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___________________________________________________________________________________________________________Thalita Pimentel Direito Administrativo Professor Pedro Coutinho 15/02/16 Direito Administrativo é o conjunto de regras e princípios que vão regular a atuação da Administração Pública. ESTADO > CIDADÃO ≠súdito* No Direito Administrativo, o Estado se encontra em situação de destaque, de superioridade em relação ao cidadão. * o súdito simplesmente assistia, acompanhava o Rei governar, o cidadão participa ativamente do governo. O Direito Administrativo muda de acordo com o perfil do Estado. 1800 – Lei na França: Corpo burocrático de um Estado Moderno. → Estrutura da administração francesa. No seculo XIX começam a surgir as primeiras matérias em faculdades nessa área na França. A França é considerada a Matriz do Direito Administrativo. → CONSELHO DE ESTADO desenvolveu as categorias principais do Direito Administrativo. ORIGEM: jurisprudencial, apesar de ter surgido com uma lei. 2ª FASE: legalista. Hoje, a principal fonte é o STF. ** Jurisdição UNA Só quando o Estado se submete às suas próprias leis é que se pode falar em Direito Administrativo. ESTADO DE DIREITO = rule of law →Expressão cunhada na Alemanha em 1813 Estado de Direito Legislativo Separação dos Poderes Judiciário Executivo Constitucional Processual Direito Administrativo O Direito Administrativo visa basicamente o EXECUTIVO. Não se pode esquecer, no entanto, que no JUDICIÁRIO e no LEGISLATIVO também existem atividades administrativas que são reguladas pelo Direito Administrativo. ** Centralização do poder } Busca pelas forças armadas em sua hierarquia, em sua estrutura hierárquica. Características do Direito Administrativo: Ausência de Código (nos países onde o procedimento é separado, deve haver pelo menos um Código de Processo Administrativo) Princípios Constitucionais (definidos pela CF – ART 37) Doutrinários Constitucionalização 88 Neoconstitucionalismo 17/02/16 Objeto: exercício da função administrativa Função Legislativa: diz o direito Função Judiciária: definitividade/ imparcialidade Divisão de Poderes Função Administrativa: de ofício *O Juiz decide a coisa de forma definitiva e imparcial. O magistrado é inerte, ou seja, ele não toma conhecimento de ofício; o judiciário precisa ser provocado. * A administração Pública pode agir de ofício. * O legislativo e o judiciário exercem a função administrativa internamente. É o executivo quem vai exercer essa função interna e externamente. ESTADO LIBERAL – Seculo XIX Não tinha grande interferência na vida cultural, social das pessoas. Suas características eram: JUSTIÇA, FORÇAS ARMADAS, FISCO, SERVIÇO PÚBLICO. ESTADO SOCIAL DE DIREITO A função social do Estado se amplia. ESTADO DE BEM ESTAR SOCIAL O Estado que dá educação, saúde, previdência. Passa a ter como dever satisfazer as necessidades sociais – Função Administrativa. Administração Direta Administração Indireta * Século XX – criação de entes de direito privado dentro da função administrativa. * Anos 70 – Crise →NEOLIBERALISMO } Inglaterra Diminuir as “funções” do Administrativo através da privatização e da licitação. Os efeitos desse movimento chegam no Brasil nos Anos 90, pós Constituição. Surge então no Brasil: ESTADO REGULADOR Como os doutrinadores chamam esse momento que vivemos no Brasil e na América Latina, como um todo. - Eficiência: diminuir os custos, maximizar os resultados. - Atividade Empresarial: Vender Privatização: - Serviço Público: Concessão - Regulação: Agências Reguladoras Regulação: No Brasil, o Estado passou a regular os serviços em vez de prestá-los diretamente. (Na prática não se diminuiu muito os seus serviços). O Estado então cria agencias para regular esses serviços prestados pelas empresas privadas. Com isso, surge um TERCEIRO SETOR: ONGS {Entidades sem fins lucrativos} ● Vinculação jurídica do Estado com as ONGS Muitas entidades querem o apoio do Estado, e para o Estado é muito “mais negócio” deixar que a ONG faça o serviço sem que ele precise contratar alguém para prestá-lo → TROCA DE INTERESSES. *OS: Qualifica uma entidade através do contrato de gestão. OSSIPE, OSC Tendências PARTICIPAÇÃO A) Democratização TRANSPARÊNCIA O Estado que antes possuía o monopólio, agora tem a participação da sociedade nas decisões de ordem pública. RAZOABILIDADE B) Humanização (Personalização) PROPORCIONALIDADE O Estado tem que atuar com razoabilidade/ proporcionalidade quando for restringir direitos. Respeito aos direitos fundamentais. MEDIAÇÃO C) Privatização ARBITRAGEM O Estado reconhece que sozinho não pode satisfazer os interesses, precisa de apoio. Estado menos rigoroso e arbitrário. D) Constitucionalização Presença dos valores constitucionais no Direito Administrativo. Princípios Constitucionais da Administração Pública ART 37 caput CF/88 Autoridade Legalidade Determinação Regra de ouro: O cidadão pode fazer tudo o que a lei não proíbe (obstáculo). A administração pública somente pode fazer o que a lei dispõe, autoriza (caminho). Somente através da lei é que o Estado pode agir. Supremacia da Lei – Estado de Direito: o Estado está subordinado às suas próprias leis. Vinculado: não tem escolha Autorizado: tem escolha = INTERESSE PÚBLICO Importância: Garantia do Individuo, sua proteção. (O judiciário pode superar algumas garantias). Se a lei não impõe a ele (cidadão) um dever, a administração pública não pode lhe impor. PREVISIBILIDADE. Limitação do poder; o Estado anteriormente tinha poder ilimitado. Hoje precisa de uma determinação legal para agir. CERTEZA JURIDICA. Juridicidade: a CF é norma jurídica } reconhecimento da Constituição como norma. Princípios podem se chocar. Direito e lei não são sinônimos. O Direito não acaba na lei, envolve outras fontes, e a principal delas é a CF.
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