Buscar

3 - Processo Penal III

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Processo Penal III
Professora Beatriz Lopes de Oliveira
Ações autônomas de impugnação
Habeas Corpus
1) Origem:
A origem do HC está na Magna carta de 1215, tendo sido formalizada pelo "Habeas Corpus Act" de 1979.
A ideia da expressão "Habeas Corpus" seria: "tire o corpo" e apresente a pessoa detida ao juiz.
No Brasil, foi introduzido em 1832 e passou a ter estrutura constitucional na Constituição republicana de 1891.
Na CF, está previsto no art. 5°, LVIII.
O HC é um instrumento voltado a garantir exclusivamente o direito de locomoção.
2) Natureza Jurídica:
O HC é uma ação autônoma de impugnação ou uma ação penal popular constitucional voltada à proteção da liberdade de locomoção, muito embora seja disciplinado no CPP. Difere-se dos recursos porque nestes últimos é necessário que exista um procedimento e uma decisão judicial anterior, e no HC não há necessidade. Os recursos são usados apenas pelos sujeitos da relação processual e o HC pode ser impetrado por terceiros.
3) Espécies (art. 647 CP): 
HC repressivo, coercitivo ou liberatório: 
É usado quando alguém sofre violência ou coação ilegal na liberdade de locomoção.
O objetivo é restituir a liberdade de alguém.
HC preventivo: 
É usado quando alguém se acha na iminência de sofrer a violência com coação ilegal da liberdade. Esse caráter preventivo é que justifica o controle de legalidade da persecução penal, permitindo o "trancamento" do inquérito policial ou da ação penal quando não houver justa causa.
Não cabe HC em processo cujo crime é apenado exclusivamente com multa (súmula 693 do STF). Também não cabe HC quando já estiver sido extinta a pena privativa de liberdade (Súmula 695 do STF).
4) Legitimidade ativa:
Qualquer pessoa pode apresentar HC sem que haja necessidade de estar representada por advogado (654 CPP). Abrange: analfabeto, estrangeiro, pessoa jurídica, Ministério Público. 
A possibilidade de qualquer pessoa impetrar HC não dispensa a necessidade de demonstrar interesse de agir.
A pessoa que impetra o HC é denominado "impetrante". E a pessoa em favor da qual se impetra o HC chama-se "paciente".
O paciente deve ser necessariamente pessoa física, não pode ser pessoa jurídica.
O juiz de Direito, embora não possa impetrar HC, visto que o órgão jurisdicional é inerte, poderá concedê-lo de ofício nos processos de sua competência (654, par. 2°, CPP).
O HC pode ser impetrado em favor da própria pessoa.
5) Legitimidade passiva:
O HC será impetrado contra quem exerceu a violência, coação ou ameaça da liberdade ilegalmente. Denomina-se coator ou autoridade coatora.
Embora, na maioria dos casos, decorra de um ato emanada por autoridade pública, a doutrina discute a possibilidade de impetrar HC contra ato realizado por particular. Ex: Idoso em pleno gozo de suas faculdades físicas e mentais posto em asilo. 
Conforme Hélio Tornagui, só é cabível quando a autoridade coatora exerce unção pública. 
Vicente Grecco, Mirabete, Nucci, entre outros, contudo defendem a possibilidade de HC para prevenir ou cessar o ataque à liberdade de locomoção, quando praticado por particular.
Aula 2
6) Cabimento
Ilegalidade (gênero)/ abuso de poder (espécie) que acarrete violação ao direito de locomoção.
Art 648 CPP - rol exemplificativo de hipóteses em que o HC pode ser impetrado
I) Quando não houver justa causa para a violação do Direito à locomoção.
Há justa causa para prisão quando há situação de flagrância ou ordem escrita de autoridade judiciária competente.
Também não há justa causa quando o fato é atípico, sendo possível trancar o inquérito ou ação por meio de HC.
II) Quando a prisão se faz por mais tempo do que determina a lei.
Súmula 52 e súmula 64.
III) Quando quem ordena a coação não tiver competência para fazê-lo.
IV) Quando já houver cessado o motivo que autorizou a coação
V) Quando não se admitir fiança quando cabível
VI) Quando o processo for manifestamente nulo
VII) Quando extinta a punibilidade
Não é possível utilizar HC para discutir o mérito de infrações disciplinares na justiça militar, que enseja a prisão. (Artigo 142, par 2°, CF).
* Cabe HC, no entanto, para discutir aspectos que envolvam a legalidade da prisão.
7) Competência
A competência é determinada por um critério de territorialidade, de modo que é competente para julgar o HC a autoridade judicial em cujos limites estiver ocorrendo a coação.
Ex: juiz de primeiro grau julga o HC em que o delegado é a autoridade coatora, em seu território.
Porém, quando a autoridade coatora for Promotor de Justiça, ou Juiz de primeiro grau, quem julga o HC é o Tribunal de Justiça (TJ), por critério de hierarquia (Foro Privilegiado).
STF - art 102, I, "d" e "e".
STj - art 105, I, "c".
8) Processamento
O processamento do HC é informado pela simplicidade e sumariedade do rito.
Petição inicial (art. 654, parágrafo primeiro, CPP)
- Nome do paciente, autoridade apontada como coatora, descrição do fato e assinatura.
Impetração junto à autoridade competente.
Concessão ou não da liminar.
Requisição de informações junto à autoridade apontada como coatora.
Diligências
9) Decreto e Recursos
Concessão da Ordem:
a) repressivo -> alvará de soltura imediato
b) preventivo -> salvo conduto
Há reexame necessário da ordem concessiva. 
Cabe rese (art. 581, X, CPP)
Denegação de ordem
Cabe rese (art. 581, X, CPP)
�
Aula 3
Habeas corpus
(...)
- Processamento nas hipóteses de competência originária dos tribunais.
650 e seguintes do CPP
II) Revisão Criminal
1) Conceito
Ação autônoma de impugnação, de competência originária dos tribunais, que têm como objetivo a revisão de sentença condenatória ou absolutória imprópria, com trânsito em julgado, nas hipóteses de erro judiciário.
Sentença absolutória imprópria - aplica medida de segurança.
2) Natureza Jurídica
Embora a revisão criminal esteja prevista no título II do CPP, que trata dos recursos, ela não é um recurso, mas sim uma ação autônoma de impugnação.
Recurso só antes do trânsito em julgado.
Revisão criminal apenas após trânsito em julgado.
Quais são as diferenças entre recursos e revisão criminal? *** Pode perguntar na prova
Os recursos são instrumentos de impugnação usados antes da preclusão, isto é, da coisa julgada. A revisão criminal só pode ser usada depois do trânsito em julgado.
Os recursos são usados na mesma relação jurídica processual, enquanto a revisão criminal faz surgir uma nova relação jurídica processual.
Qual a diferença entre revisão criminal e ação rescisória?
A revisão criminal não está sujeita a prazo decadencial, podendo ser ajuizada inclusive depois da morte do condenado. A ação rescisória está sujeita a um prazo preclusivo de dois anos.
A revisão criminal só pode ser usada em favor do acusado, sendo impossível sua utilização em favor da sociedade nos casos do réu ser absolvido por falta de provas, etc... A ação rescisória poder ser tanto usada pela defesa quanto pelo autor ou terceiros prejudicados.
Pode-se utilizar a revisão criminal para modificar o fundamento de uma sentença absolutória própria?
Não, pois a revisão criminal não se confunde com os recursos, ela pressupõe uma decisão condenatória ou absolutória imprópria.
3) Fundamento Constitucional
Art. 5°, LXXV, CF – “O Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença.
4) Legitimidade para o ajuizamento
Podem ajuizar revisão criminal: (art 623 CPP)
O acusado
Seu procurador legalmente habilitado
MP em favor do acusado
No caso de morte do réu... Cônjuge, companheiro, ascendente, descendente e irmão (CADI)
Não há limite para propositura da revisão criminal. Pode ser proposta várias vezes, infinitamente.
5) Interesse de agir (621, CPP)
O interesse de agir caracteriza-se pela existência da coisa julgada. Pois, se não há coisa julgada, ainda há a possibilidade de recorrer.
6) Possibilidadejurídica do pedido
A revisão criminal só cabe de sentença condenatória ou absolutória imprópria, mesmo após o cumprimento da pena.
7) Hipóteses de ajuizamento
A) Sentença condenatória foi contrária ao texto expresso da lei penal ou à evidência dos autos.
B) Sentença Condenatória fundada em depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos
C) Novas provas em favor do réu
Aula 4 (Revisão Criminal)
8) Pressupostos processuais relacionados com a revisão criminal
A) Não há necessidade de advogado para ajuizamento da revisão criminal
Muito embora não haja a necessidade, se o pedido é defeituoso pode ser nomeado defensor.
B) Não há necessidade de recolhimento à prisão. Súmula 393 STF
9) Competência para julgamento da revisão criminal
a) sentença definitiva de 1° grau: quem julga a revisão criminal é o Tribunal de Justiça.
b) Acordão definitivo de 2° grau: quem julga é o próprio Tribunal de Justiça
c) Acórdão de REX ou RESP: o STF ou STJ só julgará a revisão criminal se o fundamento da revisão for matéria discutida no REX ou RESP. Se não for, quem julga é o TJ.
10) Indenização pelo erro judiciário
- Hipóteses
 	O réu será indenizado pelo erro judiciário, se for o caso, e a indenização deverá ser liquidada no juízo cível.
- Não cabimento
Não haverá indenização se o erro ou injustiça da condenada decorrer de ato imputável ao próprio réu, como confessar para proteger terceiro, ou ocultar provas.
A constituição não recepcionou a hipótese prevista no artigo 630, b, CPP que veda a indenização quando o erro deriva de ação penal privada.
11) Processamento
O requerimento de revisão é encaminhado ao presidente do tribunal competente e após é distribuído a um relator que não tenha proferido decisão em qualquer fase do processo.
O relator pode indeferir liminarmente o pedido se estiver ausente condição da ação ou estiver mal instruída.
Se não há indeferimento da liminar, os autos são encaminhados ao MP para parecer.
Após, os autos são devolvidos para o tribunal para julgamento. 
12) Efeitos
A revisão criminal, se julgada procedente, poderá acarretar as absolvição do réu, a redução ou modificação da pena, a alteração da classificação jurídica ou a anulação do processo.
Aula 5
III) Mandado de segurança
1) Fundamentos
- art. 5°, LXIX CF
- Lei 12.016/09
2) Conceito
Ação constitucional voltada a proteger direito líquido e cerro , não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício do poder público.
3) Objeto 
Definido por exclusão, direito líquido e certo = apurável sem necessidade de dilação probatória.
- Vedado o uso do MS:
A) ato contra o qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo.
B) decisão judicial contra a qual caiba recurso com efeito suspensivo.
C) decisão judicial transitada em julgado.
4) Pressuposto
Irreparabilidade do dano pelos remédios processuais ordinários.
5) Legitimidade ativa
Impetrante: o titular do direito líquido e certo violado. O réu não pode impetrar MS sozinho, pois há necessidade de o impetrante ser representado por advogado habilitado.
O promotor de justiça é parte legítima para impetrar MS contra ato jurisdicional.
6) legitimidade passiva
Autoridade pública ou o agente da pessoa jurídica que esteja no exercício de atribuições do poder público. Também deve ser colocada no pólo passivo a pessoa (ou parte) beneficiada com o ato jurisdicional que está sendo atacado pelo MS, trata-se de litisconsórcio necessário.
Não cabe MS contra ato praticado por particular.
7) Competência
Definida de acordo com a categoria da autoridade coatora e sua sede funcional.
8) Prazo
-120 dias a contar da ciência do ato coator a ser impugnado
- Natureza decadencial
9) procedimento 
A petição deve ser apresentada junto ao juiz ou ao tribunal. Se houver urgência, pode ser impetrado por telegrama, fax, ou por meio eletrônico que seja de autenticidade comprovada. 
Na seqüência, a petição é recebida pelo juiz ou tribunal que poderá indeferí-la de plano, caso ausentes os requisitos legais.
Se o juiz não indefere, a autoridade é notificada para apresentar informações em dez dias.
O litisconsorte passivo necessário também tem dez dias para a manifestação.
Se for o caso, o juiz ou tribunal poderá suspender liminarmente os efeitos do ato impugnado.
Os autos vão ao MP para parecer em 10 dias, e volta ao juiz ou tribunal que irá proferir decisão em 30 dias.
 (CONTINUAR- FALTA COISA AQUI)
Aulas 6 a 8 (metade) - (Nulidades) – Não cai
O JURI
Crimes de competência do tribunal do júri
O júri é previsto como garantia individual no artigo 5°, inciso XXXVIII da CF, e possui competência mínima para julgamento dos crimes dolosos contra a vida. Trata-se de cláusula pétrea, de modo que não pode ser suprido por emenda constitucional. O legislador infraconstitucional pode ampliar o rol de infrações de sua competência, tal como ocorre com o CPP que o prevê também para os crimes conexos praticados com crimes dolosos contra a vida.
O tribunal do júri é órgão jurisdicional composto pelo juiz presidente e por 25 juízes leigos (jurados) dos quais 7 sete serão sorteados para compôr o conselho de sentença. Ao Juiz presidente cabe a condução do procedimento e a lavratura da sentença após a decisão de absolvição ou condenação pelo corpo de jurados.
O júri é competente para julgar os crimes dolosos contra a vida: homicídio, infanticídio, participação em suicídio e aborto em suas formas consumadas ou tentadas. E crimes conexos.
Aula 9
2) Princípios constitucionais do júri
Plenitude Defesa 
O julgamento do júri é feito pelos jurados de acordo com sua íntima convicção, sem que eles tenham que indicar os motivos. Permite-se que o réu se utilize de argumentos de natureza religiosa ou moral, que podem ser adotados pelos jurados, o que é vedado ao Juiz togado, que não pode se afastar da lógica jurídica.
Sigilo das votações
Garante a inviolabilidade do teor do voto do jurado, que também tem a garantia de participar da votação em um recinto fechado não público, chamado sala secreta.
Soberania dos veredictos
.... Que os tribunais superiores substituam a decisão proferida pelo conselho de sentença, no que toca à procedência ou não da pretensão punitiva. O tribunal não pode substituir o mérito da decisão dos jurados, de absolvição ou condenação.
A soberania não impede que os tribunais cassem a decisão dos jurados quando ela for manifestamente contrária à prova dos autos, por uma única vez (art. 593, par. 3°, do CPP).
O princípio não se aplica à decisão do juiz presidente, quanto à pena aplicada, por exemplo. Neste caso o tribunal poderá alterar.
Também não abrange os casos de nulidade absoluta, no qual o tribunal pode anular o julgamento.
Competência mínima para julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
O legislador pode ampliar o rol de crimes de competência do juri.
Procedimento bifásico ou rito escalonado do júri.
O julgamento é dividido em duas fases.
Primeira fase: chamada de “sumário da culpa” ou “judicio acusacionis”. É destinada a formar a culpa do réu, isto é, verificar se existe crime que seja da competência do tribunal do júri. Essa fase é destinada ao judiciário para que se aponte se a acusação de crime doloso contra a vida é admissível.
Segunda fase: chamada de instrução plenária ou “judicio causae” e é destinada ao julgamento do caso pelo tribunal do júri.
Fase de sumário da culpa (arts. 406 a 421 CPP)
Composta dos seguintes atos:
Oferecimentos da denúncia
Recebimento da denúncia (se houver rejeição, RESE)
Citação
Resposta à acusação
Manifestação do MP (Caso o réu tenha argüido preliminares)
Audiência única de instrução a ser realizada em até 90 dias. Ordem:
Declarações do ofendido
Oitiva das testemunhas (até 8 de cada lado).
Peritos, acareação, reconhecimentode pessoas ou coisas.
Interrogatório do réu
Alegações finais das partes
Decisão do juiz singular que poderá ser de pronúncia, impronúncia, absolvição sumária, ou desclassificação. (Cai com certeza na prova)
Pronúncia
Consiste em decisão processual, de conteúdo declaratório, em que o juiz proclama admissível a imputação, encaminhando o caso para julgamento perante o tribunal do júri. Consiste em um juízo de prelibação, isto é, de admissão da acusação sem que se entre no exame do mérito. Para a pronúncia, bastam indícios de autoria e prova da materialidade. É uma decisão interlocutória mista, não terminativa, e não faz coisa julgada material. Da pronúncia cabe interposição de rese. (Art. 413, CPP)
Impronúncia
A impronúncia (art. 414) é a decisão que rejeita a imputação para julgamento perante o tribunal do júri, pela ausência de indícios suficientes de autoria ou prova da existência do fato. É uma decisão interlocutoria mista, terminativa, que não analisa o mérito e faz coisa julgada formal. Surgindo novas provas, o processo pode ser reaberto. Da decisão de impronuncia cabe apelação.
Aula 10
Desclassificação
A desclassificação (art. 419) ocorre quando o juiz se convence da existência de crime não doloso contra a vida, de modo que não pode remeter o processo ao tribunal do júri. Exemplo: a denúncia envolve homicídio doloso e o juiz se convence de que a conduta é culposa. Nesse caso, deverá remeter no processo ao juízo monocrático competente. O recurso cabível da desclassificação é o RESE. O juiz destinatário do processo é quem deverá dizer qual é o crime que se configurou em razão da desclassificação. 
Absolvição Sumária
A absolvição sumária (art. 415) ocorre quando resta absolutamente comprovada algumas das seguintes situações: fica provada a inexistência do fato, fica provado que o réu não foi o autor do crime, fica provado que o fato não constitui crime ou fica provada a existência de causa de isenção de pena ou de exclusão da ilicitude. Se houver o mínimo de dúvida com relação a quaisquer dessas situações, o juiz deve pronunciar o réu, porque nessa fase a dúvida deve ser em prol da sociedade. A absolvição sumária faz coisa julgada material, absolvendo o réu com julgamento do mérito. O recurso cabível é a apelação. UK
Segunda Fase - Juiz da causa ou judicio causae, 422 a 497 CPP.: 
Essa fase se inicia com o recebimento do processo após a pronúncia. O juiz presidente deve determinar que as partes apresentem o rol de testemunhas que pretendem ouvir em plenário.
Na seqüência, o juiz deve determinar a inclusão na pauta de julgamento.
A) desaforamento é a retirada do processo de um foro para remeter a outra comarca diante das seguintes hipóteses:
interesse de ordem pública
dúvida sobre a imparcialidade do juri
dúvida sobre a segurança do réu
ausência de realização do julgamento no prazo de seis meses do trânsito em julgado da pronúncia.
B) organização da pauta
O juiz deve organizar a pauta de julgamento dando prioridade ao julgamento dos réus presos, entre os presos devem ser julgados primeiro aqueles que estão há mais tempo na prisão e, como último critério, utiliza-se a data da pronúncia.
C) sorteio e convocação dos jurados (art. 432 a 435)
São sorteados 25 jurados da lista geral para a reuniãoo periódica do tribunal do júri, que poderá abranger vários julgamentos.
A intimação é feita pelo correio para cada julgamento.
D) Funções, requisitos e direitos dos jurados (436 a 446 CPP):
- o jurado deve ser maior de 18 anos
- Notória idoneidade
- Pleno gozo dos direitos políticos
- Alfabetizado
- Nacionalidade brasileira (nato ou naturalizado)
- Estar no gozo das faculdades mentais
O jurado atuará como juiz de fato da causa, condenando ou absolvendo o réu ao final do julgamento.
O serviço do júri é obrigatório, e a recusa injustificada pode ensejar aplicação de multa de 1 a 10 salários mínimos, a depender da condição econômica do jurado.
Se o jurado apresentar recusa ao serviço do júri por "escusa de consciência", isto é, impossibilidade por convicção religiosa, filosófica ou política, deverá prestar serviço alternativo sob pena de suspensão de seus diretos políticos (438 CPP)
Os direitos dos jurados são:
A) presunção de idoneidade
B) preferência de licitação e concursos (art. 240 cpp)
C) garantia de prisão especial 295, X, cpp
Algumas pessoas são isentas do serviço do júri.
Os jurados são considerados funcionários públicos para fins penais durante o período de serviço.
Composição do tribunal os júri e formação do conselho de sentença (art. 447 a 452). 
 tribunal do júri é composto por um juiz togado (juiz presidente) e por 25 jurados que serão sorteados da lista e dos quais 7 constituirão o conselho de sentença em cada sessão de julgamento.
Impedimentos ou suspeição (art. 
----
F) Reuniões e sessões do tribunal do júri 453 a 472
No dia da sessão de julgamento:
1- se o MP não comparece, o julgamento será adiado para o próximo dia livre na pauta
2- Se o defensor constituído não comparece, sem justificativa, comunica-se à OAB e intima-se à Defensoria pública para julgamento em outro dia.
3- Se o réu estiver solto, tiver sido intimado e não comparecer ao julgamento, esse será realizado sem a sua presença. Se o réu estiver preso e não for conduzido ao julgamento, ele será adiado para a a sessão seguinte.
4- a testemunha que deixar de comparecer sem justa causa, poderá responder por crime de desobediência e sofrer a aplicação de multa do art. 436. Se a testemunha não comparecer, o julgamento não será adiado, a não ser que tenha sido arrolada "em caráter de imprescindibilidade", caso em que poderá ser conduzida coercitivamente, ou se adiará o julgamento.
Na sequência, se estiverem presentes pelo menos 15 jurados, dos 25 sorteados, os trabalhos serão instalados e se fará o anúncio do julgamento.
Após, é realizado o sorteio dos sete jurados que comporão o conselho de sentença. O juiz sorteia o nome e a defesa e o MP podem aceitá-los ou recusá-los por até três vezes sem justificativa.
Pode ocorrer separação de julgamentos quando houver mais de um réu e as recusas causarem número insuficiente de jurados.
Formado o conselho de sentença, o Juiz tomará dos jurados o juramento previsto no 472.
G) instrução em plenário 473 a 475
A instrução em plenário inicia-se com a oitiva da vítima, se possível, e após oitiva das testemunhas de acusação e defesa.
Os jurados fazem as perguntas por intermédio do juiz, normalmente por escrito.
Podem ser feitas acareações e reconhecimento de pessoas e coisas. A seguir, o réu é interrogado e as perguntas são feitas do mesmo modo
Os atos de instrução devem ser guardados por gravação ou estenotipia.
H) debates 476 a 481
Acusação (1h 30m)- o ministério público terá uma hora e meia e deverá formular a acusação nos termos da pronúncia, podendo sustentar circunstâncias agravantes, o MP não pode acrescentar outros crimes ou qualificadores. Por outro lado, pode pedir a absolvição ou afastamento de qualificadores.
Defesa (1h 30m) - na sequência a defesa terá 1:30 para sua exposição. 
A seguir, o MP pode fazer uso da réplica e a defesa da tréplica, pelo prazo de uma hora cada.
Se houver mais de um acusado, o tempo para acusação e defesa é acrescido de uma hora e o prazo de réplica e tréplica é dobrado.
Nos debates, não podem ser feitas referências à pronúncia, ao uso de algemas pelo réu em plenário, e nem ao silêncio do acusado no interrogatório, sob pena de nulidade. ( art. 478)
Também é proibida a leitura de documento ou exibição de escritos ou objetos que não tiverem sido juntados com antecedência mínima dias de três dias. 
Encerrados os debates, será realizada a votação.
I) Questionários e votação
Encerrados os debates, o juiz lerá os quesitos que serão respondidos pelos jurados, na forma e na ordem prevista no artigo 483.
Primeiro quesito: materialidade
Segundo quesito: autoria
Os jurados recebemcédulas contendo as palavras sim e não e a votação é realizada na sala secreta, quesito por quesito. E feito um termo de votação e a decisão dos jurados é tomada por maioria.
J) Sentença 492 a 493
O juiz presidente deve proferir a sentença de cordo com a votação dos jurados. A sentença é lida em plenário e o julgamento é encerrado.
Deve ser lavrada ata de toda a sessão de julgamento.

Continue navegando