Resumo de Direito Civil - OBRIGAÇÕES.

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 DIREITO 
 
 RESUMO DE GRAU 1
 Acadêmico: Carllos Izak Paz Streb
 Disciplina: Direito Civil – Obrigações 
 Professor: Paulo Salomão 
 
						 
					
 Cachoeira do Sul, 30 abril de 2015.
Direito das Obrigações (também chamado de Direito Pessoal, Direito Relacional ou Direito Creditório) 
Obrigação é uma relação transitória estabelecida entre credor e devedor em torno do cumprimento de alguma coisa com conteúdo econômico e cujo descumprimento permitirá ao credor onerar o patrimônio do devedor.
Prestação entende - se como objeto em torno do qual incide a obrigação do devedor. O conteúdo econômico é indispensável pois caso o devedor não cubra tal obrigação e o credor deseje ajuizar ação judicial o valor da causa deverá ser estipulado por este conteúdo.
As modalidades da prestação são:
Dar algo, Fazer ou não fazer 
 Artigos 233 - 420 CC ( Direito Obrigacional)
Diferença do DIREITO REAL - DIREITO OBRIGACIONAL
DIREITO REAL - é o direito sobre UMA COISA ( IMÓVEL )
DIREITO PESSOAL - é o direito com PESSOAS CAPAZES ( credor - devedor)
- VINCULO JURIDICO DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL
é o liame que une o devedor ao credor possibilitando - lhe exigir a tutela do Estado quando a obrigação é descumprida. Dependendo da existência ou não do vínculo jurídico podemos dizer que as obrigações se CLASSIFICAM em:
A) OBRIGAÇÃO CIVIL - quando o devedor inadimplente é processado via judicial e seus bens onerados para satisfazer a pretensão do credor.
B) OBRIGAÇÃO MORAL - é aquela estabelecida entre partes capazes mas cujo cumprimento é mera liberalidade do devedor. Elee cumpre a prestação por dever de consciência mas a parte contrária não tem o direito de ação se a obrigação for descumprida.
C) OBRIGAÇÃO NATURAL - são obrigações cujo cumprimento é considerado pagamento mas que se descumprida não atribui ao credor o direito de ação. Quando falamos que a entrega da prestação é pagamento significa dizer que o pagante não pode pedir devolução.
- TRAÇOS DISTINTIVOS ENTRE DIREITO REAL E OBRIGACIONAL
1º) Quanto ao sujeito de direito : no DIREITO REAL existe somente um titular de direito e não existe prestação enquanto no DIREITO OBRIGACIONAL há dualidade de sujeitos em polos opostos e a prestação que vincula um ao outro.
2º) Quanto a ação : quando violados os DIREITOS OBRIGACIONAIS atribuem ao credor o direito de acionar somente o devedor. No DIREITO REAL o titular do direito detém o direito de ação contra toda e qualquer pessoa ( erga omnes )
3º) Quanto ao objeto : O objeto no DIREITO OBRIGACIONAL é uma prestação do devedor enquanto no DIREITO REAL é uma coisa corpórea ou incorpórea sobre a qual incide o direito do titular.
4º) Quanto ao limite : O DIREITO OBRIGACIONAL é ilimitado ficando a mercê da vontade das partes as quais contratam através de contratos nominados ou inominados, obrigações diversas e incontáveis que serão tuteladas pelo direito obrigacional desde que o objeto seja lícito, possível e as partes sejam capazes. Quanto ao DIREITO REAL é o mesmo limitado porque não ultrapassam aqueles tom... por norma jurídica ( CC Brasileiro), sendo portanto "numerus clausus".
5º) Quanto ao modo de gozar dos direitos : O DIREITO OBRIGACIONAL exige um intermediário que é obrigado a prestação para satisfação do credor. Já o DIREITO REAL supõe exercício direto do direito sobre a coisa pelo titular.
6º) Quanto a extinção : Os DIREITOS OBRIGACIONAIS extinguem-se pela inércia do sujeito, mas os DIREITOS REAIS conservam-se até que surja situação contrária em proveito de outro titular como por exemplo venda ou usucapião.
7º) Quanto a sequela : Existe somente em relação ao DIREITO REAL. É prerrogativa concedida ao titular do direito real de por em movimento o exercício de seu direito sobre a coisa a ele vinculado, contra todo aquele que possua injustamente ou seja seu detentor.
8º) Quanto ao abandono : É uma característica somente do DIREITO REAL permitindo ao titular abandonar a coisa nos casos em que não queira mais arcar com o ônus.
9º) Quanto ao usucapião : Só ocorre com DIREITOS REAIS. É o modo aquisitivo do direito real pela prescrição. ( prescrição aquisitiva)
10º) Quanto a posse : Só pertence ao DIREITO REAL.
11º) Quanto ao direito de preferência : Só existe no DIREITO REAL e é o poder atribuído ao titular de afastar direitos incompatíveis com o seu, que posteriormente se tenham constituído sobre a mesma coisa como por exemplo duas ou mais hipotecas sobre o mesmo imóvel.
- CATEGORIAS JURÍDICAS HÍBRIDAS
São aquelas que reúnem direitos obrigacionais ou direitos reais. Embora os direitos reais não criem obrigações para terceiros impõe a certas pessoas a necessidade de não fazer algo, criando-se assim categorias intermediárias entre direito real e obrigacional. É o que ocorre com as obrigações PROPTER REM ( própria da coisa ), OBRIGAÇÕES COM ÔNUS REAIS E OBRIGAÇÕES COM EFICÁCIA REAL.
A) Obrigações Propter Rem : Passa a existir quando o titular do direito real é obrigado a satisfazer certa prestação em razão da coisa e só será liberado da mesma pelo abandono do direito real normalmente pela alienação do mesmo.
Ex .: Obrigação do condomínio de conservar a coisa comum, de não alterar a fachada do externa com decorações, esquadrilhas ou cores diversas das estabelecidas.
B) Obrigações com ônus reais : São obrigações que limitam a fruição e a disposição da propriedade; representam direito sobre coisa alheia.
Ex.: renda constituída sobre móvel ou imóvel que grave temporariamente determinado bem.
C) Obrigações com eficácia real : São aquelas que se situam no limite entre direito de obrigação e direito real. Está situação terá eficácia real quando sem perder o caráter de direito a uma prestação se transmite e é oponível a terceiros que adquira direito sobre determinado bem.
Ex.: Imóvel locado que é vendido ou alienado.
-ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL
Toda e qualquer obrigação terá necessariamente elementos essenciais que não poderão faltar na sua constituição, quais sejam elementos subjetivos, objetivos e abstratos que serão respectivamente partes, prestação e vínculo jurídico. Toda via poderão existir elementos acidentais que por vontade das partes serão agregados aos elementos essenciais podendo modificá-los quais sejam condições, encargos ou termos.
ELEMENTOS ESSENCIAIS - SUBJETIVOS ( PARTES) / OBJETIVOS ( PRESTAÇÃO) / ABSTRATOS ( VINCULO JURIDICO)
ELEMENTOS ACIDENTAIS - CONDIÇÃO ( CONDICIONAIS ) / ENCARGO ( MODAIS ) / TERMO ( INICIAL OU FINAL )
1) Elementos Essenciais : 
A) Subjetivos - representado pelas partes devedora e credora que necessariamente deverão ser pessoas capazes juridicamente para atuarem como devedor embora os credores possam ser qualquer pessoa física ou jurídica. As partes podem ser determinadas desde o ato contratual ou determináveis em um momento futuro.
B) Objetivos - representado pela prestação que dependendo da modalidade da obrigação será uma coisa, um ato ou uma omissão. A prestação poderá ser determinada ou determinável, singular ou pluríma de coisas presentes ou coisas futuras. Quanto ao modo de pagamento poderá ser instantânea ou periódica.
C) Abstrato - é o vínculo do liame que une o devedor e o credor em termo da prestação. Este vínculo poderá ser de três formas: JURÍDICO, MORAL OU NATURAL.
VÍNCULO JURÍDICO - ocorre nas obrigações civis e permitem ao credor buscar a tutela do Estado para obterem a satisfação do seu crédito. POSSUEM O DIREITO DEAÇÃO
VÍNCULO MORAL - faz o devedor cumprir a prestação por mero dever de consciência mas não permite a o credor executá-lo se a obrigação não for cumprida. O CREDOR NÃO POSSUI O DIREITO DE AÇÃO.
Ex.: Um amigo que promete cumprir um determinado ato pedido pelo outro que está a beira da morte.
VÍNCULO NATURAL - é aquele que faz com que as pessoas cumpram determinadas prestações espontaneamente as quais não são exigíveis judicialmente. No entanto diferem das obrigações com vínculo moral porque se forem cumpridas será considerado pagamento e a parte não poderá pedir a devolução. NÃO POSSUI DIREITO DE AÇÃO.
Ex.: Pagamento de gorjeta para flanelinha.
2) ELEMENTOS ACIDENTAIS:
São aqueles que não precisam existir em uma relação obrigacional mas as partes de comum acordo podem incluí-las para estabelecer condições, encargos ou termos. A ocorrência de elementos acidentais classificam as obrigações em:
OBRIGAÇÕES PURAS - são aquelas sem elementos acidentais
OBRIGAÇÕES CONDICIONAIS - apresentam condição representada por um evento futuro, incerto que não depende das partes para ocorrer.
Ex.: Se chover amanhã, o devedor dará de presente ao credor um guarda-chuva italiano.
OBRIGAÇÕES MODAIS - é a que estabelece um encargo para o credor cumprir representada por um evento futuro, certo que só depende do credor. 
Ex.: O devedor dará ao credor uma propriedade rual desde que o credor construa no local uma escola agrícola no prazo de um ano. - Este encargo é um evento futuro e certo que se o credor cumprir fará com que o devedor seja obrigado a satisfazer a prestação que é a doação.
OBRIGAÇÕES A TERMO - são aquelas cuja existência já teve início mas com eficácia estipulada para o momento futuro. Fica subordinada a um termo inicial, um momento futuro quando iniciará a eficácia da obrigação e o momento que dará fim a eficácia determina-se termo final. O tempo pode ser determinado por data calendário ou não, mas sempre será certo.
-REQUISITOS DA PRESTAÇÃO
A prestação tem que ser LÍCITA ( não ser coisa proibida), POSSÍVEL de ser realizada e com CONTEÚDO ECONÔMICO.
-FONTES DAS OBRIGAÇÕES
1ª - Fonte Imediata - LEI
2ª - Fontes Mediatas :
Contrato Bilateral - contato feito por duas partes em torno de uma prestação.
Contrato Unilateral - apenas uma parte. Ex.: Gestão de negócios, Procuração.
Delitos - Atos ilícitos ( dolo e culpa )
-CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
As obrigações podem ser: 
1) QUANTO AO VÍNCULO ( moral, civil e natural ) 
A) OBRIGAÇÃO CIVIL - quando o devedor inadimplente é processado via judicial e seus bens onerados para satisfazer a pretensão do credor.
B) OBRIGAÇÃO MORAL - é aquela estabelecida entre partes capazes mas cujo cumprimento é mera liberalidade do devedor. Elee cumpre a prestação por dever de consciência mas a parte contrária não tem o direito de ação se a obrigação for descumprida.
C) OBRIGAÇÃO NATURAL - são obrigações cujo cumprimento é considerado pagamento mas que se descumprida não atribui ao credor o direito de ação. Quando falamos que a entrega da prestação é pagamento significa dizer que o pagante não pode pedir devolução.
2) QUANTO AO OBJETO ( natureza e liquidez)
A) Natureza : Obrigação de DAR, FAZER ou NÃO FAZER.
B) Liquidez : Líquida ou Ilíquida
Líquida - A prestação tem um VALOR CERTO.
Ilíquida - O valor da prestação dependerá de apuração feita por peritos.
3) QUANTO A EXECUÇÃO ( simples, cumulativa e alternativa ou facultativa)
A) Simples : Uma entrega única. Ex.: Entregar um livro.
B) Cumulativa : Uma entrega de vários/múltiplos produtor. Ex.: Bolo, Canudinhos, Frios...
C) Alternativa ou Facultativa : Entrega um ou o outro. EX.: Bolo ou Canudinhos, Empadas ou Pastéis.
Obs.: A concentração no direito obrigacional relativo a obrigações alternativas tem como definição ser "um ato jurídico unilateral, irrevogável e irretratável que faz lei entre as partes" no momento do cumprimento da obrigação. Para a realização da concentração será utilizado o direito de escolha que poderá ser atribuído ao devedor, credor, terceiro ou sorteio.
4) QUANTO AO TEMPO DE ADIMPLEMENTO ( instantânea ou momentânea e periódica ou de execução continuada)
A) Instantânea ou Momentânea - é chamada a obrigação que se extingue em um único ato. Ex.: Compra e venda a vista.
B) Periódica ou de execução continuada - é a obrigação que será adimplada parceladamente em diversos momentos. Ex.: Compra e venda a prazo. Arrendamento por 3 anos ou mais com parcelas pagas anualmente.
5) QUANTO AOS ELEMENTOS ACIDENTAIS (obrigação pura, condicional, modal e a termo)
A) Obrigação pura : é aquela sem elementos acidentais.
B) Obrigação condicional : apresenta elemento futuro e incerto que condiona o adimplemento da obrigação.
C) Obrigação modal : é a que apresenta um elemento futuro e certo que condiciona o cumprimento da obrigação a um encargo estipulado ao credor, ou seja, a entrega da prestação pelo devedor fica atrelada a vontade deste cumprir ou não o encargo.
D) Obrigação a termo : é a obrigação cuja eficácia iniciará e/ou terminará em um momento futuro após a contratação o qual será certo e determinado em data calendário ou determinável.
6) QUANTO A PLURALIDADE DE SUJEITOS ( única e múltipla)
A) Obrigação única : é a que possui somente uma parte devedora e uma parte credora.
B) Obrigação múltipla : pe a que apresenta pluralidade de partes e se subdivide em :
* Obrigação divisível / indivisível : DIVISÍVEL quando o objeto permite a participação em tantos pedaços quanto ao número de devedores ou credores. Ex.: Dinheiro, Sacas de arroz...
INDIVISÍVEL quando a prestação é una e impossível de ser fracionada. Existem 4 tipos de indivisibilidade>
1º) FÍSICA - quando a prestação não pode ser dividida materialmente. Ex.: Animal vivo
2º) Legal - quando a lei estabelece a indivisibilidade do objeto. Ex.: Una e indivisível até ser feita a sucessão ( herança )
3º) Judicial - oriunda das decisões dos juízes e tribunais que são consideradas unas e obrigatoriamente terão de ser cumpridas na totalidade. Ex.: Pensão em dinheiro e alimentos é una e indivisível
4º) Consensual ou contratual - ocorre quando a prestação poderia ser divisível mas as partes de comum acordo estabeleceram que a mesma seria indivisível. 
Ex.: O devedor compromete-se a entregar 100k de grãos ao credor, a acerta-se a indivisibilidade da prestação.
Há também as SOLIDÁRIAS - são obrigações que apresentam a pluralidade de partes as quais contrataram a solidariedade ou a mesma foi estabelecida por lei, uma vez que solidariedade não se presume. Ex.: Eu e um amigo abrimos uma conta solidariamente em um banco, dando o direito a este de cobrar de ambos uma eventual dívida.
7) Quanto ao conteúdo ( obrigação de meio, obrigação de resultado e obrigação de garantia)
A) Obrigação de meio : é aquela na qual o devedor se compromete a utilizar todos os meios possíveis para atingir um resultado satisfatório ao credor, mas não se compromete a um resultado final específico. 
Ex.: Um advogado contratado por uma pessoa acusada de homicídio se compromete a defender o seu cliente mas não a conseguir sua absolvição.
B) Obrigação de resultado : é aquela na qual o devedor se compromete a atingir o resultado específico e basta não cumprir o prometido para ser responsabilizado. 
Ex.: Advogado contratado para realizar uma audiência com dia, hora e local pré estabelecidos e perde a audiência por chegar atrasado.
C) Obrigação de garantia : é uma obrigação acessória que serve para garantir o cumprimento de uma obrigação principal.
Ex.: Contrato de empréstimo, o devedor tem a obrigação de devolver o dinheiro com juros e correção monetária mas ao assinar o contrato de hipoteca de um imóvel no seu nome, assume uma obrigação que serve de garantia para o cumprimento da obrigação principal.
OBRIGAÇÕES RECIPROCAMENTE CONSIDERADAS -
A) Obrigações principais : existem por si só eindependem da existência de outro obrigação.
B) Obrigações acessórias : sua existência depende da existência de uma ação principal. Se a obrigação principal for extinta automaticamente a obrigação acessória se extinguirá porém o contrário não ocorrerá.
-MODOS DE EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
1) PAGAMENTO : O pagamento é a forma usual de extinção de uma obrigação. No entanto o pagamento poderá se apresentar de duas formas :
A) DIRETO - Chamado de pagamento STRITO SENSO, é quando o devedor cumpre voluntariamente a obrigação de acordo com a forma contratual.
B) INDIRETA - Chamado de pagamento LATO SENSO, é quando o devedor satisfaz o credor com o cumprimento da obrigação de maneira diversa da contratual. São meios de extinção de forma diversa da contratual :
1º) Pagamento por consignação : é o meio pelo qual o devedor cumpre a obrigação depositando em nome do credor a quantia que julga devida em uma instituição bancária oficial ( Banco do Brasil ou Caixa Federal) ou ainda ajuizar ação de consignação em pagamento solicitando uma guia de depósito judicial para recolhimento do valor que entende devido.
Depósito extrajudicial - O devedor deposita o valor e mediante pagamento de taxa, o banco notifica o credor para receber a importância ou recusá-la em 10 dias. Caso o credor receba o valor a dívida será extinta porém se ele recusar o valor, a recusa será informada ao depositante devedor que poderá optar por levantar o depósito ou mediante comprovante do mesmo ajuizar ação judicial de consignação juntando como prova o recibo.
Consignação judical - Inicia com o ajuizamento mediante juntada de recibo de depósito extrajudicial ou de guida de depósito judicial requerida em cartório. Ato continui após recebida a ação será citado o credor para receber em juizo o valor ou oferecer contestação. Cabe salientar que se o credor receber o valor perderá o direito de contestar e a dívida será extinta. No entando, se contestar a ação poderá após pedir a liberação por alvará de importância em controvérsia.
2º) Pagamento com subrogação : Ocorre quando não podendo ou não querendo o devedor quitar a dívida, um terceiro interessado ( fiador, avalista ou interveniente garante) quita a obrigação e subroga-se nos direitos de credor, significa dizer que o credor satisfeito sai da relação obrigacional e em seu lugar passa a figurar como credor aquele que pagou a dívida.
3º) Imputação do pagamento : Ocorre quando o devedor tem duas ou mais dívidas de mesma espécie perante o mesmo credor e ao entregar a prestação, escolhe qual dívida quer liquidar total ou parcialmente.
4º) Dação em pagamento : O devedor oferece ao credor outra prestação diferente da contratada para quitação de sua dívida. É mera liberalidade do credor aceitá-la e extinguir a obrigação porém tem o direito de recusar coisa diversa da contratada e exigir do devedor a prestação original ou uma indenização pelo não pagamento.
5º) Novação : A extinção de uma ou mais dívidas com a extipulação de uma nova obrigação com o conteúdo das extintas. Ex.: Reparcelamento de dívidas.
6º) Compensação : Ocorre quando devedor e credor são reciprocamente partes devedora e credora um do outro. Para compensação de dívidas para fins de extinção de uma obrigação, faze-se necessário a apresentação de certos requisitos a saber:
Prestação de mesmo GÊNERO, DÍVIDA LÍQUIDA, CERTA E EXEGÍVEL e RECIPROCIDADE ENTRE AS PARTES CONTRATANTES.
7º) Transação : É o meio indireto de extinguir uma obrigação através do qual as partes interessadas fazem concessões multiplas.
8º) Compromisso : É o acordo das partes interessadas em submeterem suas controvérsias a decisão de árbitros comprometendo-se a acatá-las.
9º) Confusão : Ocorre quando a figura do devedor e do credor reúne-se em uma mesma pessoa. Alguém que era devedor de outrem passa a ser credor total ou parcialmente de seu direito.
10º) Remissão de dívida : É a liberação graciosa do devedor pelo credor que voluntariamente abre mão de seus direitos creditórios. No entando o devedor poderá não aceitar a remissão e optar por pagar o total da dívida. A remissão poderá ser total ou parcial, expressa ou tácita. A EXPRESSA é comunicada formalmente ao devedor por qualquer meio de comunicação e a TÁCITA é aquela que simplesmente ocorre sem a manifestação formal como por exemplo quando o credor cobra o valor do empréstimo sem qualquer acréscimo de juros ou correção monetária. A remissão presumida ocorre quando o devedor presume que não precisa pagar a dívida em questão de atitude do credor exemplificada pela devolução de um título ou de um objeto empenhado.
2) SEM PAGAMENTO
Em algumas situações o devedor se liberará da obrigação sem pagamento. Uma delas é a PRESCRIÇÃO quando pelo decurso do tempo o credor perde o direito de ação e o devedor poderá eximir-se de pagar a prestação. Ocorre também extinção de obrigação em virtude de CASO FORTUITO ou FORÇA MAIOR. Também se extingue o pagamento quando não se implementa a CONDIÇÃO ou ENCARGO de uma obrigação.
3) EXECUÇÃO FORÇADA
É feita através de determinação de pagamento pela justiça, penhora de bens, venda judicial ( leilão - imóveis / hasta pública - móveis) e produto de pagamento do credor.
- INADIMPLEMENTO VOLUNTÁRIO:
Ocorre quando o devedor não cumprir a obrigação com a entrega da prestação e não for caso de inadimplemento sem pagamento. O nosso Código Civil prevê que não cumprida a obrigação responderá o devedor por perdas e dano, juros e atualização monetária pelo índices oficiais além de honorários advocativos.
São casos de inadimplemento voluntário:
1) MORA : A mora se estabelece quando a parte devedora não efetua o pagamento no vencimento ou quando o credor não quiser recebe-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou o contrato estabelecer. Assim a inexecução culposa da obrigação também ocorre com a recusa injusta do credor. São admitidas no nosso direito, três espécies de mora:
Mora do DEVEDOR ( DEBENDI)
Mora do CREDOR ( ACCIPIENDI)
Ambas simultâneamentes
2) JUROS : São os rendimentos do capital, ou seja, frutos civis produzidos pelo dinheiro. Em uma relação contratual, os juros poderão ser convencionados com ou sem fixação de taxas. Se não convencionados a taxa de juros aplicável será a constante da lei. Podemos dizer que existem duas espécies de juros :
A) - Juros compensatórios, ocorrem em decorrência da utilização de capital alheio fixado pelos contratantes relativamente ao proveito do capital enquanto durar o negócio jurídico. 
B) - Juros moratórios, constituem penas importas ao devedor pelo atraso do cumprimento da obrigação, ou seja, como uma indenização pelo retardamento do adimplemento da obrigação.
Paga a prestação cessa a mora. No entando, cabe ressaltar-se o que é purgação da mora.
Ocorre reparação ou purgação da mora quando o contratante moroso remedia a situação a que deu causa e reconduz a normalidade. O devedor terá direito a pagar a mora desde que a prestação não se torne inutil ao credor. Ocorre purgação da mora pelo credor quando este manifestar a intenção de receber o pagamento e se sujeitar aos efeitos da mora até a mesma data, reembolsando o devedor das despesas efetuadas com a conversavação da coisa ressarcindo-o de eventual variação no preço. Na hipótese de ocorrer a mora por ambas as partes, a cessação da mesma ocorrerá pela renúncia do direito de ser indenizado de um e de outro, não ocorrendo propriamente uma purgação da mora mas sim sua extinção.
3) PERDAS E DANOS: O nosso código civil, prescreve que o não cumprimento da obrigação fará com que o devedor responda por perdas e danos, ou seja, deverá reparar os prejuízos sofridos pela parte contrária mas somente será possível ao credor exigir a indenização se comprovar a existência de prejuízo a reparar. Na seara jurídica da responsabilidade contratual a situações que a lei presume a existência do dano e libera o lesado de provar sua existência como por exemplo no empréstimo pecuniário emque o devedor esteja em mora. Em contratos que haja extipulação de clausula penal para indenização pelo atraso ou descumprimento total da obrigação também ficará liberado o credor de comprovar os prejuízos sofridos. Nas perdas e dano também se incluirão os lucros cessantes.
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Cachoeira do Sul