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Tricomoníase Tricomoníase É uma infecção sexualmente transmissível, contrariamente às outras IST´s esta é causada por um microrganismo unicelular chamado Tricomonas vaginalis que causa a infecção, e não por virus, fungos ou bactéria. Classe: Trichomonadae Família: Trichomonadidae Gênero: Trichomonas Espécie: T. vaginalis - vagina e uretra Tricomoníase - taxonomia Agente etiológico Humanos: Trichomonas vaginalis Suínos: Tritrichomonas suis Bovinos: Trichomonas foetus Aves: Trichomonas gallinae e Tetratrichomonas gallinarum Ciclo é monoxeno Reprodução por divisão binária Tricomonas Anaeróbio facultativo, utilizando glicose, maltose e galactose para a obtenção de energia; Local da infecção: Trato geniturinário do homem e da mulher. Homem: prepúcio, uretra e próstata Mulher: mucosa vaginal Epidemiologia Patógeno encontrado entre as IST’s; Estima-se que 180 milhões de mulheres no mundo se infectem anualmente, correspondendo a 1/3 de todas as vaginites diagnosticadas. O Trichomonas vaginalis é um parasito que só infecta o ser humano; O protozoário causa lesão do epitélio vaginal, levando à formação de úlceras microscópicas que aumentam o risco de contaminação por outras ISTs, como o HIV, HPV, herpes, gonorreia, entre outras. Morfologia Célula polimorfa; São elipsóides ou ovais e algumas vezes esféricos; O protozoário é muito plástico, tendo a capacidade de formar pseudópodes, os quais são usados para capturar os alimentos e se fixar em partículas sólidas; Trofozoítos - piriformes - 4 flagelos livres anteriores - 1 posterior com membrana ondulante - divisão binária - habitat: trato urogenital Morfologia Tricomonas vaginalis Desenvolve-se bem em: Baixa tensão de oxigênio pH entre 5-7.5 T – 20 a 40 graus Tricomonas vaginalis pH vaginal normal: 3,8 a 4,4 graus Produção de ácido lático por bactérias saprófitas Durante o ciclo menstrual: Renovação do epitélio vaginal Mudanças de pH Transmissão Transmitido pela relação sexual e pode sobreviver por mais de um mês no prepúcio de um homem sadio, após o coito com uma mulher infectada; O homem é o vetor da doença; Durante a ejaculação, os tricomonas presentes na mucosa da uretra são levados à vagina pelo esperma; Tricomoníase neonatal Outras fontes: assentos de vaso sanitário, roupas íntimas, instrumental ginecológico. Aspectos importantes Gestantes assintomáticas não tratadas Transmissão ao recém nascido por rompimento da bolsa amniótica Incomum na primeira década de vida Ambiente vaginal não favorece a colonização pelo parasito Patologia Mulher Varia da forma assintomática ao estado agudo; Corrimento vaginal fluido abundante de cor amarelo-esverdeada, bolhoso, de odor fétido, mais comumente no período pós-menstrual; Vagina e cérvice com edema, eritema, erosão e pontos hemorrágicos; Dor e dificuldade para as relações sexuais, desconforto nos genitais internos, dor ao urinar e frequência miccional. Patologia Homem: A tricomoníase no homem é comumente assintomática; Uretrite com fluxo leitoso ou purulento e uma leve sensação de prurido na uretra; Pela manhã, antes da passagem da urina, pode ser observado um corrimento claro, viscoso e pouco abundante, com desconforto para urinar (ardência miccional); Nos portadores assintomáticos, o parasito podem permanecer na uretra, próstata, vesícula seminal e bexiga; Complicações: prostatite, balanopostite e cistite. Patologia Na gestação: Ruptura prematura de membrana; Parto prematuro; Baixo peso de recém-nascido; Endometrite pós-parto; Natimorto e morte neonatal Pode levar a infertilidade da mulher Ciclo Diagnóstico Clínico: muito difícil Parasitológico: Coleta da amostra com swab; Culturas de parasito; RIFI e ELISA em pacientes assintomáticos. Profilaxia Abster-se do ato sexual; Uso de preservativos (camisinha) durante todo o intercurso sexual; Limitar o número de parceiros; Se um dos parceiros estiver infectado, o outro também tem de ser tratado, prevenindo a reinfecção. Tratamento Metronidazol; Secnidazol ou Tinidazol.
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