Buscar

Fato Jurídico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fato Jurídico
 O fato jurídico é todo o acontecimento da vida relevante para o direito tendente a criar, modificar, transferir ou extinguir direitos.
 - Fato jurídico sticto sensu (fatos naturais) Tratam-se de fatos jurídicos que não contam com a participação humana. Estes fatos podem ser ordinários ou extraordinários:
Fatos naturais ordinários - tratam-se de fatos rotineiros (nascimento, vida e morte). Fatos naturais extraordinários - são aqueles imprevisíveis e inevitáveis que qualificam as hipóteses de caso fortuito ou força maior (terremoto, tufões e vendavais).
 Ato Jurídico 
O ato jurídico é a modalidade de fato que, mediante a participação humana, promove a aquisição, modificação, transferência ou extinção de direitos.
 Ato - fato - jurídico
 O ato-fato-jurídico diferentemente do fato jurídico não exige uma manifestação de vontade para o alcance dos resultados. 
Ato ilícito - Aquele que por ação ou omissão voluntária (negligência ou imprudência) violar direito ou causar dano a outrem ainda que exclusivamente moral comete ato ilícito. 
Ato Jurídico stricto sensu
 No ato jurídico stricto sensu o efeito da manifestação de vontade esta predeterminado na lei, não havendo qualquer dose de escolha da categoria jurídica. O ato jurídico stricto sensu caracteriza-se por ser unilateral porque se aperfeiçoa com uma única manifestação de vontade e por ser potestativo, porque permite que o agente interfira na esfera jurídica de outra pessoa sem que esta possa impedir.
 Negócio Jurídico
No negócio jurídico a ação humana visa alcançar um fim prático permitido na lei. Portanto, o negócio jurídico consiste na manifestação de vontade que busca produzir determinado efeito jurídico permitido pela lei. 
Negócio Jurídico Unilateral e Bilateral
 Em regra o negócio jurídico é bilateral, ou seja, quando a manifestação de vontade de ambas as partes são essenciais para a produção dos efeitos do negócio jurídico. Já os negócios jurídicos unilaterais se aperfeiçoam mediante uma única manifestação de vontade (testamento, denúncia de herança, promessa de recompensa, etc.).
 28/02/13 
Plano de existência 
Tratam-se dos elementos estruturais do negócio jurídico que integram a sua essência. 
1 - Manifestação de vontade: a vontade é o pressuposto básico do negócio jurídico e é imprescindível à sua exteriorização (declaração de vontade) no plano da validade. A exteriorização da manifestação de vontade denomina-se: declaração de vontade. Esta modalidade pode ocorre de duas formas: Declaração expressa: ocorre quando a declaração exterioriza-se através de forma verbal ou escrita. Declaração tácita: ocorre quando através das condutas adotadas pelas partes pode-se inferir a respeito da conduta dos agentes.
2 - Finalidade negocial: trata-se da vontade de criar, conservar, modificar ou extinguir direitos.
3 - Idoneidade do objeto: este elemento diz respeito à compatibilidade do objeto com o negócio jurídico. (Art 104 e 108 do CC).
Plano de validade 
Tratam-se dos elementos e das características legais exigidas para que todo e qualquer negócio jurídico, em caráter genérico venha a ser válido.
 1 - Agente capaz: é a aptidão para a realização de negócios jurídicos 
2 - Objeto lícito: é aquele que não atenta contra a lei, a moral e os bons costumes. 
3 - Objeto possível: é aquele cuja concretização depende da análise do contexto fático-jurídico.
 07/03/13
 Objeto determinado ou determinável
 No que tange ao abjeto quando for possível a sua individualização este será determinado. Porém, quando não for possível a sua imediata individualização, presentes os critérios mínimos de espécie e quantidade, este será determinável (determinável relativo).
 4 - Forma prescrita (adotada) ou não defesa (proibida) em lei: via de regra a declaração de vontade exterioriza-se de forma livre, exceto quando a lei estabelecer uma forma específica ou proíba o uso de determinada forma. 
 Declaração de vontade Trata-se da exteriorização da intenção do agente em realizar determinado negócio jurídico. 
Silêncio: o silêncio somente será considerado como forma de declaração de vontade quando a lei não exigir a declaração expressa e quando for admitido pelos usos e costumes. (Art. 11 do CC).
 Reserva mental: ocorre a reserva mental quando um dos declarantes oculta a sua verdadeira intenção na realização de um determinado negócio jurídico.
 Plano de eficácia ou elementos acidentais do negócio jurídico
 Tratam-se de elementos que não são exigidos por lei, ou seja, não integram o plano de existência ou validade do negócio jurídico. Porém, quando convencionado entre as partes, torna-se responsável pela eficácia do negócio jurídico. 
Condição
 É a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. (Art. 121 do CC). 
14/03/13
 Requisitos da condição: 
Futuridade e incerteza: a incerteza diz respeito ao acontecimento do evento e não propriamente ao laço temporal.
 Espécies de condições:
 - Quanto a sua licitude: 
Nos termos do Art 122 do CC a condição: lícita é aquela não contrária a lei, a ordem pública e os bons costumes. 
Ilícitas é o contrário de lícitas. 
- Quanto à possibilidade: 
Possível - são aquelas que podem ser alcançadas. 
Impossível - são as que não podem ser cumpridas por nenhum ser humano ''fisicamente impossíveis''. 
Juridicamente impossíveis - são aquelas condições que não alcançam a eficácia em decorrência da proibição expressa do ordenamento jurídico, do não preenchimento dos requisitos legais ou quando fere a ordem pública e os bons costumes. 
- Quanto às fontes: 
Causais: são as que dependem de fatores externos e alheios as vontades das partes. Potestativas: quando a realização da condição depende da vontade de uma das partes Puramente Potestativas: são as que sujeitam todo o efeito do negócio jurídico a vontade de uma única das partes. Nos termos do Art 122 do CC a condição puramente potestativa é tida como ilícita. 
Simplesmente potestativa: dependem da vontade de uma das partes bem como de fatores externos que em conjunto permitiram a realização do evento futuro e incerto. 
21/03/13
 Condição suspensiva
 - Quanto ao modo de atuação: 
Condição suspensiva: impede que o ato ou negócio jurídico produza efeitos até a realização do evento futuro e incerto. Nos termos do Art 125 do CC enquanto não houver o implemento da referida condição não há a aquisição do direito no negócio jurídico. Não havendo o implemento da condição suspensiva não podem as partes dispor desse direito visto que sequer houve a sua aquisição nos termos do Art 126 do CC. 
Condição resolutiva: a condição resolutiva permite desde o momento da conclusão do negócio jurídico a aquisição e o exercício do direito até o implemento do evento futuro e incerto. O implemento do evento futuro e incerto é responsável por extinguir os direitos adquiridos através do negócio jurídico nos termos do Art 127 do CC. 
Condição resolutiva nos negócios jurídicos de execução continuada ou periódicas: 
Segundo Art 128 do CC o implemento de condição resolutiva, salvo em disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados. 
Quanto ao estado: 
Pendente: ocorre enquanto não se verifica a ocorrência de um evento futuro e incerto. Implementada: quando se verifica o evento futuro e incerto. 
Frustrada: ocorre diante da impossibilidade de verificação do evento futuro e incerto.
 Condições que invalidam o negócio jurídico
 Condição física ou juridicamente impossíveis quando suspensivas: a condição suspensiva quando impossível jamais permitirá a aquisição ou o exercício do direito constante do negócio jurídico, motivo pelo qual é responsável por invalidá-lo. 
Condições ilícitas ou de fazer coisa ilícita Condições incompreensíveis ou contraditórias: incompreensíveis são aquelas cujo teor não se pode compreender. Já as contraditórias são aquelas que trazem alguma incompatibilidade lógica do seu texto.
 As condições que se reputam como não escritas
 As condiçõesresolutivas quando impossíveis não afetam a aquisição e o exercício do direito permitindo assim o vigor do negócio jurídico com prejuízo apenas da condição implementada. 
28/03/13
 Termo
 É o elemento acidental do negócio jurídico que o submete a um evento futuro e certo
 Requisitos do termo:
 Futuridade Certeza do acontecimento: a certeza não necessariamente implicará na delimitação temporal exata. Exemplo: a morte.
Modalidades do termo
 Termo certo: ocorre quando o termo inicial e o termo final são precisamente fixados no tempo. 
Termo incerto: é o elemento acidental que, embora certo quanto a sua ocorrência, é incerto quanto a sua data. 
Termo inicial ou ''dies a quo'' ou termo suspensivo: é aquele a partir do qual se inicia o exercício do direito. 
Termo final ou ''dies ad quem'' ou termo resolutivo: é aquele que encerra os efeitos do negócio jurídico. 
Prazo: trata-se do intervalo entre o termo inicial e o termo final.
 Exercício e aquisição do direito em face do termo inicial
 
O termo inicial suspende o exercício mas não à aquisição do direito Art 131 do CC. Ao contrário, na condição suspensiva não há a aquisição do direito tendo em vista a incerteza do acontecimento.
 Contagem do prazo
 Na contagem de prazos exclui-se o dia do começo e inclui-se o dia do vencimento Art 132 do CC. 
Contagem do prazo em meses e anos: os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do inicial ou no imediato se faltar exata correspondência. 
Contagem de prazos em hora: os prazos fixados em hora serão contabilizados de minuto em minuto nos termos do Art 132 parágrafo 4 do CC. 
Nos contratos presume-se o prazo em favor do devedor, nos testamentos presume-se o prazo em favor dos herdeiros.
 Negócio jurídico sem prazo compactuado
 Os negócios jurídicos sem prazo fixado serão exequíveis desde logo, exceto quando tiver de ser cumprido em local diverso ou não puder ser cumprida de forma imediata.
 04/04/13 Trabalho feito e entregue em sala. 
11/04/13 Prova 
18/04/13 Vista de prova
25/04/13
 Encargo ou modo
 Trata-se de cláusula acessória as liberdades (doação e testamento), pela qual se impõe um ônus ou obrigação ao beneficiário. No encargo não se configura a contra prestação pois não pode ser visto como contrapartida ao benefício concedido. Se houvesse contrapartida o negócio jurídico deixaria de ser gratuito passando a ser oneroso. Com relação à execução do encargo o donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem a benefício do doador de terceiro ou do interesse geral. Na ultima hipótese o Ministério Público terá legitimidade para exigir do donatário o cumprimento do encargo. Na hipótese de inexecução da doação pelo donatário poderá ser revogada, sendo necessário a notificação caso não haja prazo para o cumprimento do encargo. Nos termos do artigo 137 do CC considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade caso em que se invalida o negócio jurídico. 
Defeitos do negócio jurídico 
Tratam-se de todos os vícios regulamentados pelo código civil que implicam na sua anulação ou na sua nulidade. Os defeitos do negócio jurídico dividem-se em duas grandes modalidades: os vícios de consentimento e os vícios sociais.
 Os vícios de consentimento criam um conflito entre a vontade manifestada e a real intenção de quem a exteriorizou em um determinado negócio jurídico. Os vícios de consentimento subdividem-se em cinco títulos: o erro, o dolo, a coação, a lesão e o estado de perigo. 
Já nos vícios sociais a declaração de vontade corresponde exatamente a respectiva manifestação, porem esta é destinada a prejudicar terceiros. Os vícios sociais subdividem-se em dois tipos: a fraude contra credores e a simulação.
 Erro ou ignorância
 É o vício do negócio jurídico que consiste na falsa idéia da realidade que incide sobre circunstâncias e aspectos relevantes que concluem na anulação do negócio jurídico. Para que o erro implique na anulação do negócio jurídico é necessário que este seja substancial. (Art. 139 do CC)
02/05/13 
Erro escusável 
O erro escusável trata-se do erro justificável ou desculpável exatamente o contrário do erro grosseiro que decorre do não emprego da diligência ordinária (homem médio).
Erro real
 Trata-se do erro efetivo causador de real prejuízo para o interessado.
Erro acidental
O erro acidental opõe-se ao erro substancial pois refere-se às circunstâncias de somenos (menor) importância e que não acarretam um efetivo prejuízo.
 O motivo
 O motivo do negócio jurídico não é elemento de validade do negócio jurídico, portanto não insere-se como elemento obrigatório. Porém o falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante.
 Erro de cálculo
 O erro de cálculo é uma modalidade de erro acidental que permite apenas a sua retificação. Portanto o erro de cálculo não enseja a anulação do negócio jurídico.
 Interesse negativo
 A figura do erro negativo não tem previsão legal no ordenamento jurídico brasileiro. Porém poderá o declaratário evitar a anulação oferecendo-se para executar a avença (obrigação) na conformidade da vontade real do manifestante.
 O dolo
 O dolo é o induzimento malicioso provocado por uma das partes ou por um terceiro em um determinado negócio jurídico com o intuito de deturpar a manifestação de vontade do declarante. 
Requisitos do dolo
 - A intenção de induzir o declarante a praticar o negócio jurídico (má fé). 
- Utilização de recursos fraudulentos graves. 
- Que esses artifícios sejam a causa determinante da declaração de vontade. 
- Que procedam de outro contratante, ou seja, por este conhecido como procedente de terceiro.
 Dolo principal 
Ocorre quando o artifício empregado apresenta-se como causa determinante da realização do negócio jurídico. Nesta hipótese o negócio jurídico é anulável.
 Dolo acidental
O dolo acidental não tem a propriedade de viciar o negócio jurídico a ponto de torná-lo anulável, pois este seria realizado embora de outro modo (Art. 146 do CC).
Dolo omissivo ou dolo negativo
Ocorre quando uma das partes silencia intencionalmente a respeito de fato ou de qualidade que a outra parte aja ignorado em um determinado negócio jurídico.
 09/05/13
 Dolo do representante 
O dolo do representante segundo o Art. 149 do CC distingue-se no dolo praticado pelo representante legal e no dolo praticado pelo representante convencional. O dolo praticado pelo representante legal de uma das partes, somente obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve. Já no dolo do representante convencional o representado responderá solidariamente com o representante por perdas e danos em virtude da má escolha do respectivo mandatário.
 Dolo bilateral
 Ocorre quando ambas as partes em um negócio jurídico agem com o dolo de forma recíproca. Neste caso o negócio jurídico não poderá ser anulado pelo princípio de que ninguém poderá alegar a própria torpeza em benefício próprio ''nemo auditus allegans in propriam turpitudinem''.
 Dolo de terceiro
 Trata-se de um dolo praticado por pessoa estranha no negócio jurídico, não se confundindo com a pessoa do representante legal ou convencional.
 Coação
É toda ameaça ou pressão exercida sobre um individuo para forçá-lo contra a sua vontade a realizar um negócio jurídico.
 Requisitos da coação
 - Deve existir um nexo causal direto a pressão ou ameaça e a realização do negócio jurídico. - Deve ser grave. Para aferir a gravidade ou não da coação cabe ao magistrado a avaliação em cada caso das condições pessoais ou particulares da vítima. 
- O simples temor reverencial e o exercício regular de um direito não configuram hipóteses de coação nos termos do Art. 153 do CC. 
- Deve ser injusta, ou seja, deve ser ilícita, contraria ao direito ou abusiva. 
- O dano deve ser atual ou iminente. O dano atual ou iminente, trata-se do dano prestes a se consumar. 
- Deve constituir ameaça de prejuízo a pessoa ou a bens da vítima ou as pessoas de sua família.Porém, há a possibilidade da coação incidir em pessoa não pertencente à família. Nesta hipótese o juiz com base nas circunstâncias de fato decidirá o caso nos termos do Art. 153 do CC.
 Coação vis absoluta ou coação física 
Neste caso a vantagem obtida pelo coator é obtida mediante o emprego da força física. Neste caso o emprego da força física implica em ausência completa de manifestação de vontade. Portanto o negócio jurídico é inexistente sendo nulo o ato praticado.
 Coação vis compulsiva ou relativa
 Neste caso deixa-se uma opção ou escolha à vítima, ou seja, praticar o ato exigido pelo coator ou correr o risco de sofrer as consequências da ameaça por ele feita. 
Coação exercida por terceiros 
A coação vicia o ato ainda quando exercida por terceiro se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte que aproveite e esta responderá solidariamente por perdas e danos. Subsistirá no entanto o negócio jurídico se a coação decorrer de terceiro sem que a parte a que aproveita dela tivesse ou devesse ter conhecimento mas o autor da coação responderá por todas as perdas e danos geradas ao coacto.
 16/05/13
 Estado de perigo
Configura-se estado de perigo quando alguém premido da necessidade de salvar-se ou salvar alguém de sua família de grave dano conhecido pela outra parte assume obrigação excessivamente onerosa.
 Elementos: 
- Elemento objetivo: trata-se da assunção de obrigação excessivamente onerosa. 
- Elemento subjetivo: é caracterizado pela necessidade de salvar-se ou salvar pessoa de sua família de risco iminente de dano.
 Tratando-se de pessoa não pertencente à família o juiz decidirá de acordo com as circunstâncias de fato para decidir acerca da ocorrência do estado de perigo (amigo de infância, namorado ou namorada, padrinho de casamento).
Lesão
 Configura-se quando alguém obtém um lucro exagerado desproporcional aproveitando-se da inexperiência ou da situação de necessidade do outro contratante.
 Elementos: 
- Elemento objetivo: é a assunção de obrigação excessivamente onerosa. 
- Elemento subjetivo: caracterizado pela inexperiência ou premente necessidade do lesado.
 A avaliação da desproporção entre as prestações deve ser feita segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. Não se decretará a anulação do negócio jurídico se for oferecido suplemento suficiente ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.
Vícios sociais - Fraude contra credores
 A fraude contra credores é praticada com o intuito de prejudicar terceiros mediante a dilapidação maliciosa de seu patrimônio a ponto de não garantir o pagamento de todas as dívidas tornando-se assim insolvente.
Elementos: 
- Anterioridade do crédito: para que se configure este vício é necessário que o crédito seja anterior ao negócio jurídico fraudulento. (Art. 158, parágrafo 2º do CC) 
- Consilium fraudis/ Conluio fraudatório: trata-se da má fé do terceiro, ou seja, o conhecimento da situação de insolvência do alienante. Nos termos do Art. 159 do CC, a má fé é presumida quando a insolvência do alienante for notória (cartório de protesto, serviço de proteção ao crédito, ações processuais em andamento). 
- Eventus damni: é o prejuízo decorrente da insolvência.
 23/05/12
Transmissão gratuita de bens ou remissão de dívidas
Nesses casos os credores não precisam provar o conluio fraudulento pois a lei presume a existência da fraude. Pagamento pelo devedor já insolvente a credor quirografário de dívida ainda não vencida, nesta hipótese o credor quirografário beneficiado com o pagamento de dívida não vencida ficará obrigado a repor o valor em proveito ou concurso de credores. A concessão de garantias de dívidas pelo devedor já insolvente a algum credor também se presume o intuito fraudulento na concessão de garantias de dívidas pelo devedor já insolvente a algum credor colocando-o em posição mais vantajosa que os demais credores.
Simulação
Trata-se de uma declaração falsa ou enganosa da vontade visando aparentar negócio jurídico diverso do efetivamente desejado. É um vício social porque objetiva iludir terceiro e fraudar a lei.
 Simulação absoluta e relativa 
Na simulação absoluta as partes na realidade não pretendem realizar qualquer negócio jurídico. Apenas visam criar uma falsa realidade que se destina a prejudicar terceiros.
 Dissimulação ou simulação relativa
Trata-se da falsa aparência conferida ao negócio jurídico verdadeiramente pretendido.
 Invalidade do negócio jurídico
 Ocorre quando o negócio jurídico não produz os efeitos desejados pelas partes. A invalidade corresponderá em um ato nulo ou anulável.
 Negócio jurídico nulo
 O negócio jurídico é nulo quando ofende preceitos de ordem pública que interessam a sociedade. Os dois únicos vícios do negócio jurídico que implicam em nulidade absoluta são a coação absoluta e a simulação absoluta.
 Negócio jurídico anulável
 O negócio é anulável quando ofende o interesse particular. São anuláveis os seguintes negócios: Praticados por relativamente incapazes, constatados os vícios de erro, dolo, coação relativa, lesão, estado de perigo, fraude contra credores e simulação relativa salvo se inválido na sua forma e na sua substância.
 Diferenças entre nulidade e a anulabilidade 
A nulidade não pode ser suprida ou sanada pela confirmação das partes ou do juiz. Já a anulabilidade pode ser suprida pelo juiz ou mediante a confirmação das partes (Art. 172 do CC).
A nulidade pode ser reconhecida de ofício pelo juiz enquanto não há esta possibilidade na anulabilidade dependendo do requerimento das partes. Na hipótese de nulidade seus efeitos são ex tunc, ou seja, os efeitos do negócio jurídico retroagem ao momento anterior da realização do negócio jurídico. Já na anulabilidade seus efeitos são ex nunc, ou seja, o negócio jurídico produz efeitos até o momento em que foi anulado. 
Disposições especiais de invalidade do negócio jurídico
Anulado o negócio jurídico restituir-se-ão as partes ao estado em que antes dele se achavam e não sendo possível restituí-las serão indenizadas com o equivalente. Não é anulável o negócio jurídico quando o menor (relativamente capaz) oculta dolosamente a sua idade visando eximir-se de suas obrigações.

Outros materiais