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1 OAB 2ª FASE: DIREITO PENAL ____________________________________________________________________________________ MODELO DE PEÇA ____________________________________________________________________________________ Modelo - Revogação Preventiva CASO PRÁTICO Adriana, funcionária pública estadual, primária, isenta de antecedentes, foi denunciada pela suposta prática do delito de corrupção passiva, previsto no artigo 317, caput, do Código Penal. Ao oferecer a denúncia o Ministério Público manifestou-se também pela decretação da prisão preventiva da acusada para conveniência da instrução criminal, tão somente por haver nos autos do inquérito policial, notícias de que Adriana estava constrangendo as testemunhas de acusação para que estas não comparecessem ao fórum e depusessem contra ela. Por esta razão, o juiz decretou a prisão preventiva de Adriana, cuja prisão foi efetivada sem qualquer embaraço. Apresentada a defesa preliminar e, após o devido juízo de admissibilidade da inicial acusatória, o juiz da 1ª Vara Criminal de São Bernardo recebeu a denúncia e designou audiência de instrução, debates e julgamento. No entanto, no referido ato somente foram ouvidas as testemunhas de acusação e defesa, sendo designada outra data para interrogatório da ré. Procurado pela família de Adriana, adote a medida judicial cabível, privativa de advogado, para combater a prisão da ré. 2 TÉCNICA REDACIONAL EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SÃO BERNARDO Ação Penal nº. _____________ Adriana, já qualificada nos autos da ação penal em epígrafe, por meio do seu advogado que esta subscreve, vem à presença de Vossa Excelência, apresentar requerimento de REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA, com fulcro no artigo 316 do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito que passa a expor: DOS FATOS Narram os autos que a acusada foi denunciada pela suposta prática do delito de corrupção passiva, previsto no artigo 317, caput, do Código Penal. A prisão preventiva da acusada foi decretada tão somente para assegurar a instrução criminal, uma vez que ela estaria constrangendo as testemunhas de acusação para que estas não comparecessem ao fórum e depusessem contra ela. Realizada a oitiva de todas as testemunhas, Vossa Excelência redesignou o interrogatório da acusada, porém manteve-se silente quanto à manutenção cautelar. DO DIREITO Preceitua o artigo 312 do Código de Processo Penal que a prisão preventiva será decretada quando houver necessidade de garantir a ordem pública e econômica, aplicação da lei penal e conveniência da instrução criminal, quando houver prova da existência do crime e indícios suficientes da autoria. No caso em análise, como pontificou o membro do Ministério em seu requerimento cautelar, a prisão da acusada ocorreu tão somente para conveniência da instrução criminal, uma vez que ela estaria constrangendo as testemunhas de acusação. Assim, uma vez realizada a audiência de instrução e ouvidas todas as testemunhas de acusação, não subsistem mais os motivos determinantes da prisão preventiva de Adriana, conforme disciplinado no artigo 316 do Codex Processual Penal, sendo a revogação de sua prisão preventiva medida que se impõe. DO PEDIDO Diante do exposto, requer-se a revogação da prisão preventiva da acusada, bem como a expedição de alvará de soltura, como medida de Justiça. Termos em que, Pede deferimento Local, Data Advogado OAB
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