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AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E SUA APLICAÇÃO NO TRÂNSITO

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1
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E SUA APLICAÇÃO NO TRÂNSITO
Bruno Marlon Pedroso¹
Alex Ferreira²
PEDROSO, Bruno Marlon. Avaliação Psicológica e sua aplicação no trânsito. 2015.
Artigo (Graduação em Psicologia) – Faculdade Integrado de Campo Mourão, Ciências da Saúde, 4º período de Psicologia, 2015.
RESUMO
Aderindo a proposta feita pela coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Integrado de Campo Mourão, Aline Cardoso, juntamente com o professor Alex Ferreira (atuante na disciplina de Projeto Integrador no mesmo curso e instituição de ensino) e entendendo a fundamental importância que a Avaliação Psicológica tem nos presentes dias, esse trabalho foi realizado com o objetivo de expor o que é Avaliação Psicológica, levando em consideração que ela vai muito além da sua realização em consultórios psicoterápicos e demonstrando que é construída a partir de diversas ferramentas que culminam num resultado mais apurado e correto. Nesse sentido é discorrido sobra a Avaliação Psicológica no contexto do Trânsito, onde podemos verificar o grau da sua importância, auxiliando profissionais capacitados a uma tomada de decisão. Nesse contexto a avaliação psicológica teve seu desenvolvimento nos meados de 1950 e 1960 e objetiva a previsão de comportamentos impróprios a partir das variáveis psicológicas alcançadas através dos testes, entrevistas e observação. Sendo assim a Avaliação Psicológica no contexto do trânsito visa auxiliar na seleção de candidatos à Carteira Nacional de Habilitação (CNH), sendo que esses devem apresentar perfil que não coloque a sua segurança nem a dos outros em risco enquanto fizer uso de um automóvel no trânsito. 
Palavras – chave: avaliação psicológica; avaliação psicológica no trânsito.
INTRODUÇÃO
Vivemos em um mundo em que a paz e a tranquilidade já não são tão presentes. Um mundo repleto de informações que nos chegam a todo o tempo fazendo com que distribuamos atenção a muitas coisas simultaneamente o que muitas vezes nos leva a frustração porque nem sempre damos conta de reagir a tudo. Tudo isso gera conflitos que culminam em estresses exteriorizados em ações do cotidiano - válvula de escape -.
Sendo assim, uma dessas formas de exteriorizar o estresse é no transito. Quantas pessoas ao sair de um episódio que os levam a um alto nível de estresse ou irritação pegam o carro e saem a dirigir como se fossem donos do mundo pilotando um carro de fórmula 1 na pista de Interlagos? Não deveria, mas essa cena se torna mais comum a cada dia, onde pessoas arriscam suas vidas e colocam a vida dos outros em risco. Ação descabida e desnecessária que pode findar em tragédia.
Por tal, a avaliação psicológica no contexto do trânsito se faz tão importante, pois segundo (Sampaio, 2012) ela avalia as capacidades gerais e específicas do candidato a CNH proporcionando indicadores para a tomada de decisões em relação ao indivíduo estar apto ou não a dirigir.
Para a elaboração desse artigo foram realizadas pesquisas bibliográficas e buscas através de meio eletrônico em sites da web como, Scielo e Google Books. A sessão a seguir traz esclarecimento sobre o assunto, obtidos através dessas pesquisas. Por fim considerações finais foram elaboradas.
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA – CONCEITOS
	A avaliação psicológica é entendida como um amplo processo de investigação, que se refere à coleta e interpretação dos dados, obtidos por meio de procedimentos confiáveis, no intuito de levar o psicólogo a tomar a decisão mais apropriada. (CRP-13 PB, 2013)
	A avaliação psicológica pode ser realizada individualmente ou em grupo, e de acordo com cada área do conhecimento, faz-se uso de metodologias especificas. Tem por objetivo auxiliar os trabalhos em diversas áreas de atuação, podendo ser elas, saúde, educação, organizacional entre outras áreas que se fizer necessária. Porém, exige um planejamento cauteloso de acordo com os fins a que se destina a avaliação, levando em consideração a demanda. Cartilha sobre avaliação psicológica, Conselho Federal de Psicologia -CFP- (2007, p.8)
Acerca disso LAMOUNIER, Rossana; RUEDA, Fabián Javier Marín (2005) ainda acrescentam que 
“a avaliação psicológica consiste em um processo técnico-científico de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos fenômenos psicológicos, realizado por meio de estratégias psicológicas como métodos, técnicas e instrumentos que permitem um conhecimento de capacidades cognitivas e sensório-motoras, componentes sociais, emocionais, afetivos, motivacionais, aptidões específicas e indicadores psicopatológicos” .
	Para Machado, Adriane Picchetto (2007, p.13) a avaliação psicológica é um processo flexível e não padronizado e traz como principais características: 
Um processo dinâmico;
Um processo de conhecimento do outro;
Um processo científico;
Um trabalho especializado;
A obtenção de amostras do comportamento;
As dimensões atingidas pela avaliação psicológica vão além da simples aplicação de testes ou entrevistas com objetivos determinados. Cabe ao psicólogo que pretende trabalhar com avaliações ter em mente dimensões técnicas, relacionais, éticas, legais, profissionais e sociais aplicadas diretamente em seu trabalho. Se todas essas percepções caminham juntas e inter-relacionadas é possível perceber o cuidado e preocupação que o profissional, (que busca o respeito e a “construção”, daquele que o procurar) para com o que se submeter a um processo de avaliação psicológica.
É preciso que o psicólogo tenha um vasto conhecimento com relação as técnicas que pretende utilizar, pois avaliar nem sempre é simples, rápido e fácil. Além disso é necessário que o psicólogo desenvolva um senso crítico acerca dos instrumentos que utiliza. Por melhor que tenha sido a formação do psicólogo, ele deve buscar cursos de especializações para aperfeiçoar os seus conhecimentos.
A auto percepção e autocrítica que muitas vezes é acompanhado de um processo psicoterapêutico, ajudam e em muito na percepção mais apurada de si mesmo. Nesse sentido a dimensão relacional se faz importantíssima, pois nos informa de mecanismos transferenciais e contratransferências que sempre estão presentes no momento da avaliação.
Na dimensão ética deve-se sempre manter o respeito ao próximo, à sua dor, às obrigações de causar menos danos possível com a intervenção, e a conservação dos resultados.
Na dimensão legal questiona o fato da investigação, por exemplo, da vida de um cidadão que pretende ter a Carteira Nacional de Habilitação.
A dimensão profissional diz respeito a todas as implicações e consequências de ordem profissional no momento de uma avaliação, da entrega de um laudo ou da devolução de resultados.
A dimensão social assemelha-se a dimensão legal. Nesse caso a dimensão social refere-se a reflexões mais amplas da nossa sociedade propriamente dita. Por exemplo, uma empresa tem o direito de investigar a vida de um cidadão que pretende ter um emprego?
Sabendo disso, mais uma vez reforça-se o fato do vasto conhecimento que o psicólogo deve ter, pois as consequências de uma avaliação podem ser muito sérias, tanto para o cliente, quanto para a classe de psicólogos. É necessário ter consciência da complexidade deste trabalho para bem poder realizar as aplicações e correções de testes.
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E SUA APLICAÇÃO.
O CFP (2007, p. 8) em sua cartilha sobre avaliação psicológica expõe a diferença entre avalição psicológica e testagem psicológica, na qual a avaliação psicológica diz respeito a um processo que envolve a integração de informações provindas de testes, entrevistas, observações e até mesmo análise de documentos. Já a testagem psicológica pode ser considerada com uma etapa da avalição psicológica envolvendo a utilização de testes psicológicos de diversos tipos.
Para que se possa realizar uma avaliação psicológica deve-se seguir alguns passos essenciais para se alcançar os resultados esperados:
	- Fazer um levantamento dos objetivos da avaliação e particularidades do avaliando, afim de fazer a escolha de instrumentos eestratégias mais adequados.
	- Coleta de informações, que deve acontecer através da aplicação de testes psicométricos ou projetivos, dinâmicas ou através de entrevistas e observações. É importante que não seja utilizada apenas uma só técnica ou instrumentos para a avaliação.
	- Associar as informações e desenvolvimento das hipóteses iniciais. Podendo assim perceber a necessidade de utilizar outros instrumentos ou estratégias de avaliação na pretensão de apurar e elaborar novas hipóteses.
	- Indicar as respostas que levou àquele processo de avaliação e a comunicação cautelosa dos resultados, sempre tendo em mente os processos éticos e as limitações da avaliação.
	O processo de avalição psicológica fornece ao psicólogo informações que o ajuda a compreender as características da pessoa ou grupo que está sendo avaliado. Dependendo dos objetivos da avaliação, a compreensão do psicólogo poderá envolver aspectos psicológicos de natureza diversa. Deve-se ressaltar a importância da escolha de cada instrumento, pois essa pode expandir a qualidade do processo de avaliação psicológica. Mas para tal é importante notar qual é a qualidade do conhecimento já alcançado.
	Assim como qualquer procedimento, a avaliação psicológica também apresenta limites. Auxiliando o psicólogo na busca de informações que o ajude a responder questões sobre o funcionamento psicológico das pessoas a suas implicações, as avaliações têm um limite no que diz respeito ao que é possível entender e prever. É importante ressaltar que avaliações respaldadas em métodos científicos atingem respostas mais confiáveis do que opiniões leigas no assunto.
	É evidente que a avaliação psicológica traz consigo diversos contextos e objetivos, contextos esses que são abordados apenas se os estudos empíricos sobre eles indicaram bons resultados. O novo formulário de avaliação dos testes psicológicos descreve cinco propósitos mais comuns, são eles: classificação diagnostica, descrição, predição, planejamento de intervenções e acompanhamento. Assim defini também vários contextos de aplicação que são conhecidos também como áreas de atuação, que são: Psicologia clínica, psicologia da saúde e/ou hospitalar, Psicologia escolar/educacional, neuropsicologia, Psicologia forense, Psicologia do trabalho e das organizações, Psicologia do esporte, social/comunitária, Psicologia do trânsito, orientações e ou aconselhamento vocacional e/ou profissional entre outras.
	
 NO CONTEXTO DO TRÂNSITO
	
	Tendo início nos meados do século XX aproximadamente 1920, foi apenas no final de 1950 e início de 1960 que a psicologia do trânsito começou a se desenvolver. Tal área da psicologia já vinha sendo desenvolvida em outros países a tempos como por exemplo, Inglaterra e França, já no Brasil a prática teve início com a contratação de psicólogos pelo Detran do Rio de Janeiro em 1950 com o propósito de estudar o comportamento dos condutores. A partir disso foi sancionada a Lei nº 9545 que viria a instituir o Exame Psicotécnico para candidatos a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A partir disso, a Psicologia de Trânsito passou a ser definida como: “uma área da Psicologia que investiga os comportamentos humanos no trânsito, os fatores e processos externos e internos, conscientes e inconscientes que os provocam ou os alteram” (Conselho Federal de Psicologia, 2000, p. 10).
	 No contexto do trânsito a avalição objetiva a previsão de comportamentos impróprios a partir das variáveis psicológicas alcançadas através dos testes. O que justifica o uso dos testes nesse contexto é a possibilidade de previsão de comportamentos importantes nessa situação (no trânsito), como por exemplo, comportamentos de risco, envolvimento culposo em acidentes, entre outros fatores. Tão importantes se fazem os testes nesse contexto pois são eles que irão sustentar a decisão sobre a habilitação (Cartilha sobre avaliação psicológica – CFP, 2007, p. 12).
	Segundo Noronha e Freitas (2010, apud de Fiori e Caneda. 2014, p.10) é importante lembrar que a avaliação psicológica compõe o conjunto de exames ao qual é submetido o candidato à CNH, não sendo dessa forma a avaliação psicológica o único instrumento utilizado nesse processo. 
Tal avaliação propõe identificar a existência ou não das aptidões necessárias para obter a CNH, pois é exigido pelo Código Nacional de Trânsito, através da Lei nº 5.108 que o candidato a CNH seja submetido a exames de sanidade física e mental. Esta etapa da formação para quem deseja retirar a habilitação é conhecida popularmente como Exame Psicotécnico, a qual é aplicada a todas as categorias de motoristas. Todas as ferramentas que compõem o Exame Psicotécnico necessitam ser elaboradas e padronizadas pelo Conselho Nacional de Trânsito em todo o país. Acerca disso LAMOUNIER, RUEDA (2005) acrescentam quem 1998 com a publicação do novo Código de Trânsito Brasileiro, o termo Teste Psicotécnico foi substituído por Avaliação Psicológica Pericial, mas a antiga nomenclatura é a que permanece sendo utilizada popularmente até os dias atuais. Entretanto a mudança na nomenclatura não viria por si só e sim porque a Avaliação Pericia de Trânsito deveria ser realizada por peritos do trânsito, ou seja, peritos dessa área com o respectivo curso. Desse modo, a razão maior desse processo passaria a estar na necessidade de tentar garantir a segurança do condutor e dos demais envolvidos no trânsito (Conselho Federal de Psicologia, 2000). Atualmente a Avaliação Psicológica Pericial para o trânsito tem sido realizada de várias formas nos diversos estados brasileiros sempre regidos pelas resoluções do Denatran, Contran ou Detrans, contudo mantendo em comum a obrigatoriedade da sua aplicação para a aquisição da CNH.
O QUE MEDE A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA PERICIAL
 
	Como já citado, a avaliação psicológica não é única forma de avaliação utilizada para a obtenção da CNH, porém com relação a Avaliação Psicológica Pericial é possível descrever alguns dos objetivos que ela traz consigo. 
	No que diz respeito aos testes, que são apenas uma das várias ferramentas da avaliação psicológica os autores Hoffmann, Cruz e Alchieri (2003) descrevem alguns entre tantos outros que podem ser utilizados na Avaliação Psicológica Pericial. São eles então:
AC: Teste de atenção concentrada;
ACRE: Teste de atenção concentrada, rapidez e exatidão;
TEPEM: Teste de prontidão emocional para motoristas;
G-36: Teste não-verbal de inteligência; 
G-38: Teste não-verbal de inteligência;
R1: Teste não verbal de inteligência;
CPS: Escala de personalidade de Comrey;
BFM-1: Bateria de funções mentais para motoristas – Teste de raciocínio lógico;
BFM-2: Teste de memória de placas para motoristas – TEMPLAM
BFM-3: Teste de raciocínio Lógico;
HTP: Casa, Árvore, Pessoa – Teste de personalidade;
Palográfico: Teste de personalidade;
A aplicação dos testes acima pode acontecer individualmente ou em grupo dependendo do seu objetivo e complexidade.
Além dos testes como instrumento de avaliação, a RESOLUÇÃO Nº 267 de 15 de fevereiro de 2008 do Conselho Nacional de Transito em seu primeiro capítulo que trata do Exame de aptidão Física e Mental e da Avaliação Psicológica traz em seu Art. 4º as seguintes informações:
 
“Art. 4º No exame de aptidão física e mental são exigidos os seguintes procedimentos 
médicos: I – anamnese: 
a) questionário (Anexo I); 
b) interrogatório complementar; 
II - exame físico geral, no qual o médico perito examinador deverá observar: 
a) tipo morfológico; 
b) comportamento e atitude frente ao examinador, humor, aparência, fala, contactuação e compreensão, perturbações da percepção e atenção, orientação, memória e concentração, controle de impulsos e indícios do uso de substâncias psicoativas; 
c) estado geral, fácies, trofismo, nutrição, hidratação, coloração da pele e mucosas, deformidades e cicatrizes, visando à detecção de enfermidades que possam constituir risco para a direção veicular; 
III - exames específicos: 
a) avaliação oftalmológica (Anexo II); 
b) avaliação otorrinolaringológica(Anexos III e IV); 
c) avaliação cardiorrespiratória (Anexos V, VI e VII); 
d) avaliação neurológica (Anexos VIII e IX); 
e) avaliação do aparelho locomotor, onde serão exploradas a integridade e funcionalidade de cada membro e coluna vertebral, buscando-se constatar a existência de malformações, agenesias ou amputações, assim como o grau de amplitude articular dos movimentos; 
f) avaliação dos distúrbios do sono, exigida quando da renovação, adição e mudança para as categorias C, D e E (Anexos X, XI e XII); 
IV - exames complementares ou especializados, solicitados a critério médico. ”
	Tendo assim tais informações, fica claro que a avaliação no contexto do trânsito não depende especificamente de uma única abordagem, mas é a aderência entre todas essas ferramentas que tornam a avaliação mais completa e eficaz.
QUANDO UM CANDIDATO É APROVADO OU REPROVADO?
	Através de todas as avaliações realizadas é possível que seus respectivos avaliadores compreendam se o aviando tem condições ou não de obter a CHN. Se tratando do exame de aptidão física e mental, médico perito examinador de trânsito vai considerar o candidato: 
“I - apto – quando não houver contraindicação para a condução de veículo automotor na categoria pretendida; 
II - apto com restrições – quando houver necessidade de registro na CNH de qualquer restrição referente ao condutor ou adaptação veicular; 
III - inapto temporário – quando o motivo da reprovação para a condução de veículo automotor na categoria pretendida for passível de tratamento ou correção; 
IV - inapto – quando o motivo da reprovação para a condução de veículo automotor na categoria pretendida for irreversível, não havendo possibilidade de tratamento ou correção. 
Na avaliação psicológica o candidato será considerado pelo psicólogo examinador perito de trânsito: 
I - apto - quando apresentar desempenho condizente para a condução de veículo automotor; 
II - inapto temporário - quando não apresentar desempenho condizente para a condução de veículo automotor, porém passível de adequação; 
III - inapto - quando não apresentar desempenho condizente para a condução de veículo automotor.”
Tais resultados são de total responsabilidade do médico perito examinador de trânsito e do psicólogo perito examinador de trânsito. Além disso após o obter um resultado alegando ser inapto, inapto temporário ou apto com restrições tem trinta dias a partir do momento em teve acesso ao resultado dos exames para requerer. (RESOLUÇÃO Nº 267 de 15 de fevereiro de 2008 do Conselho Nacional de Transito).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Mesmo com as leis de trânsito em vigor e fiscalização cerrada, infrações de trânsito atingem alto índice em nosso país, em sua maioria causadas por consumo de álcool excessivo, por pessoas que não possuem habilitação, menores de idade, pessoas com habilitação irregular entre outros fatores. Dessa forma é possível compreender a importância da Avaliação Psicológica no processo seletivo para a obtenção da CNH, colaborando assim para que tenhamos motoristas de fato aptos levando em consideração suas características gerais e pessoais.
	Sendo assim o objetivo desse trabalho foi trazer alguns esclarecimentos consideráveis sobre avaliação psicológica e sua aplicação no trânsito.
	Nesse sentido o presente artigo alcança seu objetivo tendo em vista que as informações contidas nele são todas de fontes confiáveis que apresentam conteúdo com embasamento cientifico.
	Que o presente artigo venha a ter serventia para uma futura geração de psicólogos ou a pessoas que procuram se inteirar sobre a avaliação psicológica. Que as pessoas de fato entendam a importância desse processo avaliativo, valorizando assim sua utilização em diversas áreas e o benefício que ela traz.
REFERÊNCIAS
BARROSO, Sabrina Martins; COMIN, Fabio Scorsolini; NASCIMENTO, Elizabeth. Avaliação psicológica: da teoria às aplicações. 1ª Edição. Petrópolis, RJ: Editoras Vozes, 2005.
Conselho Regional de Psicologia – 13 PB. Avaliação Psicológica. Disponível em: <:http://www.crp13.org.br/regulacao-da-profissao/avaliacao-psicologica/>. Acessado em: 25 out. 2015.
Conselho Regional de Psicologia 8ª Região Paraná. Avaliação Psicológica no Trânsito. Disponível em: <:http://www.portal.crppr.org.br/download/255.pdf.> Acessado em: 22 out. 2015.
Conselho Regional de Psicologia do Paraná. Ano Temático da Avaliação Psicológica. Ano 13 - Edição nº 74 - Mar/Abr/2011 - Publicação Bimestral Acessado em: <:http://www.portal.crppr.org.br/revistas/114.pdf >. Acessado em: 25 out. 2015.
HOFFMANN, Maria Helena; CRUZ, Roberto Moraes; ALCHIERI, João Carlos . Comportamento Humano no Trânsito. 2º Edição. São Paulo/SP: Casa do Psicólogo, 2007.
LAMOUNIER, Rossana; RUEDA, Fabián Javier Marín. Avaliação psicológica no trânsito: perspectiva dos motoristas. Psic,  São Paulo ,  v. 6, n. 1, jun.  2005 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-73142005000100005&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  04  nov.  2015. 
MACHADO, Adriane Picchetto; MORONA, Valéria Cristina.. Manual de Avaliação Psicológica. Curitiba, 2007. Disponível em <:http://www.portal.crppr.org.br/download/165.pdf.> Acessado em: 22 out. 2015.
OLIVEIRA, Alcyr Alves. Memória: cognição e comportamento. 1ª Edição. São Paulo/SP: Casa do Psicólogo, 2007.
PESSOTTO, Fernando. Psicologia do trânsito: algumas reflexões. Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica. Disponível em: <:http://www.ibapnet.org.br/?cd=64>. Acessado em: 22 out. 2015.
Acadêmico do curso de Psicologia da Faculdade Integrado de Campo Mourão.
Psicólogo, docente na Faculdade Integrado de Campo Mourão, atuante na disciplina de Projeto Integrador e orientador do presente artigo.

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