no Brasil, porém, nem todos eles atuam 
com a certificação de produtos para a construção civil. 
Organismos de certificação
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De acordo com as regras definidas pelo INMETRO para 
avaliação da conformidade de produtos, devem ser utilizados 
laboratórios acreditados no INMETRO para a avaliação do 
produto. 
Caso não existam laboratórios acreditados, a OCP pode utilizar 
outros laboratórios desde que auditados pela certificadora 
segundo os critérios estabelecidos pelo Inmetro.
Rede de laboratórios
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Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
O objetivo principal do programa é o combate à não- 
conformidade intencional às normas técnicas na fabricação de 
materiais e aos componentes para a construção civil. 
Para cada segmento de produtos existe um PSQ (Programa 
Setorial da Qualidade) específico, definido por entidades 
setoriais nacionais representantes de cada setor. 
A tendência desses programas é seguir o Modelo 4 de 
Certificação, ou seja, as amostras de produto são retiradas da 
fábrica e do mercado para as empresas que aderiram o 
programa. 
Programa Brasileiro da Qualidade e 
Produtividade no Habitat – PBQP-H
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Processo de certificação
Empresa interessada 
aceita proposta do Organismo 
Certificador
Auditoria
Acompanhamento
Coleta de amostras
Sim
Ensaios
Comissão de certificação
CC 
recomenda a 
certificação
Reavaliação em prazo 
determinado
Produto recebe 
certificado
Não
Empresa interessada 
aceita proposta do Organismo 
Certificador
Auditoria
Acompanhamento
Coleta de amostras
Sim
Ensaios
Comissão de certificação
CC 
recomenda a 
certificação
CC 
recomenda a 
certificação
Reavaliação em prazo 
determinado
Produto recebe 
certificado
Não
Figura 2 – Fluxo do processo de certificação
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Antes de escolher a certificadora, o fabricante deve analisar a 
conformidade do produto para o qual a certificação é desejada 
com as normas técnicas. 
Convém verificar quais são os modelos de certificação adotados 
pelos organismos acreditados para a certificação do produto e 
analisar a adequação da empresa modelo de certificação. 
Processo de certificação
	Normalização na construção civil
	1. INTRODUÇÃO
	Objetivo da normalização
	Slide Number 4
	Slide Number 5
	Níveis de normalização
	Normas nacionais, do Mercosul e internacionais
	Normas nacionais
	Normas regionais
	Normas internacionais
	Normas ISO
	Série de normas ISO 9000
	Princípios básicos das normas ISO
	Slide Number 14
	Slide Number 15
	2. PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE NORMAS BRASILEIRAS
	3. NORMALIZAÇÃO BRASILEIRA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
	Tipos de normas
	Tipos de normas
	Responsabilidade profissional do engenheiro em relação às normas
	4. PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE MATERIAIS
	Objetivos da avaliação de conformidade
	Ações no processo de avaliação da qualidade
	Formas de avaliar a qualidade de um produto
	Classificação das auditorias
	Classificação das auditorias
	Classificação das auditorias
	Formas de declaração da conformidade
	Certificação de materiais na construção civil
	Certificação de materiais na construção civil
	Vantagens da certificação de produtos
	Vantagens da certificação de produtos
	Modelos de certificação de produtos
	Modelos de certificação de produtos
	Modelos de certificação de produtos
	Organismos de certificação
	Rede de laboratórios
	Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat – PBQP-H
	Processo de certificação
	Processo de certificação

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