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Aula_3_-_Fosseis_e_Icnofosseis

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1 
Fósseis e 
Icnofósseis 
Profa Simone Moraes 
(smoraes@ufba.br) 
Universidade Federal da Bahia 
Instituto de Geociências 
Departamento de Oceanografia 
GEO B17 - Paleontologia 
Fósseis 
 Restos ou vestígios de 
organismos com mais de 11.700 
anos 
Ma 
Presas de marfim (5m) e ossos e detalhe dos 
maxilares e dentes do mastodonte de 2,5 milhões 
de anos achado em 2007 em Milia, Grécia. Teixeira et al. (2000) 
4000 
2500 
542,0 
488,3 
443,7 
416,0 
359,2 
299,0 
251,0 
199,6 
145,5 
65,5 
55,8 
33,9 
23,03 
5,332 
2,588 
0,0117 
Fósseis 
 Restos ou vestígios de organismos com mais 
de 11.700 anos 
o Subfósseis – restos ou vestígios 
com menos de 11.700 anos 
Sambaqui da Ilha do Casqueirinho 
(Cubatão, SP) com 3 a 5 mil anos 
F
e
rr
e
ir
a
 (
2
0
0
4
) 
Sapo dessecado encontrado na 
Gruta dos Brejões em 2009 
M
o
rg
a
n
a
 D
re
fa
h
l 
Fósseis 
 Restos ou vestígios de 
organismos com mais de 
11.700 anos 
o Dubiofósseis – estruturas 
possivelmente de origem 
orgânica, mas de natureza não 
comprovada 
o Pseudofósseis – estruturas 
inorgânicas que se assemelham 
a organismos 
Pirolusita (óxido de manganês) 
A pessoa que trouxe este exemplar para um museu identificou-o como sendo a 
cabeça fossilizada de um boi. Trata-se de um fragmento de sílex e, portanto, 
um pseudofóssil. 
Fósseis: definições importantes 
 Restos ou vestígios de 
organismos com mais de 
11.700 anos 
o Fósseis-vivos ou formas 
relíquias – grupos que sofreram 
poucas modificações ao longo do 
tempo geológico 
Ginkgo 
75mm 
Limulus - Subclasse Xiphosurida: 
Cambriano (545 Ma) ao Holoceno 
 Restos ou vestígios de organismos com mais 
de 11.700 anos 
o Fósseis-vivos ou formas relíquias – grupos que 
sofreram poucas modificações ao longo do tempo geológico 
Nautilus - Subclasse Nautiloidea: Cambriano (545 Ma) ao Holoceno 
Fósseis: definições importantes 
Recente 
Fóssil 
Recente 
Fóssil 
2 
 Restos ou vestígios de organismos com mais 
de 11.700 anos 
o Fósseis-vivos ou formas relíquias – grupos que 
sofreram poucas modificações ao longo do tempo geológico 
 Latimeria - Infraclasse Actinistia: Devoniano (417 Ma) ao Holoceno 
Fósseis: definições importantes 
 Restos ou vestígios de 
organismos com mais de 11.700 
anos 
o Fósseis-guias ou fósseis-índices – 
organismos com ampla distribuição 
geográfica, mas de curta duração 
geológica 
Trilobita – fóssil-guia do Paleozóico 
Fósseis: definições 
importantes 
Ma 
Teixeira et al. (2000) 
4000 
2500 
542,0 
488,3 
443,7 
416,0 
359,2 
299,0 
251,0 
199,6 
145,5 
65,5 
55,8 
33,9 
23,03 
5,332 
2,588 
0,0117 
Icnofósseis 
 Resultado da atividade de um 
organismo preservada na 
rocha ou em um corpo fóssil 
 Nomenclatura - Icnogêneros e 
Icnoespécies 
 Classificação etológica 
o Icnitos de locomoção – seqüências 
de pegadas ou sulcos 
o Icnitos de descanso – interrupção 
temporária no deslocamento 
Trilha fóssil de iguanodonte sobre sedimentos fluviais em 
Sousa, PB. Cretáceo Inferior (~140 Ma). 
L
im
a
 (1
9
9
9
) 
Palaeophycus tubularis, 
Escavações de 
poliquetos. Devoniano 
Icnofósseis 
 Classificação etológica 
o Icnitos de alimentação – escavações, tubos, pistas 
e perfurações feitas durante a busca do alimento 
o Icnitos de pastagem – estruturas roladas e 
meandriformes 
Icnito de habitação ou de alimentação - perfuração de inseto em madeira 
F
e
rn
a
n
d
e
s
 e
t a
l. (2
0
0
2
) 
Icnofósseis 
 Classificação etológica 
o Icnitos de habitação – estruturas cilíndricas de paredes 
aglutinadas 
o Icnitos de escape - parede da escavação sem reforço 
Fugichnia Arenicolites 
F
e
rn
a
n
d
e
s
 e
t a
l. (2
0
0
2
) 
F
e
rn
a
n
d
e
s
 e
t a
l. (2
0
0
2
) 
 Outros exemplos 
o Ovos 
Afloramento com ovos de dinossauros na 
Montanha do Dragão Verde, província de 
Hubei, China 
Mapa com a 
representação das 199 
localidades que contêm 
ovos de dinossauros 
que se encontram 
distribuídas por quase 
todos os continentes. 
Icnofósseis 
3 
 Outros exemplos 
o Ovos 
Macroelongatoolithus xixiaensis, o 
maior ovo de dinossauro conhecido, 
modelo de um embrião 
Interior de um ovo preservado com a 
gema perfurada por besouros e 
possíveis glóbulos de gordura da 
provável gema de ovo de dinossauro 
Icnofósseis 
 Outros exemplos 
o Coprólitos 
o Gastrólitos 
Gastrólitos no esqueleto de um réptil fóssil. Museu 
Americano de História Natural, New York, EUA. 
Coprólito 
Icnofósseis 
 A descoberta e trabalho de campo 
Procedimentos de pesquisa: 
um exemplo 
Lyuba 
Lyuba sendo 
transportada 
Yuri Khudi que a 
descobriu 
Península Yamal, Sibéria, 
onde Lyuba foi encontrada 
Dan Fisher coletando 
amostras do local 
Lyuba, Yuri Khudi, Kirill 
Serotetto e os paleontólogos 
Dan Fisher e Bernard Buigues 
 Análises no laboratório 
Lyuba sendo 
preparada para 
tomografia 
Necropsia Hospital sendo preparado 
para o exame de Lyuba 
Procedimentos de pesquisa: 
um exemplo 
 Resultados das análises 
Abdômen – camada espessa 
de gordura indica que ela foi 
amamentada 
Dentes – isótopos indicam 
que ela nasceu na primavera; 
linhas de crescimento indicam 
que ela só viveu 1 mês 
Necropsia – extração de fezes, provavelmente da 
mãe, que foram ingeridas por Lyuba 
Procedimentos de pesquisa: 
um exemplo 
 Resultados das análises 
Necropsia – cheiro de ácido lático chama atenção 
dos pesquisadores 
Procedimentos de pesquisa: 
um exemplo 
Pés – fendas nos cascos 
facilitavam locomoção na 
neve; almofadas atrás dos 
dedos amorteciam os passos 
(adultos pesavam 6ton) 
Pelagem – pêlos longos 
permitiam que ela 
suportasse até -30ºC 
4 
 Interpretação dos dados - causa da morte de 
Lyuba 
Tromba – sedimento 
bloqueando as passagens 
nasais da tromba, boca, 
esôfago e traquéia indicam 
que ela morreu asfixiada 
Tomografia trouxe detalhes da anatomia dos 
mamutes e evidências da causa da morte de Lyuba 
Procedimentos de pesquisa: 
um exemplo 
Fim do inverno na 
Península Yamal, Sibéria 
Lyuba (1m e 100Kg) 
caminha com a manada 
em busca de comida 
Lyuba cai no rio e se asfixia com 
o sedimento 
Sedimento nas vias aéreas de Lyuba 
Procedimentos de pesquisa: 
um exemplo 
 Interpretação dos dados - 
causa da morte de Lyuba 
 Interpretação dos dados- a fossilização de Lyuba 
Lyuba afunda em lodo e argila, o que bloqueia a decomposição aeróbica. 
A decomposição anaeróbica se inicia, mas a produção de ácido lático impede que ela 
prossiga. 
Os tecidos são conservados em permafrost. 
O corpo desidrata e fica com a 
metade do peso (50kg) 
Procedimentos de pesquisa: 
um exemplo 
 Interpretação dos dados- a fossilização de Lyuba 
Em 2006, o rio erode a ribanceira e libera o bloco de permafrost que descongela e solta 
Lyuba. O corpo é arrastado pelo rio até o banco de areia onde ela foi encontrada. 
O cheiro do ácido lático espanta os carniceiros. 
Mesmo exposto corpo fica intacto até o ano seguinte. 
Amostras de sedimento no local 
e nas vias aéreas e cheiro de 
ácido lático durante a necropsia 
Procedimentos de pesquisa: 
um exemplo 
 A publicação dos dados e divulgação 
o Bebê do gelo (National Geographic - 05/2009) 
Lyuba exposta em museu de Tóquio – 100 mil visitantes 
Capa e artigo principal da 
National Geographic de 
maio de 2009 
Procedimentos de pesquisa: 
um exemplo 
Fósseis – importância do estudo 
 Importância 
o Evolução dos seres vivos 
o Determinação de 
Paleoambientes 
 Ambientes sedimentares 
 Paleogeografia 
 Paleoclimatologia 
o Formadores de rochas 
biogênicas 
o Correlação e datação 
o Indicadores de jazidas 
minerais 
Escala de Tempo Geológico dinâmico 
P
re
s
s
 e
t a
l. (2
0
0
4
) 
5 
Icnofósseis – importância do estudo 
 Importância 
o Registro de organismos de corpo mole 
o Apresenta padrões de comportamento 
o Importante informação complementar na 
caracterização de paleoambientes Refletem a diversidade de antigas associações 
bióticas 
 Informa sobre a diversidade trófica – recursos 
alimentares, taxas de sedimentação, turbidez e 
estabilidade do sedimento 
o Determinação de idades 
Referências 
 Para estudo 
o CARVALHO, I.S. e FERNANDES, A.C.S. Icnofósseis. In: CARVALHO, I.S. (ed.). 
Paleontologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2004. v. 1, cap. 10. 
o CASSAB, R.C.T. Objetivos e princípios. In: CARVALHO, I.S. (ed.). Paleontologia. 2. ed. 
Rio de Janeiro: Interciência, 2004. v. 1, cap. 1. 
o MENDES, J.C. Paleontologia geral. São Paulo: EdUSP, 1977. 
o MENDES, J.C. Paleontologia básica. São Paulo: EdUSP, 1988. 
 
 Figuras e curiosidades 
o FERNANDES, A.C.S.; BORGHI, L.; CARVALHO, I.S.; ABREU, C.J. Guia dos icnofósseis 
de inverterbrados do Brasil. Rio de Janeiro: Interciência, 2002. 
o FERREIRA, C.C. Montes de conchas contam a Pré-História. Disponível em: 
<http://www.novomilenio.inf.br/cubatao/ch042.htm>. Acesso em 29 ago. 2008. 
o LIMA, W.S. Preservação da cultura paleontológica brasileira. Phoenix, n 2, fev. 1999. 
Disponível em: <http://www.phoenix.org.br/Phoenix2_Fev99.html>. Acesso em: 29 ago. 
2008. 
o PRESS, F.; GROTZINGER, J.; SIEVER, R.; JORDAN, T.H. Para entender a Terra. 4. ed. 
Porto Alegre: Bookman, 2006. 
o TEIXEIRA, W., TOLEDO, M.C.M.T. R., TAIOLI, F.(org.) Decifrando a Terra. São Paulo: 
Oficina de Textos, 2000.

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