Buscar

Resenha - Dancer in the Dark

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA 
LUCILENE ENARE PEREIRA SILVA
RESENHA CRÍTICA – DANÇANDO NO ESCURO
São Francisco do Conde - BA
2015
LUCILENE ENARE PEREIRA SILVA 
RESENHA CRÍTICA – DANÇANDO NO ESCURO
Docente: Míriam Sumica
Trimestre de Integração
São Francisco do Conde - BA
2015
TRIER, Lars Von. Dançando no Escuro, Estados Unidos, 2000
RESENHA CRÍTICA
 Quando a justiça não é tão justa, uma pessoa inocente é condenada à morte. 
Dancer in the Dark (Dançando no Escuro, no Brasil) é um filme sensível que causa dor e revolta a quem assiste, e que nos faz refletir acerca da moral e da justiça dos homens. Filme com a excelente direção do polêmico Lars Von Trier, narra a triste trajetória de Selma Jezkova (BJÖRK), uma mulher forte que sai do seu país de origem com seu filho para tentar uma vida digna nos Estados Unidos, e lá, após anos de trabalho duro e tendo conquistado uma boa reputação, tem sua integridade moral colocada à prova, quando para proteger aquilo que julga correto acaba sendo presa por assassinato e condenada à morte por enforcamento.
Selma levava uma vida simples ao lado de Gene (KOSTIC, Vladica), seu filho. Trabalhava em uma fábrica de alumínio e no seu tempo livre participava de um pequeno grupo de teatro. Era uma mulher que, apesar de falar pouco, dizia muita coisa inteligente acerca da vida e cativava a todos com seu modo simples e bem-humorado de ver as coisas. Selma e Gene moravam em um trailer alugado pela família Houston, de quem era muito amiga. Linda Houston (SEYMOR, Cara) era uma bela mulher de cabelos loiros e pele macia que tinha um cuidado muito especial por Selma. Linda tinha prazer em se gabar do dinheiro do seu marido, gastando mais do que os dois possuíam. Bill Houston (MORSE, David) por outro lado, era um homem preocupado com as finanças, mas que faria qualquer coisa para manter o padrão de vida a qual Linda estava acostumada.
Após ser procurada por Bill, Selma desabafa com o amigo que possui uma doença genética que em pouco tempo a deixaria completamente cega e confessa estar juntando dinheiro para a operação do seu filho que possui a mesma doença, para que o pequeno Gene tenha mais oportunidade na vida do que ela teve. A amizade de Selma e Bill é colocada em risco quando, de maneira desonesta, Bill rouba Selma – já cega – para quitar suas dívidas com o banco, e acusa a pobre Selma de tentar lhe roubar quando a mesma vai em sua casa reaver seu dinheiro. A briga acaba com a morte de Bill, que se recusa a devolver o dinheiro roubado, e com a prisão de Selma que confessa o assassinato, mas em lealdade a Bill, não conta que ele estava afundado em dívidas. Mesmo tendo a oportunidade de usar o dinheiro para se livrar da pena de morte, Selma se recusa a usá-lo em benefício próprio e colocar a o futuro de seu filho em risco, pois sabe que seria quase impossível juntar aquela quantia para a operação de Gene a tempo.
Dancer in the Dark choca o público não só pela história haver um final triste, mas por mostrar, pela perspectiva de Selma, que o amor e a lealdade podem ser maiores que o medo da morte. Selma enfrenta com dignidade cada etapa da sua prisão até o dia do seu enforcamento por amor ao seu filho, para que ele possa ter uma vida melhor que a sua. O amor de Selma por Gene a faz cometer um assassinato em um momento de desespero, e também é o amor por ele que a faz preferir a morte a vê-lo acabar cego e sem esperança como ela. Dancer in the Dark é considerado por alguns fãs o filme mais triste que existe até hoje.
Lucilene Enare Pereira Silva

Continue navegando