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Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) Autor: Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos 17 de Dezembro de 2022 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida Índice ..............................................................................................................................................................................................1) Estatuto dos Servidores Federais - Lei 8.112/1990 - (Parte 2) 3 ..............................................................................................................................................................................................2) Questões Comentadas - Estatuto dos Servidores Federais - Lei 8.112/1990 - (Parte 2) - FCC 36 ..............................................................................................................................................................................................3) Lista de Questões - Estatuto dos Servidores Federais - Lei 8.112/1990 - (Parte 2) - FCC 70 MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 2 85 Antes de começar, eu sugiro que você baixe a nossa lei esquematizada como material de apoio para acompanhar a nossa aula: • Lei 8.112/1990 Esquematizada: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/lei-8112- atualizada-e-esquematizada-para-concursos/ Vencimento e remuneração Os servidores públicos exercem sua atividade funcional profissionalmente e, por isso, recebem uma contraprestação em dinheiro. Tal retribuição pelos serviços prestados recebe diversas nomenclaturas da Constituição Federal e da legislação decorrente. Na Lei 8.112/1990, o pagamento aos servidores públicos pelo exercício de suas atividades funcionais não é apenas um direito, mas uma imposição ao Poder Público, uma vez que o art. 4º determina que é proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo as situações expressamente previstas em lei. Existem diversas composições da contraprestação recebida pelos agentes públicos. Nesta aula, o nosso foco será as designações utilizadas pela Lei 8.112/1990, sem aprofundar nas disposições doutrinárias sobre o tema. Nessa linha, o art. 40 denomina de vencimento a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei. Por outro lado, a remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. Portanto, enquanto o vencimento é a parcela básica do que recebe o servidor público pelo exercício de suas atividades, a remuneração é a soma do vencimento com as vantagens pecuniárias de caráter permanente. Para entender melhor o conceito de remuneração, podemos trazer alguns exemplos. O art. 58 da Lei 8.112/1990 estabelece o pagamento de diárias ao servidor que se deslocar de sua sede, a serviço, em caráter transitório e eventual, para custeio de despesas com pousada, alimentação e locomoção urbana. Assim, as diárias são indenizações que o servidor receberá para custear as despesas extraordinárias realizadas durante a sua viagem a serviço. Podemos perceber facilmente que as diárias são vantagens transitórias, pois são pagas apenas em situações eventuais. Por conseguinte, as diárias (e todos ou outros tipos de indenizações), não compõem a remuneração do servidor. No entanto, nem sempre é possível descrever quais vantagens são transitórias ou permanentes. Segundo os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, as vantagens permanentes são aquelas relacionadas ao exercício ordinário das atribuições do cargo, enquanto as vantagens transitórias são pagas de forma Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 3 85 pontual, em condições não ordinárias. Ainda assim, os dois professores mencionam que não é tarefa fácil identificar quais vantagens devem ser consideradas permanentes; complementam dizendo que, a bem da verdade, tal tarefa é impossível. De qualquer forma, o que nos interessa é o texto expresso da Lei 8.112/1990, isto é, a remuneração é composta pelo vencimento acrescido das vantagens pecuniárias de caráter permanente. Logo, as vantagens pecuniárias transitórias não integram o conceito de remuneração constante no Estatuto dos Servidores Públicos Federais. Acrescenta-se ainda que se denomina de provento a retribuição pecuniária que recebe o servidor público aposentado. Portanto, fala-se em remuneração para o servidor ativo e em provento para o servidor aposentado. Além disso, devemos destacar que a Administração Pública está vinculada ao princípio da legalidade. Assim, entende o STF que a fixação de vencimentos e concessão de vantagens deve ocorrer por meio de lei, motivo pelo qual não pode ser objeto de convenções ou acordos coletivos de trabalho1. Súmula 679 do STF: "A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção coletiva". Prosseguindo, o §3o do art. 41 da Lei 8.112/1990 assegura a irredutibilidade do vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, ou seja, é irredutível a remuneração. Já o §4o também do art. 41 estabelece a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvando-se dessa regra as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho. 1 ADI 559-6/MT, de 15/2/2006. Remuneração Vencimento Valor básico estabelecido em lei Vantagens de caráter permanente Relacionadas ao exercício ordinário do cargo Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 4 85 Além disso, o §5o do art. 41 dispõe que nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo. O art. 7º, inc. IV, da CF, assegura aos trabalhadores urbanos e rurais o salário mínimo. Por sua vez, o art. 39, §3º, da Constituição, estende esse direito aos servidores ocupantes de cargo público. Nesse contexto, por meio da Súmula Vinculante 16, o STF firmou entendimento de que o salário mínimo dos servidores ocupantes de cargo público refere-se ao total da remuneração recebida pelo servidor público, vejamos: Súmula Vinculante 16: Os artigos 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98), da Constituição, referem-se ao total da remuneração percebida pelo servidor público. Complementando, vejamos alguns precedentes: Servidor público: salário mínimo. É da jurisprudência do STF que a remuneração total do servidor é que não pode ser inferior ao salário mínimo (CF, art. 7º, IV). Ainda que os vencimentos sejam inferiores ao mínimo, se tal montante é acrescido de abono para atingir tal limite, não há falar em violação dos arts. 7º, IV, e 39, § 3º, da Constituição. Inviável, ademais, a pretensão de reflexos do referido abono no cálculo de vantagens, que implicaria vinculação constitucionalmente vedada (CF, art. 7º, IV, parte final). (RE 439.360-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 9-8-2005, Primeira Turma, DJ de 2-9-2005.) Agravo regimental no recurso extraordinário. Servidor público. Salário mínimo. Garantia. Total da remuneração. Abono. Inclusão no cálculo de outras vantagens pecuniárias. Impossibilidade. Precedentes. 1. É pacífica a jurisprudência desta Corte de que a garantia de percepção de salário mínimo conferida ao servidor por força dos arts. 7º,de pós-graduação stricto sensu (mestrado, doutorado e pós-doutorado) em instituição de ensino superior no país. A concessão do afastamento é medida discricionária da Administração, só podendo ser deferido quando a participação não puder ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário (art. 96-A). Sendo concedido o afastamento, o servidor perceberá a correspondente remuneração do cargo e o período será contabilizado como de efetivo exercício do cargo (art. 102, IV). Ademais, esse afastamento somente poderá ser concedido a servidor público efetivo, exigindo-se os seguintes períodos mínimos de exercício do cargo no respectivo órgão ou entidade, incluído o período de estágio probatório (art. 96-A, §2º): Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 27 85 a) pelo menos três anos para mestrado; b) pelo menos quatro anos para doutorado. Além dos prazos acima, o servidor não poderá, na data da solicitação do afastamento, ter se afastado por licença para tratar de assuntos particulares, ou para gozo de licença capacitação, ou, ainda, para a própria participação em programa de pós-graduação stricto sensu nos últimos dois anos. No caso de participação em programas de pós-doutorado, o Estatuto exige os seguintes requisitos (art. 96- A, §3º): a) o servidor deve ser titular de cargo efetivo, tendo exercido o cargo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos quatro anos, incluído o período de estágio probatório; b) o servidor não poderá ter se afastado por licença para tratar de assuntos particulares ou para outro afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto sensu, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de afastamento. O servidor beneficiado com esses afastamentos terá que permanecer no exercício de suas funções após o seu retorno por um período igual ao do afastamento concedido (art. 96-A, §4º). Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou aposentadoria, antes de cumprido o período de permanência mencionado acima, também deverá ressarcir o órgão ou entidade dos gastos com seu aperfeiçoamento, no prazo de até sessenta dias (art. 96-A, §5º, combinado com art. 47). Da mesma forma, se o servidor não obtiver o título ou grau que justificou seu afastamento no período previsto, deverá realizar o ressarcimento ao órgão ou entidade dos gastos efetuados, no prazo de sessenta dias, salvo na hipótese comprovada de força maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente máximo do órgão ou entidade. Conforme vimos até agora, esse afastamento tem o objetivo de proporcionar condições para que o servidor participe em programa de pós-graduação stricto sensu no país. No entanto, o §7º do art. 96-A amplia as mesmas regras desse afastamento para a participação em programa de pós-graduação no exterior. Concessões As concessões são direitos que podem ser concedidos ao servidor, dividindo-se em três categorias: a) possibilidade de ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, nos pelos seguintes prazos e motivos (art. 97): a1) por um dia, para doação de sangue; a2) pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a dois dias; a3) por oito dias consecutivos em razão de casamento; a4) por oito dias consecutivos em razão de falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 28 85 b) direito à horário especial, que será concedido (art. 98): b1) ao servidor estudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo. Nesse caso, será exigida a compensação de horário no órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada a duração semanal do trabalho; b2) ao servidor com deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, independentemente de compensação de horário; b3) ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente com deficiência, também independentemente de compensação de horário; b4) ao servidor que atuar como instrutor ou que participar de banca examinadora ou de comissão de concurso, nas situações previstas no art. 76-A, I e II, que ensejam o pagamento da gratificação por encargo de curso ou concurso. Nessa hipótese, o servidor deverá compensar o horário, no prazo de até um ano. c) direito à matrícula em instituição de ensino congênere (art. 99): ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época, independentemente de vaga. Esse direito é extensivo ao cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorização judicial. Para essa última concessão, o STF possui entendimento no sentido de que o direito à matrícula deve guardar a congeneridade das instituições de ensino, ou seja, a transferência deve ser de instituição privada para privada e de pública para pública. Por exemplo, o servidor que estudar em instituição pública, terá direito à matrícula em outra instituição pública na nova localidade; caso estude em instituição privada, o direito será para matrícula em outra instituição privada9. Concessões (ausências) Período Motivo 1 dia Doação de sangue Prazo necessário, até o limite de dois dias Alistamento ou recadastramento eleitoral 8 dias a) casamento; b) falecimento de cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos. Tempo de serviço Já vimos boa parte sobre as regras da contagem do tempo de serviço. Vamos, agora, complementar alguns pontos e reforçar os demais. As disposições sobre a contagem de tempo de serviço constam nos artigos 100 a 103. 9 ADI 3.324/DF. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 29 85 Inicialmente, o art. 100 estabelece que o tempo de serviço público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas, é contado para todos os efeitos. Consoante o art. 101, a apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias. Já o art. 103, §3º, veda a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública. Além disso, o tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para nova aposentadoria (art. 103, §1º); enquanto o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em operações de guerra será contado em dobro (art. 103, §2º). Na sequência, o art. 102 apresenta os afastamentos considerados de efetivo exercício do cargo, ao passo que o art. 103 apresenta as situações em que o período será contado apenas para efeitos de aposentadoria e disponibilidade. Nesse contexto, dispõe o art. 102 que além das ausências ao serviço previstas no art. 97 (as concessões), são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de: a) férias; b) exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ouentidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal; c) exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República; d) participação em programa de treinamento regularmente instituído ou em programa de pós- graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o regulamento; e) desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por merecimento; f) júri e outros serviços obrigatórios por lei; g) missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento; h) licença: (i) à gestante, à adotante e à paternidade; (ii) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; (iii) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por merecimento; (iv) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional; (v) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; (vi) por convocação para o serviço militar; i) deslocamento para a nova sede previsto no art. 18 do Estatuto; j) participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica; k) afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 30 85 Por outro lado, será contado apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade (art. 103): a) o tempo de serviço público prestado aos estados, municípios e Distrito Federal; b) a licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor, com remuneração, que exceder a trinta dias em período de doze meses; c) a licença para atividade política, no caso do art. 86, §2º - “a partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três meses”; d) o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal; e) o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social; f) o tempo de serviço relativo a tiro de guerra; g) o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o prazo de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo. Afastamentos e ausências considerados como efetivo exercício do cargo ▪ Férias ▪ Exercício de cargo em comissão ▪ Exercício de cargo ou função de governo ou administração, nomeado p/ PR ▪ Participação em programa de treinamento ou pós-graduação stricto sensu no País ▪ Desempenho de mandato eletivo, exceto p/ promoção por merecimento ▪ Júri e outros serviços obrigatórios ▪ Missão ou estudo no exterior ▪ Participação em competição desportiva ▪ Afastamento para servir em organismo internacional ▪ Deslocamento p/ nova sede ▪ Licenças ▪ À gestante, à adotante e licença paternidade ▪ Para tratamento de saúde, até o limite de 24 meses ▪ Para o desempenho de mandato classista, exceto para promoção ▪ Por acidente em serviço ou doença profissional ▪ Para capacitação ▪ Para o serviço militar ▪ Ausências do art. 97 ▪ Um dia para doação de sangue; ▪ Período p/ alistamento ou recadastramento eleitoral, até 2 dias; ▪ Oito dias consecutivos em razão de: (i) casamento; (ii) falecimento de familiar. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 31 85 Situações que contam apenas para aposentadoria e disponibilidade ▪ Tempo de serviço prestado aos E, M e DF ▪ Licença p/ ▪ Tratamento de saúde de pessoa da família, com remuneração, que exceder a trinta dias em período de doze meses ▪ Atividade política, com remuneração (entre o registro e o décimo dia seguinte à eleição, até o limite de 3 meses) ▪ Tratamento da própria saúde, quando exceder a 24 meses ▪ Tempo de mandato eletivo anterior ao ingresso no serviço público federal ▪ Atividade privada, vinculada à Previdência ▪ Serviço em tiro de guerra Licenças não computadas para nenhum efeito ▪ Por motivo de doença em pessoa da família (não remunerada) ▪ Por motivo de afastamento do cônjuge ▪ Para atividade política (período não remunerado) ▪ Para tratar de interesses particulares Direito de Petição O direito de petição possui previsão constitucional (CF, art. 5º, XXXIV, “a”). No Estatuto, esse direito possui uma previsão mais restrita, uma vez que é aplicável aos servidores públicos. Basicamente, representa uma forma de solicitar direitos ou providências da Administração. Nesse contexto, são três os instrumentos para o exercício do direito de petição: a) requerimento; b) pedido de reconsideração; e c) recurso. O art. 104 assegura ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo. O requerimento deve ser dirigido à autoridade competente para decidi-lo, porém será encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente (art. 105). Isso quer dizer que o servidor deve seguir a cadeia hierárquica para proceder o seu pedido, ou seja, deve encaminhar o pedido por meio de sua chefia. O pedido de reconsideração, por sua vez, é dirigido a autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado (art. 106). Logo, percebe-se que o pedido de reconsideração é encaminhado à mesma autoridade que tomou a decisão que está sendo recorrida. Nesse caso, o servidor está solicitando que a mesma autoridade reconsidere o que decidiu anteriormente. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 32 85 Ademais, o requerimento e o pedido de reconsideração deverão ser despachados no prazo de cinco dias e decididos dentro de trinta dias (art. 106, parágrafo único). Por fim, o recurso é cabível nas seguintes situações (art. 107): a) contra o indeferimento do pedido de reconsideração; b) contra as decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades (art. 107, §1º). Portanto, no recurso, solicita-se que a autoridade superior reveja o ato de seu subordinado. Contudo, o encaminhamento do recurso também segue a via hierárquica, ou seja, o servidor deve encaminhar o recurso por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado (art. 107, §2º). Vamos exemplificar um pouco. Suponha que um servidor deseje solicitar a concessão de um direito. Nesse caso, ele deverá fazer um requerimento, encaminhando-o por meio de seu chefe para a autoridade competente, que chamaremos de Fulano. Se Fulano negar o requerimento do servidor, este último poderá fazer um pedido de reconsideração, dirigido a Fulano, solicitando que a decisão seja revista. Contudo, se Fulano negar novamenteo direito, o servidor deverá fazer um recurso, que será encaminhado, por intermédio de sua chefia, à autoridade superior de Fulano. A partir daí, o servidor poderá realizar sucessivos recursos, conforme permitir a legislação, para as autoridades superiores. Consoante o art. 108, o prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de trinta dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. De acordo com o art. 109, o recurso (somente ele) poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado (art. 109, parágrafo único). Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 33 85 Na sequência, o art. 110 apresenta os prazos em que o direito de requerer prescreverá, são eles: a) em cinco anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho; b) em cento e vinte dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado (art. 110, parágrafo único). Porém, o pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição, ou seja, fazem zerar a contagem do prazo para prescrição. Ademais, a prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração. Nesse caso, aplica-se a indisponibilidade do interesse público, pois se a lei estabeleceu a prescrição, não pode o agente público competente simplesmente desconsiderá-la e reconhecer algum direito do servidor. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 34 85 Com efeito, os prazos previstos no Capítulo sobre o direito de petição são fatais e improrrogáveis, salvo motivo de força maior (art. 115). Apesar de não poder relevar a prescrição, a Administração não pode simplesmente deixar de fazer alguma coisa quando constatar uma ilegalidade. Assim, com base no princípio da autotutela, o art. 114 dispõe que Administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade. Por fim, dispõe o art. 113 que, para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 35 85 QUESTÕES PARA FIXAÇÃO 1. (FCC – TRT 15ª Região (SP)/2018) Um servidor da Administração direta federal foi convidado para ocupar cargo em comissão na Administração indireta estadual, como superintendente da autarquia responsável por ditar a política ambiental, inclusive realizar os licenciamentos naquela unidade federativa. O ente interessado na cessão do servidor formalizou o pedido e o servidor apresentou a seu superior pedido de afastamento, que a) não poderá ser deferido, considerando que os pedidos de afastamento para ocupar cargo em comissão somente podem ser acolhidos dentro da mesma esfera da Administração. b) não poderá ser acolhido porque os pedidos de afastamento somente podem ser deferidos para ocupar cargo em comissão no âmbito da Administração direta. c) poderá ser deferido, ficando a remuneração do servidor a cargo do ente cessionário. d) poderá ser deferido, mantendo-se o ônus da remuneração para a Administração pública cedente, considerando o dever de colaboração entre os entes federados. e) será ou não deferido, conforme decisão discricionária da autoridade competente, cabendo ao servidor optar pela remuneração na Administração pública cedente ou cessionária. Comentário: O art. 93 do Estatuto prevê a possibilidade de cessão, nos seguintes termos: Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança; II - em casos previstos em leis específicas. Nas hipóteses do inciso I, quando a cessão for para órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para exercício de cargo em comissão ou função de confiança, o ônus da remuneração será do órgão ou da entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais casos. Portanto, como no caso do enunciado, o servidor foi cedido para uma autarquia da administração indireta estadual, o pedido pode ser deferido e o ônus da remuneração fica a cargo da cessionária, ou seja, fica a cargo da autarquia estadual, conforme alternativa C. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 36 85 Gabarito: alternativa C. 2. (FCC – TRT – 15ª Região (SP)/2018) Considere que hipoteticamente a autarquia federal Y entendeu por bem realizar concurso público para provimento de cargos públicos vagos previstos em sua estrutura organizacional, estabelecendo no edital que nos três primeiros anos de exercício os investidos nos cargos públicos correlatos não perceberiam vencimentos. A previsão estabelecida no edital, nos termos da Lei no 8.112/1990, a) é válida, pois, dada a conjuntura econômica do país, se faz permitida a prestação de serviços federais gratuitos. b) é válida, pois durante o estágio probatório, que coincide com os três primeiros anos de exercício, os servidores não percebem vencimentos, mas indenização e ajuda de custos. c) é nula, pois os cargos públicos são criados por lei com vencimentos pagos pelos cofres públicos, não havendo que se falar na prestação de serviços gratuitos nesta hipótese. d) é nula, pois a prestação de serviços gratuitos à União encontra limite temporal de dois anos, no máximo. e) é válida, em razão de se tratar de concurso para provimento de cargo da Administração pública federal indireta, hipótese em que, desde que haja previsão em edital, é permitida a prestação de serviços gratuitos por período a ser acordado entre as partes. Comentário: Imagine só, ser aprovado no sonhado concurso e ficar três anos sem receber nada? Não pode, não é mesmo? Fiquem tranquilos, pois isso não irá acontecer, já que os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão. Ademais, o art. 4º dispõe que é proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei. Logo, o edital do concurso está ofendendo a determinação da Lei 8.112/90. Assim, mesmo no período do estágio probatório, o servidor recebe sua remuneração normalmente. Gabarito: alternativa C. 3. (FCC – TRT – 2ª Região (SP)/2018) Lara, servidora pública federal, no interesse do serviço, passou a ter exercício em nova sede, ocorrendo mudança de domicílio em caráter permanente. Neste caso, dispõe a Lei no 8.112/1990, que a ajuda de custo a) será calculada sobre a remuneração de Lara, conforme se dispuser em regulamento, não podendo exceder a importância correspondentea três meses. b) não será devida à família de Lara se esta vier a falecer na nova sede, uma vez que esta vantagem é paga exclusivamente ao servidor. c) será devida, correndo por conta da Administração as despesas de transporte do servidor e de sua família, não compreendendo bagagem e bens pessoais. d) será devida inclusive na hipótese de o cônjuge de Lara, que detém também a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma sede, uma vez que é uma vantagem personalíssima perfeitamente acumulável. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 37 85 e) não é devida, uma vez que o direito ao recebimento da ajuda de custo está condicionado à transferência temporária. Comentário: A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente. Essa ajuda é calculada sobre a remuneração do servidor, conforme se dispuser em regulamento, não podendo exceder a importância correspondente a 3 (três) meses. Nosso gabarito, portanto, está na alternativa A. Vamos dar uma olhada nas demais opções: b) à família do servidor que falecer na nova sede são assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito (art. 53, §2º) – ERRADA; c) na verdade, correm por conta da administração as despesas de transporte do servidor e de sua família, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais (art. 53, §1º) – ERRADA; d) a lei veda o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que detenha também a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma sede (art. 53, caput) – ERRADA; e) nada disso, a ajuda de custo é para aquelas mudanças com caráter permanente – ERRADA. Gabarito: alternativa A. 4. (FCC – TRT – 2ª Região (SP)/2018) Suponha que determinado servidor público federal tenha solicitado licença para tratar de interesses particulares, a qual, contudo, restou negada pela Administração. Entre os possíveis motivos legalmente previstos para negativa, nos termos disciplinados pela Lei n° 8.112/1990, se insere(m): I. Estar o servidor no curso de estágio probatório. II. Ser o servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão. III. Razões de conveniência da Administração. Está correto o que se afirma em a) I, II e III. b) II, apenas. c) II e III, apenas. d) I e III, apenas. e) I e II, apenas. Comentário: Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 38 85 Vamos dar uma olhadinha no art. 91, que trata da licença para tratar de interesses particulares: Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração. Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço. Desse artigo, chegamos à conclusão que a licença só pode ser concedida: ▪ aos ocupantes de cargo efetivo; ▪ que não estejam em estágio probatório; ▪ a critério da Administração, ou seja, de acordo com sua conveniência (é ato discricionário); ▪ pelo prazo máximo de até três anos consecutivos, sem remuneração. Portanto, todos os motivos listados nas afirmativas da questão estão de acordo com previsão legal, de forma que todos podem ter sido motivo para o indeferimento do pedido. Gabarito: alternativa A. 5. (FCC – TRT – 2ª Região (SP)/2018) De acordo com a Lei n° 8.112/1990, o servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior a) terá direito ao recebimento de diária, sendo que, na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, não terá obrigatoriedade de restituir o que recebeu em excesso, uma vez que a diária é devida em razão do deslocamento e não do tempo de permanência, recebendo o excesso a título de indenização. b) não terá direito ao recebimento de diária, uma vez que a diária só é devida nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo e não eventual ou temporária. c) terá direito ao recebimento de diária, sendo que, na hipótese de o servidor receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de sessenta dias. d) terá direito ao recebimento de diária somente na hipótese de afastamento dentro do território nacional, sendo indevida por expressa vedação legal quando o deslocamento ocorrer para o exterior. e) terá direito ao recebimento de diária que será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias. Comentário: O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em regulamento (art. 58). Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 39 85 Assim, pelas informações do enunciado, concluímos que o servidor tem direito ao recebimento da diária. Vamos agora analisar cada alternativa: a) na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo de 5 dias (art. 59, parágrafo único) – ERRADA; b) no caso de mudança permanente, definitiva, é devida ajuda de custo, e não diária. A diária é paga nos casos em que o afastamento da sede tem caráter eventual ou transitório – ERRADA; c) o servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias (art. 59) – ERRADA; d) a diária é devida também quando o servidor é deslocado para o exterior – ERRADA; e) isso mesmo. A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias (art. 58, §1º) – CORRETA. Gabarito: alternativa E. 6. (FCC – TRF 5ª REGIÃO/2017) Breno, servidor público ocupante de cargo efetivo, viajou à Fortaleza a trabalho por alguns dias. Com a proximidade do fim de semana, adiou o retorno para seu domicílio, permanecendo na cidade por mais dois dias, que custeou pessoalmente no mesmo local de hospedagem em que já estava. De volta ao trabalho, pleiteou o recebimento de diárias por todo o período ausente de seu local de classificação, como forma de ressarcimento pelas despesas de hospedagem e alimentação. A conduta do servidor a) é condizente com seus direitos e obrigações, na medida em que tem direito ao recebimento de algumas vantagens além dos vencimentos, tendo as diárias natureza jurídica indenizatória pelas despesas incorridas. b) viola os direitos legalmente previstos na Lei n° 8.112/1990, na medida em que não obteve prévia autorização para permanecerna cidade de deslocamento por mais dois dias, com direito a diárias. c) pode configurar ato de improbidade, na medida em que intencionalmente buscou indenização por despesas que não se consubstanciam em fundamento para recebimento de diárias, devidas apenas para os dias em que estivesse em serviço. d) configura infração disciplinar e civil, esta sob a modalidade de ato de improbidade, processando-se as responsabilidades de forma subsequente, iniciando-se pelo processo administrativo que poderá ensejar a extinção do vínculo funcional, com a aplicação de penalidade de demissão, o que impedirá a condenação por improbidade. e) pode ser compatível com a legislação vigente, desde que o servidor demonstre que as despesas de hospedagem e alimentação no período equivalem ou superam o montante pleiteado a título de diárias, para que não reste configurado enriquecimento ilícito. Comentário: Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 40 85 a) o enunciado diz que Breno pretende utilizar as diárias para o ressarcimento de suas despesas pessoais, o que é vedado. Segundo o Estatuto, as diárias são devidas ao servidor que se afastar da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, como forma de indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, alimentação e locomoção urbana (art. 58) – ERRADA; b) não há previsão de concessão dessa autorização para permanecer fora da sede por motivos pessoais – ERRADA; c) de fato, pode configurar ato de improbidade administrativa (art. 11, I da Lei 8.429/92) a conduta de requerer uma indenização para obter benefício pessoal fora da finalidade prevista no Estatuto – CORRETA; d) as instâncias civil, administrativa e criminal são, via de regra, independentes, de forma que a demissão em processo disciplinar não impede a condenação também por improbidade administrativa na esfera cível – ERRADA; e) a conduta de Breno não pode ser considerada compatível com a legislação, já que a finalidade das diárias não é o ressarcimento de despesas pessoais dos servidores – ERRADA. Gabarito: alternativa C. 7. (FCC – TST/2017) Considere que um servidor público da União tenha sido convidado para integrar, com mandato de quatro anos, um organismo internacional do qual o Brasil faz parte como membro, sediado nos Estados Unidos, e pretenda obter afastamento de seu cargo para desempenhar tal mister. De acordo com as disposições aplicáveis da Lei federal n° 8.112/90, que estabelece o regime jurídico dos servidores públicos civis federais, tal pretensão afigura-se a) descabida, salvo se o servidor em questão for integrante de carreira diplomática, podendo o afastamento ser concedido com duração correspondente ao mandato. b) cabível, exclusivamente em se tratando de missão oficial, nos termos definidos em tratado ou acordo internacional. c) descabida, eis que o afastamento para atuar no exterior somente é permitido para missão ou estudo, com prazo máximo de 3 anos. d) cabível, porém o afastamento deverá, obrigatoriamente, se dar com prejuízo da remuneração. e) cabível, excepcionalmente, com anuência do Ministério de Relações Exteriores, não contando o tempo de afastamento como exercício no serviço público. Comentário: A possibilidade de afastamento do servidor para cumprir missão no exterior consta do art. 95 da Lei 8.1128/90. Vamos agora analisar cada alternativa: a) esse tipo de afastamento pode ser concedido aos servidores da União regidos pela Lei 8.112/90, e não somente aos integrantes da carreira diplomática – ERRADA; b) esse afastamento pode ser concedido tanto para estudo quanto para missão no exterior, não sendo exclusivo para missão oficial – ERRADA; Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 41 85 c) o prazo máximo previsto no Estatuto é de 4 anos (art. 95, §1º) – ERRADA; d) realmente, a previsão do art. 96 é de que o afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração – CORRETA; e) na forma do art. 95, o servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal (e não do Ministério das Relações Exteriores). Além disso, o tempo de afastamento é considerado como de efetivo exercício, na forma do art. 102, XI – ERRADA. Gabarito: alternativa D. 8. (FCC – TRE SP/2017) Miguel é servidor público federal e pretende licenciar-se do cargo para o desempenho de mandato classista em sindicato representativo da categoria do qual faz parte e que conta com 5.000 associados. Cumpre salientar que o servidor foi eleito para cargo de representação no mencionado sindicato. Nos termos da Lei nº 8.112/1990, a) o mencionado sindicato comportará até quatro servidores licenciados para o desempenho de mandato classista. b) a licença perdurará pelo mesmo prazo do mandato, não podendo ser renovada. c) será assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o desempenho do respectivo mandato. d) não constitui requisito para a mencionada licença que o sindicato seja cadastrado no órgão competente. e) o mencionado sindicato comportará apenas um servidor licenciado para o desempenho de mandato classista. Comentário: A Lei assegura, em seu art. 92, o direito à licença sem remuneração para o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros. Vamos analisar cada alternativa: a) e e) para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, como é o caso do enunciado, são assegurados 2 (dois) servidores licenciados – ERRADAS; b) a licença terá duração igual à do mandato, podendo ser renovada, no caso de reeleição – ERRADA; c) de fato, essa licença é sem remuneração, como diz o caput do art. 92 – CORRETA; d) somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direção ou de representação nas referidas entidades, desde que cadastradas no órgão competente – ERRADA; Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 42 85 Gabarito: alternativa C. 9. (FCC – TRE SP/2017) Joaquim é servidor público federal e está cursando o terceiro ano da faculdade de Direito da sua cidade. Ocorre que Joaquim terá que mudar de sede, no interesse da Administração pública. Nos termos da Lei n° 8.112/90, desde que preenchidos os demais requisitos legais, será assegurada matrícula em instituição de ensino congênere, a) apenas no início do próximo ano letivo e desde que exista vaga, arcando a Administração com eventual prejuízo pelo período em que eventualmente fique sem estudar. b) na localidade da nova residência ou na mais próxima e em qualquer época do ano, independentemente de vaga. c) exclusivamente na localidade da nova residência, independentemente de vaga. d) em qualquer época do ano, mas desde que exista vaga, arcando a Administração com eventual prejuízo pelo período em que eventualmente fique sem estudar. e) apenas no iníciodo próximo ano letivo, independentemente de vaga. Comentário: Vejamos o que prevê o art. 99 da Lei 8.112/1990: Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época, independentemente de vaga. Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorização judicial. Portanto, assegura-se ao servidor o direito de matrícula na instituição de ensino congênere: (i) na localidade da nova residência ou na mais próxima; (ii) em qualquer época; e (iii) independentemente de vaga. Gabarito: alternativa B. 10. (FCC – TRE-SP/2017) Considere: I. Exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República. II. Desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, inclusive para promoção por merecimento. III. Participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica. IV. Licença por motivo de acidente em serviço. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 43 85 Nos termos da Lei n° 8.112/1990, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos constantes APENAS em a) I, II e III. b) I e III. c) I, II e IV. d) I, III e IV. e) II e IV. Comentário: O art.102 da Lei 8.112/1990 aborda este tema: Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de: I – férias; II – exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal; III – exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República; [item I – CORRETO] IV – participação em programa de treinamento regularmente instituído ou em programa de pós- graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o regulamento; V – desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, EXCETO para promoção por merecimento; [item II – ERRADO] VI – júri e outros serviços obrigatórios por lei; VII – missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento; VIII – licença: a) à gestante, à adotante e à paternidade; b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por merecimento; d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional [item IV – CORRETO]; e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; f) por convocação para o serviço militar; IX – deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18; Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 44 85 X – participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica; [item III – CORRETO] XI – afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere. Dessa forma, os itens I, III e IV estão certos. Gabarito: alternativa D. 11. (FCC – TRE SP/2017) Considere a seguinte situação hipotética: Pedro é servidor público federal há vinte e cinco anos e, em janeiro de 2016, foi nomeado para exercer o cargo de Ministro de Estado, razão pela qual mudou-se, pela primeira vez, da cidade de São Paulo, onde residia, para morar em Brasília com sua companheira Joana. Cumpre salientar que, em dezembro de 2015, a companheira de Pedro adquiriu um imóvel em Brasília com o objetivo de alugá-lo e assim obter uma renda extra, no entanto, o imóvel ainda não foi locado. Nos termos da Lei n° 8.112/1990, Pedro a) terá direito ao auxílio-moradia se a companheira de Pedro vender o imóvel. b) não terá direito ao auxílio-moradia, vez que o imóvel de Joana representa impeditivo legal ao aludido benefício. c) terá direito ao auxílio-moradia, desde que a companheira de Pedro não ocupe imóvel funcional em Brasília. d) terá direito ao auxílio-moradia, independentemente de qualquer outro requisito legal. e) não terá direito ao auxílio-moradia, vez que a lei veda tal benefício para o cargo de Ministro de Estado. Comentário: O objetivo da questão é falar sobre o auxílio-moradia. No estatuto essa indenização está prevista no art. 60- A, que diz que este consiste em um ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação da despesa pelo servidor. Para a concessão do auxílio, devem ser atendidos alguns requisitos: I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor; II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional; III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido proprietário, promitente comprador, cessionário ou promitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de construção, nos doze meses que antecederem a sua nomeação; IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia; Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 45 85 V - o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão ou função de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de confiança não se enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3º, em relação ao local de residência ou domicílio do servidor; VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro desse período; e VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para cargo efetivo; IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006. Pelo cargo ocupado por Pedro, ele até teria direito ao auxílio, conforme inciso V. Porém, vemos que sua esposa, Joana, é um impeditivo para percepção do benefício, tendo em vista ser proprietária de imóvel no Município aonde deve exercer o cargo, situação vedada pelo inciso III. Assim, nosso gabarito é a alternativa B. Gabarito: alternativa B. 12. (FCC – TRT 24ª Região (MS)/2017) Considere a seguinte situação hipotética: Julia, servidora pública federal, pretende afastar-se de seu cargo para servir em organismo internacional de que o Brasil participa. Nos termos da Lei n°8.112/1990, o aludido afastamento a) permitirá à Julia optarentre ficar ou não com sua remuneração, e, escolhendo a primeira hipótese, deverá declinar de qualquer montante remuneratório oferecido pelo organismo internacional. b) dar-se-á com perda total da remuneração. c) dar-se-á obrigatoriamente sem prejuízo da remuneração. d) não está previsto na referida Lei. e) dar-se-á com perda parcial da remuneração. Comentário: Na forma do art. 96, o afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração. Gabarito: alternativa B. 13. (FCC – TRT 11ª Região (AM e RR)/2017) Zeus é servidor público titular de cargo efetivo no Tribunal há cinco anos, incluído, nesse lapso temporal, o período de estágio probatório. Zeus pretende afastar-se Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 46 85 ==2a3380== de seu cargo para a realização de programa de pós-doutorado. Hércules é servidor público titular de cargo efetivo no mesmo Tribunal há três anos e meio, incluído, nesse lapso temporal, o período de estágio probatório e pretende afastar-se de seu cargo para a realização de programa de doutorado. Nos termos da Lei n° 8.112/1990 e, desde que preenchidos os demais requisitos legais, poderão afastar-se, com a respectiva remuneração, a) ambos os servidores. b) apenas Zeus, pois o afastamento pretendido por Hércules exige que o servidor seja titular de cargo efetivo há pelo menos quatro anos, incluído o período de estágio probatório. c) apenas Hércules, pois o afastamento pretendido por Zeus exige que o servidor seja titular de cargo efetivo há pelo menos seis anos, incluído o período de estágio probatório. d) nenhum dos servidores. e) apenas Zeus, pois o afastamento pretendido por Hércules exige que o servidor seja titular de cargo efetivo há pelo menos cinco anos, incluído o período de estágio probatório. Comentário: O Estatuto autoriza que o servidor, no interesse da Administração, e desde que a participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, afaste-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em programa de pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no País (art. 96-A). Quanto à realização de programa de mestrado e doutorado, o Estatuto prevê a observância de um prazo de pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório. Já para realização de programas de pós-doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos quatro anos, incluído o período de estágio probatório. Assim, no caso narrado no enunciado, apenas Zeus poderá afastar-se, já que Hércules não cumpriu o requisito do prazo mínimo estabelecido no Estatuto. Gabarito: alternativa B. 14. (FCC – TRT 24ª Região (MS)/2017) Luciana, servidora pública federal, faltou justificadamente ao serviço em razão de forte enchente que atingiu local próximo à sua residência, impedindo-a de se deslocar até seu local de seu trabalho. Nos termos da Lei no 8.112/1990, a falta de Luciana a) poderá ser compensada a critério da chefia imediata, mas não será considerada como efetivo exercício. b) poderá ser compensada a critério da chefia imediata, sendo assim considerada como efetivo exercício. c) não poderá ser compensada, haja vista a natureza da falta. d) poderá ser compensada a critério da chefia mediata e não será considerada como efetivo exercício. e) poderá ser compensada a critério da chefia mediata, sendo assim considerada como efetivo exercício. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 47 85 Comentário: A situação que fez Luciana faltar ao serviço teve uma justificativa, qual seja, a forte enchente que atingiu local perto de sua casa. Essa pode ser considerada uma situação de caso fortuito/força maior, sendo que, nesses casos, o Estatuto garante o direito ao servidor de compensar a falta, a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício (art. 44, parágrafo único). Gabarito: alternativa B. 15. (FCC – TRT 24ª Região (MS)/2017) Francisco é Analista Judiciário de determinado Tribunal Regional do Trabalho e, em maio desse ano, pretende sair de férias, haja vista que terá preenchido os requisitos legais para tanto. A propósito do tema e nos termos da Lei nº 8.112/1990, a) admite-se levar à conta de férias as faltas ao serviço, justificadas e não justificadas. b) Francisco fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica. c) as férias não poderão ser parceladas, sendo obrigatório o gozo do período inteiro das férias sob pena de responsabilidade do servidor. d) as férias não podem ser interrompidas, salvo única e exclusivamente por motivo de necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade. e) admite-se o gozo de férias antes de completado o primeiro período aquisitivo, isto é, antes de doze meses de exercício, iniciando-se novo período aquisitivo a partir do término do gozo das férias. Comentário: a) o Estatuto veda levar à conta de férias qualquer falta ao serviço (art. 77, §2º) – ERRADA; b) o servidor, de fato, fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica (art. 77, caput) – CORRETA; c) as férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública (art. 77, §3º) – ERRADA; d) podem ser interrompidas excepcionalmente, por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade (art. 80) – ERRADA; e) para o primeiro período aquisitivo de férias, o Estatuto determina que serão exigidos 12 (doze) meses de exercício (art. 77, §1º) – ERRADA. Gabarito: alternativa B. 16. (FCC – TST/2017) Uma servidora pública teve negado pedido de remoção feito em razão de seu marido, também servidor público, ter sido removido de ofício para outro Município. O indeferimento do Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 48 85 chamado pedido de remoção para “união de cônjuges” feito pela servidora foi o fato do interesse público exigir a permanência da mesma no município em que estava classificada na ocasião. A servidora, diante do indeferimento de seu pedido, a) deve interpor recurso administrativo, pleiteando a revisão da decisão de indeferimento, tendo em vista terem sido considerados, ainda que para fins de interesse público, aspectos apenas de cunho discricionário. b) pode interpor mandado de segurança contra o ato do administrador que indeferiu seu pedido, tendo em vista que o pedido de remoção para união de cônjuges constitui direito líquido e certo da servidora, não havendo margem discricionária de apreciação pela Administração pública. c) deve ajuizar ação judicial para pleitear a revisão, pela Administração pública, dos critérios de indeferimentodo pedido de remoção da servidora, com base na teoria dos motivos determinantes, já que os fatos que fundamentaram a decisão não seriam verdadeiros. d) deve interpor mandado de segurança, tendo em vista que não obstante exista previsão de remoção ex oficio pela Administração pública, os pedidos de remoção a pedido, independentemente do fundamento, constituem direito subjetivo dos servidores, pois se inserem no rol de direitos dos mesmos. e) pode recorrer administrativamente para pleitear a revogação da decisão de indeferimento, tendo em vista que o pedido de remoção a pedido para fins de união de cônjuge não possibilita exame por parte da Administração pública, sendo obrigatório seu deferimento. Comentário: A remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. No caso da remoção para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração (de ofício), como é o caso do marido da servidora, o pedido deve ser deferido independentemente do interesse da Administração, na forma do art. 36, III, ‘a’ do Estatuto. Assim, na remoção a pedido, independentemente do interesse da Administração, o servidor possui direito à remoção, ou seja, se estiverem presentes os requisitos legais, a decisão da autoridade será vinculada. Não se tratam de aspectos discricionários, então. Por isso, a servidora pode (e não “deve”) interpor mandado de segurança contra o ato do administrador que indeferiu seu pedido, tendo em vista que o pedido de remoção para união de cônjuges constitui direito líquido e certo da servidora, não havendo margem discricionária de apreciação pela Administração pública. Gabarito: alternativa B. 17. (FCC – TRF 3/2016) Dentre as vantagens expressamente previstas na Lei no 8.112/1990 para os servidores, além dos vencimentos já previstos para remuneração, a) a gratificação natalina é a única vantagem que integra os vencimentos para fins de cálculo de outras vantagens e adicionais. b) o fato gerador do adicional de insalubridade, em razão de sua distinção, não elide que o servidor perceba também o adicional de periculosidade, mas somente este último pode integrar a remuneração dos servidores. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 49 85 c) tanto o adicional de insalubridade, quando o adicional de periculosidade integram a remuneração dos servidores quando configurada habitualidade por tempo superior ao previsto para o estágio probatório definido para o cargo ocupado. d) o adicional por serviço extraordinário é obrigatoriamente remunerado com acréscimo em relação à hora normal de trabalho, não admitindo integração à remuneração, em razão de sua natureza indenizatória. e) a gratificação natalina não é considerada para fins de cálculo de outras vantagens pecuniárias, mas não afasta o pagamento do adicional de insalubridade ou de periculosidade, cabendo ao servidor, entretanto, optar por um dentre esses últimos. Comentário: Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor indenizações, gratificações e adicionais. Desses, as indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito. Em contrapartida, as gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei. Contudo, o art. 50 da Lei 8.112/1990 dispõe que as vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento. Essa ressalva do final “sob o mesmo título ou idêntico fundamento” foi tacitamente revogada pela nova redação do art. 37, XIV, da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional 19/1998, que estabelece que “os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores”. Assim, não importa mais se o novo benefício é ou não de idêntico fundamento, já que nenhuma vantagem pecuniária será computada ou acumulada para concessão de novos acréscimos pecuniários. A ideia dessa vedação é evitar a ocorrência de um efeito cascata no pagamento de novos benefícios. Dessa forma, eventuais novas vantagens devem ser calculadas com base no vencimento, sem incidência de outros benefícios. Por exemplo: imagine que o vencimento do cargo seja R$ 1.000,00; o servidor passa a receber uma vantagem de 10% sobre os vencimentos, passando a ter a remuneração de R$ 1.100,00; se o servidor vier a receber um novo benefício, também de 10%, este será calculado sobre o vencimento (R$ 1.000,00) e não sobre a remuneração (R$ 1.100,00), tendo em vista que os acréscimos pecuniários não podem ser levados ao cálculo. Assim, a gratificação natalina não integrará o vencimento para fins de cálculo de outras vantagens e adicionais. Por isso, a alternativa A está incorreta. O erro da alternativa B é indicar que os adicionais insalubridade e periculosidade podem ser recebidos cumulativamente, quando o art. 68, § 1º, determina que o servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar por um deles. A alternativa C apresenta um início correto, porém vemos, no art. 68, caput, que os servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. Isso quer dizer que não é preciso tempo superior ao previsto para o estágio probatório para que o servidor tenha direito ao adicional. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 50 85 Já a alternativa D segue o mesmo caminho que a anterior, iniciou correta, mas apresentou um final errado. O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% em relação à hora normal de trabalho, mas não se trata de uma verba indenizatória, mas sim um adicional. Por fim, nosso gabarito é a alternativa E. De fato, a gratificação natalina, assim como outras vantagens pecuniárias, não será computada para fins de pagamento de acréscimos ulteriores (Lei 8.112/1990, art. 50; CF/88, art. 37, XIV). Ademais, quando o servidor preencher os requisitos para pagamento dos adicionais de periculosidade ou de insalubridade, deverá optar por um deles (art. 68, § 1º). Gabarito: alternativa E. 18. (FCC – AJ/TRF 3/2016) Carlos, servidor público do Tribunal Regional Federal da 3a Região, foi designado para exercer função de confiança no mencionado Tribunal. Cumpre salientar, todavia, que quando houve a publicação do ato de designação para a função de confiança, Carlos estava em licença. Nessa hipótese, conforme preceitua a Lei no 8.112/1990, o início do exercício da função de confiança recairá no a) primeiro dia útil após o término da licença, que não poderá exceder a noventa dias da publicação. b) quinto dia útil após o término da licença, que não poderá exceder a sessenta dias da publicação. c) décimo quinto dia útil após o término da licença, que não poderá exceder a sessenta dias da publicação. d) quinto dia útil após o término da licença, que não poderá exceder a trinta dias da publicação. e) primeiro dia útil após o término da licença, que não poderá exceder a trinta dias da publicação. Comentário: O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de publicação do ato de designação, salvoquando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação (art. 15, § 4º). Portanto, correta a alternativa E. Gabarito: alternativa E. 19. (FCC – AJ/TRF 3/2016) Mario é Analista do Tribunal Regional Federal da 3a Região, ainda em estágio probatório, e pretende licenciar-se para tratar de interesses particulares. Já Alessandra, também Analista do Tribunal Regional Federal da 3a Região, obteve licença para tratar de interesses particulares há um ano e pretende que sua licença perdure por mais três anos. Nos termos da Lei no 8.112/1990, Mario a) não tem direito à mencionada licença e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de três anos consecutivos. b) faz jus à mencionada licença, desde que preenchidos os demais requisitos legais, e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de dois anos consecutivos. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 51 85 c) não tem direito à mencionada licença e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de cinco anos, consecutivos ou não. d) faz jus à mencionada licença, desde que preenchidos os demais requisitos legais e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de cinco anos consecutivos. e) não faz jus à mencionada licença e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de dois anos consecutivos. Comentário: A licença para tratar de interesses particulares é relacionada no art. 91 da Lei 8.112/1990 nos seguintes termos: Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração. Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço. Agora vejamos as situações apresentadas: (1) Mario está em estágio probatório, ou seja, não possui direito à licença; (2) Alessandra está licenciada há um ano e gostaria de obter mais três anos de licença. Todavia, vimos que a licença para tratar de interesses particulares pode ser concedida pelo prazo de até três anos. Isso quer dizer que Alessandra só poderá permanecer por mais dois anos em licença. E como ficam as alternativas? a) não tem direito à mencionada licença e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de três anos consecutivos – CORRETA; b) não faz jus à mencionada licença, desde que preenchidos os demais requisitos legais, e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de dois três anos consecutivos – ERRADA; c) não tem direito à mencionada licença e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de cinco três anos, consecutivos ou não – ERRADA; d) não faz jus à mencionada licença, desde que preenchidos os demais requisitos legais e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de cinco três anos consecutivos – ERRADA; e) não faz jus à mencionada licença e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de dois três anos consecutivos – ERRADA. Gabarito: alternativa A. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 52 85 20. (FCC – AJ/TRF 3/2016) Ana, Analista do Tribunal Regional Federal da 3a Região, assumirá, na condição de substituta, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício de cargo de chefia, no afastamento do titular do referido cargo. Cumpre salientar que assumirá tal condição pelo período máximo de trinta dias. No caso narrado, conforme preceitua a Lei no 8.112/1990, Ana a) receberá, obrigatoriamente, a remuneração do cargo de Analista. b) receberá, obrigatoriamente, a remuneração do cargo de chefia. c) deverá optar pela remuneração de um dos cargos durante o respectivo período. d) acumulará ambas as remunerações, por se tratar do instituto da substituição. e) acumulará ambas as remunerações nos primeiros quinze dias, e, a partir do décimo quinto dia, receberá tão somente a remuneração do cargo de chefia. Comentário: Pelo texto do art. 38 do Estatuto, os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade. Outrossim, o substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período (alternativa C). Gabarito: alternativa C. 21. (FCC – AJ/TRF 3/2016) Aristides, Analista do Tribunal Regional Federal da 3a Região, foi cedido ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, para o exercício de cargo em comissão. No caso narrado, nos termos da Lei no 8.112/1990, o ônus da remuneração será a) compartilhado por ambos os Tribunais; no entanto, o Tribunal de Justiça arcará com um terço da remuneração e o Tribunal Regional Federal com o restante. b) do Tribunal Regional Federal da 3a Região. c) compartilhado por ambos os Tribunais, arcando cada um com metade da remuneração. d) compartilhado por ambos os Tribunais; no entanto, o Tribunal de Justiça arcará com dois terços da remuneração e o Tribunal Regional Federal com o restante. e) do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Comentário: O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, para exercício de cargo em comissão ou função de confiança ou em casos previstos em leis específicas. Na primeira situação (caso narrado na questão), sendo a cessão para órgãos ou entidades dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais casos. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 53 85 Levando-se em consideração que a cessão é para um órgão estadual, o ônus da remuneração será do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que é o cessionário, isto é, o beneficiário da cessão (alternativa E). Gabarito: alternativa E. 22. (FCC – TRF 3/2016) João, servidor público federal, foi convocado para o serviço militar, razão pela qual lhe foi concedida licença, na forma e condições previstas na legislação específica. Nos termos da Lei no 8.112/1990, concluído o serviço militar, João a) terá quinze dias com remuneração para reassumir o exercício do cargo. b) deverá imediatamente reassumir o exercício do cargo. c) terá somente quinze dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo. d) terá quarenta e cinco dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo. e) terá até trinta dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo. Comentário: A Lei 8.112/1990 trata rapidamente da licença para serviço militar em seu art. 85, que dispõe que o servidor convocado para o serviço militar terá direito à licença, na forma e condições previstas na legislação específica. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta)dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo (alternativa E). Gabarito: alternativa E. 23. (FCC – TRF 3/2016) Considere três situações: (I) Claudio, servidor público federal, afastou-se da sua sede de trabalho, em caráter eventual e transitório, para outro ponto do território nacional, entretanto, o mencionado deslocamento não exige pernoite fora da sede. (II) Já Manoela, também servidora pública federal, afastou-se da sua sede de trabalho, em caráter eventual e transitório, para o exterior. (III) Por fim, Rômulo, também servidor público federal, afastou-se da sua sede de trabalho, em caráter eventual e transitório, sendo o mencionado deslocamento dentro da mesma região metropolitana e não exigindo pernoite fora da sede. Nos termos da Lei no 8.112/1990, as diárias são devidas a) em nenhum dos casos narrados. b) apenas nos itens II e III, sendo em ambos os casos devidas integralmente. c) nos itens I, II e III, sendo em todos os casos devidas integralmente. d) apenas nos itens I e III, sendo no item III, devidas pela metade. e) apenas nos itens I e II, sendo no item I, devidas pela metade. Comentário: Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 54 85 O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinárias com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em regulamento. Ademais, a diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias (art. 58, § 1º). Entretanto, não receberá diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro do território nacional (art. 58, § 3º). Isso quer dizer que as diárias são devidas apenas para Claudio e Manoela, sendo que Claudio receberá apenas a metade da diária, já que, no caso dele, não houve pernoite. Por outro lado, Rômulo não terá direito ao pagamento da diária, tendo em vista que o deslocamento ocorreu dentro da mesma região metropolitana e não exigiu o pernoite. Assim, já sabemos que nosso gabarito é a alternativa E. Gabarito: alternativa E. 24. (FCC – TRT 14/2016) No que concerne à licença por motivo de doença em pessoa da família, prevista na Lei no 8.112/1990, considere: I. Referida licença é sempre concedida sem prejuízo da remuneração. II. O prazo máximo de sua concessão, a cada período de doze meses, é de sessenta dias, não podendo, em qualquer hipótese, ultrapassar tal período. III. Somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário. IV. Será concedida a cada período de doze meses, sendo o início do interstício dos doze meses contado a partir da data do deferimento da última licença concedida. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) IV. c) I e III. d) III. e) II e IV. Comentário: Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 55 85 A referida licença poderá ser concedida ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial (art. 83). Contudo, ela só poderá ser deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário (afirmativa III – CORRETA). Além disso, a licença, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes condições: (i) por até 60 dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e (ii) por até 90 dias, consecutivos ou não, sem remuneração. Desse modo, as afirmativas I e II estão ERRADAS, pois o licenciamento poderá ocorrer por prazo acima de 60 dias, situação na qual passará a ser sem remuneração. Por fim, o § 3º do art. 83 determina que o início do interstício de 12 meses será contado a partir da data do deferimento da primeira licença concedida. Logo, a afirmativa IV também está ERRADA. Portanto, temos: I – errada, II: errada, III: correta e IV: errada (alternativa D). Gabarito: alternativa D. 25. (FCC – TRT 14/2016) Marlene é servidora pública do Tribunal Regional do Trabalho da 14a Região e pretende doar sangue. Gilberto, também servidor público do Tribunal Regional do Trabalho da 14a Região, irá se casar nos próximos dias. Nos termos da Lei no 8.112/1990, poderão os citados servidores ausentar- se do serviço, sem qualquer prejuízo, respectivamente, por a) 1 dia e 10 dias consecutivos. b) 2 dias e 10 dias consecutivos. c) 1 dia e 9 dias consecutivos. d) 2 dias e 7 dias consecutivos. e) 1 dia e 8 dias consecutivos. Comentário: Nossa resposta é encontrada no art. 97 da Lei 8.112/1990. Lá temos que o servidor poderá ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, (i) por 1 dia, para doação de sangue; (ii) pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a 2 dias; Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 56 85 (iii) por 8 dias consecutivos em razão de casamento ou falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos. Posto isso, Marlene poderá ausentar-se do serviço por um dia e Gilberto por oito dias consecutivos (alternativa E). Gabarito: alternativa E. 26. (FCC – TRT 14/2016) Claudio, servidor público do Tribunal Regional do Trabalho da 14a Região, ausentou-se do País para missão oficial no exterior. O mencionado afastamento observou todos os trâmites legais e perdurou por quatro anos, tendo Claudio regressado ao Brasil em 2012, assumindo suas atividades. Em 2014, Claudio pleiteou novo afastamento para estudo no exterior. Nos termos da Lei no 8.112/1990, o afastamento pleiteado a) não será possível, pois somente decorrido o período de três anos contados do término do anterior afastamento é que se admite a nova ausência. b) é possível. c) não será possível, pois somente decorrido o período de quatro anos contados do término do anterior afastamento é que se admite a nova ausência. d) não é cabível, pois trata-se da mesma espécie de afastamento concedido anteriormente, sendo necessário o transcurso de dez anos para que o servidor tenha direito. e) não se aplica a servidores que já fizeram jus a benefício semelhante, como é o caso de Claudio. Comentário: A ausência por missão oficial no exterior não excederá a 4 anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período,inciso IV, e 39, § 3º, da Constituição Federal, corresponde à sua remuneração total e não apenas ao vencimento básico, que pode ser inferior ao mínimo, e, também, que sobre o abono pago para atingir o salário-mínimo não devem incidir as gratificações e demais vantagens pecuniárias, sob pena de ofensa ao art. 7º, inciso IV, da Constituição Federal. 2. Agravo regimental não provido. (RE 439.360-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 9-8-2005, Primeira Turma, DJ de 2-9-2005.) Sempre que exercer suas funções, o servidor deverá receber a devida remuneração. No entanto, o art. 44 dispõe que o servidor perderá a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado; ou perderá a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas e saídas antecipadas, salvo quando compensar o horário, até o mês subsequente ao da ocorrência, na forma estabelecida pela chefia imediata. Com efeito, as faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício (art. 44, parágrafo único). Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 5 85 Os artigos 45 a 48 do Estatuto dos Servidores Federais estabelecem regras sobre a proteção da remuneração e sobre as formas de incidência de descontos. Nessa linha, o art. 45 estabelece que nenhum desconto poderá incidir sobre a remuneração ou provento do servidor, salvo por imposição legal ou mandado judicial. Permite-se ainda a existência de consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, mediante autorização do servidor e a critério da administração, com reposição de custos. Além disso, o vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial (art. 48). Em termos bem simples, esses três instrumentos destinam-se a execução de dívidas ou a garantia da preservação do bem para fins de cobrança. Assim, se determinada pessoa tentar obter a execução de uma dívida com um servidor público, não será possível, por exemplo, penhorar a sua remuneração. De acordo com o art. 46 da Lei 8.112/1990, as reposições e indenizações ao erário serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado. No caso de parcelamento, o valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão. Porém, se o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em uma única parcela. Além disso, se o servidor receber valores em decorrência de cumprimento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a ser revogada ou rescindida serão eles atualizados até a data da reposição. Podemos aproveitar este momento para discutirmos a possibilidade de restituição (repetição) de valores indevidamente recebidos pelo servidor público ativo ou aposentado. Existem três situações distintas: (a) recebimento em decorrência de decisão administrativa posteriormente revogada; (b) recebimento por força de decisão judicial precária posteriormente revogada; (c) recebimento em decorrência de decisão judicial transitada em julgado posteriormente desconstituída por meio de ação rescisória. Na primeira situação, isto é, quando o servidor recebe determinado valor em decorrência de decisão administrativa posteriormente revogada, o Superior Tribunal de Justiça possui entendimento de que é incabível a devolução em decorrência de errônea ou inadequada interpretação da lei por parte da Administração Pública. Tal entendimento fundamenta-se no caráter alimentício que possui a remuneração ou provento e também no princípio da legítima confiança ou da segurança jurídica e, por isso, pressupõe- se a boa-fé do servidor que recebeu os valores dos cofres públicos2. Com efeito, a Advocacia Geral da União apresentou orientação no mesmo sentido, conforme Súmula Administrativa 34, nos seguintes termos: “Não estão sujeitos à repetição os valores recebidos de boa-fé 2 RESp 1.244.182/PB, de 10/10/2012; o Tribunal de Contas da União possui entendimento semelhante, porém com exigência de erro escusável na interpretação de lei, conforme Súmula TCU 249: “É dispensada a reposição de importâncias indevidamente percebidas, de boa-fé, por servidores ativos e inativos, e pensionistas, em virtude de erro escusável de interpretação de lei por parte do órgão/entidade, ou por parte de autoridade legalmente investida em função de orientação e supervisão, à vista da presunção de legalidade do ato administrativo e do caráter alimentar das parcelas salariais”. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 6 85 pelo servidor público, em decorrência de errônea ou inadequada interpretação da lei por parte da Administração Pública”. Na segunda situação, ou seja, no caso de recebimento por força de decisão judicial posteriormente revogada, é devida a restituição dos valores por parte do servidor. Nesse caso, entende o STJ que não é possível alegar a boa-fé, uma vez que o servidor é sabedor da fragilidade e provisoriedade da decisão3. Por fim, na hipótese de recebimento em decorrência de decisão judicial transitada em julgado, mas que posteriormente foi desconstituída por ação rescisória, a devolução também é incabível. Assim, a jurisprudência do STJ firmou o entendimento no sentido de que “em virtude da natureza alimentar, não é devida a restituição dos valores que, por força de decisão transitada em julgado, foram recebidos de boa- fé, ainda que posteriormente tal decisão tenha sido desconstituída em ação rescisória”4. Assim, podemos apresentar o seguinte resumo sobre os casos em que deve ou não ocorrer a devolução de valores recebidos indevidamente: SITUAÇÃO NECESSIDADE DE DEVOLUÇÃO Recebimento em decorrência de decisão administrativa posteriormente revogada Não Recebimento por força de decisão judicial precária posteriormente revogada Sim Recebimento em decorrência de decisão judicial transitada em julgado posteriormente desconstituída por meio de ação rescisória Não Para finalizar, dispõe o art. 47 que o servidor em débito com o erário que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. Além disso, a não quitação do débito no prazo mencionado implicará sua inscrição em dívida ativa. Vantagens Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens (art. 49): a) indenizações; b) gratificações; c) adicionais. As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito (art. 49, §1º). Já as gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados 3 EAREsp 58.820/AL, de 8/10/2014. 44 AgRg no AREsp 2.447/RJ, de 17/4/2012; no mesmo sentido: AgR no AREsp 463.279/RJ, de 8/9/2014. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 7 85 em lei (art. 49, §2º). Ou seja, as indenizações não integram a remuneração em nenhuma hipótese. Já os adicionais e gratificações podem, ou não, integrar a remuneração, conforme os critériosserá permitida nova ausência. Sendo assim, como Claudio retornou em 2012, apenas em 2016 ele poderá obter nova licença para missão oficial no exterior. Isso quer dizer que, nos termos da Lei 8.112/1990, o afastamento pleiteado não será possível, pois somente decorrido o período de quatro anos contados do término do anterior afastamento é que se admite a nova ausência (alternativa C). Gabarito: alternativa C. 27. (FCC – TRT 23/2016) Além dos vencimentos ordinariamente pagos aos servidores públicos federais, de acordo com a Lei no 8.112/1990, podem lhes ser atribuídas algumas vantagens. Dentre elas, a) distinguem-se as indenizações das gratificações, pois as primeiras se incorporam à remuneração para todos os fins, enquanto as gratificações perduram apenas enquanto durar o evento que lhes justifica. b) estão as indenizações, gratificações e adicionais, que se incorporam aos vencimentos dos servidores para todos os fins, sempre que ficar configurada habitualidade no recebimento por prazo superior a um exercício orçamentário. c) destacam-se as indenizações e os adicionais, que se incorporam aos vencimentos dos servidores e ficam excluídas do teto de remuneração. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 57 85 d) distinguem-se as indenizações das gratificações, pois estas podem se incorporar aos vencimentos dos servidores, conforme disposto na lei, assim como os adicionais. e) equiparam-se os adicionais às gratificações para fins de incorporação aos vencimentos dos servidores, tendo em vista que ambas as vantagens passam a integrar a remuneração ou proventos dos servidores em sua integralidade, para todos os fins. Comentário: Além dos vencimentos, os servidores públicos podem perceber algumas vantagens pecuniários, que se dividem em: indenizações, gratificações e adicionais. Com efeito, as indenizações não podem se incorporar ao vencimento ou ao provento, para qualquer efeito (art. 49, § 1º). Por outro lado, as gratificações e os adicionais poderão se incorporar, nos casos e condições definidos em lei (art. 49, § 2º). Portanto, as indenizações distinguem-se das gratificações, uma vez que estas, da mesma forma como ocorre com os adicionais, podem se incorporar ao vencimento ou ao provento, nos casos e condições previstos em lei – letra D. Agora, vejamos as demais alternativas: a) conforme já vimos, as indenizações não podem se incorporar – ERRADA; b) inicialmente, já vimos que as indenizações não se incorporam. Além disso, nem sempre os adicionais e as gratificações poderão ser incorporadas, mas apenas quando previsto em lei – ERRADA; c) as indenizações, de fato, ficam excluídas do teto remuneratório. Porém, os adicionais são considerados no cálculo do teto – ERRADA; e) nem sempre os adicionais e as gratificações podem ser incorporadas, pois isso dependerá do que estiver previsto em lei – ERRADA. Gabarito: alternativa D. 28. (FCC – TRT 23/2016) Mara, servidora pública federal, pleiteou licença de seu cargo público para acompanhar seu companheiro Mauro, também servidor público federal e que fora deslocado do Mato Grosso para o Estado do Acre. Nos termos da Lei no 8.112/1990, a licença pleiteada a) caso concedida, será por prazo determinado e sem remuneração. b) não é cabível, por ausência de previsão legal. c) caso concedida, será por prazo indeterminado e sem remuneração. d) caso concedida, será por prazo determinado e com remuneração. e) não é cabível, pois só se aplica entre cônjuges. Comentário: Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 58 85 A questão trata da licença prevista no art. 84 da Lei 8.112/1990, que dispõe o seguinte: Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo. § 1º A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração. § 2o No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo. Portanto, essa licença é discricionária, pois “poderá ser concedida”, e, se deferida, será por prazo indeterminado e sem remuneração. Logo, o gabarito é a opção C. Tome bastante cuidado para não confundir a licença para acompanhar cônjuge, prevista no art. 84, com a remoção para acompanhar cônjuge, constante no art. 36, parágrafo único, III, “a”, uma vez que os pressupostos e as características dos dois instrumentos são diferentes. Gabarito: alternativa C. 29. (FCC – TRT 23/2016) Gabriel, servidor público federal, exerceu seu direito de petição em defesa de interesse legítimo. Em razão do indeferimento de seu requerimento, formulou pedido de reconsideração à autoridade competente. Nos termos da Lei no 8.112/1990, o pedido de reconsideração a) interrompe a prescrição. b) pode ser renovado uma única vez. c) deve ser interposto no prazo de quinze dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão que pretende ver reconsiderada. d) deve ser decidido dentro do prazo máximo de noventa dias. e) caso indeferido, não admite recurso. Comentário: O direito de petição dos servidores exerce-se mediante requerimento, pedido de reconsideração e recurso. O pedido de reconsideração é adotado quando o servidor solicita que a autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão avalie novamente o caso, sendo que ele não poderá ser renovado (art. 106). Em termos bem simples, o pedido de reconsideração é “aquele chorada” que você faz quando o seu pai não deixa você sair à noite. Uma das características do pedido de reconsideração é que ele, assim como o recurso, quando cabível, interrompe a prescrição (art. 111), ou seja, faz o prazo prescricional “zerar”. Logo, o gabarito é a opção A. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 59 85 Vejamos as demais alternativas: b) o pedido de reconsideração não pode ser renovado (art. 106) – ERRADA; c) consoante o art. 108, o prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida – ERRADA; d) o requerimento e o pedido de reconsideração deverão ser despachados no prazo de 5 dias e decididos dentro de 30 dias (art. 106, parágrafo único) – ERRADA; e) o recurso é justamente o instrumento adotado quando for indeferido o pedido de reconsideração ou contra as decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos (art. 107) – ERRADA. Gabarito: alternativa A. 30. (FCC – TRT 23/2016) No que concerne à licença para capacitação profissional, prevista na Lei no 8.112/1990, considere: I. Só é admissível, dentre outros requisitos, após cada quinquênio de efetivo exercício. II. Trata-se de licença concedida no interesse da Administração. III. Trata-se de licença concedida sem prejuízo da remuneração. IV. O afastamento do cargo se dará pelo período máximo de dois meses. Está correto o que consta APENAS em a)II e IV. b) I, III e IV. c) I e III. d) I, II e III. e) II, III e IV. Comentário: A licença para capacitação está prevista no art. 87 da Lei 8.112/1990, que estabelece que, após cada quinquênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional. Ademais, os períodos de licença capacitação não são acumuláveis. Agora, vamos julgar os itens. I – exato! A licença poderá ser deferida após cada quinquênio, observando-se os demais requisitos – CORRETO; II – a licença para capacitação não constitui direito subjetivo do servidor, pois poderá ser negada ainda que preenchidos os requisitos legais, uma vez que é deferida no interesse da Administração – CORRETO; Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 60 85 III – durante o período da licença, o servidor receberá a remuneração normalmente, ou seja, a licença é concedida “sem prejuízo da remuneração” – CORRETO; IV – o prazo máximo é de até três meses – ERRADO. Com isso, estão corretos os itens I, II e III. Gabarito: alternativa D. 31. (FCC – TRE RR/2015) Dentre os direitos previstos no Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, Autarquias e das Fundações Públicas Federais está o gozo de licenças. É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período de licença a) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro. b) por motivo de doença em pessoa da família. c) para atividade política. d) para tratar de interesses particulares. e) para capacitação. Comentário: A resposta para a questão encontra-se no art. 81 da Lei 8.112/1990. O mencionado dispositivo enumera as seguintes licenças que poderão ser concedidas aos servidores públicos: (i) por motivo de doença em pessoa da família; (i) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; (iii) para o serviço militar; (iv) para atividade política; (v) para capacitação; (vi) para tratar de interesses particulares; (vii) para desempenho de mandato classista. Na sequência, o art. 81, § 3º, estabelece que é vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença por motivo de doença em pessoa da família. O entendimento desse caso é bem lógico: o servidor não poderá trabalhar no serviço público, pois precisará prestar assistência direta ao familiar. Nesse contexto, vale lembrar o que dispõe o art. 83, § 1º, ao dispor sobre a licença por motivo de doença em pessoa da família: “a licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário”. Além disso, durante os primeiros 60 dias da licença, a cada período de 12 meses, o servidor fará jus à remuneração do cargo, justamente para compensar (ou amenizar) o fato de não poder exercer outra atividade remunerada. Para as demais licenças não há vedação de o servidor exercer outra atividade remunerada (pelo menos não de forma expressa na Lei 8.112/1990). Gabarito: alternativa B. 32. (FCC – TRT 4/2015) Considere as seguintes situações: Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 61 85 I. Servidor federal passou a ter exercício em nova sede, no interesse da Administração. Essa mudança foi em caráter permanente e ele foi obrigado a realizar despesas com sua instalação. II. Servidor federal realizou viagem à Brasília, fora de sua sede, em caráter transitório, tendo realizado despesas com passagens aéreas e alimentação. III. Servidor federal se deslocou a município localizado dentro da região metropolitana em que está localizada sua sede para realizar trabalho que é exigência permanente do cargo por ele ocupado. Nos termos da Lei no 8.112/90, o servidor fará jus a diárias em a) I, apenas. b) II e III, apenas. c) I, II e III. d) II, apenas. e) III, apenas. Comentário: As diárias estão disciplinadas nos arts. 58 e 59 da Lei 8.112/1990. Elas serão devidas quando o servidor se afastar da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, objetivando indenizar as parcelas de despesas extraordinárias com pousada, alimentação e locomoção urbana. Agora, vamos analisar cada item: I. ERRADO: no caso de mudança de sede em caráter permanente, o servidor deverá receber a ajuda de custo, conforme dispõe o art. 53 da Lei 8.112/1990: “Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que detenha também a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma sede”. Portanto, no caso do item I, o servidor não faz jus à diária; II. CORRETO: quando o servidor se desloca de sua sede, em caráter transitório, ele faz jus ao recebimento de passagens e diárias para custeio de despesas extraordinárias; III. ERRADO: para melhor compreensão deste item, vejamos o conteúdo dos §§ 2º e 3º do art. 58 da Lei 8.112/1990: 2o Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias. 3o Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 62 85 salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro do território nacional. Portanto, como o deslocamento constitui exigência permanente do cargo, e também como ocorreu dentro da mesma região metropolitano, o servidor não faz jus a diárias. Dessa forma, somente o item II está correto e o gabarito é mesmo a opção D, conforme indicado pela banca. Gabarito: alternativa D. 33. (FCC – TRT 4/2015) Considere as seguintes situações, relacionadas a licenças tiradas por servidor federal: I. Por motivo de doença do cônjuge, comprovada por perícia médica oficial e com a necessidade de sua assistência direta, por trinta dias não consecutivos. II. Para acompanhar cônjuge que foi deslocado para outro ponto do território nacional por tempo indeterminado. III. Para atividade política, no período que mediou entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral. IV. Para participar de curso de capacitação profissional por sessenta dias, no interesse da Administração, após ter completado um quinquênio de efetivo exercício. Nos termos da Lei no 8.112/90, será mantida a remuneração do servidor APENAS em a) IV. b) I e IV. c) II e III. d) I e III. e) I, II e III. Comentário: Vamos analisar cada item: I. CORRETO: ao servidor público poderá ser concedida a licença por motivo de doença em pessoa da família, que se refere à doença do cônjuge ou companheiro, dospais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial (Lei 8.112/1990, art. 83). Essa licença poderá ser concedida da a cada período de doze meses nas seguintes condições: (a) por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e (b) por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração. Dessa forma, nos primeiros sessenta dias, a licença ocorre com remuneração. Assim, o item está correto, pois mencionou apenas o período de 30 dias não consecutivos, situação em que ocorrerá com percepção da remuneração. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 63 85 II. ERRADO: a licença por motivo de afastamento do cônjuge será por prazo indeterminado e sem remuneração, nos termos do art. 84, § 1º, da Lei 8.112/1990; III. ERRADO: de acordo com o art. 86 do Estatuto dos Servidores Públicos Federais, o servidor terá direito a licença para atividade política, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral; IV. CORRETO: a licença para capacitação poderá ser concedida, no interesse da Administração, após cada quinquênio de efetivo exercício, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional (Lei 8.112/1990, art. 87). Como a licença é discricionária, não há qualquer impedimento de ela ser deferida num prazo menor que os três meses. Assim, é plenamente possível a licença ser de apenas 60 dias. Com efeito, durante o período da licença para capacitação, o servidor receberá a sua respectiva remuneração. Logo, o item está correto. Dessa forma, somente os itens I e IV estão corretos. Gabarito: alternativa B. 34. (FCC – CNMP/2015) De acordo com a Lei no 8.112/90, o servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em regulamento. Quando o deslocamento NÃO exigir pernoite fora da sede, a) a diária é devida em 70%. b) a diária é devida pela metade. c) só será devido o pagamento de diária, ainda que não integral, se o afastamento superar 20 quilômetros. d) não é devido o pagamento de diária. e) só será devido o pagamento de diária, ainda que não integral, se o afastamento superar 30 quilômetros. Comentário: Dispõe o art. 58 da Lei 8.112/1990 que o servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinárias com pousada, alimentação e locomoção urbana. A diária deve ser paga para cada dia de deslocamento. Contudo, se o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias, o seu pagamento ocorrerá pela metade (art. 51, §1º). Portanto, quando o deslocamento não exigir o pernoite, a diária é devida pela metade (Lei 8.112/1990, art. 51, §1º) – alternativa B. Gabarito: alternativa B. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 64 85 35. (FCC – CNMP/2015) De acordo com a Lei no 8.112/90, a ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente. Na hipótese do servidor se afastar do cargo, ou reassumi- lo, em virtude de mandato eletivo: a) será concedida ajuda de custo calculada sobre a remuneração do servidor, não podendo exceder a importância correspondente a dois meses. b) será concedida ajuda de custo calculada sobre a remuneração do servidor, não podendo exceder a importância correspondente a três meses. c) não será concedida ajuda de custo havendo expressa vedação legal neste sentido. d) será concedida ajuda de custo correspondente ao valor fixo referente ao último mês da remuneração do servidor. e) será concedida ajuda de custo calculada sobre a remuneração do servidor, não podendo exceder a importância correspondente a seis meses. Comentário: De acordo com o art. 55 da Lei 8.112/1990, “não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo”. Portanto, existe expressa previsão legal vedando o pagamento da ajuda de custo no caso de o servidor se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo (alternativa C). Gabarito: alternativa C. 36. (FCC – Segurança Institucional/CNMP/2015) O auxílio moradia (A) possui valor mensal limitado a 25% do valor do cargo em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado. (B) será concedido ao servidor mesmo na hipótese de outra pessoa que resida com o servidor esteja recebendo o referido auxílio, exceto se cônjuge. (C) cessará imediatamente no caso de falecimento ou exoneração. (D) cessará imediatamente no caso de colocação de imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel. (E) começará a ser pago no prazo mínimo de três meses após a comprovação da despesa pelo servidor. Comentário: O auxílio moradia é o ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação da despesa pelo servidor (art. 60-A). O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a vinte e cinco por cento do valor do cargo em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado, não podendo também superar vinte e cinco por cento da remuneração de Ministro de Estado (art. 60-D). Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 65 85 Todavia, nos termos do §2º, do art. 60-D, “independentemente do valor do cargo em comissão ou função comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais)”. Portanto, nessa situação, o valor do auxílio poderá superar o limite de 25% do valor do cargo em comissão ou função comissionada. Por exemplo, se o cargo possuir uma remuneração de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), os 25% ensejariam um auxílio de até R$ 1.250,00 (mil duzentos e cinquenta reais). No entanto, o servidor tem garantido o ressarcimento de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais), superando os 25%. Dessa forma, a opção A merece reparos, podendo ser considerada errada. Assim, mesmo que a banca tenha dada a opção A como correta, a questão é passível de recurso para anulação, conforme discutimos acima. Vejamos o erro das demais opções: b) entre os requisitos para a concessão do auxílio, o art. 60-B, IV, dispõe que nenhuma outra pessoa que resida com o servidor esteja recebendo o auxílio-moradia – ERRADA; c e d) no caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio moradia continuará sendo pago por um mês (art. 60-E) – ERRADAS. e) o auxílio-moradiacomeçará a ser pago no prazo de um mês após a comprovação da despesa pelo servidor (art. 60-A) – ERRADA. Gabarito: alternativa A. 37. (FCC – TRT 9/2015) O direito de petição previsto na Lei no 8.112/90 a) assiste somente aos servidores titulares de cargo efetivo, tendo em vista que os servidores comissionados e os ocupantes de emprego público não se submetem ao princípio do concurso público para ingresso no serviço público. b) deve ser sempre dirigido à autoridade imediatamente superior ao servidor, em razão do poder hierárquico e disciplinar dos quais é dotado, o que abrange análise de legalidade e de conveniência e oportunidade sobre o requerimento pretendido. c) deve ser encaminhado pela autoridade imediatamente superior ao requerente, que não pode emitir juízo de valor sobre o pedido, vedado, no entanto, pedido de reconsideração ou recurso em face da decisão da autoridade competente, posto que não se trata de processo administrativo, onde presente o princípio do contraditório e da ampla defesa. d) deve ser exercido sem que o requerente tenha vista do processo a que se refere o pedido, salvo se diante de processo disciplinar, em que esse direito é garantido aos servidores desde a instauração. e) é direito do servidor e admite interposição de pedido de reconsideração e de recurso contra a decisão proferida pela autoridade competente, correndo, no entanto, prescrição para exercício do direito de petição. Comentário: Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 66 85 a) primeiramente, devemos observar que o direito de petição é um direito amplo, previsto na Constituição Federal, no art. 5º, XXXIV, “a”, que é assegurado a todos. Porém, estamos tratando aqui do direito de petição constante na Lei 8.112/1990. Este se aplica a todos os servidores públicos estatutários, ou seja, aos ocupantes de cargo efetivo e de cargo em comissão. Anota-se que os empregados públicos possuem o direito de petição genérico previsto na Constituição, mas não se submetem às regras da Lei 8.112/1990. Por fim, outro erro da alternativa foi afirmar que empregado público não se submete ao concurso público, quando na verdade se submete – ERRADA; b) nem todos os atos do direito de petição são encaminhados pela via hierárquica. A Lei 8.112/1990 exige apenas que o requerimento (art. 105) e o recurso (art. 107, § 2º) sigam pela via hierárquica. Logo, o pedido de reconsideração será encaminhado diretamente à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão (art. 106) – ERRADA; c) primeiro, já vimos que nem todas as petições são encaminhadas pela autoridade imediatamente superior ao requerente (somente o requerimento e o recurso seguem por esse caminho). Além disso, a autoridade imediatamente superior, em muitos casos, não terá competência decisória, podendo apenas emitir o seu ponto de vista sobre o caso, mas deverá encaminhar a petição a quem tem competência para decidir. Imagine, por exemplo, um requerimento para receber uma licença para tratar de interesse particular. O superior imediato pode não ter competência para deferir ou indeferir o requerimento, mas poderá instruir o processo, informando a autoridade competente para decidir se concorda ou não com a licença. Além disso, o pedido de reconsideração e o recurso servem justamente para rever decisões das autoridades competentes (o primeiro, serve para a mesma autoridade analisar o caso novamente; o segundo serve para fazer a autoridade superior apreciar o caso) – ERRADA; d) o art. 113 assegura o direito do servidor (ou procurador constituído) de ter vistas ao processo ou ao documento, na repartição, para que exerça o direito de petição – ERRADA; e) exato! O direito de petição permite que se interponha pedido de reconsideração e recurso contra decisões anteriores das autoridades competentes. Contudo, a própria Lei 8.112/1990 apresenta prazos prescricionais para exercer o direito de petição (art. 110) – CORRETA. Gabarito: alternativa E. 38. (FCC – TRT 9/2015) Quanto ao direito de férias do servidor público federal submetido ao regime da Lei no 8.112/1990, é correto afirmar: a) O servidor titular de cargo efetivo fará jus a trinta dias de férias, que não poderão ser acumuladas, mesmo no caso de necessidade do serviço, por se tratar de direito constitucional, atribuído aos trabalhadores urbanos e rurais, extensível ao servidor público. b) A pedido do servidor as férias poderão ser parceladas em até, no máximo, duas etapas de 15 dias, desde que não haja prejuízo à continuidade do serviço público. c) O servidor exonerado do cargo efetivo ou em comissão perceberá indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 67 85 d) Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 meses de exercício, razão porque o servidor exonerado antes de completar referido período não terá direto à indenização, qualquer que seja a razão do seu desligamento. e) Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor adicional previsto no inciso XVII do artigo 7o da Constituição Federal quando da utilização do último período. Comentário: a) o servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica (art. 77) – ERRADA; b) as férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração pública (art. 77, § 3º) – ERRADA; c) perfeito, nem necessita de maiores comentários por se tratar do texto exato do art. 78, § 3º: § 3o O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, perceberá indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias Desse modo, tudo certo com a alternativa – CORRETA; d) a primeira parte da alternativa está correta, porém acabamos de ver na alternativa C que o servidor exonerado terá direito à indenização – ERRADA; e) em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor adicional previsto no inciso XVII do art. 7o da Constituição Federal quando da utilização do primeiro período (art. 78, § 5º) – ERRADA. Gabarito: alternativa C. Concluímos por hoje. Espero por vocês em nosso próximo encontro! Bons estudos. HERBERT ALMEIDA. http://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorProfessor/herbert-almeida-3314/ @profherbertalmeida /profherbertalmeida /profherbertalmeida /profherbertalmeida e /controleexterno Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 68 85 Se preferir, basta escanear as figuras abaixo: Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 69 85 1. (FCC – TRT – 15ª Região (SP)/2018) Um servidor da Administração direta federal foi convidado para ocupar cargo em comissão na Administração indireta estadual, como superintendente da autarquiaresponsável por ditar a política ambiental, inclusive realizar os licenciamentos naquela unidade federativa. O ente interessado na cessão do servidor formalizou o pedido e o servidor apresentou a seu superior pedido de afastamento, que a) não poderá ser deferido, considerando que os pedidos de afastamento para ocupar cargo em comissão somente podem ser acolhidos dentro da mesma esfera da Administração. b) não poderá ser acolhido porque os pedidos de afastamento somente podem ser deferidos para ocupar cargo em comissão no âmbito da Administração direta. c) poderá ser deferido, ficando a remuneração do servidor a cargo do ente cessionário. d) poderá ser deferido, mantendo-se o ônus da remuneração para a Administração pública cedente, considerando o dever de colaboração entre os entes federados. e) será ou não deferido, conforme decisão discricionária da autoridade competente, cabendo ao servidor optar pela remuneração na Administração pública cedente ou cessionária. 2. (FCC – TRT – 15ª Região (SP)/2018) Considere que hipoteticamente a autarquia federal Y entendeu por bem realizar concurso público para provimento de cargos públicos vagos previstos em sua estrutura organizacional, estabelecendo no edital que nos três primeiros anos de exercício os investidos nos cargos públicos correlatos não perceberiam vencimentos. A previsão estabelecida no edital, nos termos da Lei no 8.112/1990, a) é válida, pois, dada a conjuntura econômica do país, se faz permitida a prestação de serviços federais gratuitos. b) é válida, pois durante o estágio probatório, que coincide com os três primeiros anos de exercício, os servidores não percebem vencimentos, mas indenização e ajuda de custos. c) é nula, pois os cargos públicos são criados por lei com vencimentos pagos pelos cofres públicos, não havendo que se falar na prestação de serviços gratuitos nesta hipótese. d) é nula, pois a prestação de serviços gratuitos à União encontra limite temporal de dois anos, no máximo. e) é válida, em razão de se tratar de concurso para provimento de cargo da Administração pública federal indireta, hipótese em que, desde que haja previsão em edital, é permitida a prestação de serviços gratuitos por período a ser acordado entre as partes. 3. (FCC – TRT – 2ª Região (SP)/2018) Lara, servidora pública federal, no interesse do serviço, passou a ter exercício em nova sede, ocorrendo mudança de domicílio em caráter permanente. Neste caso, dispõe a Lei no 8.112/1990, que a ajuda de custo a) será calculada sobre a remuneração de Lara, conforme se dispuser em regulamento, não podendo exceder a importância correspondente a três meses. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 70 85 b) não será devida à família de Lara se esta vier a falecer na nova sede, uma vez que esta vantagem é paga exclusivamente ao servidor. c) será devida, correndo por conta da Administração as despesas de transporte do servidor e de sua família, não compreendendo bagagem e bens pessoais. d) será devida inclusive na hipótese de o cônjuge de Lara, que detém também a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma sede, uma vez que é uma vantagem personalíssima perfeitamente acumulável. e) não é devida, uma vez que o direito ao recebimento da ajuda de custo está condicionado à transferência temporária. 4. (FCC – TRT – 2ª Região (SP)/2018) Suponha que determinado servidor público federal tenha solicitado licença para tratar de interesses particulares, a qual, contudo, restou negada pela Administração. Entre os possíveis motivos legalmente previstos para negativa, nos termos disciplinados pela Lei n° 8.112/1990, se insere(m): I. Estar o servidor no curso de estágio probatório. II. Ser o servidor ocupante exclusivamente de cargo em comissão. III. Razões de conveniência da Administração. Está correto o que se afirma em a) I, II e III. b) II, apenas. c) II e III, apenas. d) I e III, apenas. e) I e II, apenas. 5. (FCC – TRT – 2ª Região (SP)/2018) De acordo com a Lei n° 8.112/1990, o servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior a) terá direito ao recebimento de diária, sendo que, na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, não terá obrigatoriedade de restituir o que recebeu em excesso, uma vez que a diária é devida em razão do deslocamento e não do tempo de permanência, recebendo o excesso a título de indenização. b) não terá direito ao recebimento de diária, uma vez que a diária só é devida nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo e não eventual ou temporária. c) terá direito ao recebimento de diária, sendo que, na hipótese de o servidor receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de sessenta dias. d) terá direito ao recebimento de diária somente na hipótese de afastamento dentro do território nacional, sendo indevida por expressa vedação legal quando o deslocamento ocorrer para o exterior. e) terá direito ao recebimento de diária que será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 71 85 6. (FCC – TRF 5ª REGIÃO/2017) Breno, servidor público ocupante de cargo efetivo, viajou à Fortaleza a trabalho por alguns dias. Com a proximidade do fim de semana, adiou o retorno para seu domicílio, permanecendo na cidade por mais dois dias, que custeou pessoalmente no mesmo local de hospedagem em que já estava. De volta ao trabalho, pleiteou o recebimento de diárias por todo o período ausente de seu local de classificação, como forma de ressarcimento pelas despesas de hospedagem e alimentação. A conduta do servidor a) é condizente com seus direitos e obrigações, na medida em que tem direito ao recebimento de algumas vantagens além dos vencimentos, tendo as diárias natureza jurídica indenizatória pelas despesas incorridas. b) viola os direitos legalmente previstos na Lei n° 8.112/1990, na medida em que não obteve prévia autorização para permanecer na cidade de deslocamento por mais dois dias, com direito a diárias. c) pode configurar ato de improbidade, na medida em que intencionalmente buscou indenização por despesas que não se consubstanciam em fundamento para recebimento de diárias, devidas apenas para os dias em que estivesse em serviço. d) configura infração disciplinar e civil, esta sob a modalidade de ato de improbidade, processando-se as responsabilidades de forma subsequente, iniciando-se pelo processo administrativo que poderá ensejar a extinção do vínculo funcional, com a aplicação de penalidade de demissão, o que impedirá a condenação por improbidade. e) pode ser compatível com a legislação vigente, desde que o servidor demonstre que as despesas de hospedagem e alimentação no período equivalem ou superam o montante pleiteado a título de diárias, para que não reste configurado enriquecimento ilícito. 7. (FCC – TST/2017) Considere que um servidor público da União tenha sido convidado para integrar, com mandato de quatro anos, um organismo internacional do qual o Brasil faz parte como membro, sediado nos Estados Unidos, e pretenda obter afastamento de seu cargo para desempenhar tal mister. De acordo com as disposiçõesaplicáveis da Lei federal n° 8.112/90, que estabelece o regime jurídico dos servidores públicos civis federais, tal pretensão afigura-se a) descabida, salvo se o servidor em questão for integrante de carreira diplomática, podendo o afastamento ser concedido com duração correspondente ao mandato. b) cabível, exclusivamente em se tratando de missão oficial, nos termos definidos em tratado ou acordo internacional. c) descabida, eis que o afastamento para atuar no exterior somente é permitido para missão ou estudo, com prazo máximo de 3 anos. d) cabível, porém o afastamento deverá, obrigatoriamente, se dar com prejuízo da remuneração. e) cabível, excepcionalmente, com anuência do Ministério de Relações Exteriores, não contando o tempo de afastamento como exercício no serviço público. 8. (FCC – TRE SP/2017) Miguel é servidor público federal e pretende licenciar-se do cargo para o desempenho de mandato classista em sindicato representativo da categoria do qual faz parte e que conta com 5.000 associados. Cumpre salientar que o servidor foi eleito para cargo de representação no mencionado sindicato. Nos termos da Lei nº 8.112/1990, Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 72 85 a) o mencionado sindicato comportará até quatro servidores licenciados para o desempenho de mandato classista. b) a licença perdurará pelo mesmo prazo do mandato, não podendo ser renovada. c) será assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o desempenho do respectivo mandato. d) não constitui requisito para a mencionada licença que o sindicato seja cadastrado no órgão competente. e) o mencionado sindicato comportará apenas um servidor licenciado para o desempenho de mandato classista. 9. (FCC – TRE SP/2017) Joaquim é servidor público federal e está cursando o terceiro ano da faculdade de Direito da sua cidade. Ocorre que Joaquim terá que mudar de sede, no interesse da Administração pública. Nos termos da Lei n° 8.112/90, desde que preenchidos os demais requisitos legais, será assegurada matrícula em instituição de ensino congênere, a) apenas no início do próximo ano letivo e desde que exista vaga, arcando a Administração com eventual prejuízo pelo período em que eventualmente fique sem estudar. b) na localidade da nova residência ou na mais próxima e em qualquer época do ano, independentemente de vaga. c) exclusivamente na localidade da nova residência, independentemente de vaga. d) em qualquer época do ano, mas desde que exista vaga, arcando a Administração com eventual prejuízo pelo período em que eventualmente fique sem estudar. e) apenas no início do próximo ano letivo, independentemente de vaga. 10. (FCC – TRE-SP/2017) Considere: I. Exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República. II. Desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, inclusive para promoção por merecimento. III. Participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica. IV. Licença por motivo de acidente em serviço. Nos termos da Lei n° 8.112/1990, são considerados como de efetivo exercício os afastamentos constantes APENAS em a) I, II e III. b) I e III. c) I, II e IV. d) I, III e IV. e) II e IV. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 73 85 11. (FCC – TRE SP/2017) Considere a seguinte situação hipotética: Pedro é servidor público federal há vinte e cinco anos e, em janeiro de 2016, foi nomeado para exercer o cargo de Ministro de Estado, razão pela qual mudou-se, pela primeira vez, da cidade de São Paulo, onde residia, para morar em Brasília com sua companheira Joana. Cumpre salientar que, em dezembro de 2015, a companheira de Pedro adquiriu um imóvel em Brasília com o objetivo de alugá-lo e assim obter uma renda extra, no entanto, o imóvel ainda não foi locado. Nos termos da Lei n° 8.112/1990, Pedro a) terá direito ao auxílio-moradia se a companheira de Pedro vender o imóvel. b) não terá direito ao auxílio-moradia, vez que o imóvel de Joana representa impeditivo legal ao aludido benefício. c) terá direito ao auxílio-moradia, desde que a companheira de Pedro não ocupe imóvel funcional em Brasília. d) terá direito ao auxílio-moradia, independentemente de qualquer outro requisito legal. e) não terá direito ao auxílio-moradia, vez que a lei veda tal benefício para o cargo de Ministro de Estado. 12. (FCC – TRT 24ª Região (MS)/2017) Considere a seguinte situação hipotética: Julia, servidora pública federal, pretende afastar-se de seu cargo para servir em organismo internacional de que o Brasil participa. Nos termos da Lei n°8.112/1990, o aludido afastamento a) permitirá à Julia optar entre ficar ou não com sua remuneração, e, escolhendo a primeira hipótese, deverá declinar de qualquer montante remuneratório oferecido pelo organismo internacional. b) dar-se-á com perda total da remuneração. c) dar-se-á obrigatoriamente sem prejuízo da remuneração. d) não está previsto na referida Lei. e) dar-se-á com perda parcial da remuneração. 13. (FCC – TRT 11ª Região (AM e RR)/2017) Zeus é servidor público titular de cargo efetivo no Tribunal há cinco anos, incluído, nesse lapso temporal, o período de estágio probatório. Zeus pretende afastar-se de seu cargo para a realização de programa de pós-doutorado. Hércules é servidor público titular de cargo efetivo no mesmo Tribunal há três anos e meio, incluído, nesse lapso temporal, o período de estágio probatório e pretende afastar-se de seu cargo para a realização de programa de doutorado. Nos termos da Lei n° 8.112/1990 e, desde que preenchidos os demais requisitos legais, poderão afastar-se, com a respectiva remuneração, a) ambos os servidores. b) apenas Zeus, pois o afastamento pretendido por Hércules exige que o servidor seja titular de cargo efetivo há pelo menos quatro anos, incluído o período de estágio probatório. c) apenas Hércules, pois o afastamento pretendido por Zeus exige que o servidor seja titular de cargo efetivo há pelo menos seis anos, incluído o período de estágio probatório. d) nenhum dos servidores. e) apenas Zeus, pois o afastamento pretendido por Hércules exige que o servidor seja titular de cargo efetivo há pelo menos cinco anos, incluído o período de estágio probatório. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 74 85 14. (FCC – TRT 24ª Região (MS)/2017) Luciana, servidora pública federal, faltou justificadamente ao serviço em razão de forte enchente que atingiu local próximo à sua residência, impedindo-a de se deslocar até seu local de seu trabalho. Nos termos da Lei no 8.112/1990, a falta de Luciana a) poderá ser compensada a critério da chefia imediata, mas não será considerada como efetivo exercício. b) poderá ser compensada a critério da chefia imediata, sendo assim considerada como efetivo exercício. c) não poderá ser compensada, haja vista a natureza da falta. d) poderá ser compensada a critério da chefia mediata e não será considerada como efetivo exercício. e) poderá ser compensada a critério da chefia mediata, sendo assim considerada como efetivo exercício.15. (FCC – TRT 24ª Região (MS)/2017) Francisco é Analista Judiciário de determinado Tribunal Regional do Trabalho e, em maio desse ano, pretende sair de férias, haja vista que terá preenchido os requisitos legais para tanto. A propósito do tema e nos termos da Lei nº 8.112/1990, a) admite-se levar à conta de férias as faltas ao serviço, justificadas e não justificadas. b) Francisco fará jus a trinta dias de férias, que podem ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica. c) as férias não poderão ser parceladas, sendo obrigatório o gozo do período inteiro das férias sob pena de responsabilidade do servidor. d) as férias não podem ser interrompidas, salvo única e exclusivamente por motivo de necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade. e) admite-se o gozo de férias antes de completado o primeiro período aquisitivo, isto é, antes de doze meses de exercício, iniciando-se novo período aquisitivo a partir do término do gozo das férias. 16. (FCC – TST/2017) Uma servidora pública teve negado pedido de remoção feito em razão de seu marido, também servidor público, ter sido removido de ofício para outro Município. O indeferimento do chamado pedido de remoção para “união de cônjuges” feito pela servidora foi o fato do interesse público exigir a permanência da mesma no município em que estava classificada na ocasião. A servidora, diante do indeferimento de seu pedido, a) deve interpor recurso administrativo, pleiteando a revisão da decisão de indeferimento, tendo em vista terem sido considerados, ainda que para fins de interesse público, aspectos apenas de cunho discricionário. b) pode interpor mandado de segurança contra o ato do administrador que indeferiu seu pedido, tendo em vista que o pedido de remoção para união de cônjuges constitui direito líquido e certo da servidora, não havendo margem discricionária de apreciação pela Administração pública. c) deve ajuizar ação judicial para pleitear a revisão, pela Administração pública, dos critérios de indeferimento do pedido de remoção da servidora, com base na teoria dos motivos determinantes, já que os fatos que fundamentaram a decisão não seriam verdadeiros. d) deve interpor mandado de segurança, tendo em vista que não obstante exista previsão de remoção ex oficio pela Administração pública, os pedidos de remoção a pedido, independentemente do fundamento, constituem direito subjetivo dos servidores, pois se inserem no rol de direitos dos mesmos. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 75 85 e) pode recorrer administrativamente para pleitear a revogação da decisão de indeferimento, tendo em vista que o pedido de remoção a pedido para fins de união de cônjuge não possibilita exame por parte da Administração pública, sendo obrigatório seu deferimento. 17. (FCC – TRF 3/2016) Dentre as vantagens expressamente previstas na Lei no 8.112/1990 para os servidores, além dos vencimentos já previstos para remuneração, a) a gratificação natalina é a única vantagem que integra os vencimentos para fins de cálculo de outras vantagens e adicionais. b) o fato gerador do adicional de insalubridade, em razão de sua distinção, não elide que o servidor perceba também o adicional de periculosidade, mas somente este último pode integrar a remuneração dos servidores. c) tanto o adicional de insalubridade, quando o adicional de periculosidade integram a remuneração dos servidores quando configurada habitualidade por tempo superior ao previsto para o estágio probatório definido para o cargo ocupado. d) o adicional por serviço extraordinário é obrigatoriamente remunerado com acréscimo em relação à hora normal de trabalho, não admitindo integração à remuneração, em razão de sua natureza indenizatória. e) a gratificação natalina não é considerada para fins de cálculo de outras vantagens pecuniárias, mas não afasta o pagamento do adicional de insalubridade ou de periculosidade, cabendo ao servidor, entretanto, optar por um dentre esses últimos. 18. (FCC – TRF 3/2016) Carlos, servidor público do Tribunal Regional Federal da 3a Região, foi designado para exercer função de confiança no mencionado Tribunal. Cumpre salientar, todavia, que quando houve a publicação do ato de designação para a função de confiança, Carlos estava em licença. Nessa hipótese, conforme preceitua a Lei no 8.112/1990, o início do exercício da função de confiança recairá no a) primeiro dia útil após o término da licença, que não poderá exceder a noventa dias da publicação. b) quinto dia útil após o término da licença, que não poderá exceder a sessenta dias da publicação. c) décimo quinto dia útil após o término da licença, que não poderá exceder a sessenta dias da publicação. d) quinto dia útil após o término da licença, que não poderá exceder a trinta dias da publicação. e) primeiro dia útil após o término da licença, que não poderá exceder a trinta dias da publicação. 19. (FCC – TRF 3/2016) Mario é Analista do Tribunal Regional Federal da 3a Região, ainda em estágio probatório, e pretende licenciar-se para tratar de interesses particulares. Já Alessandra, também Analista do Tribunal Regional Federal da 3a Região, obteve licença para tratar de interesses particulares há um ano e pretende que sua licença perdure por mais três anos. Nos termos da Lei no 8.112/1990, Mario a) não tem direito à mencionada licença e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de três anos consecutivos. b) faz jus à mencionada licença, desde que preenchidos os demais requisitos legais, e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de dois anos consecutivos. c) não tem direito à mencionada licença e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de cinco anos, consecutivos ou não. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 76 85 ==2a3380== d) faz jus à mencionada licença, desde que preenchidos os demais requisitos legais e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de cinco anos consecutivos. e) não faz jus à mencionada licença e Alessandra poderá licenciar-se pelo prazo máximo de dois anos consecutivos. 20. (FCC – TRF 3/2016) Ana, Analista do Tribunal Regional Federal da 3a Região, assumirá, na condição de substituta, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício de cargo de chefia, no afastamento do titular do referido cargo. Cumpre salientar que assumirá tal condição pelo período máximo de trinta dias. No caso narrado, conforme preceitua a Lei no 8.112/1990, Ana a) receberá, obrigatoriamente, a remuneração do cargo de Analista. b) receberá, obrigatoriamente, a remuneração do cargo de chefia. c) deverá optar pela remuneração de um dos cargos durante o respectivo período. d) acumulará ambas as remunerações, por se tratar do instituto da substituição. e) acumulará ambas as remunerações nos primeiros quinze dias, e, a partir do décimo quinto dia, receberá tão somente a remuneração do cargo de chefia. 21. (FCC – TRF 3/2016) Aristides, Analista do Tribunal Regional Federal da 3a Região, foi cedido ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, para o exercício de cargo em comissão. No caso narrado, nos termos da Lei no 8.112/1990, o ônus da remuneração será a) compartilhado por ambos os Tribunais; no entanto, o Tribunal de Justiça arcará com um terço da remuneração e o Tribunal Regional Federal com o restante. b) do Tribunal Regional Federal da 3a Região. c) compartilhadopor ambos os Tribunais, arcando cada um com metade da remuneração. d) compartilhado por ambos os Tribunais; no entanto, o Tribunal de Justiça arcará com dois terços da remuneração e o Tribunal Regional Federal com o restante. e) do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. 22. (FCC – TRF 3/2016) João, servidor público federal, foi convocado para o serviço militar, razão pela qual lhe foi concedida licença, na forma e condições previstas na legislação específica. Nos termos da Lei no 8.112/1990, concluído o serviço militar, João a) terá quinze dias com remuneração para reassumir o exercício do cargo. b) deverá imediatamente reassumir o exercício do cargo. c) terá somente quinze dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo. d) terá quarenta e cinco dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo. e) terá até trinta dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo. 23. (FCC – TRF 3/2016) Considere três situações: Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 77 85 (I) Claudio, servidor público federal, afastou-se da sua sede de trabalho, em caráter eventual e transitório, para outro ponto do território nacional, entretanto, o mencionado deslocamento não exige pernoite fora da sede. (II) Já Manoela, também servidora pública federal, afastou-se da sua sede de trabalho, em caráter eventual e transitório, para o exterior. (III) Por fim, Rômulo, também servidor público federal, afastou-se da sua sede de trabalho, em caráter eventual e transitório, sendo o mencionado deslocamento dentro da mesma região metropolitana e não exigindo pernoite fora da sede. Nos termos da Lei no 8.112/1990, as diárias são devidas a) em nenhum dos casos narrados. b) apenas nos itens II e III, sendo em ambos os casos devidas integralmente. c) nos itens I, II e III, sendo em todos os casos devidas integralmente. d) apenas nos itens I e III, sendo no item III, devidas pela metade. e) apenas nos itens I e II, sendo no item I, devidas pela metade. 24. (FCC – TRT 14/2016) No que concerne à licença por motivo de doença em pessoa da família, prevista na Lei no 8.112/1990, considere: I. Referida licença é sempre concedida sem prejuízo da remuneração. II. O prazo máximo de sua concessão, a cada período de doze meses, é de sessenta dias, não podendo, em qualquer hipótese, ultrapassar tal período. III. Somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário. IV. Será concedida a cada período de doze meses, sendo o início do interstício dos doze meses contado a partir da data do deferimento da última licença concedida. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) IV. c) I e III. d) III. e) II e IV. 25. (FCC – TRT 14/2016) Marlene é servidora pública do Tribunal Regional do Trabalho da 14a Região e pretende doar sangue. Gilberto, também servidor público do Tribunal Regional do Trabalho da 14a Região, irá se casar nos próximos dias. Nos termos da Lei no 8.112/1990, poderão os citados servidores ausentar- se do serviço, sem qualquer prejuízo, respectivamente, por a) 1 dia e 10 dias consecutivos. b) 2 dias e 10 dias consecutivos. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 78 85 c) 1 dia e 9 dias consecutivos. d) 2 dias e 7 dias consecutivos. e) 1 dia e 8 dias consecutivos. 26. (FCC – TRT 14/2016) Claudio, servidor público do Tribunal Regional do Trabalho da 14a Região, ausentou-se do País para missão oficial no exterior. O mencionado afastamento observou todos os trâmites legais e perdurou por quatro anos, tendo Claudio regressado ao Brasil em 2012, assumindo suas atividades. Em 2014, Claudio pleiteou novo afastamento para estudo no exterior. Nos termos da Lei no 8.112/1990, o afastamento pleiteado a) não será possível, pois somente decorrido o período de três anos contados do término do anterior afastamento é que se admite a nova ausência. b) é possível. c) não será possível, pois somente decorrido o período de quatro anos contados do término do anterior afastamento é que se admite a nova ausência. d) não é cabível, pois trata-se da mesma espécie de afastamento concedido anteriormente, sendo necessário o transcurso de dez anos para que o servidor tenha direito. e) não se aplica a servidores que já fizeram jus a benefício semelhante, como é o caso de Claudio. 27. (FCC – TRT 23/2016) Além dos vencimentos ordinariamente pagos aos servidores públicos federais, de acordo com a Lei no 8.112/1990, podem lhes ser atribuídas algumas vantagens. Dentre elas, a) distinguem-se as indenizações das gratificações, pois as primeiras se incorporam à remuneração para todos os fins, enquanto as gratificações perduram apenas enquanto durar o evento que lhes justifica. b) estão as indenizações, gratificações e adicionais, que se incorporam aos vencimentos dos servidores para todos os fins, sempre que ficar configurada habitualidade no recebimento por prazo superior a um exercício orçamentário. c) destacam-se as indenizações e os adicionais, que se incorporam aos vencimentos dos servidores e ficam excluídas do teto de remuneração. d) distinguem-se as indenizações das gratificações, pois estas podem se incorporar aos vencimentos dos servidores, conforme disposto na lei, assim como os adicionais. e) equiparam-se os adicionais às gratificações para fins de incorporação aos vencimentos dos servidores, tendo em vista que ambas as vantagens passam a integrar a remuneração ou proventos dos servidores em sua integralidade, para todos os fins. 28. (FCC – TRT 23/2016) Mara, servidora pública federal, pleiteou licença de seu cargo público para acompanhar seu companheiro Mauro, também servidor público federal e que fora deslocado do Mato Grosso para o Estado do Acre. Nos termos da Lei no 8.112/1990, a licença pleiteada a) caso concedida, será por prazo determinado e sem remuneração. b) não é cabível, por ausência de previsão legal. c) caso concedida, será por prazo indeterminado e sem remuneração. d) caso concedida, será por prazo determinado e com remuneração. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 79 85 e) não é cabível, pois só se aplica entre cônjuges. 29. (FCC – TRT 23/2016) Gabriel, servidor público federal, exerceu seu direito de petição em defesa de interesse legítimo. Em razão do indeferimento de seu requerimento, formulou pedido de reconsideração à autoridade competente. Nos termos da Lei no 8.112/1990, o pedido de reconsideração a) interrompe a prescrição. b) pode ser renovado uma única vez. c) deve ser interposto no prazo de quinze dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão que pretende ver reconsiderada. d) deve ser decidido dentro do prazo máximo de noventa dias. e) caso indeferido, não admite recurso. 30. (FCC – TRT 23/2016) No que concerne à licença para capacitação profissional, prevista na Lei no 8.112/1990, considere: I. Só é admissível, dentre outros requisitos, após cada quinquênio de efetivo exercício. II. Trata-se de licença concedida no interesse da Administração. III. Trata-se de licença concedida sem prejuízo da remuneração. IV. O afastamento docargo se dará pelo período máximo de dois meses. Está correto o que consta APENAS em a) II e IV. b) I, III e IV. c) I e III. d) I, II e III. e) II, III e IV. 31. (FCC – TRE RR/2015) Dentre os direitos previstos no Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, Autarquias e das Fundações Públicas Federais está o gozo de licenças. É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período de licença a) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro. b) por motivo de doença em pessoa da família. c) para atividade política. d) para tratar de interesses particulares. e) para capacitação. 32. (FCC – TRT 4/2015) Considere as seguintes situações: I. Servidor federal passou a ter exercício em nova sede, no interesse da Administração. Essa mudança foi em caráter permanente e ele foi obrigado a realizar despesas com sua instalação. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 80 85 II. Servidor federal realizou viagem à Brasília, fora de sua sede, em caráter transitório, tendo realizado despesas com passagens aéreas e alimentação. III. Servidor federal se deslocou a município localizado dentro da região metropolitana em que está localizada sua sede para realizar trabalho que é exigência permanente do cargo por ele ocupado. Nos termos da Lei no 8.112/90, o servidor fará jus a diárias em a) I, apenas. b) II e III, apenas. c) I, II e III. d) II, apenas. e) III, apenas. 33. (FCC – TRT 4/2015) Considere as seguintes situações, relacionadas a licenças tiradas por servidor federal: I. Por motivo de doença do cônjuge, comprovada por perícia médica oficial e com a necessidade de sua assistência direta, por trinta dias não consecutivos. II. Para acompanhar cônjuge que foi deslocado para outro ponto do território nacional por tempo indeterminado. III. Para atividade política, no período que mediou entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral. IV. Para participar de curso de capacitação profissional por sessenta dias, no interesse da Administração, após ter completado um quinquênio de efetivo exercício. Nos termos da Lei no 8.112/90, será mantida a remuneração do servidor APENAS em a) IV. b) I e IV. c) II e III. d) I e III. e) I, II e III. 34. (FCC – CNMP/2015) De acordo com a Lei no 8.112/90, o servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em regulamento. Quando o deslocamento NÃO exigir pernoite fora da sede, a) a diária é devida em 70%. b) a diária é devida pela metade. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 81 85 c) só será devido o pagamento de diária, ainda que não integral, se o afastamento superar 20 quilômetros. d) não é devido o pagamento de diária. e) só será devido o pagamento de diária, ainda que não integral, se o afastamento superar 30 quilômetros. 35. (FCC – CNMP/2015) De acordo com a Lei no 8.112/90, a ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente. Na hipótese do servidor se afastar do cargo, ou reassumi- lo, em virtude de mandato eletivo: a) será concedida ajuda de custo calculada sobre a remuneração do servidor, não podendo exceder a importância correspondente a dois meses. b) será concedida ajuda de custo calculada sobre a remuneração do servidor, não podendo exceder a importância correspondente a três meses. c) não será concedida ajuda de custo havendo expressa vedação legal neste sentido. d) será concedida ajuda de custo correspondente ao valor fixo referente ao último mês da remuneração do servidor. e) será concedida ajuda de custo calculada sobre a remuneração do servidor, não podendo exceder a importância correspondente a seis meses. 36. (FCC – CNMP/2015) O auxílio moradia (A) possui valor mensal limitado a 25% do valor do cargo em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado. (B) será concedido ao servidor mesmo na hipótese de outra pessoa que resida com o servidor esteja recebendo o referido auxílio, exceto se cônjuge. (C) cessará imediatamente no caso de falecimento ou exoneração. (D) cessará imediatamente no caso de colocação de imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel. (E) começará a ser pago no prazo mínimo de três meses após a comprovação da despesa pelo servidor. 37. (FCC – TRT 9/2015) O direito de petição previsto na Lei no 8.112/90 a) assiste somente aos servidores titulares de cargo efetivo, tendo em vista que os servidores comissionados e os ocupantes de emprego público não se submetem ao princípio do concurso público para ingresso no serviço público. b) deve ser sempre dirigido à autoridade imediatamente superior ao servidor, em razão do poder hierárquico e disciplinar dos quais é dotado, o que abrange análise de legalidade e de conveniência e oportunidade sobre o requerimento pretendido. c) deve ser encaminhado pela autoridade imediatamente superior ao requerente, que não pode emitir juízo de valor sobre o pedido, vedado, no entanto, pedido de reconsideração ou recurso em face da decisão da autoridade competente, posto que não se trata de processo administrativo, onde presente o princípio do contraditório e da ampla defesa. d) deve ser exercido sem que o requerente tenha vista do processo a que se refere o pedido, salvo se diante de processo disciplinar, em que esse direito é garantido aos servidores desde a instauração. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 82 85 e) é direito do servidor e admite interposição de pedido de reconsideração e de recurso contra a decisão proferida pela autoridade competente, correndo, no entanto, prescrição para exercício do direito de petição. 38. (FCC – TRT 9/2015) Quanto ao direito de férias do servidor público federal submetido ao regime da Lei no 8.112/1990, é correto afirmar: a) O servidor titular de cargo efetivo fará jus a trinta dias de férias, que não poderão ser acumuladas, mesmo no caso de necessidade do serviço, por se tratar de direito constitucional, atribuído aos trabalhadores urbanos e rurais, extensível ao servidor público. b) A pedido do servidor as férias poderão ser parceladas em até, no máximo, duas etapas de 15 dias, desde que não haja prejuízo à continuidade do serviço público. c) O servidor exonerado do cargo efetivo ou em comissão perceberá indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias. d) Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 meses de exercício, razão porque o servidor exonerado antes de completar referido período não terá direto à indenização, qualquer que seja a razão do seu desligamento. e) Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor adicional previsto no inciso XVII do artigo 7o da Constituição Federal quando da utilizaçãodo último período. 1. C 11. B 21. E 31. B 2. C 12. B 22. E 32. D 3. A 13. B 23. E 33. B 4. A 14. B 24. D 34. B 5. E 15. B 25. E 35. C 6. C 16. B 26. C 36. A 7. D 17. E 27. D 37. E 8. C 18. E 28. C 38. C 9. B 19. A 29. A 10. D 20. C 30. D Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 83 85 ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19ª Ed. Rio de Janeiro: Método, 2011. ARAGÃO, Alexandre Santos de. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2012. BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 31ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2014. BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014. JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014. MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2013. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 84 85estabelecidos em lei. De acordo com o art. 50 da Lei 8.112/1990, as vantagens pecuniárias não serão computadas, nem acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento. Porém, devemos analisar esse trecho final com ressalva. (CNJ - 2013) Além do vencimento, o servidor público pode receber vantagens, como indenizações, gratificações e adicionais, sendo que as duas primeiras vantagens citadas incorporam-se ao vencimento ou provento. Comentários: a remuneração é composta pelo vencimento mais as vantagens pecuniárias de caráter permanente. As vantagens previstas na Lei 8.112 são: I - indenizações; II - gratificações; III - adicionais. As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito. Já as gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições indicados em lei. Gabarito: errado. Indenizações As indenizações são pagas geralmente em caráter eventual, tendo por objeto a restituição de despesas realizadas pelo servidor para exercer as suas atribuições. Assim, é certo que as indenizações não compõem o conceito estrito de remuneração previsto na Lei 8.112/1990. Vantagens Indenizações - Ajuda de custo - Diárias - Indenização de transporte - Auxílio-moradia Gratificações e Adicionais - Função de confiança - Gratificação natalina - Adicional de insalubridade - Adicional de serviço extraordinário - Adicional noturno - Adicional de férias - Gratificação por encargo de curso ou concurso Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 8 85 São quatro as espécies de indenizações: (a) ajuda de custo (artigos 53 a 57); (b) diárias (artigos 58 e 59); (c) indenização de transporte (artigo 60); (d) auxílio-moradia (artigos 60-A a 60-E). Vamos detalhar cada uma delas: a) Ajuda de custo Segundo o art. 53 da Lei 8.112/1990, a ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente. Imagine, por exemplo, que um servidor que exercia suas funções em uma unidade da Receita Federal situada em Porto Alegre-RS seja removido, no interesse do serviço, para outra unidade da Receita Federal, porém situada em Vitória-ES. Nesse caso, ele fará jus à ajuda de custo para compensar as despesas de instalação decorrentes da mudança de sede em caráter permanente. A Lei veda o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que detenha também a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma sede. Com efeito, a Administração também se responsabiliza pelas despesas de transporte do servidor e de sua família, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais (art. 53, §1º). Caso o servidor venha a falecer na nova sede, assegura-se à sua família a ajuda de custo e transporte para retornar à localidade de origem, dentro do prazo de um ano, contado do óbito (art. 53, §2º). A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, conforme se dispuser em regulamento, não podendo exceder a importância correspondente a três meses (art. 54). Além disso, a Medida Provisória 632/2013, posteriormente convertida na Lei 12.998/2014, inclui o §3º no art. 53, dispondo expressamente que não será concedida ajuda de custo nas hipóteses de remoção a pedido, previstas no art. 36, incisos II e III – remoção a pedido, a critério da Administração; e remoção a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração. A ajuda de custo não será concedida nas hipóteses de remoção a pedido. Também não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo (art. 55). Por outro lado, a ajuda de custo será concedida àquele que, não sendo servidor da União, for nomeado para cargo em comissão, com mudança de domicílio. Imagine, por exemplo, que Pedro, um advogado residente em São Paulo, que não é servidor público, seja nomeado para ocupar um cargo em comissão de direção, em um órgão público sediado em Brasília. Nessa hipótese, Pedro fará jus à ajuda de custo para cobrir as despesas de deslocamento para ocupar o cargo em comissão. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 9 85 Ademais, se o servidor for cedido para ter para exercício de cargo em comissão ou função de confiança em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos estados, ou do Distrito Federal e dos municípios, a ajuda de custo, quando cabível, será paga pelo órgão cessionário – ou seja, o órgão no qual o servidor passará a ter o exercício será responsável por custear a ajuda de custo (art. 56, parágrafo único). Por fim, se o servidor, injustificadamente, não se apresentar na nova sede no prazo de trinta dias, ficará ele obrigado a restituir a ajuda de custo (art. 57). b) Diárias Dispõe o art. 58 da Lei 8.112/1990 que o servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinárias com pousada, alimentação e locomoção urbana. Por exemplo, se um servidor de algum órgão de fiscalização afastar-se de sua sede para realizar uma auditoria em um município do interior, ele deverá receber as passagens e as diárias para indenizar eventuais despesas que vier a ter com pousada, alimentação e locomoção urbana no local da fiscalização. A diária deve ser paga para cada dia de deslocamento. Contudo, se o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias, o seu pagamento ocorrerá pela metade (art. 51, §1º). Por exemplo, se o mesmo servidor do exemplo acima deslocar-se para o outro município, mas não necessitar dormir fora de sua sede, fará jus somente à metade do valor da diária. Deve-se notar que o afastamento da sede deve possuir caráter eventual ou transitório. Caso esse deslocamento constitua uma exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias (art. 58, §2º). A diária destina-se a custear as despesas extraordinárias para deslocamentos da sede em caráter eventual ou transitório. Também não faz jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro do território nacional (art. 58, §3º). Se o servidor receber diárias, mas não se afastar da sede, por qualquer motivo, ficará obrigado a restituí- las integralmente, no prazo de até cinco dias (art. 59). Da mesma forma, se o retorno à sede ocorrer em prazo menor que o inicialmente previsto, o servidor deverá restituir as diárias recebidas em excesso, também no prazo de cinco dias. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 10 85 Ajuda de custo Diária Deslocamento em caráter permanenteAfastamento eventual ou transitório c) Indenização de transporte A indenização de transporte será concedida ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo (art. 60). Seria o caso de um servidor utilizar o seu próprio veículo para se deslocar, com a finalidade de realizar algum serviço externo, decorrente das atribuições de seu cargo. d) Auxílio moradia O auxílio moradia, constante nos arts. 60-A a 60-E do Estatuto dos Servidores Públicos Federais, foi incluído pela Lei 11.355/2006. Trata-se do ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação da despesa pelo servidor (art. 60-A). Deve-se notar, contudo, que o pagamento do auxílio moradia possui uma série de requisitos previstos no art. 60-B5, destacando-se que a indenização só poderá ser paga ao servidor que tenha se mudado do local 5 Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos: I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor; Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 11 85 de residência para ocupar cargo em comissão ou função de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes. Também não pode existir imóvel funcional disponível para uso pelo servidor ou para seu cônjuge ou companheiro. Assim, podemos verificar que o auxílio moradia não é concedido ao servidor efetivo em decorrência de sua nomeação. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% do valor do cargo em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado, não podendo também superar 25% da remuneração de Ministro de Estado (art. 60-D). Independentemente do valor do cargo em comissão ou função comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais) (art. 60-D, § 2º). Por fim, no caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio moradia poderá ser mantido por um mês, limitado ao valor pago no mês anterior (art. 60-E). (TRT 17 ES - 2013) Constituem indenizações ao servidor público ajuda de custo, diárias, alimentação, transporte e auxílio-moradia. Comentários: as indenizações estão previstas no artigo 51: (a) ajuda de custo; (b) diárias; (c) transporte e (d) auxílio-moradia. A alimentação não é uma das indenizações previstas na Lei 8.112/1990. Gabarito: errado. (MJ - 2013) Se um servidor público federal tiver realizado despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos por força das atribuições próprias do cargo, ele terá direito ao recebimento de indenização de transporte, que se incorporará ao seu vencimento. II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional; III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido proprietário, promitente comprador, cessionário ou promitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de construção, nos doze meses que antecederem a sua nomeação; IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia; V - o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão ou função de confiança do Grupo- Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de confiança não se enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3o, em relação ao local de residência ou domicílio do servidor; VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro desse período; e VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para cargo efetivo. IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006. Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será considerado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comissão relacionado no inciso V. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 12 85 Comentários: analisando a questão, podemos perceber que ela está errada, pois a indenização de transporte, assim como todas as outras indenizações, não se incorpora ao vencimento (art. 49, §1º). Gabarito: errado. Retribuição, gratificações e adicionais O art. 61 da Lei 8.112/1990 relaciona as retribuições, gratificações e adicionais que podem ser pagas ao servidor, juntamente com o vencimento do cargo. Inicialmente, devemos destacar que a relação é exemplificativa, uma vez que o inc. VIII do art. 61 estabelece que podem ser pagas outras retribuições, gratificações e adicionais relativas ao local ou à natureza do trabalho. Logo, é possível que a legislação disponha sobre outras vantagens dessa natureza. Nesse contexto, o art. 61 dispõe que além do vencimento e das vantagens previstas no Estatuto, serão deferidos aos servidores as seguintes: a) retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento; b) gratificação natalina; c) adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas; d) adicional pela prestação de serviço extraordinário; e) adicional noturno; f) adicional de férias; g) outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho; e h) gratificação por encargo de curso ou concurso. Vamos analisar, então, cada uma dessas vantagens que podem ser pagas aos servidores. a) Retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento De acordo com o art. 62 da Lei 8.112/1990, ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial é devida retribuição pelo seu exercício. Além disso, o parágrafo único desse dispositivo estabelece que lei específica estabelecerá a remuneração dos ocupantes de cargo em comissão. Na redação original da Lei 8.112/1990, existia a previsão de incorporação dessa retribuição6 à remuneração do servidor e aos proventos do aposentado. No entanto, tal incorporação deixou de existir e, por esse motivo, a Medida Provisória 2.225-45/2001 incluiu o art. 62-A no Estatuto dos Servidores Federais, transformando a retribuição pelo exercício de função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de natureza especial que já havia sido incorporada em “Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada – VPNI”. Ou seja, somente os servidores que já possuíam a incorporação 6 Na antiga redação do art. 62 da Lei 8.112/1990, essa retribuição era chamada de “gratificação”. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 13 85 mantiveram o direito, recebendo-os com a denominação de VPNI. A partir daí, deixou de ser possível incorporar a retribuição. a) Gratificação natalina A gratificação natalina é o famoso 13º salário. Essa gratificação correspondea 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no respectivo ano (art. 63). Para fins de cálculo do valor da gratificação, a fração igual ou superior a quinze dias será considerada como mês integral. A gratificação deve ser paga até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro de cada ano (art. 64). Caso o servidor seja exonerado ao longo do ano, ele perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração (art. 65). Por fim, a gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária (art. 66). b) Adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas A insalubridade ocorre quando o servidor possui contato constante com substâncias que possam deteriorar as suas condições de saúde ao longo do tempo, tais como substâncias tóxicas ou radioativas. A periculosidade, por sua vez, ocorre quando o exercício das atribuições do cargo coloca o servidor em condições de risco para sua integridade física, a exemplo do trabalho com a rede elétrica. Nessa linha, o art. 68 da Lei 8.112/1990 assegura, aos servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo. Vale mencionar que o servidor não pode acumular os adicionais de insalubridade e periculosidade, devendo escolher um deles se preencher os requisitos para ambos os adicionais (art. 68, §1º). Ademais, eliminando-se das condições ou os riscos que deram causa à concessão dos adicionais de insalubridade ou periculosidade, cessar-se-á o direito de recebê-los (art. 68, §2º). O art. 69 do Estatuto determina ainda que exista permanente controle da atividade de servidores em operações ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos. Na mesma linha, o art. 72 exige que os locais de trabalho e os servidores que operam com Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previsto na legislação própria. Nesse caso, os servidores serão submetidos a exames médicos a cada seis meses (art. 72, parágrafo único). Ademais, a servidora gestante ou lactante, será afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, das operações e locais penosos, insalubres ou perigosos, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso (art. 69, parágrafo único). Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 14 85 A penosidade, por outro lado, refere-se ao local em que são desenvolvidos os trabalhos do servidor. Dessa forma, o art. 71 estabelece que o adicional de atividade penosa será devido aos servidores em exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem, nos termos, condições e limites fixados em regulamento. c) Adicional pela prestação de serviço extraordinário O adicional pela prestação de serviço extraordinário é a famosa hora-extra. Assim, trata-se de um acréscimo pecuniário recebido pelo servidor que exercer suas atribuições além da carga-horária normal para o seu cargo. Nessa linha, o serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de cinquenta por cento em relação à hora normal de trabalho (art. 73). Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de duas horas por jornada (art. 74). d) Adicional noturno O adicional noturno é devido ao servidor que exercer suas atividades em horário compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas do dia seguinte. Nesse caso, o valor-hora devido ao servidor será acrescido em 25% em relação ao que lhe seria devido pelo trabalho diurno. Além disso, computa-se cada hora como cinquenta e dois minutos e trinta segundos. Portanto, se um servidor recebe R$100,00 (cem reais) por hora de atividade diurna, ele receberá, durante o período em que é devido o adicional noturno, o valor de R$ 125,00 (cento e vinte e cinco reais) a cada 52min. e 30seg. de atividade. Ademais, tratando-se de serviço extraordinário, o adicional noturno incidirá sobre a remuneração em que está acrescido do adicional pela prestação de serviço extraordinário. Vamos explicar. No mesmo exemplo do servidor que recebia R$ 100,00 (cem reais) por hora de serviço ordinário diurno, se ele prestar serviço extraordinário, durante o horário em que é devido o adicional noturno, a sua remuneração será calculada da seguinte forma: (a) incidirá os 50% do adicional pela prestação de serviço extraordinário, gerando o valor de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais); (b) sobre este último, incidirá os 25% de adicional noturno, totalizando R$ 187,50 (cento e oitenta e sete reais e cinquenta centavos) para cada hora noturna (52min. e 30seg.). Vamos aproveitar para resolver uma questão que exigiu a jurisprudência do STJ: (MJ - 2013) Conforme decisão recente do STJ, o adicional noturno previsto na Lei n.º 8.112/1990 será devido ao servidor público federal que preste serviço em horário compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas do dia seguinte. Entretanto, esse adicional não será devido se o serviço for prestado em regime de plantão. Comentários: vamos começar pelo Recurso Especial do STJ que trata do assunto apresentado na questão. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 15 85 RECURSO ESPECIAL. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGENTES DA POLÍCIA FEDERAL. REGIME DE PLANTÃO (24H DE TRABALHO POR 48H DE DESCANSO). ADICIONAL NOTURNO. ART. 7º, IX, DA CF/88. ART. 75 DA LEI 8.112/90. CABIMENTO. PRECEDENTES DO TST. SÚMULA 213/STF. 1. O servidor público federal, mesmo aquele que labora em regime de plantão, faz jus ao adicional noturno quando prestar serviço entre 22h e 5h da manhã do dia seguinte, nos termos do art. 75 da Lei 8.112/90, que não estabelece qualquer restrição. 2. "É devido o adicional noturno, ainda que sujeito o empregado ao regime de revezamento" (Súmula 213/STF). 3. Ao examinar o art. 73 da CLT, o Tribunal Superior do Trabalho decidiu, inúmeras vezes, que o adicional noturno é perfeitamente compatível com o regime de plantões. 4. Recurso especial não provido. (STJ - REsp: 1292335 RO 2011/0267651-4, Relator: Ministro CASTRO MEIRA, Data de Julgamento: 09/04/2013, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 15/04/2013) Ou seja, o STJ entende que o adicional noturno é devido ao servidor público federal que trabalhar entre 22h e 5h da manhã, ainda que o serviço seja prestado em regime de plantão. Gabarito: errado. e) Adicional de férias O adicional de férias é um direito constitucional constante no art. 7º, XVII, da Constituição Federal, encontrando-se previsto também na Lei 8.112/1990 em seu art. 76. Esse adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias, devendo ser pago ao servidor independentemente de solicitação. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional férias (art. 76, parágrafo único). f) Gratificação por encargo de curso ou concurso A gratificação por encargo de curso ou concurso foi incluída no Estatuto dos Servidores Federais por meio da Lei 11.314/2006, sendo devida ao servidor que, em caráter eventual (art. 76-A). a) atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituídono âmbito da administração pública federal; b) participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise curricular, para correção de provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos; c) participar da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo atividades de planejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes; d) participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas atividades. Devemos notar que o desempenho dessas atividades deve ocorrer em caráter eventual. Dessa forma, se o servidor for lotado em alguma unidade responsável por realizar cursos ou concursos, sendo essas suas atribuições ordinárias, não lhe será devido o pagamento da gratificação. Isso porque, nesse caso, o servidor não exerce tais atividades de forma eventual, mas sim como uma atribuição comum. Os critérios e os percentuais a serem pagos como gratificação por encargo de curso ou concurso constam no §1º, do art. 76-A, da seguinte forma: Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 16 85 § 1º Os critérios de concessão e os limites da gratificação de que trata este artigo serão fixados em regulamento, observados os seguintes parâmetros: I - o valor da gratificação será calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida; II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada situação de excepcionalidade, devidamente justificada e previamente aprovada pela autoridade máxima do órgão ou entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais; III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento básico da administração pública federal: a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tratando de atividades previstas nos incisos I e II do caput deste artigo; b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput deste artigo. Com efeito, o pagamento da gratificação por encargo de curso ou concurso somente será paga se as atividades mencionadas acima forem exercidas sem prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor for titular, devendo ser objeto de compensação de carga horária quando desempenhadas durante a jornada de trabalho. Nas duas primeiras hipóteses previstas acima em que é devida a gratificação por encargo de curso ou concurso, será concedido horário especial, vinculado à compensação de horário a ser efetivada no prazo de até um ano, na forma do art. 98, §4º. Por fim, a gratificação por encargo de curso ou concurso não se incorpora ao vencimento ou salário do servidor para qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões (art. 76-A, §3º). Férias Acho que este é um assunto de interesse de todos! ☺ O direito às férias encontra-se previsto no art. 7º, XVII, da CF, representando o período anual de descanso do servidor. Na Lei 8.112/1990, esse direito encontra-se previsto nos arts. 77 a 80. As férias têm duração de trinta dias anuais, que podem ser acumuladas, no caso de necessidade do serviço, por até o máximo de dois períodos, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica. Nesse período, o servidor ficará afastado do exercício de suas atribuições, mas receberá sua remuneração, somada do adicional de férias, contando o seu prazo como de efetivo exercício do cargo para todos os efeitos. O primeiro período aquisitivo de férias ocorre depois de doze meses de exercício (art. 77, parágrafo único), enquanto os demais períodos serão adquiridos anualmente a cada dia 1º de janeiro. Exemplificando, se um servidor entrar em exercício no dia 1º de agosto de 2014, ele completará os doze meses de exercício no último dia do mês de julho de 2015, ganhando o direito ao primeiro período de férias – relativas ao exercício de 2015. O segundo período aquisitivo ocorrerá em 1º de janeiro de 2016 e assim sucessivamente – 1º/01/17, 1º/01/18, etc. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 17 85 ==2a3380== O §2º do art. 77 veda que se leve à conta de férias qualquer falta ao serviço. Dessa forma, se o servidor faltar ao serviço injustificadamente, deverá ser descontada à sua remuneração correspondente aos dias de ausência, não se podendo descontar esses dias do período de férias. Ademais, o Estatuto permite que as férias sejam parceladas em até três etapas. Nesse caso, o requerimento deverá partir do servidor, mas a concessão do parcelamento ocorre no interesse da administração pública, ou seja, a administração decidirá de forma discricionária. Caso ocorra o parcelamento, o pagamento do adicional de férias deverá ocorrer quando da utilização do primeiro período (art. 78, §5º). Por exemplo, se o servidor optar por dividir suas férias em dois períodos, sendo 15 dias em julho e 15 em dezembro, ele deverá receber o adicional de 1/3 sobre a sua remuneração quando for gozar da primeira parcela (julho) do período de férias. O pagamento da remuneração das férias será efetuado até dois dias antes do início do respectivo período (art. 78). Caso o servidor seja exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, ele deverá receber indenização relativa ao período das férias a que tiver direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias (art. 78, §3º). Essa indenização será calculada com base na remuneração do mês em que for publicado o ato exoneratório (art. 78, §4º). Dispõe o art. 79 que o servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará vinte dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese a acumulação. Por fim, o art. 80 apresenta as regras sobre a interrupção das férias, que só poderá ocorrer por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade. Se forem, interrompidas, o restante do período das férias será gozado de uma só vez (art. 80, parágrafo único). (TRT 17 ES - 2013) A convocação para júri constitui hipótese de interrupção das férias de servidor público. Comentários: questão bem simples. A situação normal é que as férias não sejam interrompidas. Contudo, o art. 80 apresenta situações específicas que permitem a interrupção do período das férias, vejamos: • calamidade pública; • comoção interna; • convocação para júri; • serviço militar ou eleitoral; ou • por necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade. Portanto, a convocação para o júri é uma das situações que justificam a interrupção das férias do servidor público. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 18 85 Gabarito: correto. Licenças Os capítulos IV e V do Título III do Estatuto dos Servidores Federais apresentam,respectivamente, as licenças e afastamentos. Tecnicamente, não existe diferença entre licença e afastamento, pois as duas representam hipóteses em que o servidor ficará afastado de suas atribuições. Simplesmente, o legislador optou por denominar esses períodos ora de licenças, ora de afastamentos. Dito isso, vamos iniciar pelo Capítulo IV, que trata das licenças. De acordo com o art. 81 da Lei 8.112/1990, conceder-se-á ao servidor licença: a) por motivo de doença em pessoa da família; b) por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; c) para o serviço militar; d) para atividade política; e) para capacitação; f) para tratar de interesses particulares; g) para desempenho de mandato classista. Caso uma licença seja concedida dentro de sessenta dias do término de outra da mesma espécie será considerada como prorrogação (art. 82). Por exemplo, imagine que um servidor está em gozo de licença por motivo de doença em pessoa da família, prevista para encerrar no dia 30 de julho de 2015. Se ele solicitar a renovação dessa licença, e ela for concedida no dia 15 de julho (dentro do período de sessenta dias do término), será considerada mera prorrogação e não uma nova licença. Agora, vamos analisar cada uma das licenças. a) Licença por motivo de doença em pessoa da família A licença por motivo de doença em pessoa da família, disciplinada no art. 83 da Lei 8.112/1990, poderá ser concedida ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial. Apesar de o texto da lei mencionar expressamente que a licença “poderá” ser concedida, o entendimento atual é que sua concessão é vinculada, ou seja, se estiverem preenchidos os requisitos legais, a Administração deverá conceder a licença. Com efeito, a licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário. Assim, podemos resumir os seguintes aspectos para a concessão da licença por motivo de doença em pessoa da família: Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 19 85 a) a doença deverá ser do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional; b) a doença deverá ser comprovada por junta médica oficial; c) a assistência direta do servidor deverá ser indispensável e não poderá ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário. Devemos acrescentar ainda que, durante o período dessa licença, é vedado o exercício de atividade remunerada (art. 81, §2º). O entendimento é muito simples, se a licença é indispensável para que o servidor possa prestar a assistência à pessoa da família, obviamente que ele não poderia se ocupar em outra atividade remunerada. Ademais, a concessão dessa licença, assim como de cada uma de suas prorrogações, será precedida de exame por perícia médica oficial. No entanto, o art. 204 dispensa a realização de perícia médica oficial, na forma prevista em regulamento, quando o prazo da licença for inferior a quinze dias dentro de um ano. Na sequência, o §2º do art. 83 estabelece que a licença, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes condições: a) por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e b) por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração. A soma das licenças remuneradas e das licenças não remuneradas, incluídas as respectivas prorrogações, concedidas em um mesmo período de doze meses não poderá ultrapassar esses limites (art. 83, §4º). O início desse interstício de doze meses será contado a partir da data do deferimento da primeira licença concedida (art. 83, §3º). Por fim, podemos adiantar algumas regras sobre a contagem do tempo de serviço. O art. 103, II, estabelece que o período da licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor, com remuneração, que exceder a trinta dias em período de doze meses será contado apenas para efeito de aposentadoria ou disponibilidade. Por outro lado, o tempo de licença não remunerada não é contado para qualquer efeito. (ANTT - 2013) A licença para servidor público federal por motivo de doença de pessoa da família, devidamente comprovada por perícia médica oficial, poderá ser concedida a cada período de doze meses, por até noventa dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor. Comentários: vamos à Lei novamente? Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial. [...] § 2o A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes condições: Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 20 85 I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração. § 3o O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a partir da data do deferimento da primeira licença concedida. Dessa forma, a licença poderá ser concedida, mas sem a remuneração ao servidor. Gabarito: errado. (TRT 17 ES - 2013) O prazo máximo, incluídas as prorrogações, para concessão de licença a um servidor público por motivo de doença de seu enteado é de até 90 dias, consecutivos ou não, sem remuneração. Comentários: reforçando, o art. 83 dispõe que “poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial”. Na sequência, o art. 83, §2º, II, estabelece que a licença poderá ser concedida por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração. Assim, está correta a questão. Gabarito: correto. b) Licença por motivo de afastamento do cônjuge Segundo o art. 84 da Lei 8.112/1990, poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo. Essa licença será por prazo indeterminado e sem remuneração (art. 84, §1º). Ademais, o período de licença não será computado para qualquer efeito. Como se vê, o servidor poderá acompanhar o cônjuge ou companheiro, no entanto não perceberá sua remuneração nem terá o tempo de serviço computado. Por esse motivo, o §2º do art. 84 apresenta uma alternativa para essa situação, que é o exercício provisório. Assim, no deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo. c) Licença para o serviço militar Será concedida licença ao servidor convocadopara o serviço militar, na forma e condições previstas na legislação específica (art. 85). Concluído o serviço militar, o servidor terá até trinta dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo. Vale acrescentar que, por força do art. 102, VIII, “f”, o período dessa licença é considerado como de efetivo exercício do cargo. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 21 85 d) Licença para atividade política A licença para atividade política, prevista no art. 86 da Lei 8.112/1990, é um direito do servidor público, ou seja, uma vez preenchidos os seus requisitos, a administração pública está vinculada a concedê-la. Ela será concedida nas seguintes condições, conforme o período em que se aplica: a) sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral (art. 86, caput). Nesse caso, o período da licença não é contado como tempo de serviço; e b) com remuneração, a partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição. Nesse caso, o servidor será remunerado até o prazo máximo de três meses (art. 86, §2º). Ultrapassado os três meses, o servidor continuará em licença, porém sem direito à remuneração. Nessa situação, o período da licença será computado apenas para fins de aposentadoria e disponibilidade (art. 103, III). Conforme comentamos acima, a licença para atividade política é um direito do servidor, dependendo, portanto, de requerimento do interessado. Contudo, se o servidor desejar, em regra, ele poderá permanecer exercendo as atribuições de seu cargo. Entretanto, existe uma situação em que o servidor não pode optar por permanecer em exercício, ou seja, ele deverá obrigatoriamente ser afastado de suas atribuições. Nessa linha, o art. 86, § 1º, da Lei 8.112/1990 estabelece que o servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito. A doutrina defende que, nesse último caso, como o servidor será obrigatoriamente afastado desde o registro da candidatura, ele deverá perceber a remuneração do cargo durante todo este período (desde o registro), assim como o período será contado como de efetivo exercício.7 a) Licença para capacitação A licença para capacitação substituiu a antiga licença prêmio, sendo incluída no Estatuto por meio da Lei 9.527/1997, que deu nova redação ao art. 87 da Lei 8.112/1990. Essa licença poderá ser concedida, no interesse da Administração, para que o servidor participe de curso de capacitação profissional, por um período de até três meses a cada cinco anos de efetivo exercício. Nesse período, o servidor fará jus à sua remuneração. Vale reforçar que a licença para capacitação é concedida segundo o interesse da administração, ou seja, o seu deferimento é discricionário. 7 Barchet, 2008, p. 776. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 22 85 Ademais, os períodos de licença não são acumuláveis (art. 87, parágrafo único). Assim, o servidor não poderá, por exemplo, aguardar dez anos e solicitar uma licença de seis meses, dada a vedação de acumulação dos períodos. Por fim, o art. 102, VIII, “e”, considera que o período dessa licença é computado como de efetivo exercício do cargo. (TRT 17 ES - 2013) É vedado ao servidor o exercício de atividade remunerada durante o período de licença para capacitação. Comentários: o artigo 87 da Lei 8.112/90 dispõe sobre a licença para capacitação, estabelecendo que, após cada quinquênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional. Por sua vez, o artigo 81 apresenta as licenças que podem ser concedidas aos servidores federais, vejamos: Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença: I - por motivo de doença em pessoa da família; II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; III - para o serviço militar; IV - para atividade política; V - para capacitação; VI - para tratar de interesses particulares; VII - para desempenho de mandato classista. [...] § 3º É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença prevista no inciso I deste artigo. Ou seja, a vedação se aplica à licença por motivo de doença em pessoa da família, não à licença para capacitação. Gabarito: errado. b) Licença para tratar de interesses particulares A licença para tratar de interesses particulares poderá ser concedida, a critério da Administração, ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração (art. 91). A concessão da licença ocorre de forma discricionária pela Administração, podendo-se interrompê-la, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço (art. 91, parágrafo único). Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 23 85 c) Licença para o desempenho de mandato classista É direito do servidor gozar da licença para o desempenho de mandato classista, sem remuneração, para o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros (art. 92). Deve-se destacar, ademais, que a Lei 12.998/2014 fez significativas alterações no conteúdo dessa licença. Por isso, é importante reforçar a atenção em seu conteúdo. Nessa linha, a licença terá duração igual à do mandato, podendo ser renovada, no caso de reeleição (art. 92, §2º)8. Com efeito, somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direção ou de representação nas referidas entidades, desde que cadastradas no órgão competente. Além disso, os incisos I, II e III limitam a quantidade de servidores que poderão ser licenciados para o exercício de mandato em cada entidade, conforme a quantidade de associados (art. 92, incs. I, II e III, com redação dada pela Lei 12.998/2014): a) para entidades com até 5.000 associados, dois servidores; b) para entidades com 5.001 a 30.000 associados, quatro servidores; c) para entidades com mais de 30.000 associados, oito servidores. O período de licença é considerado como de efetivo exercício, exceto para efeito de promoção por merecimento (art. 102, VIII, “c”). Por fim, essa licença não pode ser concedida a servidor que esteja em estágio probatório (art. 20, §4º). Afastamentos Os afastamentos previstos no Estatuto são os seguintes: a) afastamento para servir em outro órgão ou entidade (art. 93); b) afastamento para exercício de mandato eletivo (art. 94); c) afastamento para estudo ou missão no exterior (arts. 95-96); e d) afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto sensu no País (art. 96-A). Vamos analisar cada uma delas. 8 Preste atenção, na antigaredação, a renovação poderia ocorrer uma única vez. No atual dispositivo, não existe essa limitação. Dessa forma, podemos entender que a licença será renovada sempre que houver reeleição. Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 24 85 a) Afastamento para servir a outro órgão ou entidade O art. 93 do Estatuto dispõe sobre o afastamento para que o servidor seja cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios. Existem duas hipóteses em que essa cessão poderá ocorrer: a) para exercício de cargo em comissão ou função de confiança; b) em casos previstos em leis específicas. Na primeira hipótese mencionada acima, se a cessão for para órgãos ou entidades dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais casos. Devemos diferenciar o órgão cedente do órgão cessionário: • o órgão ou entidade cedente é aquele de exercício originário do servidor; • o órgão ou entidade cessionário é o beneficiário da cessão, isto é, o local em que o servidor terá o exercício durante o período da cessão. Por outro lado, quando o servidor for cedido a empresa pública ou sociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas, e optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do cargo em comissão, a entidade cessionária efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou entidade de origem (art. 93, §2º). Em resumo, a sistemática é a seguinte: a) se a cessão for para órgãos ou entidades dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária. Portanto, nesse caso, é o órgão ou entidade estadual, distrital ou municipal que arcará com o ônus da remuneração; b) se a cessão for para empresa pública ou sociedade de economia mista, essas entidades devem se encarregar dos custos da remuneração. Contudo, se o servidor optar pelo recebimento da remuneração do seu cargo efetivo, acrescida de percentual da retribuição do cargo em comissão, caberá à entidade cessionária efetuar o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou entidade de origem; e c) quando a cessão for para os demais órgãos ou entidades federais, o ônus da remuneração caberá à União. b) Afastamento para exercício de mandato eletivo Anteriormente, vimos a licença para atividade política. Naquele caso, o servidor iria participar do processo eletivo, concorrendo a uma das vagas nos Poderes Legislativo ou Executivo. Agora, vamos falar do Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 25 85 afastamento para exercício do mandato eletivo, ou seja, a situação em que o servidor foi eleito, passando a exercer o mandato eletivo. As regras sobre o afastamento para exercício do mandato eletivo constam no art. 94 do Estatuto, que praticamente reproduz o conteúdo do art. 38 da Constituição da República. Nesse sentido, ao servidor investido em mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: a) tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo; b) investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; c) investido no mandato de vereador: c1) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo; c2) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. Vamos explicar melhor. Na primeira situação, não existirá opção para o servidor. Assim, sendo eleito para mandato federal, estadual ou distrital (Presidente, Governador, Senador, Deputado, etc.), o servidor será afastado do cargo e obrigatoriamente receberá o subsídio do cargo eletivo. Na segunda situação, o servidor investido no cargo de Prefeito, também será afastado obrigatoriamente do cargo. Contudo, poderá optar pela remuneração do cargo ou pelo subsídio referente ao mandato de Prefeito. Por fim, no caso de mandato de vereador, havendo compatibilidade de horários, o servidor deverá acumular o cargo, recebendo a remuneração e o subsídio simultaneamente. Não existindo compatibilidade de horários, o servidor será afastado do cargo, podendo optar pela remuneração deste ou então pelo subsídio de vereador. Em qualquer dos casos de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a seguridade social como se em exercício estivesse. Até agora, discutiu-se somente a investidura em mandato eletivo. Contudo, o §2º do art. 94 trata de um assunto um pouco mais amplo. De acordo com esse dispositivo, o servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o mandato. Por fim, o art. 102, V, estabelece que o tempo de afastamento para mandato eletivo é considerado como de efetivo exercício do cargo, exceto para promoção por merecimento. Regras para servidor investido em mandato eletivo. Mandato: federal estadual, ou distrital Afastado do cargo Equipe Direito Administrativo, Herbert Almeida, Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos Aula 01 - Prof Herbert Almeida MAPA - Direito Administrativo - 2023 (Pré-Edital) www.estrategiaconcursos.com.br 03678494536 - STEPHANIE TIRZA PEREIRA LACERDA França 26 85 Ex.: deputado Prefeito Afastado do cargo, mas escolhe a remuneração (de prefeito ou do cargo). Vereador a) se houver compatibilidade de horário: acumula as remunerações (cargo e vereador); b) se não houver compatibilidade de horário: será afastado do cargo, mas escolhe a remuneração (cargo ou vereador). c) Afastamento para estudo ou missão no exterior Os arts. 95 e 96 tratam do afastamento para estudo ou missão no exterior. Tal afastamento é concedido de forma discricionária. Assim, o servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal (art. 95, caput). A ausência não poderá exceder a quatro anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência. Com efeito, ao servidor beneficiado com esse afastamento não poderá ser concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento (art. 95, §2º). Interessante notar, portanto, que o Estatuto dá a entender que esse afastamento ocorre sem prejuízo de sua remuneração. Nessa linha, o §4º do art. 95 dispõe que as hipóteses, condições e formas para a autorização para o servidor se ausentar do país, inclusive no que se refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas em regulamento. Por fim, o §3º estabelece que nenhuma dessas regras constantes no art. 95 se aplicam aos servidores da carreira diplomática. O art. 96, por sua vez, trata de uma outra hipótese de afastamento de servidor, qual seja para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere. Nesse caso, o dispositivo é muito claro ao dispor que o afastamento ocorrerá com perda total da remuneração. d) Afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto sensu no país Esta última hipótese de afastamento possui a finalidade bem clara de permitir que o servidor participe de programa