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Tanatologia Forense

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1
TANATOLOGIATANATOLOGIA
““QUANDOQUANDO TERMINATERMINA AA 
MORTEMORTE DADA VIDAVIDA INICIAINICIA--SESE 
AA VIDAVIDA DADA MORTEMORTE””
2
TANATOLOGIA: estuda a morte e seus aspectos 
médico-legais 
MORTE: “Desintegração irreversível da personalidade,
em seus aspectos fundamentais 
morfofisiopsicológicos, de molde a fazer cessar a 
unidade biopsicológica, como um todo funcional e 
orgânico definidor daquela personalidade que assim
se extingue”.
 
 Hilário Veiga de Carvalho
3
MORTE:
É A CESSAÇÃO COMPLETA E DEFINITIVA DAS 
FUNÇÕES AUTOCONSERVADORAS, 
RENOVADORAS E MULTIPLICADORAS DAS 
MATÉRIAS ORGÂNICAS, QUE PERDE, ASSIM, 
AS SUAS PROPRIEDADES VITAIS.
 (Hermes Rodrigues de Alcântara)
MORTE: é a cessação completa e definitiva das funções 
vitais. HOJE: morte circulatória, morte encefálica e 
morte tecidual
4
DiagnósticoDiagnóstico clínicoclínico dada mortemorte::
• critérios tradicionais: sem respiração espontânea ou 
ECG sem ritmo por 60 min; divisão responsabilidade 
diagnóstico com outros colegas.
• critérios de morte encefálica - Lei nº 9434 de 
04/02/1997 - doação presumida( até 2001): projeto 
no Senado Federal (julho 2013)
- Resolução nº 1480/97 CFM
 
5
ClassificaçãoClassificação dada mortemorte::
1) Quanto à extensão:
a) Anatômica: do organismo
b) Histológica ou celular: dos tecidos
Os primeiros a morrer são os neurônios e 
os últimos são os fâneros (pelos e 
unhas)
6
ClassificaçãoClassificação dada mortemorte::
2) Quanto à reversibilidade:
a) Aparente (vivo): há simulação da morte, 
porém com função cardíaca
b) Relativa (vivo): parada efetiva e duradoura 
das funções vitais - cardiorrespiratória
c) Real (morto): ausência irreversível de todas as
atividades biológicas
7
ClassificaçãoClassificação dada mortemorte::
3) Quanto ao processamento: NA REAL:
a) Súbita: indivíduo saudável
b) Agônica: indivíduo doente: coma
4) Quanto à causa jurídica:
a) Natural: estado mórbido adquirido ou 
congênito: doença ou velhice
b) Violenta: homicídio, suicídio ou acidente
c) Suspeita: indivíduos saudáveis; presídios
8
CAUSACAUSA JURÍDICAJURÍDICA DADA MORTEMORTE
NaturalNatural: onde não há responsabilidade a apurar(súbita ou agônica)
ViolentaViolenta: onde é necessário esclarecer circunstâncias e 
apurar responsabilidade
HOMICÍDIO
SUICÍDIO
ACIDENTE
Observar detalhes para permitir as conclusões acima
• lesões de defesa 
• lesões provocadas pelo agressor, local, número
• mudança de local da vítima e lesões associadas
AutoridadeAutoridade éé 
 quemquem conclu
iconclui 
9
PERÍCIAPERÍCIA
• necropsia clínica (SVO, hospitais de referência): 
facultativa; médicos patologistas; autorização
• necropsia forense (art 162, CPP): obrigatória em 
casos de 
 morte violenta 
 suspeita de morte violenta
• 6h 
após
 a m
orte
• pre
feren
cialm
ente 
 dur
ante 
o dia
10
Para realizar a perícia (médico-legal):
• encaminhamento da autoridade 
• com o maior número de informações possíveis
• se ocorreu atendimento médico deve vir 
acompanhado de boletim de atendimento próprio
• tempo de realização da perícia é adequado ao grau de 
complexidade da mesma
• época de realização independe da data do fato 
(acidente de trânsito com evolução arrastada)
11
QUESITOSQUESITOS
1º se houve morte;
2º qual a causa da morte;
3º qual o instrumento ou meio que produziu a morte;
4º se foi produzida por meio de veneno, fogo, explosivo, 
asfixia ou tortura ou por outro meio insidioso ou 
cruel (resposta especificada).
A autoridade poder formular quesitos complementares
12
PERÍCIAPERÍCIA
PERINECROSCOPIA:
Exame do local da morte e exame do corpo no local
* Equipe: 
1) Perito criminal
2) Papiloscopista
3) Fotógrafo
13
PERÍCIAPERÍCIA
EXAME DAS VESTES: o cadáver pode estar:
1) DESPIDOS ou envoltos em lençóis,
2) COM VESTES: que podem dar grande número de 
informações: manchas, sujeiras, rasgões, orifícios, 
documentos, escritos, drogas
14
IDENTIFICAÇÃO: 
1) JÁ IDENTIFICADOS: descrever minuciosamente 
dados de identificação
2) PUTREFATOS E CARBONIZADOS: preceder as 
rotinas de identificação
3) IGNORADOS: proceder as rotinas de identificação
15
ROTINAS DE IDENTIFICAÇÃO: 
1) FOTOGRAFIA: face, tatuagens, sinais particulares, 
cicatrizes, presença de adornos
2) DATILOSCOPIA
3) COLHEITA DE DADOS DA ARCADA 
DENTÁRIA, pelo Perito Odonto-legista
4) COLHEITA DE MATERIAL PARA EXAME DE 
PERFIL GENÉTICO
16
Exame de arcada dentária
17
FENÔMENOS 
CADAVÉRICOS
O tempo da morte é determinado de forma aproximada 
através dos fenômenos cadavéricos
18
I . Fenômenos Imediatos: caracterizam a 
morte clínica (presunção da morte)
a) Perda da consciência
b) Perda da sensibilidade geral e dos sentidos
c) Imobilidade e perda do tônus muscular, com 
inércia, relaxamento dos esfíncteres 
d) Ausência de respiração (apnéia)
e) Ausência de circulação (assistolia)
19
II. Fenômenos Consecutivos: são sinais 
seguros para a realidade da morte
1) Evaporação Tegumentar: 
a) perda de peso (10 a 18g/Kg/dia e 8 g/Kg/dia (feto)
b) apergaminhamento cutâneo
c) queda de tensão do globo ocular: sinal de Louis
d) perda do brilho das mucosas e córnea
e) Mancha azul enegrecida da esclerótica
20
II. Fenômenos Consecutivos: 
2) Resfriamento Corporal: pela cessação da função 
termorreguladora (HIPOTÁLAMO): aproximadamente 
1°C/h na primeiras hora e 0,5ºC após
3) Rigidez Cadavérica: o aumento da acidez (ácido lático)do 
meio com o enrijecimento dos músculos: inicia na 1ª hora, 
progride até 8-12 horas e desfaz-se em 24h. Espasmo 
cadavérico
4) Livores de Hipóstase: deposição do sangue, por ação da 
gravidade, nos pontos de maior declividade do corpo, 
produzindo manchas cutâneas e viscerais: inicia na 1ª hora 
e fixa-se após a 10ª hora - congestão facial
21
Opacificação da córnea
22
Livores de 
hipóstase
23
III. Fenômenos Transformadores ou 
Destrutivos: ocorrem pela lise das 
células:
a) Autólise: ocorrem pela anoxia celular, com ruptura 
das membranas celulares e desintegração das células 
e tecidos
b) b) Putrefação: prosseguimento da autólise devido à 
ação dos microrganismos e suas toxinas nos tecidos 
moles, com perda de suas características. Inicia com a
mancha verde abdominal e termina com a 
esqueletização: células gátricas, intestinos e 
neurônios
24
Fases da putrefação
1) Fase cromática: surge 18-24 horas com mancha 
verde abdominal na fossa ilíaca direita – circulação
póstuma
2) Fase gasosa: começa em 24 horas, máximo em 3-4 
dias e dura 3-5 semanas
3) Fase coliquativa: começa no fim da 1ª semana. 
Pode durar meses: insetos necrófagos
4) Fase de esqueletização: início 3ª e 4ª semanas, mas 
pode durar meses e anos
25
Putrefação:
Fase cromática
Fase gasosa
26
Putrefação:
Fase gasosa
27
Putrefação: Fase gasosa
28
Putrefação: Fase coliquativa
29
IV. Fenômenos Conservadores: a autólise
não avança para a putrefação:
• Mumificação: ocorre desidratação intensa. Meio 
quente, seco e arejado
• Maceração: feto morto intra-uterino, com 
descolamento e engruvinhamento de pele
• Saponificação ou adipocera: massa untuosa mole 
ou quebradiça, por esterificação ou transformação 
de gordura em cera
30
Munificação
31
PROVASPROVAS DADA MORTEMORTE
1) Circulatórias:
De Bouchut: ausculta da parada cardíaca
Fundoscopia ocular: esvaziamento da artéria central 
da retina edescoloração da papila óptica e coróide
De Magnus: ausência de alteração de cor ao 
estrangulamento da extremidade digital
De Ott: formação de bolha de gás na pele com a 
aproximação de uma chama (se vida forma 
flictema seroso ou serossanguinolento)
ECG
32
PROVASPROVAS DADA MORTEMORTE
2) Respiratórias:
Ausência de murmúrio vesicular
Ausência de onda na superfície da água em um frasco
colocado sobre o tórax
Sinal de Wislow: com o uso de espelho, vela ou felpa 
de algodão
33
CRONOTANATOGNOSE
1) Rigidez cadavérica: 1ª hora, cabeça: 2 horas, 
músculos tóraco-abdominais: 2-4 horas, MSSS: 4-6 
horas, MSIS: 6-8 horas
2) Livores de hipostase: 2-4 horas e fixos após 10 horas
3) Mancha verde abdominal: 18-24 horas
4) Conteúdo gástrico: a digestão se faz em 5-7 horas
5) Fauna cadavérica: moscas, besouros, baratas, 
formigas e mariposas.
34
NecropsiaNecropsia:: descrição minuciosa
• exame externo
• exame interno
• RX (PAFs, carbonizados, putrefatos)
• laboratório (colheita de secreções)
• PAFs coletados e identificados separadamente
Emissão da Declaração de Óbito
Elaboração do Laudo de Necropsia
detalh
es esp
ecífic
os a 
cada 
períci
a
35
EXUMAÇÃOEXUMAÇÃO:: artart 163163 CPPCPP:: ““éé aa maismais árduaárdua 
ee repulsivarepulsiva dasdas períciasperícias médicomédico--legaislegais”” 
Solicitação feita em caráter especial, com objetivos 
criteriosamente justificados e quesitos específicos
para averiguar algum detalhe
exata causa da morte
identificação
grave contradição
Deve-se ter cuidado na interpretação dos achados
36
PeríciaPerícia dada ExumaçãoExumação JudiciáriaJudiciária::
• dirigida aos objetivos a serem esclarecidos,
• localização prévia e precisa do túmulo 
• auxílio da autoridade para isolar o local 
• presença da autoridade solicitante 
• documentação fotográfica e descritiva da perícia
• descrever detalhes
• conclusão : elaboração de laudo pós-exumação
37
DESTINO DOS CADÁVERES:
1) Inumação simples
2) Inumação com necropsia: morte violenta
3) Cremação
 - mortes violentas: AUTORIZAÇÃO JUDICIAL
4) Embalsamamento: para sepultamentos superior a 4 dias ou
transporte para fora do estado ou país.

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