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CURSO AUXILIAR EM NECROPSIA TANATOLOGIA FORENSE Modulo II Professor: Maurílio Machado TANATOLOGIA FORENSE É a parte da medicina legal que se ocupa da morte e dos problemas médico-legais com ela relacionados. É uma palavra de origem grega: Tanathos- mortes . Logia - ciência ou estudo. Forense - Jurídico, Judicial. 1.Decúbito dorsal ou supina 2.Decúbito ventral ou prona 3.Decúbito lateral D. 4.Decúbito lateral E. 5.Suspensão Completa 6.Suspensão Incompleta 7.Sentado 8.Genopeitoral 9.Submersão ( Completa ou Incompleta ) 10.Posição de Lutador Tanatosemiologia: Parte da Tanatologia que estuda os sinais e os fenômenos cadavéricos. Tanatodiagnóstico: Estuda o conjunto de sinais biológicos para permitem afirmar o estado de morte real. Cronotaquimetragem ou Cronotanatognose: Estuda os meios de determinação do tempo decorrido entre a morte e o exame cadavérico. Tanatognose: Estuda os meios de determinação da causa da morte do cadavérico. Tanatoscopia: É o exame do cadáver para verificação da causa e tempo da morte. Tanatoconservação: São técnicas empregadas para conservação do cadáver. Tanatolegislação: É o conjunto de dispositivos legais concernentes à morte e ao cadáver. AM - Antes morte; PM - Pós morte. CONCEITUAÇÃO DE TANATOLOGIA FORENSE OU SUBDIVISÕES TANATOLOGIA FORENSE É o ramo das ciências forenses que partindo do exame do local, da informação acerca das circunstâncias da morte e atendendo aos dados do exame de necropsia, procura estabelecer: É o componente da medicina legal que está ligada aos fenômenos da morte. Estuda a morte e as consequências jurídicas a ela inerentes. ✓ A identificação do cadáver ; ✓ O mecanismo da morte ; ✓ A causa da morte; ✓ O tempo da morte. TANATOLOGIA FORENSE A Tanatologia Forense é prática desde o exame do local, no estudo das circunstâncias que rodearam a morte, na informação clínica mais detalhada com referência ao resultado de exames complementares, no estudo minucioso do cadáver , nos exames complementares da necropsia para a elaboração de um relatório que será enviado à autoridade judicial que requisitou a necropsia. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO SERVIÇO DE TANATOLOGIA FORENSE A execução das atividades de perícias oficiais médico- legais em cadáveres vítimas de morte violenta ou suspeita, além da identificação de corpos com identidade ignorada. O SERVIÇO DE TANATOLOGIA FORENSE COMPREENDE A SEGUINTE DEPENDÊNCIA: TANATÓRIOS OU LABORATÓRIOS: São compostos por conjuntos de estruturas onde são recepcionados os cadáveres para exames de necropsias, velórios, estudo de anatomia etc... Tais como: Expurgo, mesa, exaustor, armários etc. TANATOGNOSE : Diagnóstico Da causa morte. CRONOTANATOGNOSE: Diagnóstico do tempo da morte . A TANATOLOGIA FORENSE É DIVIDIDA EM : TANATOLOGIA FORENSE - MORTE Morte: do latim mors; Óbito : do latim obitu; Falecimento, Passamento e Desencarne. DIREITO CIVIL CONCEITO DE MORTE: O Direito Civil é um conjunto de normas que regulamentam as relações jurídicas das pessoas entre si. A personalidade de direito da pessoa física (natural), inicia-se com o nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro (art.2º, Código Civil Brasileiro) e tem o seu fim determinado pela morte (art.6º, Código Civil Brasileiro). Ressalte-se que hoje, para a Medicina, a morte se dá com a cessação da atividade cerebral. TANATOLOGIA FORENSE CONCEITO E TIPOS DE MORTES DAS CÉLULAS: A tarefa de conceituar morte deriva diretamente do que se entende por estar vivo. Pois ambos os estados se excluem mutuamente. Melhor então será entender o processo vital para em seguida entender a morte celular, a do organismo e a da pessoa como um todo, exemplos de mortes das células: APOPTOSE: sem apresentar inflamação ou doença (em vida). NECROSE: Quando a morte celular ocorre em grupo, desencadeiam uma reação inflamatória ( em vida). AUTOLISE: É a destruição das células pela ação descontrolada das suas próprias enzimas. ( pós mortes). TANATOLOGIA FORENSE A Organização Mundial de Saúde (World Health Organization), fundada em 7 de abril de 1948 e subordinada à Organização das Nações Unidas. Sua sede é em Genebra, na Suíça define a morte como: Cessação dos fenômenos vitais com a parada das funções cerebrais. É a cessação de todos os fenômenos vitais e cerebrais de modo definitivo, total e permanente . CRITÉRIOS ATUAIS PARA DIAGNÓSTICAR A MORTE Até pouco tempo, o critério utilizado para apontar que alguém havia morrido era, Parada da respiração, juntamente com a parada cardíaca. Apesar disso é complicado determinar o exato instante da morte, pois ela não é um acontecimento imediato e sim um sequenciamento de fenômenos gradativos ocorridos nos diversos órgãos e sistemas do organismo que mantém a vida. A morte atualmente é definida por critérios estabelecidos pelo: Conselho Federal de Medicina - CFM. CIRCUNSTÂNCIA E DIAGNOSTICO PARA CONFIRMAR A MORTE ✓ Nenhuma respiração espontânea por no mínimo sessenta minutos. ✓ Nenhuma respiração reflexa e nenhuma alteração do ritmo cardíaco por pressão ocular ou do seio carotídeo. ✓ EEG linha flat sem ritmo em todas as derivações pelo menos sessenta minutos. ✓ Dados de laboratório básicos, incluindo estudo eletrolítico. ✓ Divisão das responsabilidades da morte com outros colegas. A Morte é a cessação dos fenômenos vitais pela parada da funções cerebral, respiratória e circulatória. DIAGNÓSTICO OU MODALIDADES DE MORTE MORTE APARENTE Provocada por estados patológicos que simulam a morte: Tríade de thoinot O indivíduo se mantém vivo por tênues ou débeis sinais de circulação as funções vitais se reduziram a um mínimo tal que dão a impressão errônea da morte. Corre nas intoxicações graves produzidas por soníferos e nos congelamentos. Não confundir “morte aparente” com catalepsia (vida em suspensão), um conceito bastante discutido em Medicina Legal associada ao medo de ser inumado vivo. Estado em que, na verdade o indivíduo parece morto em razão da baixa atividade metabólica e circulatória. DIAGNÓSTICO OU MODALIDADES DE MORTE MORTE RELATIVA É um estado temporário de morte, com parada “cardiorrespiratória” ou parada de outras funções vitais. Este estado pode ser modificado e o indivíduo pode ser recuperado por manobras artificiais (reanimação) .Parada cardíaca reversível. MORTE REAL OU ABSOLUTA É a verdadeira morte, ocorrendo paralisação total, definitiva, permanente e irreversível de todos os fenômenos e atividades vitais e cerebral. DIAGNÓSTICO OU MODALIDADES DE MORTE Morte cerebral ou encefálica É o comprometimento de forma irreversível do cérebro incluindo o tronco encefálico. (Ausência de circulação sanguínea e oxigênio). É a morte do cérebro, incluindo o tronco cerebral que desempenha funções vitais como o controle da respiração. Quando isso ocorre, a parada cardíaca é inevitável. Embora ainda haja batimentos cardíacos, a pessoa com morte cerebral não pode respirar sem os aparelhos e o coração não baterá por mais de algumas poucas horas. Por isso, a morte encefálica já caracteriza a morte do indivíduo. DIAGNÓSTICO OU MODALIDADES DE MORTE Conselho Federal de Medicina O Conselho Federal de Medicina (CFM),Na Resolução nº 2.173/17 substitui a de nº 1.480/97 e atende o que determina a lei nº 9.434/97 e o decreto presidencial nº 9.175/17, que regulamentam o transplante de órgãos no Brasil. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA ESTABELECE NOVAS REGRAS PARA DETERMINAR MORTE CEREBRAL. Como era: O médico suspeitava de morte cerebral e poderia começar imediatamente o protocolo de confirmação. Como fica: Após a suspeita, o paciente deve ter acesso a todos os tratamentos possíveis por no mínimo seis horas. Passado esse período, o processo de confirmação pode ser iniciado totalizando 7 horas. Além de neurologistas, também estarão habilitados a diagnosticar morte encefálica intensivistas, intensivistaspediátricos, neurocirurgiões e médicos de emergência. Familiares também poderão indicar um profissional de confiança. APARELHOS SERÃO DESLIGADOS APÓS A CONFIRMAÇÃO. Não será mais possível que o paciente fique no hospital com os aparelhos ligados. Antes, o médico deveria aguardar uma posição da família. Agora, se não for possível a doação de órgãos – seja pela decisão de familiares ou por circunstâncias da morte – os aparelhos serão desligados após o período de tratamento e confirmação. EXAMES CLÍNICOS E COMPLEMENTARES Além do exame clínico, que deve ser realizado por dois médicos diferentes, com um intervalo mínimo de uma hora entre o primeiro e o segundo, o paciente deve ser submetido a um teste de apneia e a exames complementares. EXAMES Angiografia cerebral, eletroencefalograma, doppler transcraniano e cintilografia. TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS Determinada a morte encefálica, 15 órgãos podem ser doados: coração, pulmão, fígado, pâncreas, intestino, rim, córnea, esclera, osso, cartilagens, tendão, menisco, fáscia, valva cardíaca e membrana amniótica. CANDIDATOS A DOADORES são excluídos os possíveis doadores com doenças transmissíveis, neoplasia, uso de drogas injetáveis e cuja família tenha recusado a doação. MORTE ANATÔMICA Parada total e permanente de todas as funções orgânicas. MORTE HISTOLÓGICA Morte de células que compõem vários tecidos e órgãos. Fetal Morte de um produto da concepção antes da expulsão ou da extração completa do corpo da mãe independente da duração da gravidez. Materna Morte de uma mulher durante uma gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término da gestação, independente da duração ou localização da gravidez. Catastrófica É toda morte violenta de origem natural ou de ação dolosa do homem em que por um mesmo motivo, ocorre um grande número de vítimas fatais. DIAGNÓSTICO OU MODALIDADES DE MORTE ASPECTOS JURÍDICOS DA MORTE Morte natural: patológica e etária. Morte violenta: (não natural) é aquela que resulta de fatores externos não relacionados com a curva vital. Essa morte pode ser provocada por: Suicídio, acidente e Crime. Morte suspeita: Não sabe se foi violenta ou natural. Morte agônica: Previsível e esperada, culmina na evolução de uma doença ou de um grave estado pós-traumático, sempre dentro do prognóstico do médico. Morte súbita: Não pode ser violenta, tem que ser natural, inesperada, não é morte fulminante. Morte presumida: Há casos em que não foi possível encontrar o cadáver para exame, nem há testemunhas que presenciaram ou constataram a morte, mas é extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida. Nesses casos, não há certeza da morte, se houver um conjunto de circunstâncias que indiretamente induzam a certeza, a lei autoriza ao juiz a declaração da morte presumida. TANATOGNOSE É o diagnóstico da causa morte. O Momento da morte sendo : ✓ Parada cardiorrespiratória irreversível. ✓ Morte cerebral ou encefálica, entre outras... ✓ O que prova o fim da vida irreversível. TANATOCRODIAGNOSE, DIAGNÓSTICO CRONOLÓGICO , CRONOTAQUIMETRAGEM OU CRONOTANATOGNOSE É o diagnóstico do tempo da morte, pela observação das evidências ou dos sinais abióticos, influências que os seres vivos possam receber em um ecossistema, derivadas de aspectos físicos, químicos ou físico-químicos do meio ambiente, tais como a luz, temperatura, vento e outros. "Também chamado de realidade da morte”. Palavra de origem grega: kromos = Tempo. thanatos = morte. gnosis = conhecimento. É o capítulo da Tanatologia que estuda os meios de determinação do tempo transcorrido entre a morte e o exame necroscópico. Cronotanatognose Vários fatores, fenômenos e sinais podem ser analisados para uma estimativa mais aproximada da hora do óbito, como: Aferição da temperatura hepática, análise da fauna cadavérica e análise de sinais de morte, por exemplo: Os Livores cadavéricos, Midríase, Miose e enrijecimento do cadáver, que se instala no sentido craniocaudal e desaparece no sentido contrário. SINAIS CADAVÉRICOS : ✓ Sinais recentes; ✓ Sinais mediatos; ✓ Sinais imediatos; ✓ Sinais consecutivos; ✓ Sinais tardios; ✓ Sinais Destrutivos; ✓ Sinais Conservativos; ✓ Sinais Transformativos; Cronotanatognose Fenômenos abióticos ou imediatos ou avitais ou vitais negativos FENÔMENOS BIÓTICOS É o conjunto de todos os organismos vivos como plantas, animais e decompositores, que vivem num ecossistema. FENÔMENOS ABIOTICO É o conjunto de todos os fatores não vivos de um ecossistema, mas que influenciam no meio biótico, como temperatura, pressão, pluviosidade, relevo, etc. ECOSSISTEMA É o conjunto do meio biótico com o abiótico interagindo entre si. SINAIS RECENTES OU IMEDIATOS SINAIS DE PROBABILIDADES DE MORTES Os sinais abióticos imediatos são todos os sinais que ocorrem no momento da morte. 1) Parada cardíaca 2) Parada respiratória. 3) Perda de consciência. 4) Perda de sensibilidade. 5) Perda da Imobilidade – perda do tônus muscular , repouso . 6) Fácies Hipocrática ou cadavérica. 7) Arreflexia - relaxamento dos esfíncteres ,dilatação das pupilas, abertura dos olhos, queda da mandíbula na parte inferior, eliminação de fezes e urina. 8) Perda da ação reflexa a estímulos táteis, térmicos e doloroso 9) Ausência de pulso. 10) Pálpebras parcialmente cerrada ou entreabertas. 11) Perda das funções cerebrais – Ausência de respostas elétricas. SINAIS COMUNS TARDIOS MEDIATOS E CONSECUTIVOS SINAIS CERTEZA DE MORTE. Os fenômenos abióticos consecutivos são aqueles que vão se estabelecer ao longo do tempo, em função da parada da função metabólica e se dividem em: ✓ Resfriamento paulatino do corpo; ✓ Evaporação tegumentar; ✓ Rigidez cadavérica; ✓ Espasmo cadavérico; ✓ Manchas de hipóstase e livores cadavérico; ✓ Desidratação; ✓ Retração do globo ocular (desidratação); ✓ Perda do brilho da córnea; ✓ Midríase ou Pupilas dilatadas; Miose ou Pupilas Contraídas. FENÔMENOS CADAVÉRIOS: ORDEM FÍSICA Desidratação, resfriamento cadavérico e livores cadavéricos. ORDEM QUÍMICA Autólise, rigidez muscular, putrefação, maceração e processos conservadores do cadáver. SINAIS MEDIATOS É a descolorização da pele que ocorre logo após poucos minutos da morte, devido a perda de sangue nos capilares e veias. PALLOR MORTIS OU LIVIDEZ FENÔMENOS OCULARES: ✓ O pacificação do cristalino; ✓ Pálpebras semicerradas; ✓ Midríase; ✓ Miose; ✓ Mancha na esclerótica; ✓ sinal de sommier e larcher; ✓ Sinal de Stenon Louis; ✓ Sinal de Ripault; ✓ Tache Noire; ✓ Evaporação ocular. IMEDIATO PÁLPEBRAS SEMICERRADAS MIOSE - CONTRAÇÃO MIDRÍASE DILATAÇÃO ANÍSOCORIA 1° - Sinal de Stenon Louis Fino véu (poeira) que recobre a superfície da córnea. Tela viscosa; diminuição ou perda da tensão do globo ocular; turvação da córnea transparente; mancha negra da esclera. Instala a partir da morte. Isto porque, nas primeiras horas após o óbito, ocorre uma progressiva evasão de líquidos responsável pela gradual perda de tonicidade dos globos oculares e amolecimento. Uma mancha preta que aparece em primeiro lugar, no canto externo do olho e, em seguida, os órgãos internos que permaneceram com os olhos abertos após a morte. É causada por desidratação e secagem da esclera, através do qual a transparência é visto pelo pigmento da coroide. De 2 a 8 horas da morte. 2º - MANCHA NA ESCLERÓTICA OU SINAL DE SOMMER E LARCHER EVAPORAÇÃO OCULARES: 3º - TACHE NOIRE OU MANCHA NEGRA Ocorre na córnea e pode ser observado até 48 horas após a morte. Ocorre quando as pálpebras do morto permanecem abertas, formando uma mancha inicialmente amarelada, mas que vai atingir tons de vermelho escuro e preto. 4º - SINAL DE RIPAULT A partir das 48 horas da morte, exercendo-se a pressão digital lateralmente no globo ocular, pode ocorrer a deformação da Íris e da pupila. SINAIS MEDIATOS OU CONSECUTIVOS (EVAPORAÇÃO TEGUMENTAR): 1. DESIDRATAÇÃO CUTÂNEA. ✓ Diminuição do volumecom consequente “crescimento” de unhas e pelos. ✓ Decréscimo de massa (peso). ✓ Pergaminhamento da pele. ✓ Dessecamento das mucosas dos lábios. SINAIS MEDIATOS OU CONSECUTIVOS 02- RESFRIAMENTO DO CORPO OU ARREFECIMENTO ALGOR, ALGIDEZ ,FRIGOR MORTIS OU FRIALDADE CADAVÉRICA. Lento nas 3 primeiras horas (0,5°C/hora).Rápido nas 6 horas seguintes (1ºC ou +/hora).Nas últimas horas volta a ser lento. Se o ambiente estiver quente, em lugar do resfriamento, poderá se dar o aquecimento do cadáver, já que a sua temperatura tende a se igualar a do ambiente. A produção de calor pelo metabolismo não para de imediato, pois os tecidos permanecem vivos e só morrendo aos poucos. A velocidade do resfriamento pode ser influenciada por diversos fatores tais como: A POSIÇÃO: O corpo encolhido tem superfície de irradiação de calor menor do que o estendido; O estado de nutrição (os magros representam um cilindro com raio menor e tem proporcionalmente maior superfície de irradiação e os gordos tem um panículo adiposo mais espesso, que representa uma camada isolante térmica), vestuário, a idade. Cálculo da redução de temperatura conforme algumas literaturas Para: DELTON CROCE: 0.5°C nas três primeiras horas e 1°C nas seguintes até atingir a temperatura ambiente. Para :FLAMINIO FÁVERO;ZARZUELE E GLAISTER: Estimam uma redução de 1,5°C/horas. EQUAÇÃO DE GLAISTER: Estima quantas horas se passaram desde a morte, usando uma função linear da temperatura retal. Nº de horas = (36.9 °C - [temperatura retal em Celsius]) ×1.2. A perda de calor do corpo se dá por: Convenção, radiação, condução e evaporação. Pode-se afirmar que a determinação da temperatura retal ajuda a avaliar a hora da morte quando tomada nas primeiras 18 horas. REGRA Nosso corpo tem a temperatura de 36,5 a 37,5ºC. Para DELTON CROCE: 0,5 – 0,5 – 0,5 – 1,0 – 1,0 – 1,0 – 1,0 – 1,0 - 1,0 - 0,5 – 0,5 – 0,5 Para FLAMINIO FÁVERO;ZARZUELE E GLAISTER: 1,0 – 1,0 – 1,0 – 1,5 – 1,5– 1,5– 1,5 – 1,5 - 1,5 - 1,0 – 1,0 – 1,0 SINAIS MEDIATOS OU CONSECUTIVOS 3 .RIGIDEZ CADAVÉRICA: RIGOR A partir da 3ª hora, inicia-se pela pálpebra e mandíbula (musculo masseter) , seguindo-se a nuca e membros superiores e, por último os membros inferiores. No Sentido cefálico - caudal ou crânio . Cronologia - Lei de Nysten – Sommer. Aparecimento - 1 a 2 horas após a morte, grau máximo - 8 horas e desfazimento - 24 h .Pode durar de 1 a 2 dias para depois desaparecer na mesma ordem em que apareceu. SINAIS MEDIATOS OU CONSECUTIVOS REGRA DE NYSTEN-SOMMER-LARCHER O aparecimento pode ser tardio ou precoce. A instalação será sempre nas menores massas musculares para maiores. A rigidez se desfaz com a instalação da putrefação a partir das 24 horas. Pálpebras, mandíbula e nuca - 1ª a 2ª horas após a morte. Membros superiores - 2ª a 4ª horas. Musculo torácico -4ª a 6ª horas 6ª a 8ª horas pós morte e desaparece na mesma sequencia, finalizando cerca de 24 a 48 horas. SINAIS MEDIATOS OU CONSECUTIVOS Rigidez cadavérica: Rigor O endurecimento decorre da contração muscular. Para o músculo contrai- se é necessário que as proteínas actínia e miosina unam-se, sendo estas responsáveis pela contração. Quando ATP - é a abreviatura de Adenosina- 5 trifosfato é a principal fonte de energia intracelular para os tecidos . Adenosina trifosfato, ou simplesmente ATP, é um nucleotídeo responsável pelo armazenamento de energia em suas ligações químicas. Após liberado essas proteínas a ligação e quebrada, onde o músculo entra em repouso. SINAIS MEDIATOS OU CONSECUTIVOS 4 - HIPÓSTASE OU LIVORES. É uma mancha que irá se depositar na área de declive do corpo, em razão da força da gravidade, que forçará os elementos pesados do sangue (as hemácias) a se deslocarem, chegando a formar uma placa de cor vermelha e rosa sendo depositadas nas malhas dos tecidos. Os vasos sanguíneos sofrerão autólise e as hemácias através de manchas formam tatuagens. Início 30 minutos a 4 hora, fixo em torno de 12 horas. SINAIS MEDIATOS OU CONSECUTIVOS IMPORTÂNCIA DOS LIVORES DE HIPÓTESES ✓ Sinal de certeza da morte; ✓ Estabelecer o tempo morte na Cronotanatognose; ✓ Deslinde da causa morte; ✓ Definir se o cadáver foi mudado de posição. COLORAÇÃO DOS LIVORES DE HIPÓTESES De acordo com a causa da morte, a cor dos livores pode variar: Intoxicação pelo monóxido de carbono - assume coloração vermelho- carmim por causa da formação da carboxiemoglobina, que tem cor vermelho-cereja; Intoxicação pelo cianeto e pelo fluracetato – há bloqueio da respiração celular e do consumo de oxigênio, o que leva a manutenção de altos teores de oxiemoglobina no sangue, tornando os livores vermelho. FENÔMENOS ABIÓTICOS TRANSFORMATIVOS CONSECUTIVOS Livor mortis: Manchas de hipóstase ou livores cadavérico. Algor mortis : Esfriamento cadavérico Rigor mortis : Rigidez cadavérica LAR – livor, algor e rigor (Tríade da Morte) Fenômeno muito discutido e raro. Significa a manutenção da última atitude pelo individuo antes de morrer, fixada até a instalação da rigidez. É como se os músculos pudessem se manter contraídos após a morte sem a fase de relaxamento que antecede a rigidez. (sinal de Kossu). Sinal de Kossu - É a manutenção da ultima atitude adotada antes da morte. ESPASMO CADAVÉRICO MANCHA VERDE ABDOMINAL DE BROUARDEL Primeiro local da fase de coloração: Quase sempre se localiza na fossa ilíaca direita. Justifica-se esta região devido ao ceco ser o segmento intestinal de maior proporção, mais distendido e mais próximo a parede abdominal, nesta parte do intestino há maior concentração de gases e bactérias. Aparece a partir da 18ª hora após a morte. Essa mancha verde se estende a todo o corpo depois do 3º ao 5º dia e sua tonalidade se acentua cada vez mais , dando uma coloração verde-enegrecida ao corpo. Esse fenômeno cadavérico sofre grande variação de temperatura, em regiões de clima quente a putrefação instala-se rapidamente. Cronologia do aparecimento. verão - 18 a 24h - inverno - 36 a 48. MECANISMO E EVOLUÇÃO: Atividade bacteriana - Clostrídium welchii, formação de gás metano, gás carbônico, amônia e gás sulfídrico. Gás sulfídrico + hemoglobina = sulfohemoglobina ou sulfometahemoglobina, Verde progressão por todo o corpo. Escurecimento progressivo verde enegrecido a negro. Encontramos numerosas espécies de bactérias saprófitos no corpo humano, especialmente na pele, aparelho digestivo e na flora vaginal. SINAIS TRANSFORMATIVO TARDIOS DESTRUTIVOS A autólise é o processo pelo qual uma célula se autodestrói espontaneamente. Há uma instabilidade da membrana lisossômica causada por fatores físicos ou químicos que promove a ruptura da mesma, levando ao "derrame" enzimático que irá promover a digestão da parte orgânica da célula .. É o processo pelo qual uma célula se autodestrói espontaneamente. Nos vivos lento e acelerado no pós morte . O primeiro fenômeno destrutivo é a autólise. “A morte é ácida” ( Roberto Blanco). SINAIS TRANSFORMATIVOS TARDIOS DESTRUTIVOS PUTREFAÇÃO Se inicia após a autólise, pela ação de micróbios aeróbios, anaeróbios, em geral sobre o ceco e a porção inicial do intestino grosso, que determina o aparecimento da mancha verde abdominal de Brouardel. Se divide em 4 fases: 1º Cromática ou Coloração; 2º Gasoso ou enfisematoso; 3º Coliquativo ou Redutora; 4º Esqueletização. SINAIS TARDIOSTRANSFORMATIVOS DESTRUTIVOS Tonalidade escurecida da pele, tem inicio em 18 a 24 horas de morte e dura de 7 a 12 dias, com cheiro característico (gás sulfídrico). Todo fenômeno cadavérico pode ser lento ou acelerado, conforme o meio ambiente que ele foi encontrado. 1º FASE OU PERÍODO DA PUTREFAÇÃO Cromática ou Coloração SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS 2º FASE OU PERÍODO DA PUTREFAÇÃO Gasoso ou Enfisematoso (expansiva) Inicia em uma semana e dura cerca de 30 dias. Com aumento do volume do cadáver também podendo ter enfisema cutâneo. ASPECTO GIGANTESCO ✓ Protrusão ocular; ✓ Protrusãolingual; ✓ Distensão dos órgãos genitais masculinos. ✓ Posição de lutador SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS Gasoso ou Enfisematoso (expansiva) Circulação póstuma de Brouardel. Desenho produzido pelos vasos sanguíneos subcutâneos preenchidos por sulfa hemoglobina e hematina (2º ao 8º dia), ou 36 e 48 horas após a morte. Escoamento passivo do sangue da periferia, destacamento da epiderme e coloração escura do sangue. A Circulação póstuma de Brouardel se da entre a fase de Coloração e Gasoso, mas é visível na 2º fase . SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS Gasoso ou Enfisematoso Os gases da putrefação podem ser inflamáveis e não inflamáveis. No primeiro dia de morte os gases não são inflamáveis. O dióxido de carbono (CO2) Do Segundo ao quarto dia, os gases são inflamáveis. Gases Hidrocarbonetos (HC). Hidrogênio - Elemento químico Hidrogênio (H). A partir do quinto dia retornam os gases não inflamáveis . ( N e NH4). Gás Natural Amonio ou Amonia( NH4) https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&ved=0ahUKEwi8ppTQypbNAhWQl5AKHVueDukQFgg0MAE&url=http://www.airproducts.com.br/products/Gases/Carbon-Dioxide.aspx&usg=AFQjCNFbXAgEWaC42K7KRzvQt4GwAw4scQ&bvm=bv.123664746,d.Y2I http://www.kidde.com.br/ProductsSystemsAndServices/Pages/HydrocarbonGasDetection.aspx http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/hidrogenio/ http://www.suapesquisa.com/o_que_e/gas_natural.htm https://www.google.com.br/search?biw=1366&bih=643&q=nh4+amonio+ou+amonia&revid=1875727829&sa=X&ved=0ahUKEwj3utTPy5bNAhUNPJAKHWJ9AicQ1QIIfSgA SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS Gasoso ou Enfisematoso SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS 3º FASE OU PERÍODO DA PUTREFAÇÃO Coliquativo ou Redutora Dissolução pútrida com liquefação de vísceras e dos tecidos moles, desidratação e enrugamento de 2 a 3 meses, onde esse estado dificulta os exames de pele e identificação visual . SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS 4º FASE OU PERÍODO DA PUTREFAÇÃO Esqueletização Pela ação da fauna e do meio ambiente com destruição dos tecidos, restando apenas o esqueleto, cabelos e dentes em 3 anos. TEMPO PARA ESQUELETIZAÇÃO: Cadáver Embalsamado 1 a 2 anos . Inumação natural 3 a 4 meses. Cadáver Aquoso 3 a 4 meses. SINAIS TARDIOS DESTRUTIVOS Maceração: Maceração asséptica - fetos Meio liquido estéril sem bactérias. Maceração séptica – afogados Meio liquido contaminado com bactérias. Destruição em meio líquido em ambientes úmidos e quentes. Comum nos fetos e nos afogados com formação de bolhas de conteúdo líquido e pardacento. Observa-se no cadáver o destacamento de amplos retalhos de tegumentos cutâneos. O corpo perde a consistência inicial, o ventre se achata e os ossos se livram dos tecidos, ficando como se estivessem soltos. Não há mancha verde abdominal de Brouardel, pois no feto não há bactéria e o processo de putrefação bacteriana começa nos orifícios naturais. Nos afogados a putrefação bacteriana começa nas partes superiores devido a parte do crânio ser mais pesada, permanecendo em declive. FAUNA CADAVÉRICA Os insetos podem ser encontrados em quase todos os ecossistemas do planeta. Foi MÉGNIN que estabeleceu com segurança como surgem os trabalhos ou legionários da morte. Ele também estabeleceu com segurança que esse processo se da em numero de 08 turmas sendo: Legiões ou turmas. Nos Estados unidos , existe uma fazenda específica para tal estudos chamada de : Fazenda cadavérica ENTOMOLOGIA FORENSE : É o estudo de artrópodes, em especial os insetos. Os insetos pertencem ao grupo de animais mais diversificado existente na Terra, possuem mais de 800 mil espécies descritas - mais do que todos os outros grupos de animais juntos FAUNA CADAVÉRICA Quando o cadáver permanece insepulto e abandonado sobre o solo por razoável tempo, nele se instalam pequenos animais principalmente insetos denominados como fauna cadavérica. Existe uma certa ordem de instalação destes animais: O estudo da fauna cadavérica pode ser importante para a Cronotanatognose, pois o aparecimento de determinados insetos está relacionado ao tempo de morte. ✓ Dípteros - Moscas comuns e verdes; ✓ Coleópteros - Besouros; ✓ Lepidópteros - Borboletas e mariposas; ✓ Ortópteros - Baratas; ✓ Himenópteros – Formigas. As famílias de Dípteros de importância na entomologia forense no Brasil são: As principais famílias de coleópteros são: Fauna cadavérica: 1- LEGIÃO - Dípteros: Moscas verdes, moscas domesticas e mosquitos, que surge entre 8º a 15º dias. 2-LEGIÃO-Dípteros-Sarcophaga – Moscas diversas surge em torno do 15º a 30º dias, quando os odores são acentuados; 3- LEGIÃO - Coleópteros polífonos - Demester Lardarius. Espécie de insetos que alimentam também de plantas, surge em torno de 20º a 30º dias permanecendo três a seis meses após a morte. 4 - LEGIÃO – Dípteros - Pyophila Patasionis e Coleóptero – Surgem depois da fermentação da matérias graxas ( são óleos e gorduras ), surge em torno de 30º a 40º dias permanecendo três meses após a morte; 5 – LEGIÃO - Dípteros - Tyreophora Cynophila – Mosca Antiguíssima surgem na fase de liquefação, normalmente na mudança do estado gasoso para liquido. Surge após 50ª dias, se houver a espécie no local. 6 - LEGIÃO – Ácaros - Uropada Nummularia – Responsável pela retirada de todos os humores (fluidos corporais) deixando-os completamente dessecados ou mumificados. surge em torno de 25 dias permanecendo até a retirada de todo humores; 7- LEGIÃO - Lepidópteros – Aglossa Cuprealis – Destroem todos os ligamentos e tendões , aparecem entre 12 a 24 meses. 8 - LEGIÃO - Coleópteros – Tenebrio Obscuros – Consomem todos os detritos deixados pelos outros insetos em torno 3 anos após a morte. Dípteros Coleópteros Ortópteros Himenópteros NECRÓFAGOS São insetos que se alimentam dos tecidos dos corpos decompostos, adultos e imaturos: Lepidópteros SINAIS TRANSFORMTIVO TARDIOS CONSERVATIVOS Saponificação ou Adipocera Ácido graxo é um ácido carboxílico (COOH) de cadeia alifática. São considerados componentes orgânicos, ou em outras palavras, eles contêm carbono e hidrogênio em suas moléculas. Estes ácidos são produzidos quando as gorduras são quebradas. ADIPO - Gordura. CERA - Cera. A Adipocera e um Processo de reação química. Saponific - Converter em sabão. Hidrólise básica é o processo de saponificação, que é o resultado da quebra de triglicerídeos (gorduras e óleos) em sais de ácidos graxos ... A hidrólise pode ser dividida em; ✓ hidrólise ácida, ✓ hidrólise básica ✓ hidrólise neutra. SINAIS TRANSFORMTIVO TARDIOS CONSERVATIVOS Saponificação ou Adipocera Para que se forme, há necessidade de que se inicie a putrefação, adquire consistência untuosa, mole, como o sabão ou a cera, às vezes quebradiça, e tonalidade amarelo escura, exalando odor de queijo rançoso, pois as enzimas bacterianas têm que começar a hidrólise das gorduras neutras (triglicerídeos) para que os ácidos graxos sejam liberados. Embora não percebida, a Adipocera já começa a se formar após a 1ª semana, mas só a vemos quando os teores dos ácidos graxos atingem 70%, ao cabo de 3 meses e 100% em 6 meses. Ocorre principalmente nos cadáveres inumados em lugares úmidos e com má ventilação (valas comuns). SINAIS TRANSFORMTIVO TARDIOS CONSERVATIVOS SINAIS TRANSFORMATIVOS TARDIOS CONSERVATIVOS Mumificação: É um processo de conservação do cadáver que depende de condições que facilitem uma evaporação rápida, de modo a retardar o processo de putrefação. Em vez de se decomporem pela putrefação, endurecem pela desidratação. Ocorre em ambientes de temperatura elevada, secos e muito bem ventilados, como em solos arenosos e presença da fauna cadavérica. Natural: Desidratação e ressecamento do corpo e da pele provocados pela ventilação, devido a alta temperatura do solo. Artificial: Requer processo especializado formalização e embalsamamento ou tanatopraxia. PETRIFICAÇÃO OU CALCIFICAÇÃORefere-se à uma ocorrência rara de um fenómeno médico em que um feto morre durante a gestação e fica retido na cavidade abdominal. O organismo materno envolve o feto com cálcio, encapsulando-o, originando assim o Litopédio. Pode ficar retido por vários anos ou mesmo décadas. CORIFICAÇÃO Fenômeno muito raro: cadáveres inumados em urnas metálicas (zinco) têm o corpo preservado da decomposição pela inibição dos fatores transformativos. ATENÇÃO O cadáver inumado após ser preparado por técnicas de conservação, onde é utilizado vários tipos de produtos químicos, favorece a corificação. CONGELAMENTO Um cadáver submetido a baixíssima temperatura e por tempo prolongado pode se conservar integralmente por muito tempo. CADÁVER É o nome dado a um corpo, após a sua morte, enquanto este ainda conserva parte de seus tecidos e enquanto conserva a aparência humana. Após a decomposição de todas as vísceras, músculos e tecidos, o mesmo passa a ser denominado como ossada. O termo carcaça é aplicado para se referir ao corpo de animais vertebrados e insetos mortos e jamais para um cadáver. O conceito exclui dizer: ✓ Arcabouço ósseo (esqueleto); ✓ Cinzas humanas; ✓ Restos mortais; ✓ Múmia. Configurará delito previsto no art. 211 do Código Penal da LEI 2.848/40 “Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele". POSSE DO CADÁVER O corpo é principio inviolável e inalienável. Não sendo pessoa e passa a ser coisa, de natureza extra patrimonial, inacessível aos negócios. NATUREZA JURÍDICA DO CADÁVER Natureza jurídica do cadáver de interesse penal (OBJETO). Natureza jurídica do cadáver de interesse civil (BEM FORA DO COMÉRCIO). Natureza jurídica das cinzas de um cadáver cremado ( RES NULIUNS) ou Coisa Alguma. DESTINO DO CADÁVER Com ou sem necropsia Inumação ,Cremação e Doação. INUMAÇÃO: Consiste no sepultamento do cadáver. Confirmada a realidade da morte e após o registro do atestado de óbito no cartório, o cadáver é habitualmente sepultado em inuma tórios. Exumação Art. 163 do Código Processo Penal Decreto Lei 3689/41 Exumar um cadáver ou sua ossada, sob observância das disposições legais é diligência indispensável, quando se suspeita após o sepultamento: Ter sido violenta a causa jurídica da morte ou para dirimir dúvidas porventura fluídas da primeira necropsia ou para verificação de identidade ou simplesmente para translado do corpo. Consiste no desenterramento do cadáver, não importa o local onde se encontra sepultado. Exumação LEI Nº 13.484, DE 26 DE SETEMBRO DE 2017 Altera a Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que dispõe sobre os registros públicos. Art. 1o A Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 77. Nenhum sepultamento será feito sem certidão do oficial de registro do lugar do falecimento ou do lugar de residência do de cujus, quando o falecimento ocorrer em local diverso do seu domicílio, extraída após a lavratura do assento de óbito, em vista do atestado de médico, se houver no lugar, ou em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou verificado a morte. § 1º Antes de proceder ao assento de óbito de criança de menos de 1 (um) ano, o oficial verificará se houve registro de nascimento, que, em caso de falta, será previamente feito. (Redação dada pela Lei nº 6.216, de 1975). § 2º A cremação de cadáver somente será feita daquele que houver manifestado a vontade de ser incinerado ou no interesse da saúde pública e se o atestado de óbito houver sido firmado por 2 (dois) médicos ou por 1 (um) médico legista e, no caso de morte violenta, depois de autorizada pela autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 6.216, de 1975). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6015consolidado.htm EXUMAÇÃO As formalidades legais implicam à presença em dia e hora previamente marcados pela autoridade policial (art. 6º, §1º, do CPP) dos peritos, escrivão, administrador do cemitério um representante da família do morto e testemunhas. A exumação que se processa sem a observância das disposições legais constitui infração penal . Art. 164 do Código Processo Penal - Decreto Lei 3689/41. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994). CREMAÇÃO Consiste na incineração do cadáver reduzindo-o a cinzas. Pré-requisitos associados à cremação por ser um processo irreversível, a começar pela certidão de óbito do falecido e a permissão de um médico legista. Além disso, se a pessoa não deixou sua vontade escrita e documentada, é preciso obter um formulário de autorização de cremação preenchido e assinado pelo parente mais próximo. Como é impossível determinar a causa da morte depois da cremação, alguns estados também têm um período de espera de 24 a 48 horas após a morte, principalmente em casos de morte violenta. A cremação processa-se em fornos aquecidos a eletricidade. Constituídos de um coletor de cinzas, à temperatura de 900°C a 1200°C ,que reduzem o cadáver a cinzas. O tempo varia conforme o peso. Sendo o restos da queima triturado em um liquidificador industrial , transformando o cadáver totalmente em cinzas. O prazo para entregar as cinzas aos familiares pode ser de 10 a 30 dias. 1. A CREMAÇÂO começa quando a pessoa ainda está viva, precisa registrar em cartório a vontade de ter seu corpo transformado em pó. 2. depois da cerimonia fúnebre o cadáver é levado para uma câmara fria. 3. Os falecidos passam 24 horas no frio. Nesse período, a família ou a polícia podem requisitar o corpo de volta, no caso de mortes violentas como assassinatos. 5. Depois de até duas horas no forno, apenas partículas inorgânicas como os óxidos de cálcio que formam os ossos resistem à onda de calor. Esses restos são colocados no chamado moinho, uma espécie de liquidificador que tritura os ossos com bolas de metal que chacoalham de um lado para o outro. 6. O moinho funciona por cerca de 25 minutos. Depois dessa etapa, as cinzas em pó são guardadas em urnas e entregues à família do morto. No final do processo, uma pessoa de 70 quilos fica reduzida a menos de um quilo de pó. Em uma cidade como São Paulo, uma cremação custa a partir de 105 reais, metade do preço de um enterro simples 4. Depois de um dia na câmara fria, o cadáver entra em um forno com todas as roupas e ainda dentro do ataúde , — apenas as alças de metal são retiradas. Sustentado por uma bandeja que impede o contato direto com o fogo, o esquife é submetido a uma temperatura de 1200ºC. Esse calor faz a madeira do ataúde e as células do corpo evaporarem ou volatilizarem, passando direto do estado sólido para o gasoso. O cadáver começa a sumir COLUMBÁRIO URNAS 8 FORMAS DE INUMAÇÕES QUE ESTÃO SE TORNANDO COMUNS 1 – RESOMAÇÃO, CREMAÇÃO LIQUIDA OU BIOCREMAÇÃO. O processo, chamado Resomação, Cremação liquida ou “Biocremação”, utiliza água aquecida e hidróxido de potássio para liquefazer o corpo, deixando apenas os ossos para trás. Os ossos são então pulverizados como na cremação regular, e os fragmentos ósseos são devolvidos à família numa urna. 2 – INUMAÇÃO NATURAL Os corpos são envoltos em uma mortalha ou colocados em um caixão biodegradável, e a ideia é que eles se decomponham naturalmente. 3 – RECIFES ETERNOS Cria material de recife artificial a partir de uma mistura de concreto e restos humanos cremados (os ossos esmagados que sobraram de cremações). Essas formações são então colocadas em áreas onde os recifes precisam de restauração, atraindo peixes e outros organismos que transformam os restos em um habitat submarino. 4 – CRIOGENIA É o processo de congelamento do corpo de uma pessoa, na esperança de que a ciência médica mais tarde torne possível reanimá-la, com personalidade e memória intacta. 5 – ENTERRO ESPACIAL Seus restos mortais cremados pegamuma carona em um foguete indo para as estrelas, numa viagem que é mais simbólica do que prática: devido ao alto custo do voo espacial, apenas 1 a 7 gramas de seus restos são lançados. 6 – MUMIFICAÇÃO 8 – LIOFILIZAÇÃO O processo envolve a imersão do cadáver em nitrogênio líquido, o que torna muito frágil. Vibrações então agitam o corpo e a água é evaporada em uma câmara de vácuo especial. Em seguida, filtros separam qualquer enchimento de mercúrio ou implantes cirúrgicos e os tornam pó, e os restos são sepultados em uma cova rasa. Com um enterro raso, o oxigênio e a água podem se misturar com os restos em pó, transformando-os em adubo. 7 – PLASTINAÇÃO É usada em escolas de medicina e laboratórios de anatomia para preservar amostras dos órgãos para a educação. NATIMORTO: Denominação dada ao feto que morreu dentro do útero ou durante o parto, ou seja, quando ocorre óbito fetal. Não há necessidade de (DO), para fetos com menos 20 semanas e menos de 500g. Os fetos que tiverem 20 semanas ou mais e com igual ou mais de 500g o (DO) é obrigatório. ATESTADO DE ÓBITO Esse documento tem como finalidade principal, confirmar a morte, definir a causa mortes e satisfazer o interesse médico-sanitário. É através do atestado de óbito que se estabelece o fim da existência humana e da personalidade civil. Lei n. 6.015/73, art. 77: Ver alteração da lei ....... O Decreto Federal n. 20.931/32, Art. 16: É vedado ao médico o direito de atestar o óbito de pessoa a quem não tenha dado assistência. Ficando os Serviços de Verificação de Óbito encarregado de atestar a morte. LEI Nº 13.484, DE 26 DE SETEMBRO DE 2017 Altera a Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que dispõe sobre os registros públicos. Art. 1o A Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 77. Nenhum sepultamento será feito sem certidão do oficial de registro do lugar do falecimento ou do lugar de residência do de cujus, quando o falecimento ocorrer em local diverso do seu domicílio, extraída após a lavratura do assento de óbito, em vista do atestado de médico, se houver no lugar, ou em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou verificado a morte. § 1º Antes de proceder ao assento de óbito de criança de menos de 1 (um) ano, o oficial verificará se houve registro de nascimento, que, em caso de falta, será previamente feito. (Redação dada pela Lei nº 6.216, de 1975). § 2º A cremação de cadáver somente será feita daquele que houver manifestado a vontade de ser incinerado ou no interesse da saúde pública e se o atestado de óbito houver sido firmado por 2 (dois) médicos ou por 1 (um) médico legista e, no caso de morte violenta, depois de autorizada pela autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 6.216, de 1975). http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6015consolidado.htm LEI DOS TRANSPLANTES: DO DOADOR VIVO: A lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e dá outras providências, aos maiores e capazes, independente de sexo; todavia, em se tratando de parte da medula óssea, poderá ser autorizada judicialmente, com o consentimento de ambos os pais ou responsáveis legais, se o ato não oferecer risco para a saúde do doador menor ou incapaz. LEI DOS TRANSPLANTES: DOADOR MORTO: A retirada de tecidos, órgãos e partes, poderá ser efetuada no corpo de pessoas com morte encefálica, confirmada, segundo os critérios clínicos e tecnológicos definidos em resolução do C.F.M, por dois médicos, no mínimo um dos quais com título de especialista em neurologia ou neurocirurgia. É vedado participar do processo de verificação de morte encefálica aos médicos integrantes das equipes especializadas autorizadas a proceder a retirada, transplante ou enxerto de tecidos, órgãos e partes. Toda morte encefálica, comprovada em hospital público ou particular é de notificação compulsória em caráter de emergência. LEI DOS TRANSPLANTES: DO RECEPTOR: O transplante ou enxerto só se fará com o consentimento expresso do receptor - aposto em documento que conterá as informações sobre o procedimento e as perspectivas de êxito ou insucesso e as sequelas previsíveis, após devidamente aconselhado sobre a excepcionalidade e os riscos do procedimento. OUTRAS LEIS LEI N° 8.501, DE 30 DE NOVEMBRO DE 1992 Destino do cadáver não reclamado. CP - DECRETO LEI Nº 2.848 DE 07 DE DEZEMBRO DE 1940 ,ART. 212. Vilipendiar cadáver ou suas cinzas: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. CÓDIGO DE PROCESSO PENAL: DECRETO-LEI 3.689 DE 03/10/1941. DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS PERÍCIAS EM GERAL. •Art. 158: Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante. OUTRAS LEIS CÓDIGO DE PROCESSO PENAL: DECRETO-LEI 3.689 DE 03/10/1941. DO EXAME DO CORPO DE DELITO, E DAS PERÍCIAS EM GERAL. • Art. 163. Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado. Parágrafo único. O administrador de cemitério público ou particular indicará o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto. Art. 164. Os cadáveres serão sempre fotografados na posição em que forem encontrados, bem como, na medida do possível, todas as lesões externas e vestígios deixados no local do crime. (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) Art. 209. Impedir ou perturbar enterro ou cerimônia funerária: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. Art. 210. Violar ou profanar sepultura ou urna funerária: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Art. 211. Destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele: Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. Art. 212. Vilipendiar cadáver ou suas cinzas: Pena - detenção, de um a três anos, e multa. CÓDIGO PENAL, DECRETO LEI 2.848/40, CAPÍTULO II DOS CRIMES CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS Biografias para estudos da Medicina Legal /Tanatologia Forense ✓ França, Genival Veloso de - Medicina Legal e Direitos civil. ✓ Franklin, Reginaldo – Odontologia legal e Antropologia Forense. ✓ Vanrell, Jorge Paulet – Direito civil. ✓ Prestes Jr., Luiz Carlos e Ancillotte – Manual em Necropsia. ✓ Delton Crose Junior – Manual Medicina Legal. ✓ Hygino de C. Hércules - Medicina Legal. ✓ Mathus Fonseca Galvão – Medicina Legal - Professor. ✓ Nelson – Medicina Legal e Sexologia Forense – Professor. ✓ André Uchôa – ( concurso de delegados ), Delegado e Professor. ✓ Pedro Barreto – Jurídico – Portal F3. ✓ Marcelo Machado – Processo Penal – Professor.
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