Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Disciplinas LIBRAS Docentes Prof. Tatiana Palazzo Curso PEDAGOGIA Módulo 5.1 Síntese da Unidade VII: Tecnologias e Acessibilidade para a Inclusão Como é ser surdo e sozinho em companhia dos que podem ouvir e você somente tentar adivinhar, pois não há ninguém lá com uma mão para ajudá-lo, enquanto você tenta acompanhar as palavras e a música? Cada pessoa tem sua parcela de responsabilidade quando buscar uma sociedade mais humana e democrática. Respeitar as diferenças entre todas as pessoas é o começo. Como professor, é de suma importância saber aonde se quer chegar e como se deve proceder para atingir o objetivo. Aqui a busca é aprender a pensar e entender como é se comunicar em libras ou, pelo menos, mostrar como organizar o aprendizado, como pensar as atividades e sua relevância. O aprendizado das letras auxiliará na escrita de nomes, endereços ou de qualquer informação que não tenha sinal padronizado, e o dos números, na identificação RG, CPF, telefone, celular ou de qualquer coisa que use numeral. Qualquer sinal deve ser criado por pessoas surdas e nunca por ouvintes. Este sinal será como uma identificação pessoal, com características próprias para uma determinada pessoa: lugar, comida, bebida etc. Paulo Freire, em seu método de alfabetização, propõe que se tem de trabalhar a partir do mundo que cerca o aluno, tudo o que seja real, vivo, que tenha significado, o vocabulário, enfim, o contexto onde a pessoa está inserida. Partindo dessas ideias e sabendo as letras e os números. b) Identificação: este item é o complemento do que já foi citado anteriormente, mas agora com o sinal para as palavras. Todos os itens são úteis em vários contextos e também para se buscarem informações. Os componentes de uma ficha de identificação são: nome, idade, endereço, telefone, bairro, cidade, estado, país, e-mail, celular, RG etc. A experiência mostra que a aprendizagem de uma língua, oral ou gestual, ocorre com maior rapidez quando nas aulas se usa constantemente a língua que está sendo ensinada, podendo o aluno, assim, pensar e interagir somente nesta língua, sem buscar na sua L1 recursos para L2, uma vez que cada idioma tem estruturas gramatical, sintática, semântica e morfológica próprias. Aprender língua de sinais requer atenção visual, discriminação visual, memória visual, expressão corporal e facial, além de agilidade manual, pois é uma língua que é percebida pela visão. c) Ensinar libras por categorias de palavras (família, cores, animais, frutas, etc.) não garantem que pessoas aprendam, pois as palavras isoladas ficam sem significado e contexto, necessitando trazê-las para a conversação e, assim, fazer uso das regras e estruturas da língua. d) Pensar em temas geradores para adquirir vocabulário contextualizado é a ideia central. Com este tipo de trabalho, pode-se enfocar vários assuntos e os diálogos serão úteis para o dia adia. É preciso lembrar também que as pessoas podem auxiliar os surdos em vários locais, não somente em ambientes escolares, mas também em bancos, hospitais, delegacias. Há outras atividades, como passeio ao shopping, um dia na escola, uma viagem pelo mundo. Se a sua escola ou município não tiver os atendimentos educacionais especializados necessários, leve essas informações às pessoas responsáveis para que a legislação seja comprida e os alunos com surdez ou deficientes auditivos tenham seus direitos garantidos. Solicitar intérprete para a sala de aula é importante assim como, associada a tudo isso, a capacitação constante do corpo docente. Bom estudo! Equipe de Dependência Pedagogia.
Compartilhar