Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Política: poder exercido na sociedade baseado na razão e legitimado através de um discurso. A política é o exercício do poder. Poder: é o que estrutura a sociedade; força; dominação; nem todo poder é político. Virtude: justiça, coragem, honestidade, é extrair o melhor do indivíduo. Poder político legítimo é o que cumpre com sua finalidade. Essência é finalidade do objeto. Platão -> séc. V a.C. / método dialético permite transgredir do sensível para o inteligível por meio da razão. Cidade ideal está no mundo inteligível. Sócrates -> “Não há homem justo na Polis injusta” ou seja, é necessário uma reciprocidade para ser legitimado. Fazer política é fazer com que a aptidão natural se torne uma virtude. ARISTÓTELES Quem não nasce na Polis é um escravo natural; Injustiça: quando não se consegue o melhor de si; Finalidade: essência/natureza; A virtude é prática; Justiça é dar a cada um o que é seu; É impossível conhecer a verdade ignorando o sensível, a verdade está no olhar com prudência; As semelhanças, igualdades, são essência; O homem é um animal político pois só chega à racionalidade através da política; A essência humana é a felicidade (quando eu posso ser o máximo da minha potência). Engrandecer não só a mim mas a sociedade; É pela harmonia que se relaciona o indivíduo com o todo social; O todo existe antes da parte; A finalidade em comum liga os indivíduos em comunidade; Corrupção é quando se tenta subverter/burlar o sistema. Para Aristóteles os fundamento último do justo é político pois a ação dos homens em sociedade é que dá o fundamento do mérito e da igualdade. O tratado da proporcionalidade dá as ferramentas para a manipulação do justo mas é a vontade política que reduz ou aumenta as desigualdades, é a ação política que mantém níveis variados de distribuição de riquezas. (Mascaro, 2010, pp83) Para Aristóteles não há oposição entre a organização política (estatal) e a própria vida social pois elas são uma mesma situação. A vida social tem uma razão mais profunda que é a própria felicidade da comunidade. (Mascaro, 2010, pp84) Para Aristóteles, a vida social envolve essencialmente um sentimento de pertença em comum. Diferentemente dos modernos, que fazem do indivíduo atomizado o eixo da sociedade, Aristóteles faz da sociedade o eixo do indivíduo. (Mascaro, 2010, pp85) Para Aristóteles a política se faz entre os iguais. Assim sendo, não se pode imaginar que entre tais iguais haja interesses particulares que se sobreponham a todos os demais. O governo é bom quando ele busca a felicidade comum dos cidadãos. (Mascaro, 2010, pp87) Exercício do Poder De um só De alguns A maioria Legítimo Monarquia Aristocracia República Corrupto Tirania Oligarquia Democracia (Mascaro, 2010, pp88) Monarquia: a maioria ou a minoria buscam a felicidade geral, é necessariamente justo. Porém os interesses não podem ser individuais do príncipe senão há um desvio. Aristocracia: alguns recebem o poder, as pessoas mais honestas. Tirania é a monarquia voltada para a utilidade do monarca. Oligarquia é a aristocracia voltada para a utilidade dos ricos. Democracia é corrupta pois a opinião da maioria prevalece ao invés da verdade. Na República todos participam apesar de suas diferenças naturais. Ex.: República romana (patrícios e plebeus). MAQUIAVEL “A finalidade política é a otimização das virtudes.” / Virtude é a ideia da excelência humana; Deve-se abandonar o dever-ser e focar no ser para que torne-se possível obter a verdade efetiva das coisas; Política deve ser olhada pelo prisma histórico; Maquiavel é aliciante, usa a História para convencer; Natureza humana é a malignidade, logo, não é possível evitar o caos; Combate-se o caos com caos; A finalidade política é a estabilidade e a ordem; Bom governante é o que sabe agir de acordo com a circunstância, que sabe dominar a fortuna; Virtú não é ética, é a capacidade de agir conforme as circunstâncias em nome da manutenção da ordem; A ordem social e o bom governo são seus horizontes; mas os meios, ao invés de teológicos, são humanamente realistas. Visão filosófica renascentista. Para Maquiavel é verdade que o destino –fortuna- influencie a vida social, mas isso não nega o espaço da ação política. Não é um desígnio divino, mas sim a virtú do agente político – suas qualidades, capacidades e empreendimentos - que determina o encaminhamento da sociedade. (Mascaro, 2010, pp128) ILUMINISMO Ideia de luz, racionalidade, indivíduo; Combate o absolutismo e a tradição antiga e cristã; O contrato social justifica a violência; todos somos iguais perante o contrato; o grande objetivo da política é defender os interesses dos indivíduos (liberdade, vida); Descartes: quer provar que a ciência é possível, quer uma base clara para construir uma certeza; sentimento não certeza; a primeira certeza que se tem é da própria existência enquanto indivíduo; indivíduo em primeiro plano; O que existe é o que passa pela consciência quando for aceito pelos indivíduos; Autonomia de vontade base do Direito Civil; Locke, Montesquieu, Rousseau; A razão iluminista é universal e imutável, se sobrepõe a todas as idiossincrasias das crenças e dos costumes; As liberdades burguesas e a constante luta burguesa contra os privilégios absolutistas farão com que o Iluminismo ressalte o individualismo. Teoria do contrato social: a força que vincula o poder legítimo é o individualismo/igualdade formal. O mérito está correlacionado a ação do indivíduo. O poder político é legítimo à medida que ele torna possível a liberdade dos indivíduos e a igualdade formal entre eles. Até que ponto o Estado pode interferir na vida individual? O limite é a liberdade individual. “De um lado, em Aristóteles, como é a sociedade uma ampliação sucessiva de vínculos que na base são familiares, a característica inicial e necessária dessa formação é também social. A família, ou a união de homem e mulher, como alguns chegam a detectar como origem primeira da série que levará à sociedade, é sempre uma ordem social, nunca de indivíduos isolados em si mesmos. Já para os modernos, a sociedade é apenas uma união de indivíduos. Essa posição, individualista, tem por pressuposto a ficção de que, em princípio, havia seres humanos que viviam isolados, e que, em um momento posterior, passam a viver em sociedade. Essa teoria, para os filósofos modernos, é a teoria do contrato social.” (Mascaro, 2010, pp149) Estado de natureza: a condição primeira dos indivíduos na história na qual os homens são livres. O contrato social para Hobbes significa que a vida em natureza não possibilita ao homem a convivência pacífica. Há guerra de todos contra todos. A sociedade civil, e o Estado que lhe advém, garantem a ordem não havida no estado de natureza. Para Locke, a sociedade permite uma ordem racional de convívio, e o objetivo desta é a liberdade e a garantia da propriedade privada. Para Rousseau o homem em estado de natureza é bom. Passa a viver em sociedade, e esta surge com a propriedade. A propriedade, por sua vez, engendra a corrupção dos homens, a violência. Somente um contrato social, baseado na razão, pode, num momento posterior, estabelecer um homem diferente, com valores transformados, racionais. CAPITALISMO Dominar a natureza é aproveita-la aos fins do capital; Faz do comércio sua razão fundamental; LIBERALISMO Preza pelo individualismo; Depende do Capitalismo; O Estado não pode interferir na vida privada; Contrato Social: Direito natural, liberdade; explica a construção da sociedade baseada no indivíduo; modelo de mercado; O contrato social não é um acordo de vontades, trata-se de lados opostos e prevê um mínimo de equilíbrio. Montesquieu: a tripartição dos poderes limita o poder do Estado e garante o máximo de liberdade aos indivíduos. Individualismo significa que cada um tem suas vontades porém uma vontade não deve prevalecer à de outra pessoa, por isso precisa-se impor limites; Nem todos os liberalistas concordamcom o contratualismo; Interpretação individualista da sociedade; O Mercado é o centro do Liberalismo; É necessário Estado e normas para garantir a subjetividade;
Compartilhar