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RESUMO - ERGONOMIA

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UNIFRA – Curso de Odontologia – Profa. Cristiane Cabral e Profa. Patrícia Dotto
Dicas de Ergonomia
O AMBIENTE FÍSICO DE TRABALHO: O desempenho de uma tarefa profissional é condicionado, entre outras, por condições gerais do ambiente físico, tais como iluminação, temperatura, ruídos e cores. Os estudos sistemáticos sobre os aspectos ergonômicos, visando a melhoria de produtividade, demonstram a necessidade de adequar-se convenientemente o ambiente físico de trabalho.
SALA DE RECEPÇÃO E ESCRITÓRIO:
Iluminação – deve proporcionar atmosfera agradável, de efeito repousante. Se possível, que haja a presença de iluminação natural. Na impossibilidade, procure promover iluminação artificial adequada, mediante lâmpadas comuns (filamento aquecido) ou “lâmpadas econômicas” com 2.700°K (luz amarela),com nível adequado (cerca de 500 lux), para permitir correta visibilidade na leitura ou lazer na recepção.
Temperatura – o ar-condicionado é um substituto da ventilação natural renovando o ar ambiental, resfriando ou aquecendo o ambiente, procurando-se manter a umidade relativa desejada.
Ruídos – devem apresentar um nível sonoro agradável, produzido, por exemplo, por música instrumental. Impõe-se o isolamento acústico em relação à sala de clínica. 
Cores – respeitadas as preferências individuais, estes ambientes devem ter predomínio de tons quentes nas superfícies mais amplas, pois isto confere uma sensação aconchegante e agradável ao ocupante.
SALA DE CLÍNICA
Iluminação – as condições de visibilidade dos objetos devem ser tais que permitam ao observador a realização da tarefa visual com segurança, precisão, rapidez e eficiência. Preferencialmente, a sala de clínica deve apresentar dois tipos de iluminação: natural e artificial. A iluminação natural ideal é aquela obtida quando a janela situa-se numa posição
em que oferece a iluminação proveniente da direção Norte: isto permitirá excelente qualidade de iluminação, bem como evitará a incidência de raios solares diretos dentro da sala de clínica. É também importante para a seleção de cores de dentes artificiais, desde que em horário compatível. Além disso, a iluminação natural tem seu efeito psicológico sobre os indivíduos:
sua ausência torna-se opressiva tanto para o paciente quanto à equipe profissional. A iluminação artificial permite complementar a iluminação natural. A sala de clínica deve apresentar, basicamente, três diferentes intensidades de iluminação: 
- área periférica: é aquela situada nos limites da sala, com aproximadamente 500 lux de iluminação;
- área de ação: compreende o espaço onde se situam os elementos de trabalho do CD e ACD (0,5 m em torno do apoio de cabeça do paciente), com intensidade luminosa entre 800 e 1000 lux;
- área de intervenção: compreende a boca do paciente, com um nível mínimo de 15.000 lux.
As áreas periféricas e de ação devem receber iluminação por lâmpadas tubulares fluorescentes. Algumas condições, em conjunto, definem a qualidade da iluminação, entre
as quais, não deve modificar as cores com que os objetos se mostram, em comparação à
luz natural. 
Um tipo de lâmpada tubular fluorescente adequado à prática odontológica é a G.E Duramax super luz do dia 40 W 5.500º K (6 lâmpadas para uma sala clínica com até 10m²); outro tipo bastante satisfatório é a G.E. High Output (HO) super luz do dia 85 W 5.500 Kº (3 lâmpadas para uma sala clínica com até 10m²); ambas provêem intensa iluminação de excelente qualidade e reproduzem adequada discriminação de cores devido à temperatura de cor: 5.500 ºK. 
A área de intervenção (cavidade bucal) deve receber iluminação com nível mínimo de 8.000 lux. Essa intensidade é conseguida com refletores de luminosidade fria: apresentam lâmpadas de tungstênio-halogêneo ou LEDs (semicondutores que geram luz fria com grande vida útil a partir de uma baixíssima quantidade de energia, irradiando grande intensidade de luz).
Temperatura – é imprescindível a utilização de aparelho de ar condicionado para manter-se o conforto térmico (21/22 º C) e a estabilidade dos materiais odontológicos em uso. Além disto, renova o ar saturado com substâncias químicas volatilizadas e microorganismos em suspensão, presentes na sala de clínica. 
Ruídos – os níveis ideais de ruídos situam-se entre 60 e 70 dB (decibéis); entre 70 e 90 dB aumenta a sensação de desconforto (atenção! Os motores de alta rotação convencionais situam-se na faixa de 82 a 86 dB); entre 90 e 140 dB, alto risco da acuidade auditiva; aos 140 dB situa-se o limite da dor, com sério risco de dano irreversível da membrana timpânica. Na sala de clínica temos os ruídos ambientais (motores: compressor de ar, dependendo do tipo; aparelho de baixa rotação, condicionador de ar), turbinas de alta rotação, sucção de alta potência e outros; recomenda-se a substituição de aparelhos ruidosos, do local da sua instalação, etc. Os ruídos externos compreendem todas as formas de poluição sonora: ruas de trânsito intenso e outras, sendo de mais difícil controle.
Cores – estudos realizados pelo Canadian Color Studio (Toronto, Canadá), indicam que o profissional trabalhando em ambiente cromaticamente concebido pode render cerca de 10% a mais; as cores inadequadas podem influir negativamente do rendimento do trabalho. Ao contrário do que ocorre na sala de recepção, a sala de clínica deve apresentar, sempre que possível, cores frias (verde, azul); os tons pastéis em verde são especialmente recomendados para obter-se uma atmosfera repousante, complementada pela harmonia cromática dos demais componentes (piso, equipamento e ornamentos). Um detalhe importante: a cor branca ou gelo deve ser evitada, pois devido ao fato de ser extremamente reflexiva, leva à fadiga visual, globo ocular injetado, tendência a esfregar os olhos. Mesmo o guardanapo colocado no paciente deve apresentar cor fria. A cor branca é aceita, no máximo, para o teto da sala de clínica. Uma sugestão para a sala de clínica: paredes: bege claro (é a cor que mais adequadamente reflete a iluminação); equipamento: bege mais claro, com pintura semi-brilho e estofamento verde água; armários (estoque e clínico) na mesma cor do equipamento, em fórmica fosca, com tampo também verde água; piso: verde mate É importante notar, especialmente na sala de clínica, onde a equipe permanece em média oito horas ao dia, que as cores devam obedecer a critério científico, para criar uma atmosfera aconchegante, acolhedora, de forma a permitir uma produtividade satisfatória. 
ESTUDOS DOS MOVIMENTOS
A classificação geral da movimentação (cinética) da mão compreende os movimentos de: 
1 – dedos 
2 – dedos e punho 
3 – dedos, punho e antebraço 
4 – dedos, punhos, antebraço e braço 
5 - dedos, punhos, antebraço, braço e ombro, movimento este implicando mudança de postura do profissional. 
Em odontologia, é clássico afirmar-se que o movimento ideal é aquele contido até ao nº 3 ou seja, aquele em que o CD realiza suas tarefas (alcança, move, gira, posiciona, aplica pressão, apreende e descarta instrumentos) mantendo os cotovelos o mais próximo possível do tronco, isto é, que o instrumental, o material e as pontas ativas estejam dentro do chamado espaço ideal de apreensão (aproximadamente a 0,5 m da boca do paciente). O movimento nº 4 é realizado dentro do chamado espaço máximo de apreensão (todo o conjunto de trabalho está além de 0,5 m da boca do paciente), o que exige a extensão de todo o braço: isto envolve um número adicional de músculos, o que propicia o desencadeamento precoce do processo de fadiga; a repetir-se com frequência passa a ser francamente agressivo, promovendo episódios inflamatórios que podem culminar nas lesões por esforço repetitivo (LER). 
Especial atenção deve ser dispensada à coluna vertebral durante a realização do procedimento: os movimentos de lateralidade devem ser reduzidos e os de torção, abolidos. A utilização adequada de pessoal auxiliar e a racionalização de técnicas, bem como o ajuste às limitações fisiológicas do corpo relativamente aos movimentos dele requeridos, devemestar presentes no planejamento do procedimento a ser realizado. Para que isto ocorra, algumas condições precisam estar presentes: equipamento adequado, onde os princípios ergonômicos tenham sido observados na concepção da cadeira, do mocho, das pontas ativas, da unidade auxiliar, do refletor e do armário clínico;
distribuição racional do equipamento e do instrumento nas áreas de ação do CD e de ACD;
posturas ergonômicas de trabalho;
utilização eficiente de pessoal auxiliar, inclusive na função instrumentadora.
DIVISÕES DAS ÁREAS DA SALA
- Eixo 6-12 horas: divide a sala em duas áreas, à direita e à esquerda da cadeira. Estas áreas são destinadas ao CD e à ACD, respectivamente.
- Área limitada pelo círculo (A): os instrumentos e as pontas ativas do equipo devem estar situados nela, compreendendo a área de transferência (espaço ideal de apreensão). Aí também devem estar os mochos.
- Área limitada entre círculos (A) e (B): é a área útil de trabalho, alcançada nos movimentos com o braço estendido (espaço máximo de apreensão).
- Área limitada entre os círculos (B) e (C): indica a área da sala clínica, não devendo exceder os 3 m de diâmetro para não se tornar anti-ergonômica. Aí se localizam os lavatórios e armários fixos, sendo que suas gavetas, quando abertas, devem alcançar o círculo (B).
CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPOS QUANTO À SUA MOBILIDADE
Um equipo de concepção ergonômica pode ser classificado em semi-móvel e totalmente móvel. O equipo semi-móvel é conectado à estrutura da cadeira mediante uma haste/coluna, permitindo assim ascensão/descenso. A partir da coluna, uma haste com ajuste para movimento horizontal e vertical contém o equipo com as pontas ativas, tantas quantas forem necessárias. Apresenta uma ou mais alças para permitir sua aproximação posição adequada ao trabalho do CD, seja destro ou sinistro (canhoto).
O modelo totalmente móvel compõe-se de uma plataforma sobre rodízios. A partir dessa base, uma coluna sustenta o equipo, a uma altura padrão. Mediante alças, o conjunto pode ser movimentado à vontade, também seja o CD destro ou canhoto.
OS CONCEITOS BÁSICOS ISO/ FDI PARA POSICIONAMENTO DE EQUIPO EM RELAÇÃO À CADEIRA CLÍNICA E AO CD 
Estes conceitos compreendem um sistema de classificar o equipamento de intervenção do CD e a unidade auxiliar em tipos 1, 2, e 3 (modelos nacionais), conforme sua localização. A inscrição gráfica de diferenciação do elemento do CD e o da ACD se faz mediante uma barra: o que estiver à esquerda significa o equipo e à direita representa a unidade auxiliar. Exemplo: 1/1, 1/2, 2/1, etc.
Equipo: Conceito básico 1/
É posicionado à direita da cadeira odontológica e à direita do CD.
Equipo: Conceito básico 2/
É localizado à esquerda do CD e atrás da cadeira, sendo somente do tipo totalmente móvel.
Equipo: Conceito básico 3/
Localiza-se por sobre a cadeira, mais à direita ou à esquerda, conforme o CD seja destro ou canhoto. Será sempre do tipo semi-móvel.
Unidade Auxiliar: Conceito básico /1
Localiza-se à esquerda da ACD e da cadeira clínica, estando conectada a esta.
Unidade Auxiliar: Conceito básico /2
A seringa tríplice e o Kit Suctor/ Salivador situam-se à direita da ACD e atrás da cadeira, compondo o equipo do tipo móvel do CD. A cuspideira permanece conectada à cadeira.
Unidade Auxiliar: Conceito básico /3
A seringa tríplice e o Kit Suctor/ Salivador situam-se por sobre a cadeira, compondo o equipo do tipo semi-móvel do CD. A cuspideira permanece conectada à cadeira clínica.
Observação: Estes elementos combinados formam várias concepções de equipamentos, de acordo com CD destro ou canhoto. Seqüência de diagramas: 1/1, 1/2, 2/1, 2/2, 3/1, 3/2, 3/3. Embora o diagrama traga o conceito 4/4, a indústria nacional não oferece esta opção.

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