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INTEGRAÇÃO METABÓLICA 
Os hormônios são controlados no organismo através do sistema neuroendócrino. Existe um impulso nervoso que é lançado pras células alvo pra que ocorra secreção do hormônio em questão. 
O sistema nervoso central recebe informações de sensores externos e internos (sinais de perigo, fome, consumo de alimentos, composição do sangue, pressão) e orquestra a produção de sinais hormonais apropriados em vários tecidos do corpo. 
O hipotálamo coordena o sistema endócrino. Ele recebe e integra todas as mensagens do SNC. O hipotálamo produz hormônios reguladores (inibição ou liberação) e passam diretamente para a pituitária através de neurônios e vasos sanguíneos especiais, que conectam as duas glândulas. 
A glândula pituitária posterior é conectada através da terminação dos axônios. Não existe uma comunicação direta sanguínea entre o hipotálamo e a pituitária posterior. Ao contrário da anterior, que existe essa comunicação através de uma rede sanguínea.
Pituitária posterior: contém as informações de axônios de muitos neurônios que originam no hipotálamo. Estes neurônios produzem pequenos peptídeos que dão uma resposta hormonal chamados de ocitocina e vasopressina os quais se movem pelas terminações nervosas onde são estocados em grânulos de secreção a espera de sinal para sua liberação. Então a pituitária posterior tem uma irrigação sanguínea e quando necessário terá liberação desses hormônios peptídicos e vão ter uma resposta fisiológica em outro tecido.
Pituitária anterior: tem uma comunicação direta através de vasos sanguíneos e responde aos hormônios hipotalâmicos trazidos pelo sangue, produzindo os hormônios tróficos ou trofinas que são liberados na corrente sanguínea e vão atuar na liberação de outros hormônios em glândulas como tireoide, testículos, entre outros. 
SNC hormônios hipotalâmicos pituitária anterior corticotrofina, tireotrofina, hormônio folículo estimulante, hormônio luteinizante, somatotrofina, prolactina
Corticotrofina córtex da adrenal cortisol, corticoesterona, aldosterona muitos tecidos
Tireotrofina tireoide tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) músculo, fígado
Hormônio folículo estimulante e hormônio luteinizante progesterona, estradiol, testosterona órgãos reprodutivos
Somatotrofina(hormônio do crescimento) fígado e ossos
Prolactina glândulas mamárias
SNC pituitária posterior ocitocina e vasopressina (hormônio antidiurético)
Ocitocina músculos lisos e glândulas mamárias
Vasopressina arteríolas, rim
Nível de glicose no sangue células das ilhotas do pâncreas insulina, glucagon, somatostatina fígado, músculos
SNC medula adrenal epinefrina fígado, músculos, coração 
Os hormônios vão sempre atuar através de um receptor em células alvo. 
Especificidade x Complementaridade: permite que hormônios com estruturas semelhantes tenham efeitos diferentes, e a alta afinidade de interação permite que as células respondam a concentrações muito baixa dos hormônios. 
Hormônio – receptor: extracelular (localização na membrana plasmática), citosólico (intracelular) ou nuclear. Os hormônios têm uma diversidade de receptores espalhados pela célula. 
Consequências intracelulares da interação hormônio-receptor: 
» alteração no potencial de membrana que resulta na abertura ou fechamento de um canal iônico funcionalmente ligado ao hormônio;
» uma enzima receptora é ativada pelo hormônio extracelular;
» um segundo mensageiro (como AMPc ou Ca2+) é gerado dentro da célula e atua como um regulador alostérico de uma ou mais enzimas;
» um receptor sem atividade enzimática intrínseca ativa uma proteína quinase solúvel no citosol e esta passa o sinal adiante;
» um receptor por adesão na superfície celular interage com as moléculas presentes na matriz extracelular e transmite a informação ao citoesqueleto;
» um esteroide ou molécula semelhante causa uma mudança no nível de expressão (transcrição de RNA ou DNA) de um gene ou mais, com a medição de um receptor de hormônio proteico presente no núcleo celular.
 
Hormônios que tem receptores na membrana plasmática (insulina e epinefrina por exemplo) tem um efeito intracelular muito rápido. Geralmente são hormônios peptídicos que se ligam a esse receptor e agem por meio do receptor sem entrar na célula. A insulina não é captada pra dentro da célula e faz com que a glicose entre, a insulina se liga a esses receptores e desencadeia respostas intracelulares, uma delas é o envio de transportadores de glicose pra membrana plasmática pra captar a glicose alta no sangue. O AMPc (mensageiro secundário) que é ativado pode auxiliar na transcrição de alguns genes, mas ai seria um efeito mais secundário e mais demorado pra acontecer.
Hormônios insolúveis, como por exemplo os hormônios esteroides e tireoidianos, eles conseguem entrar dentro da célula e possuem um receptor dentro do núcleo que vai alterar a transcrição de genes. Essa resposta é mais demorada pois envolve toda a modulação de transcrição gênica para alterar a quantidade de novas ptns sintetizadas. 
>>>ver regulação da glicogênio fosforilase<<<
A cascata de sinalização da glicogênio fosforilase é muito importante no metabolismo porque ela tem essa amplificação do sinal, o receptor é especifico pro hormônio e essa resposta é extremamente amplificada dentro da célula.
Como ocorre a alteração gênica?
O hormônio é ligado a uma proteína de ligação ao hormônio. Esse hormônio é carreado na corrente sanguínea, chega na célula alvo, essa proteína carreadora desliga o hormônio e o hormônio entra na célula e chega ao núcleo. Então no núcleo ele vai se ligar a uma proteína receptora especifica (Rec) e esse Rec vai se ligar a elementos sensíveis ao hormônio (região situada no DNA – HRE) que vai ativar a transcrição genica. Depois terá a transcrição de genes que vão atuar na produção de novas ptns sintetizadas. A gente tem hormônios que regulam tanto o aumento da produção de novas proteínas quanto a redução da transcrição de algumas proteínas, o que mostra que nem sempre essa ligação atua favorecendo a transcrição gênica.
Hormônios endócrinos: são liberados no sangue e levados até as células alvo distribuídas por todo o organismo – insulina e glucagon por exemplo são produzidos pelo pâncreas mas tem efeito em outros tecidos;
Hormônios parácrinos: liberados no espaço extracelular por uma célula e difundem-se até as células alvo vizinhas – eles não são carreados pela corrente sanguínea, mas atuam na micro-região;
Hormônios autócrinos: liberados por uma célula e afetam a ela mesma pela ligação a receptores de sua própria superfície – produz e tem o próprio receptor e isso modula então a atividade dessa célula. 
Os hormônios podem ser peptídeos, derivados de aminoácidos ou lipídeos. Peptídicos: insulina e glucagon; aminoácidos: adrenalina, noradrenalina, dopamina; lipídeos: esteroides e prostaglandinas.
Hormônios peptídicos
Possuem cerca de 3 a 200 aas e atuam através de receptores situados na membrana plasmática. Os principais hormônios dessa classe são a insulina, o glucagon e a somatostatina e todos os hormônios do hipotálamo e da pituitária. 
São sintetizados nos ribossomos como proteínas precursoras que possuem cadeias polipeptídicas mais longas (pró-hormônios). Representação da preproinsulina que tem uma sequência sinal e 3 porções peptídicas (A, B e C) e elas são estocadas em vesículas e são liberadas numa necessidade metabólica. A insulina é armazenada em vesículas dentro da célula pancreática e tem ligações sulfídicas (ligações dissulfeto entre as ligações peptídicas) que caracterizam a proinsulina e quando existe a necessidade de liberação de insulina, os níveis de glicose sinalizam pro pâncreas liberar a insulina. Esta então perde um pedaço do peptídeo (parte C) tornando essa insulina madura. (O glucagon possui o mesmo mecanismo, os níveis de glicose também sinalizam para sua liberação). 
Hormônios catecolaminas
São insolúveis em agua, como principal exemplo temos a adrenalina e a noradrenalina que são derivados do aminoácidotirosina. Tirosina L-dopa dopamina norepinefrina epinefrina.
As catecolaminas são produzidas no cérebro e em outros tecidos nervosos e funcionam como neurotransmissores, é tanto um hormônio quanto um neurotransmissor. A adrenalina e a noradrenalina podem ser produzidas diretamente pela glândula adrenal. No cérebro a adrenalina tem um efeito mais direto que é relacionado a transmissão sináptica como neurotransmissor, nos tecidos periféricos tem a sinalização através da proteína G.
Esses hormônios atuam através de receptores de membrana para gerarem principalmente mensageiros secundários intracelulares como por exemplo o aumento dos níveis de AMPc.
Hormônios ecosanoides
São derivados de lipídeos (ácido graxo poliinsaturado – araquidônico).
Fosfolipideos araquidonato produz prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos.
Esses hormônios não são estocados – só são produzidos quando necessários. As prostaglandinas promovem a contração do musculo liso, incluindo o intestino e o útero. E participam de processos de dor e inflamação em todos os tecidos. 
Os tromboxanos atuam na coagulação sanguínea, tem uma liberação diferenciada no organismo.
Os leucotrienos estão associados a contração do musculo liso – intestino, vias pulmonares e traqueia, estão associados à processos de inflamação. (processo de inflamação pulmonar, asma).
Hormônios esteroides
São derivados do colesterol. Este gera progesterona e esta vai sintetizar cortisol, aldosterona e testosterona. O cortisol modula o metabolismo de carboidratos, a aldosterona regula a concentração de eletrólitos no sangue e a testosterona sintetiza estradiol (hormônios sexuais – sintetizados nos testículos e ovários).
Esses hormônios são insolúveis, então eles são ligados a proteínas carreadoras no sangue e levados até a sua célula alvo para que tenha o efeito metabólico. Agem através de receptores nucleares modificando a transcrição gênica. 
Hormônios vitamina D
Atua como um hormônio. Um pouco de radiação ultra-violeta é benéfica para ativação e produção de vitamina D. O calcitriol é produzido a partir da vitamina D por meio de enzimas de hidroxilação no fígado e nos rins. A via de produção desse hormônio é essencialmente ativada pela radiação UV. 
O calcitriol trabalha junto com o hormônio da paratireoide na homeostase de cálcio, regulando a concentração de cálcio no sangue e o equilíbrio entre o deposito e a retirada deste. Age através de receptores nucleares ativando a síntese de uma proteína essencial para absorção de cálcio da dieta. 
A deficiência desse hormônio causa o raquitismo. Bebês que não são expostos a luz podem ter uma formação defeituosa dos ossos e adultos que não se expõem ao sol podem vir a ter algum problema também.
Hormônios retinoides
São derivados do B-caroteno que é um pigmento muito encontrado nos nossos alimentos vegetais, cenoura por exemplo. Ele dá origem a vitamina A1 (retinol) que vai gerar o ácido retinóico, que é de extrema importância. Atuam através de receptores nucleares e os principais tecidos alvo são córnea, pele, epitélio do pulmão e da traqueia, sistema imune.
Hormônios tireoidianos
São sintetizados na glândula tireoide a partir de uma proteína precursora (a tireoglobulina) que vai sintetizar tanto a tiroxina (T4) como a triiodotironina (T3), o mais ativo deles é o T3 que vai ter inúmeros efeitos na transcrição de proteínas. Eles também atuam através de receptores nucleares e tem muita associação com o estimulo do metabolismo energético. Geralmente esses hormônios atuam no aumento do metabolismo energético, ou seja, no aumento do gasto energético geral e muitos desses hormônios estão associados com o processo de perda de peso. Muitos indivíduos que tem hipotireoidismo (produção prejudicada dos hormônios tireoidianos) tem uma tendência maior a obesidade.
>>>Muitos remédios ou fórmulas milagrosas de emagrecimento tem na sua formulação hormônio tireoidiano e este pode ser administrado só que ele tem inúmeros efeitos colaterais. Ele pode, por exemplo, atuar na formação de uma hipertrofia cardíaca onde o coração passa a ganhar massa muscular, entretanto, essa hipertrofia não é funcional então causa uma insuficiência cardíaca. Os efeitos colaterais da suplementação de hormônio tireoidiano pra pessoas que tem os níveis normais é extremamente danoso, o organismo só pode receber esse hormônio caso seja um quadro de hipotireoidismo mesmo<<< 
Óxido nítrico
É um radical livre relativamente estável sintetizado a partir do oxigênio molecular e da arginina. Utiliza NADPH pra sua síntese. A enzima que catalisa essa reação é a óxido nítrico sintase (NO sintase) que produz oxido nítrico, citrulina e NADP oxidado.
É encontrado em muitos tecidos (neurônios, hepatócitos, miocitos, células endoteliais de vasos sanguíneos e células dos rins) e é um grande sinalizador celular. Atua muito próximo a região onde é produzido, se difundindo pras células vizinhas e ativa a guanilato ciclase que catalisa a formação de GMPc (mensageiro secundário). Este ativa uma proteína quinase do tipo G que atua em 3 pontos: numa miosina fosfatase que promove o relaxamento muscular; na inibição da agregação de plaquetas; e também na transcrição de inúmeros genes da célula. 
FÍGADO
O tecido hepático não é constituído apenas de hepatócitos, apesar de este ser o mais abundante no tecido por transformar os nutrientes obtidos da dieta nos combustíveis e precursores necessários aos outros tecidos e os exportar pro sangue; o fígado também possui células de Kupffer que possuem função imunológica. Claro que a proporção de hepatócitos é muito maior.
Os nutrientes presentes na nossa dieta (carboidratos, proteínas, gorduras) são hidrolisados e absorvidos pelo intestino e daí possuem rotas diferentes: os TAGs penetram no sistema linfático e entram no tecido adiposo, a veia porta conduz diretamente do intestino pro fígado e a maioria dos açucares aas e alguns TAGs passam pro sangue e são conduzidos ao fígado. 
Açúcares: O fígado possui principalmente transportadores de glicose do tipo 2 (GLUT2) que são extremamente eficientes e não são dependentes de insulina, então essa glicose sanguínea é rapidamente captada por esses receptores. A glicose entra nos hepatócitos e é rapidamente fosforilada pela glicoquinase (↑Km pra glicose) que tem uma alta eficiência de fosforilação e produz a glicose 6-fosfato. E a partir do momento em que ela é fosforilada, isso faz com que ela não saia mais da célula. 
Aminoácidos: precursores para a síntese de proteínas e nesse tecido é o local da biossíntese da maioria das proteínas presentes no plasma sanguíneo (todas aquelas proteínas que carregam os hormônios peptídicos insolúveis). A albumina é um exemplo de proteína carreadora.
Lipídeos: os que entram nos hepatócitos possuem diferentes destinos.
Imagem sobre metabolismo de carboidratos no tecido hepático:
A glicose entra no fígado, é fosforilada gerando glicose 6-fosfato e esta tem inúmeros destinos, tais como: 1- em estado de jejum prolongado ser desfosforilada pela glicose 6-fosfatase da gliconeogenese e a glicose será lançada na corrente sanguínea; 2- essa glicose 6-fosfato pode ser estocada como grânulos de glicogênio; 3- pode ser metabolizada gerando piruvato e acetil-coA e alimentar o CK e o CK consequentemente alimenta a fosforilação oxidativa pra geração de ATP; 4- esse excesso de acetil-coA pode ser desviado então para síntese de ácidos graxos e colesterol; 5- a glicose 6-fosfato pode ser desviada para a via das pentoses fosfato gerando tanto ribose 5-fosfato quanto NADPH que é importante para a biossíntese de ácidos graxos e colesterol.
Imagem sobre metabolismo de aminoácidos no tecido hepático:
Os aminoácidos são utilizados para síntese de proteínas hepáticas, podem ser lançados na corrente sanguínea para síntese em outros tecidos e podem originar proteínas que são lançadas na corrente sanguínea. Esses aas podem ser precursores de nucleotídeos, hormônios e porfirinas. O esqueleto carbônico desses aas pode originar piruvato, acetil-coA eda mesma forma alimentar o CK e a fosforilação oxidativa. E o grupamento amina é eliminado através do ciclo da ureia. O piruvato pode participar da gliconeogênese em estado de jejum e o acetil-coA em excesso também pode ser precursor para síntese de lipídeos no fígado. 
Outra forma de entrada dos aas é o ciclo da alanina-glicose (ver aula de degradação de proteínas).
Imagem sobre metabolismo de ácidos graxos no tecido hepático:
Os ácidos graxos podem ser precursores para lipídeos hepáticos, podem ser lançados para corrente sanguínea como ácidos graxos livres e podem também ser precursores da síntese de lipoproteínas que são extremamente importantes na corrente sanguínea. 
Os ácidos graxos hepáticos sofrem B-oxidação que gera muito NADH e muito acetil-coA. Este entra no CK e alimenta a fosforilação oxidativa para síntese de ATP. Entretanto, num estado de jejum prolongado esse acetil-coA não entra no CK pq alguns intermediários são desviados para a gliconeogenese. Esse acúmulo de acetil-coA promove a formação de corpos cetônicos no fígado para manutenção de energia no estado de jejum prolongado. Esse excesso de acetil-coA gerado pode ser precursor para síntese do colesterol que é necessário para a produção de sais biliares. Grande parte dos lipídeos sintetizados são transportados para outros tecidos pelas lipoproteínas. 
>>>O fígado é um grande centro distribuidor do organismo<<<
TECIDO ADIPOSO
Apesar de ter praticamente todo o seu citoplasma preenchido por gotículas lipídicas, ele também faz via glicolítica e também possui mitocôndrias deslocadas para periferia da célula. Essa célula uso o CK para oxidar o piruvato e também ácidos graxos e realizar a fosforilação oxidativa mitocondrial. 
Em períodos de alta ingestão de carboidratos, pode converter a glicose por meio de piruvato e acetil-coA em ácido graxos e a partir destes os TAGs são sintetizados e armazenados como grandes lóbulos gordurosos. No entanto, a maior parte da síntese dos ácidos graxos ocorre no tecido hepático. 
O carboidrato gera lipídeo, então ele é um precursor da síntese de TAG, entretanto o contrário não ocorre. O lipídeo não vai gerar glicose no organismo. O tecido adiposo tem a função de armazenar esse excesso de TAG em gotículas lipídicas. 
A liberação desses ácidos graxos é estimulada por epinefrina e glucagon e inibida por insulina. 
Adipócito branco e marrom: no branco as mitocôndrias são deslocadas para a periferia da célula e o núcleo também, já no marrom o tamanho é menor, as gotículas de lipídeo são menores e possui mais mitocôndrias e o núcleo não é deslocado pra periferia. A importância principal do tecido adiposo marrom não é o estoque de TAG e sim a termogênese – produção de calor. Isto se dá pela UCP (proteína desacopladora mitocondrial) presentes.
Tecido muscular:
Possui alta atividade metabólica, precisando assim de muito ATP para a contração muscular, e esse ATP é gerado principalmente pela degradação do glicogênio muscular, isso quando se têm uma alta atividade de contração e dependendo da intensidade do exercício pode acontecer fermentação láctica. 
No caso de uma movimentação diária sem uma ativação grande dessa atividade muscular, este tecido faz degradação de ácidos graxos e glicose sanguínea para produzir o ATP. E pode, dependendo da situação utilizar os corpos cetônicos e existe também uma contribuição muito grande da fosfocreatina que é uma molécula altamente energética presente no tecido muscular que num estágio de alta intensidade física esse P é transferido pro ADP gerando ATP, pela enzima creatina quinase, e isso seria uma maneira de regerar o ATP constantemente pra que este nunca falta na ligação da miosina. 
tipos de fibras:
TIPO I: muita mitocôndria, vermelha, contração lenta, gera pouca tensão, resistente à fadiga, suprimento de vasos sanguíneos maior, produz ATP	 de forma relativamente lenta	mas constante (fosforilação oxidativa).	
TIPO II: pouca mitocôndria, branca, contração rápida, gera tensão maior, pouco resistente à fadiga,	 produz	 ATP de forma	 relativamente	 rápida	 (via glicólise),	utiliza o ATP mais depressa do que pode	 repô-lo. Em atividade	 máxima, o glicogênio	muscular é degradado	ate lactato	pela fermentação.
Em exercícios físicos, através do ciclo de core, o lactato gerado é transportado para o tecido hepático e utilizado como precursor da gliconeogênese.
Os músculos esqueléticos armazenam relativamente pouco glicogênio.
tecido muscular cardíaco: 
possui um perfil muito diferenciado do tecido muscular, principalmente por estar continuamente ativo e precisa ter o controle sobre o relaxamento e contração, ou seja, precisa de ter sempre energia disponível, possuindo então uma grande quantidade de mitocôndria. 
O ATP gerado pela mitocôndria é gerado e levado diretamente para miosina que é a principal proteína que utiliza este para a contração muscular. 
A principal fonte de energia para o coração não é a glicose e sim os ácidos graxos, porém o coração capta glicose e também utiliza de corpos cetônicos em casos extremos de jejum. 
Cérebro:
Utiliza constante ATP, principalmente pra atividade da sódio potássio ATPase para manutenção do potencial elétrico. O ATP formado provém, principalmente, da via glicolítica. Em estados de jejum prolongado o cérebro utiliza dos corpos cetônicos. Os astrócitos (2º maior tipo celular do cérebro) podem oxidar ácidos graxos (diferente dos neurônios); O cérebro tem um metabolismo respiratório muito ativo (20% do O2 total em repouso); Tem pouco glicogênio; Dependente da glicose que chega pelo sangue; Pode utilizar o β-hidroxibutirato (um corpo cetônico) formado a partir dos ácidos graxos dos hepatócitos (importante durante o jejum prolongado, depois que todo glicogênio hepático esgotar). O cérebro oxida a glicose pela glicólise e ciclo do ácido cítrico, e o fluxo de elétrons dessas oxidações através da cadeia respiratória fornece quase todo o ATP usado por essas células. OBS:.O sono é muito importante para regular a disponibilidade de glicose no cérebro.
Sangue:
Fundamental para o organismo, transporta não só oxigênio mas também metabólitos e hormônios, e um indivíduo adulto possui 5-6 litros de sangue. 
É dividido em células e plasma:
as células são os eritrócitos, leucócitos e plaquetas.
o plasma é composto por cerca de 90% de água e proteínas (albumina, VLDL, LDL, HDL, imunoglobulinas)
Componentes	inorgânicos (10%, CaCl2, MgCl2, KCl)
Componentes	orgânicos (20%, glicose, aminoácidos, citrato, corpos cetônicos)
A concentração de glicose no sangue é extremamente importante, porque regula a liberação de inúmeros hormônios.
A hipoglicemia é mais grave que a hiperglicemia, pois essa possui consequências muito mais danosas ao organismo.
Essa glicose depende de transportados para entrar na célula.
O transportador GLUT4, que está presente: nos músculos, coração e tecido adiposo, é dependente de insulina, ou seja, a insulina se liga ao receptor e não entra na célula, na verdade ela desencadeia uma cascata de sinalização pra que os transportadores de glicose cheguem a membrana plasmática e captem a glicose. 
no pâncreas:
Refeição rica em carboidrato:
↑ glicose na corrente sanguínea	
↑ secreção de insulina	pelo pâncreas		
↓ secreção de glucagon
Regulação pela glicose da secreção de insulina pelas células pancreáticas: 
A liberação de insulina é estimulada pela glicose. A glicose entra na célula aumentando os níveis de ATP e isso bloqueia os canais de potássio, faz com que haja a entrada de Ca na célula, e esse aumento de Ca estimula a liberação da insulina madura para a corrente sanguínea. 
0-4h: principal origem da glicose vem da alimentação, todos os tecidos utilizam e a glicose é a principal fonte energética do cérebro. 
4-16h: degradação do glicogênio hepático e também a gliconeogênese hepática, todos os tecidos utilizam exceto o fígado, tecido muscular e adiposo começam a diminuir a utilização da glicose e o cérebro continua utilizando glicose. 
16-28h: prevalência da gliconeogênese hepática,fígado não usa glicose e tecido muscular adiposo começam a diminui muito a utilização da glicose e o cérebro continua utilizando glicose.
2-24dias: ocorre a ativação da gliconeogênese renal, os tecidos que utilizam glicose são o cérebro, os eritrócitos, medula renal, músculo quase nada, e o cérebro passa a utilizar os corpos cetônicos. 
24-40dias: fígado e rim continuam fazendo gliconeogênese, o cérebro diminui muito a utilização e os corpos cetônicos prevalecem como fonte para o cérebro. 
Metabolismo da Célula hepática no jejum prolongado:
1) Degradação proteica para geração de aminoácidos gliconeogênicos.
2) Ureia é exportada do rim e excretada na urina.
3) Intermediários do ciclo do ácido cítrico são desviados para a gliconeogênese.
4) A glicose é exportada para o cérebro via sangue.
5) Ácidos graxos (importados do tecido adiposo) são oxidados como combustível, produzindo acetil-CoA.
6) A falta de oxaloacetato previne a entrada do acetil-CoA no ciclo do ácido cítrico; acetil-CoA acumula.
7) O acúmulo de acetil-CoA favorece a síntese de corpos cetônicos.
8) Os corpos cetônicos são exportados pelo sangue para o cérebro, onde são usados como combustiveis.
Estado bem nutrido:
Liberação de insulina, e essa insulina sinaliza para o fígado captar glicose. 
Essa glicose pode ser armazenada na forma de glicogênio hepático, e também é metabolizada gerando acetil CoA, e esse acetil CoA pode gerar triacils glicerol que podem ser levados para o tecido adiposo. 
Esses triacils glicerois, podem vir através da alimentação.
Essa glicose também pode ser jogada para a corrente sanguínea servindo como combustível para o cérebro. 
aa metabolizados podem ser utilizados para síntese de proteína.
estado de jejum:
liberação do glucagon, este inibe a via glicolítica hepática entretanto existem outras vias para síntese de glicose no fígado nesse estado: gliconeogênese (ver precursores).
Glicose 6 fosfato pode ser desfosforilada pelo glicose 6 fosfatase e liberada para corrente sanguínea para manter a utilização de glicose pelo fígado para gerar ATP.
jejum mais prolongado o fígado passa a produzir corpos cetônicos através a oxidação de ácidos graxos (B-oxidação) por causa do acúmulo de acetil CoA.
Glucagon e adrenalina possuem um perfil de ativação muito semelhante. 
Efeito da insulina:
Estimula a captação de glicose no tecido muscular e no tecido adiposo - enzima alvo: diretamente o transportador de glicose (aumentando).
Aumenta a captação de glicose no fígado através do aumento da ação da glicoquinase.
Aumento da síntese de glicogênio (glicogênese) no fígado e no tecido muscular pelo o aumento da atividade glicogênio sintase.
Diminuição da quebra do glicogênio no fígado e no tecido muscular pela diminuição da atividade da glicogênio fosforilase.
Aumento da glicólise e da produção de acetil CoA no fígado e no músculo através do aumento da PFK1 e do complexo da piruvato desidrogenase.
No fígado se aumenta a síntese de ácido graxo através da ativação da acetil CoA carboxilase. 
Aumenta a síntese de triacil glicerol no tecido adiposo através do aumento da atividade da lipase.
Em resumo, o efeito da insulina é favorecer a conversão do excesso de glicose sanguínea em duas formas de armazenamento: glicogênio (fígado e músculo) e triacilgliceróis (no tecido adiposo).
Efeito do glucagon:
Aumenta a quebra do glicogênio hepático, aumentando a atividade da glicogênio fosforilase.
Diminui a síntese do glicogênio através da diminuição da atividade da glicogênio sintase.
Diminui a glicólise hepática, através da diminuição da atividade da PFK1.
Aumenta a gliconeogênese hepática, através do aumento da atividade da fosfatase2.
Diminuição da atividade da piruvato quinase.
Aumento da atividade da PEPcarboxiquinase.
Aumenta a mobilização de ácidos graxos, através do aumento da atividade da lipase e aumento da PKA(enzima que fosforila a perilipina)
Aumento da cetogênese, por causa da diminuição da atividade da acetil CoA carboxilase.
O efeito do glucagon é, portanto, estimular a síntese	 e a liberação da glicose pelo	fígado e mobilizar os ácidos graxos do	tecido	adiposo para serem utilizados	no lugar da glicose por outros	tecidos	que não o encéfalo. Todos estes efeitos do glucagon são mediados por fosforilação proteica dependente de AMPc.
Efeito da epinefrina:
Fisiologicamente:
Aumento da frequência cardíaca, aumento da pressão sanguínea e aumento da dilatação das passagens respiratórias.
Metabólico:
Aumento da degradação do glicogênio.
Diminuir a síntese do glicogênio.
Aumento da gliconeogênese hepática.
Aumenta a via glicolítica muscular.
Aumenta a mobilização de ácidos graxos.
Aumenta a secreção de glucagon e diminui a secreção de insulina pra reforçar os efeitos metabólicos. 
Efeito do cortisol:
 -Diversos agentes estressores (ansiedade, medo, dor, infecção, jejum, glicose sanguínea baixa) estimulam a liberação do hormônio corticosteroide CORTISOL do córtex adrenal;	
 -Age no fígado, músculo e tecido adiposo para suprir o organismo com combustível para manejar a situação estressante;	 
-Ação lenta, promove mudança nos tipos e nas quantidades de determinadas enzimas sintetizadas em suas células alvo;	
 -Tecido adiposo: aumento na liberação de ácido graxos a partir dos triacilgliceróis armazenados. 
 -Estimula a degradação de proteínas musculares e a exportação dos aminoácidos para o figado, onde servem como precursores para gliconeogênese;	 
-No fígado, estimula a gliconeogênese por estimular a síntese da PEP-carboxiquinase;	
 -O efeito dessas alterações metabólicas é a	restauração dos níveis normais de glicose e	 o aumento dos estoques de glicogênio, pronto	 para	 das	 suporte à resposta de	 luta ou fuga comumente associada ao estresse. 
Ver resumo sobre diabete mielito.

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