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Introdução à Protozoologia Trichomonas vaginalis Professor Wallace Pacienza Lima, PhD. wallaceplima@hotmail.com Trichomonas vaginalis Tricomonose Filo - Sarcomastigophora Sub-Filo - Mastigophora Classe - Zoomastigophora Ordem - Trichomonadida Família - Trichomonadidae Gênero -Trichomonas Donné, 1836 Trichomonadida 3-6 flagelos com membrana ondulante Família: Trichomonadidae – apresentam 3 a 6 flagelos e um sistema de estruturas fibrilares, ligadas aos bleferoblastos uma das quais é denominada axóstilo Gênero: Trichomonas Espécies: Trichomonas tenax –aparece na boca: tártaro, cáries e lesões ulcerativas Trichomonas vaginalis – tricomoníase humana Pentatrichomonas hominis – não patogênico – parasita o intestino Trofozoíta de Trichomonas vaginalis 10 – 30mm e 5 a 12mm de largura Não apresenta estruturas de sustentação sob a membrana – muda de forma facilmente – formam pseudópodos É a única espécie de Trichomonas patogênica para o ser humano; 3 a 20 dias sintomas . Trofozoítas viáveis 2 h em água 3 h em gotículas de urina 6 h em vaginal ou semen 1 semana no prepúcio Características dos trofozoítas Trato geniturinário Multiplicação por divisão binária Anaeróbio facultativo pH entre 5 e 7,5 - Aspectos morfológicos vistos por microscopia de varredura Trichomonas vaginalis A tricomonose é doença venérea! 3 a 20 dias até o aparecimento dos sintomas O trofozoíto sobrevive mais de uma semana sob o prepúcio após o coito CICLO VITAL relação sexual = estágio infectivo = estágio diagnóstico Trofozoíta na secreção vaginal ou prostática e na urina Multiplicação por divisão binária longitudinal Trofozoíta na vagina ou meato uretral Trichomonas vaginalis Tricomoníase Relação sexual Uma das infecções sexualmente transmissíveis (DST) mais comuns 5 milhões de casos por ano Doença cosmopolita difundida em todo mundo È um importante cofator na difusão da AIDS O parasita sobrevive : - mais de 48h a 10ºC no exsudato vaginal - 3h na urina coletada - 6h no sêmem ejaculado - 24h em toalhas de pano úmidas a 35 ºC Período de Incubação:10 à 30 dias emMédia. Transmissão Transmissão • Coito (DST) • Mãe para filha: durante o parto (5%) • Água e fômites (80% de crianças e moças virgens quando a mãe está parasitada) • Homem – vetor (ejaculação) • Relação entre níveis hormonais, flora bacteriana e pH Trichomonas vaginalis • é responsável por 1/3 de todas as vaginites • presente em 180 milhões de mulheres no mundo • os homens são portadores assintomáticos e disseminadores do parasita • nas mulheres é mais comum na 2a e 3a década de vida, nos homens é mais comum após os 30 anos; EPIDEMIOLOGIA • Infecta o epitélio do trato genital – nas mulheres a vagina e a ectocérvice; nos homens a uretra e a próstata. • Adere-se às células epiteliais através de adesinas depois de liberar proteases que digerem a mucina e imunoglobulinas locais • Hemólise. Desde formas assintomáticas – mais comum no homem – até o estado agudo Trichomonas vaginalis QUADRO CLÍNICO Na mulher • corrimento vaginal abundante, fluido, bolhoso, amarelo- esverdeado, odor fétido, mais comum no período pós-menstrual; • prurido e/ou dor no baixo ventre ou dispareunia; PATOGENIA cérvice uterino (morango) colpis macularis Vaginite causada por T. vaginalis Ruptura prematura da membrana placentária Aborto Infertilidade Nascimento de bebês com baixo peso Trichomonas vaginalis QUADRO CLÍNICO No homem • é assintomática na maioria das vezes; • prurido uretral leve, desconforto ao urinar; • uretrite com fluxo leitoso, principalmente pela manhã – gôta matinal; • pode complicar com prostatite, balano postite, cistite e epididimite Mulher- Inflamação da vulva, leucorréia, hemorragias pontuais na vagina e cérvice uterino (morango). Dor e dificuldade nas relações sexuais e disúria. Homem- Prostatites, infertilidade, uretrite purulenta não gonocócica. Trichomonas vaginalis DIAGNÓSTICO No homem •Colher secreção uretral no laboratório, pela manhã antes de urinar • Colher urina de primeiro jato – 20ml, centrifugar e examinar o sedimento • Colher secreção prostática e sub-prepucial Na mulher •Colher secreção vaginal sem fazer higiene prévia, de preferência durante os primeiros dias após a menstruação Preparar lâmina com salina isotônica morna e procurar o parasita Cultivar em meio líquido – meios de Johnson & Trussell (CPLM), STS e TYM DIAGNÓSTICO Secreção vaginal amarelo-esverdeada, fétida bolhosa, prurido intenso, ardência vaginal, disúria No exame ginecológico pode-se observar: secreção intensa, hiperemia da vagina e vulva, edema e escoriações na vulva. Trichomonas vaginalis TRATAMENTO Derivados nitroimidazólicos Metronidazol, tinidazol, nimorazol, secnidazol, carnidazol Agem por formação de radicais citotóxicos derivados da redução do grupamento nitro. Agem nos organismos anaeróbios que têm ferredoxina, flavodoxina ou transportadores de eletrons na sua cadeia metabólica PROFILAXIA •Medidas aplicáveis às doenças sexualmente transmissíveis •O material contaminado pode ser desinfectado com hexaclorofeno 0,42M por 24h, ou pelo calor a 44°C. Agem por formação de radicais citotóxicos derivados da redução do grupamento nitro. Agem nos organismos anaeróbios que têm ferredoxina, flavodoxina ou transportadores de eletrons na sua cadeia metabólica Tricomoníase - Tratamento Metronidazol (Flagyl); Tinidazol (Fasigym); Nimorazol; Secnidazol; Resistência Profilaxia • Diagnóstico precoce • Tratamento intensivo • Recomendação de medidas higiênicas • Uso de preservativos Roupas e objetos
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