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Correção da 1ª prova: 
Descrever os fatores iniciadores da RMT presentes no caso. Descreva os mecanismos de controle da volemia utilizados nessa fase da RMT. 
	Hipovolemia, dor, lesão tecidual (processo inflamatório, radicais livres). Catecolaminas (vasoconstrição), sistema RAA e ADH. 
Calcular a osmolaridade aproximada deste paciente e a possível consequência clínica caso esteja alterada. 
	258mOsm. Edema celular, com possível implicação cerebral. Deve-se realizar reposição de sódio. 
Explicar a perda de peso no pós-operatório.
	O paciente no pós-operatório encontra-se em catabolismo, com lipólise, proteólise, para a estimulação da gliconeogênese, e sob ação de hormônios catabólicos (cortisol, glucagon, catecolaminas, PIF). A perda de peso é principalmente de massa muscular. 
Descreva as necessidades basais de reposição de líquidos e eletrólitos que deveria ser prescrito no primeiro dia de pós-operatório. 
	2500ml de líquidos, 1mEq de Na+, 1mEq de K+, 0,1mEq de Ca+ e 0,1mEq de Mg2+. Atenção para o nível de aldosterona e a reposição de Na+.
Analisar os resultados dos exames bioquímicos do segundo dia de pós-operatório; considerando os valores normais e explicando as possíveis causas das alterações encontradas. Qual seria a melhor opção, entre as soluções de cristaloides, para a reposição das perdas no quarto dia de pós-operatório. Justifique. 
	A glicemia encontra-se elevada pelo aumento da resistência à insulina (gerada pelo glucacon e cortisol), além do estímulo para a gliconeogênese que consome as proteínas musculares. A alta taxa proteolítica reduz a creatinina sérica e aumenta os níveis de nitrogênio (consequentemente de uréia) presente na urina. Para a gliconeogênese, os aminoácidos são degradados e no nitrogênio não utilizado cai no ciclo de formação da uréia. 
	A melhor opção para a reposição das perdas é o ringer lactato, pela composição de Na+, K+ e Cl- semelhante ao líquido entérico. 
Explicar o metabolismos das proteínas durante a fase catabólica da resposta metabólica ao trauma. 
	As proteínas são metabolizadas pela via da gliconeogênese, uma vez que a prioridade é fornecer energia aos tecidos (+ glicose). Há estímulo do fator indutor de proteólise (PIF), do glucagon, do cortisol e das catecolaminas. A quebra dos Aas gera elementos que entram na gliconeogênese para a formação de glicose (C, O e H) e resta o nitrogênio que é eliminado na urina. É preciso assegurar que a fase catabólica não se mantenha por muito tempo para justamente evitar a perda de massa muscular. Em estados críticos até o tecido muscular cardíaco pode sofrer danos, gerando quadros irreversíveis. 
Analisar os valores da gasometria arterial, considerando os valores normais e explicando as possíveis alterações encontradas. Identificar no caso o distúrbio que desencadeou a alteração do equilíbrio ácido-base. Indicar a melhor conduta para a resolução do distúrbio ácido-base. 
	Paciente encontra-se em acidose lática, devido à hipovolemia que gera hipoperfusão de tecidos e glicólise anaeróbica. Tem saturação de O2 boa, compensada pela taquicardia, a PCO2 está adequada, mas também no limiar, os níveis de HCO3- estão baixos e ele possui uma ausência de Base Excess. O baixo HCO3- pode ser explicado pela perda de líquido perdido para manter a volemia (com ringer lactato) e avaliar qual a causa da perda do mesmo para a reversão. O organismo tentou compensar a perda volêmica com a taquicardia e a acidose com a taquipnéia, o que em breve poderá leva-lo a uma fadiga respiratória. 
Descrever a sequência de atendimento inicial com objetivo de manter a via aérea permeável, sob os preceitos de reanimar sem aumentar os danos. 
Deve-se observar a via aérea e identificar a presença de corpos estranhos ou excesso de líquidos, realizando a retirada e a aspiração, se necessário. 
Mesmo antes deve-se tentar estabelecer contato com o paciente e verificar sua consciência, além de colocar o oxímetro para a aferição da saturação de O2. 
Caso se necessite de intervenção, deve-se fazer a manobra de anteriorização da mandíbula ou do mento, para desobstruir a passagem do ar (lembrando de proteger a coluna cervical com o colar cervical), e a colocação da cânula de Guedel adequada para o paciente. Então mantémse a ventilação com a máscara + O2 (transparente) e avaliar-se a saturação. 
É importante observar sinais de lesão da laringe, traquéia e danos cervicais. 
Defina via aérea definitiva. Este paciente tinha indicação? Justifique. 
	Tubo endotraqueal. Com balão insuflado, devidamente fixado com fita adesiva, conectado a um sistema de ventilação assistida, com mistura enriquecida de oxigênio.
	Tipos: 
	- Endotraqueal - utilizada em casos de integridade das vias aéreas. 
	- Nasotraqueal - utilizada em casos de integridade das vias aéreas, contraindicado em caso de apnéia e fraturas da face, seios frontais, base do crânio e placa crivosa.
	- Cirúrgica: impossibilidade de intubação da traquéia (ex: hemorragia grave, edema de glote, fratura laríngea), sendo que a cricotireoidostomia é preferível por ser mais fácil, mais rápida e produzir menor sangramento que a traqueostomia (mais utilizada em casos de via aérea definitiva prolongada).
Este paciente chegou com pneumotórax hipertensivo ao PS. Cite os critérios diagnósticos para o pneumotórax hipertensivo e a melhor conduta. 
	Desvio traqueal, hipersonoridade à percussão, enfisema subcutâneo, ausência de MV no hemitórax atingido. 
	Toracocentese. Paciente deitado, cateter agulhado, rente à borda superior da 3ª costela, para evitar danos de vasos e nervos, com o objetivo de permitir o escape do ar de dentro para fora. Depois, deve-se submeter o paciente à colocação do dreno em selo d’água, para a manutenção da saída do ar e reverter o colabamento do pulmão.

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