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Direito das Obrigações 
Estudo dirigido para prova de A2 
Vivian Monteiro Rodrigues de Sousa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Das obrigações solidárias. 
 
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um 
credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda. 
Ou seja, há pluralidade de credores e/ou devedores. 
(não importa se o bem é divisível ou indivisível.) 
Divide-se em: 
Todos tenham direito ao todo ---> solidariedade ativa (credores) 
Todos sejam responsáveis pelo todo ---> solidariedade passiva (devedores) 
Se houver pluralidade de ambos, diz solidariedade mista. 
 
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das 
partes. 
→ Exemplo: Roberta vendeu carro para Aragonê e Vandré, fizeram contrato 
de compra e venda, de um carro que vale 30.000 reais. Eles fariam o 
pagamento de 10x3.000 reais, na terceira parcela, houve um rompimento 
da amizade. Na questão, NÃO FALA QUE É CASO DE SOLIDARIEDADE, 
então não pode presumir!! É caso de obrigação divisível, cobraria as cotas. 
MAS se falar que é caso de SOLIEDARIDADE, cobra-se o resto de qualquer 
um. 
→ Exemplo 2: Artigo 942 do CC. 
 
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores 
ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para 
o outro. 
 
 
 
Solidariedade Ativa – Arts. 267 ao 274 
Credores – com direito ao TODO. 
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o 
cumprimento da prestação por inteiro. 
→ Qualquer um pode exigir o inteiro do devedor, ao pagar, a obrigação some. 
Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor 
comum, a qualquer daqueles poderá este pagar. 
→ Enquanto não tiver ação, o devedor pode pagar para qualquer um dos 3 
credores; agora se o credor nº3 ajuizou ação contra o devedor, o devedor 
pode pagar somente o credor nº3, pois foi ele que ajuizou ação; 
Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o 
montante do que foi pago. 
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um 
destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao 
seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível. 
→ Exemplo: no caso de o Devedor pagar 30mil aos 3 credores, o credor nº1 
morrer e deixar 2 herdeiros. Eles terão de exigir apenas 10mil que seria a 
parte do pai deles, e cada um dos herdeiros então ficaria com 5mil, que é 
sua quota correspondente. 
→ SALVO SE A OBRIGAÇÃO FOR INDIVISÍVEL - No caso se o pagamento for o 
cavalo que vale 30mil, e os herdeiros o quiserem, eles têm que pagar aos 
outros credores o valor correspondente de sua parte ao cavalo, assim 
ficaria: 10mil para o credor 2 e 10mil para o credor 3. Não dá para dividir o 
cavalo em si. 
 
Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos 
os efeitos, a solidariedade. 
→ No caso se o cavalo morrer, o cavalo vira dinheiro, e a solidariedade ainda 
persiste. 
 
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento 
responderá aos outros pela parte que lhes caiba. 
→ Remetido = perdoado, se o credor 1 tiver perdoado, tem que repassar para 
o 2 e para o 3 as respectivas quotas; 
→ Se o credor 3 receber os 30mil, tem que repassar a cota dos demais 
credores. 
 
Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções 
pessoais oponíveis aos outros. 
→ Exceções = defesas, se o credor 1 agiu com dolo ao devedor, e após isso 
celebrou esta obrigação, e o credor 3 ajuizar ação contra o devedor, o 
devedor não pode alegar o dolo, pois só pode contra o credor 1. 
 
Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os 
demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção 
pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles. 
→ Se na ação do C1xD o devedor perder, o C2 e C3 não podem ajuizar; Mas 
se na ação C1xD o devedor ganhar, não impede que o C2 e C3 ajuízem 
ação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Solidariedade Passiva – Arts. 275 ao 285 
Devedores – Todos sejam responsáveis pelo todo 
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos 
devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido 
parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo 
resto. 
→ O D1 pode pagar 30mil ao C, e cobrar a quota do D2 e D3; mas se o D1 
pagar somente 10mil ao C, ele ainda está na obrigação de pagar o restante 
de 20mil juntamente ao D2 e D3. 
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação 
pelo credor contra um ou alguns dos devedores. 
 
Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum 
destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão 
hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão 
considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores. 
→ O H1 pagará 5mil, que é sua quota; mas o H1=H2 pode se tornar 
solidários. 
 
Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele 
obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da 
quantia paga ou relevada. 
→ Se o D1 paga 5mil, a dívida ainda existe pois falta 25mil; Se 10mil é 
perdoado ao D1, ainda existe a obrigação de 20mil; 
 
Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre 
um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos 
outros sem consentimento destes. 
Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores 
solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas 
perdas e danos só responde o culpado. 
→ O D3 deixou o cavalo morrer, mesmo assim será cobrado o valor referente 
a ele de todos os devedores; mas as perdas e danos só serão cobradas ao 
D3 
 
Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação 
tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros 
pela obrigação acrescida. 
→ O D3 tinha que entregar o cavalo dia 15/03, mas atrasou e foi cobrado 
juros de 1000 reais, todos irão responder conjuntamente. Mas depois o D1 
e D2 podem cobrar esse valor do D3. 
Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem 
pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a 
outro co-devedor. 
→ Roberta emprestou 900mil para 9 devedores; Roberta ajuizou contra D1 
cobrando os 900mil; e renunciou a de D3 e D4, então se Roberta x D3, será 
sobrado apenas a quota respectiva, que seria os 100mil. 
 
Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou 
de todos os devedores. 
→ Se acontecer isso, será cobrado as respectivas quotas de 100mil de cada 
devedor. 
 
Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, 
subsistirá a dos demais. 
 
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada 
um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do 
insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os 
co-devedores. 
→ A quota do insolvente vai ser dividida entre os demais; 
 
Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os 
exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia 
ao insolvente. 
 
Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, 
responderá este por toda ela para com aquele que pagar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Transmissão das obrigações – Arts. 286 e 287 
Cessão de crédito. 
Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza 
da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitivada 
cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do 
instrumento da obrigação. 
 
Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se 
todos os seus acessórios. 
 
Consignação em pagamento – Arts. 334 e 335 
Conceito: Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial 
ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais. 
(Art. 334.) 
 
Art. 335. A consignação tem lugar: 
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou 
dar quitação na devida forma; 
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição 
devidos; 
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou 
residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; 
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do 
pagamento; 
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. 
 
 
 
	Das obrigações solidárias.
	Solidariedade Ativa – Arts. 267 ao 274
	Solidariedade Passiva – Arts. 275 ao 285
	Transmissão das obrigações – Arts. 286 e 287
	Consignação em pagamento – Arts. 334 e 335

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