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A Evolução da Ciência na Grécia Antiga e na Idade Média

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Universidade Federal de Mato Grosso
UFMT
Relatório de Filosofia 
Cuiabá
2012
Os Gregos
A ciência possui uma definição rigorosa difícil de estabelecer. A ciência da natureza, por exemplo, é o estudo sistemático e racional da natureza e do seu funcionamento. As perguntas mais elementares puderam dar origem a estudos científicos, dado o fato de que as pessoas colocam a si mesmas essas questões. Porém, as respostas podem não ser de modo científico, partindo para algo mais religioso e mítico. Essas respostas não se baseiam em estudos sistemáticos da natureza, pois está voltado para a vontade de Deus ou de deuses e contém uma história de origem do universo. A curiosidade natural do homem era respondida através das explicações míticas e religiosas, explicações que muitas vezes constituíam códigos de conduta, determinando o que deveria ou não ser perfeito.
	O primeiro passo dado em direção à ciência no início do século VI a.C. foi dado por Tales de Mileto, que acreditava em deuses e dizia que a água era o princípio de todas as coisas, pois acreditava que tudo surgiu a partir desse elemento. Acredita-se que através de discussões abertas de ideias, que talvez, surgiram pensadores com diferentes teorias na Grécia, como Anaximandro, Heráclito, Pitágoras, Parmênides e Demócrito. Este último defendendo a ideia de que o átomo não era divisível, acreditando também que não existiam deuses.
	As ciências da natureza estavam em um estado primitivo, em que as especulações eram baseadas em observação avulsa.
	A escola Pitágoras era mítica e atribuía aos números um significado religioso, em que a matemática fazia parte do desenvolvimento da ciência e para a filosofia da ciência e também acreditava que os resultados matemáticos eram um modelo de certeza, mas não era apropriado para estudar a natureza, pois dependia da observação. 
Platão e Aristóteles
	Uma das preocupações de Platão foi distinguir a verdadeira ciência e o verdadeiro conhecimento da mera opinião ou crença. Um dos problemas que atormentava ele e outros filósofos era o fluxo da natureza, onde ela está em constante mudança. Para os gregos era difícil explicar os fenômenos naturais, justamente por não ser estático e sim muito dinâmico. Para alguns filósofos o mundo não poderia ser objeto
Aristóteles representa um avanço importante para a filosofia da ciência. Ele encarou pela primeira vez a observação da natureza de um ponto de vista mais sistemático. Ao passo que para Platão a ciência se fazia na contemplação dos universais.
	Aristóteles desenvolveu vários estudos sobre muitas áreas da ciência e filosofia. Ele defendia a ideia de que todas as coisas tendiam naturalmente para um fim, e era essa concepção teleológica da realidade que explicava a natureza de todos os seres, isso constituiu até um obstáculo importante ao desenvolvimento da ciência. Ainda hoje, muitas pessoas pensam que a ciência descreve como os fenômenos da natureza ocorrem, mas não explica o porquê desses fenômenos, isso é uma ideia errada, que resulta na ideia Aristotélica de que só explicações finalistas são verdadeiras.
	Devido a um conjunto de fatores, a Grécia não voltou mais a ter pensadores com a dimensão de Platão e Aristóteles. Mesmo assim, apareceram ainda, no séc. III a.C. alguns contributos para a ciência. Tais como as descobertas da física por Arquimedes e os Elementos de Geometria de Euclides.
	
A Idade Média
	O mundo grego desmoronou-se e o seu lugar cultural viria, em grande parte, a ser ocupado pelo império romano.
	Surge-se uma nova doutrina que pouco a pouco foi ganhando seu destaque, baseando-se na religião judaica e inspirada por Jesus Cristo, denominada Cristianismo. Tornando-se a religião oficial do império romano após a conversão do imperador romano.
	Essa doutrina apoiava-se na ideia de que este mundo era criado por um Deus único e que os seres humanos só poderiam encontrar o sentido da sua existência através da fé nas palavras de Cristo e das Escrituras.
	O cristianismo preservou o conhecimento antigo herdado da civilização grega e romana, que tinham a tendência para encarar o conhecimento de uma maneira religiosa, acreditando que o nosso destino estava nas mãos de Deus e de que nada serviria a especulação filosófica se ela não fosse iluminada pela fé. A ciência e a filosofia ficam assim, submetidas à religião; a investigação livre deixa de ser possível. 
	A sabedoria torna-se restrita à palavra divina. Quem quisesse compreender a natureza, teria então que procurar não diretamente na própria natureza, mas nas Sagradas Escrituras. Era isso que merecia verdadeiramente o nome de ciência.
	Se reduzia a ciência à teologia, compreendendo a natureza através da vontade de Deus patente na Bíblia.
	A igreja alargou a sua influencia a todos os domínios da vida que começou a surgir a necessidade de dar um fundamento teórico ou racional à fé cristã. Era preciso mostrar que a fé não contradiz a razão e vice-versa. Conceitos de Aristóteles foram adaptados à doutrina da igreja, passando assim a ser estudado nas escolas que pertenciam à igreja.
	A alquimia não pode ser desprezada quando se fala de ciência na Idade Média. O alquimista encarava a natureza como algo misterioso e fantástico. Cabia-lhe decifrar e utilizar os símbolos da natureza para descobrir suas maravilhas. Deu também uma contribuição para o que hoje chamamos química.
A Ciência Moderna
	Não é possível determinar exatamente o início e o final da Idade Média trouxe transformações como o aparecimento de novas classes antes só baseados na rígida estrutura feudal a dos mercadores e artífices, além da prosperidade das cidades e do descobrimento marítimo.
	O homem renascentista começou a interessar-se mais com a razão em si do que com os dogmas bíblicos o que originou o humanismo.
	Essas mudanças foram a base de diversos acontecimentos como a Criação da Ciência Moderna por Galileu o que rompeu radicalmente com os contextos de antes, ele juntamente com Copérnico, Francis, Bacon e Galileu, transformaram várias concepções.
Copérnico com o livro: A Revolução das Órbitas propôs o heliocentrismo (que a terra se movia em torno do sol) contraria ao geocentrismo em que a mesma não se movia, e Bacon defende a experimentação seguida da indução, porém defendia a indução que utilizava a experimentação, diferentemente de Aristóteles que acreditava na simples enumeração de casos observados.

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