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sistema reprodutor feminino Sistemas Organicos Intergrados IV (Faculdades Santo Agostinho) Scan to open on Studocu Studocu is not sponsored or endorsed by any college or university sistema reprodutor feminino Sistemas Organicos Intergrados IV (Faculdades Santo Agostinho) Scan to open on Studocu Studocu is not sponsored or endorsed by any college or university Downloaded by Gustavo de Sá (gustavocassanosm@gmail.com) lOMoARcPSD|32312248 O sistema reprodutor feminino é dividido em dois conjuntos de órgãos: os que estão localizados internamente e os que estão localizados externamente. Os órgãos internos incluem o útero, os ovários, as trompas uterinas e a vagina. Enquanto isso, os órgãos externos compreendem o monte do púbis, os grandes lábios, os pequenos lábios e o clitóris. Ovários – Os ovários são as gônadas femininas em pares, desempenhando um papel equivalente ao dos testículos masculinos. Eles liberam o óvulo com o propósito de fertilização, participando assim do processo reprodutivo feminino. Dentro desses órgãos, ocorre a formação dos oócitos (Gametogênese), que são as células germinativas femininas, também conhecidas como gametas. Além disso, os ovários desempenham um papel essencial na função endócrina, produzindo hormônios sexuais (esteroidogênese.). Os principais hormônios secretados pelos ovários são o estrogênio e a progesterona. FIQUE ATENTO: Nas mulheres, a produção de gametas também pode ser chamada de oocitogênese, já que os gametas em desenvolvimento são os oócitos. Cada ovário possui duas extremidades - a extremidade superior, conhecida como extremidade tubária, geralmente é coberta pelas fímbrias das tubas uterinas, também chamadas trompas de Falópio. A extremidade inferior aponta em direção ao corpo do útero. Localização – Cada um dos ovários se encontra na fossa ovariana da pelve verdadeira, localizada ao lado do útero e abaixo de cada uma das tubas uterinas. Os ovários têm uma forma que se assemelha a amêndoas e estão conectados ao ligamento largo do útero por meio de uma prega do peritônio chamada mesovário, o mesovário é uma porção do ligamento largo, que é um tipo de estrutura de suporte do útero. O ligamento largo contém vasos sanguíneos responsáveis por fornecer nutrientes aos ovários. O polo superior do ovário está Downloaded by Gustavo de Sá (gustavocassanosm@gmail.com) lOMoARcPSD|32312248 ancorado na parede pélvica por meio do ligamento suspensor do ovário, enquanto o polo inferior está fixado ao útero pelo ligamento útero-ovárico. Este último é um vestígio do cordão fibroso embrionário que fixa a gônada em desenvolvimento ao assoalho da pelve. Irrigação, drenagem e Inervação – Os ovários são irrigados pelas artérias ovarianas, as quais se originam da aorta abdominal. Esses vasos sanguíneos alcançam as gônadas femininas percorrendo um caminho dentro dos ligamentos suspensores. Drenagem- O sangue venoso dos ovários é coletado pelo plexo pampiniforme, que consiste em várias veias. Essas veias, posteriormente, se unem para formar as veias ovarianas. A veia ovariana direita deságua na veia cava inferior, enquanto a veia ovariana esquerda deságua na veia renal esquerda. Em relação à drenagem linfática, os linfonodos lombares desempenham o papel de coletar a linfa dos ovários. Existem três vias linfáticas para a drenagem da linfa dos ovários: 1. Superiormente, em direção aos linfonodos para-aórticos, localizados próximos à artéria ovárica. 2. Inferiormente, em direção ao grupo medial dos linfonodos inguinais superficiais, passando pelo canal inguinal, próximo ao ligamento redondo. 3. Horizontalmente, em direção ao ovário do lado oposto, através do fundo do útero. Inervação- Os ovários são inervados pelo nervo do plexo nervoso ovariano, que recebe fibras dos plexos aórtico, renal e hipogástrico (superior e inferior). As fibras simpáticas provêm dos nervos esplâncnicos menores localizados nas vértebras (T10-T11), enquanto a inervação parassimpática é proveniente dos nervos esplâncnicos pélvicos localizados nas vértebras S2-S4. Histologia - A superfície dos ovários é coberta por um epitélio pavimentoso ou cúbico simples, chamado de epitélio germinativo. Este epitélio é uma adaptação do mesotélio do peritônio. Dentro do epitélio germinativo, encontramos uma camada de tecido conjuntivo denso não modelado que é relativamente pobre em vasos sanguíneos; essa camada é conhecida como túnica albugínea, e é responsável pela cor branca característica dos ovários. Logo após a túnica albugínea, encontramos a zona cortical, o chamado córtex ovariano, ele abriga as estruturas conhecidas como folículos ovarianos, corpo lúteo e células intersticiais Corpo lúteo- uma glândula endócrina temporária, ela surge após a ovulação a partir dos restos do folículo de Graaf. A principal função do Downloaded by Gustavo de Sá (gustavocassanosm@gmail.com) lOMoARcPSD|32312248 corpo lúteo é a produção e liberação de progesterona. Se a fertilização não ocorre, o corpo lúteo degenera, resultando na formação de um tecido cicatricial chamado corpo albicante (ou corpo albicans). No entanto, em caso de fertilização bem-sucedida, o corpo lúteo continua a produzir progesterona até que a placenta esteja pronta para assumir essa função, o que geralmente ocorre por volta do quarto ou quinto mês de gestação. Dessa forma, o corpo lúteo desempenha um papel crucial no suporte hormonal durante as fases iniciais da gravidez, assegurando a manutenção de condições adequadas para o desenvolvimento do embrião. Folículos ovarianos – Os ovários de uma criança recém-nascida contêm aproximadamente 650.000 folículos primordiais, que são as unidades básicas de desenvolvimento dos folículos ovarianos. No entanto, ao longo do tempo, muitos desses folículos passam por um processo de morte celular programada, chamado apoptose, conhecido como atresia folicular. Isso significa que a maioria dos folículos presentes nos ovários de um recém-nascido não atingirá a maturação ou ovulação durante a vida da pessoa. Na menarca, que é o primeiro período menstrual e marca o início da maturação dos óvulos, restam cerca de 400.000 folículos, em média. É importante destacar que a formação dos folículos ocorre apenas na vida embrionária e fetal, e o número de folículos diminui com o tempo devido à atresia folicular. É importante entender que a quantidade de folículos que uma pessoa tem nos ovários é determinada principalmente no momento do nascimento e diminui ao longo da vida, sendo que a maioria não será recrutada para a ovulação. Isso é relevante para a saúde reprodutiva, pois à medida que o número de folículos diminui, a capacidade de uma mulher de engravidar e manter a fertilidade diminui com a idade. Os folículos apresentam variações de tamanho, dependendo do estágio de desenvolvimento em que se encontram. Consequentemente, podemos identificar três categorias distintas de folículos: Folículos Primordiais: • Os folículos primordiais representam o estágio mais inicial no desenvolvimento dos folículos ovarianos. • Sua formação se inicia no terceiro mês de vida fetal. Folículos em Crescimento: • Esta categoria inclui os folículos primários e secundários. • Os folículos primários marcam a primeira etapa de crescimento dos folículos. • Uma característica distintiva é o desenvolvimento da zona pelúcida, uma camada que contém proteínas Downloaded by Gustavo de Sá (gustavocassanosm@gmail.com) lOMoARcPSD|32312248 cruciais para a interação dos espermatozoides com o óvulo. Folículos Maduros ou de Graaf: • Os folículos de Graaf são aqueles que atingiram maturidade e estão prontos para liberar o óvulo em um processo chamado ovulação. Zona medular- Mais interna, a área central do ovário, chamada de medula, consiste principalmente de fibroblastos distribuídos de forma espaçada em uma matrizcomposta por abundante colágeno e contendo fibras elásticas. Além disso, a medula é rica em grandes vasos sanguíneos, vasos linfáticos e fibras nervosas. Não há um limite claramente definido entre essas duas zonas. FIQUE ATENTO: O folículo ovariano é uma estrutura que compreende o ovócito (a célula germinativa feminina) e as células foliculares que o cercam, conhecidas como células da granulosa. Esses folículos estão situados no tecido conjuntivo, também chamado estroma, onde fibroblastos estão presentes SE INFORME: O termo "epitélio germinativo" é uma denominação antiga que remonta ao período em que se acreditava, erroneamente, que esse epitélio era o local de origem das células germinativas durante o desenvolvimento embrionário. Hoje em dia, sabe-se que as células germinativas primordiais, tanto masculinas quanto femininas, têm uma origem extragonádica. Elas se originam for a dos órgãos reprodutivos e migram do saco vitelino embrionário para o córtex da gônada embrionária, onde passam por diferenciação e induzem a a formação dos órgãos reprodutivos, como os ovários no caso das células germinativas femininas. Tubas Uterinas - As tubas uterinas, também conhecidas como trompas de Falópio, são um par de órgãos musculares que se estendem dos cornos uterinos até os polos superiores dos ovários. Elas desempenham um papel Downloaded by Gustavo de Sá (gustavocassanosm@gmail.com) lOMoARcPSD|32312248 crucial na fertilização do óvulo e no transporte do zigoto resultante para o útero, onde ocorre a implantação. Cada tuba uterina possui aproximadamente 12 cm de comprimento, apresenta uma grande mobilidade, e é composta por duas extremidades distintas: o infundíbulo, que se abre na cavidade peritoneal próximo ao ovário e apresenta projeções com formato de dedos, as chamadas fímbrias, que se estendem sobre a superfície medial dos ovários., e a porção intramural, que está fixa e atravessa a parede do útero para se abrir em seu interior. Vale destacar que as tubas uterinas são órgãos intraperitoneais, completamente revestidos pela porção do ligamento largo do útero chamada mesosalpinge. Elas são constituídas por quatro quatro regiões anatômicas: 1. Infundíbulo 2. Ampola - É a parte mais longa e mais larga da tuba uterina. É o local mais comum de fertilização. 3. Ístmo - A parte mais estreita da tuba uterina, localizada medialmente, próxima ao útero. 4. Parte intramural (uterina) - Esta parte se comunica diretamente com a cavidade uterina através do óstio uterino. Irrigação, drenagem e Inervação – Irrigação: A tuba uterina recebe suprimento arterial de duas fontes principais: • A primeira fonte é a artéria uterina, um ramo da artéria ilíaca interna. • A segunda fonte é a artéria ovariana, que emerge da aorta abdominal. Drenagem: A drenagem venosa das tubas uterinas é realizada pelas veias tubárias, que por sua vez direcionam o sangue para os plexos venosos uterino e pampiniforme. Enquanto a drenagem linfática das tubas uterinas ocorre em direção aos linfonodos para-aórticos, ilíacos internos e inguinais. Inervação: A inervação simpática da tuba uterina é fornecida pelo plexo hipogástrico superior, que se origina das raízes nervosas de T10 a L2, através do nervo hipogástrico. A inervação parassimpática, por outro lado, provém dos nervos esplâncnicos pélvicos e do nervo vago. Localização – Nas representações "ideais", geralmente mostradas em ilustrações, as tubas uterinas se estendem simetricamente em direção posterolateral em relação às paredes laterais da pelve. Elas então se curvam anterior e superiormente em Downloaded by Gustavo de Sá (gustavocassanosm@gmail.com) lOMoARcPSD|32312248 direção aos ovários, no ligamento largo, em uma posição horizontal. Entretanto, na realidade, quando observadas por ultrassonografia, muitas vezes as tubas uterinas não seguem essa disposição ideal. Elas podem estar dispostas de maneira assimétrica, com uma delas posicionada superiormente e até mesmo posteriormente em relação ao útero. Histologia - As tubas uterinas são revestidas por um epitélio simples cilíndrico, que passa por alterações cíclicas sob a influência hormonal. Durante o ciclo menstrual, a altura das células epiteliais aumenta no meio do ciclo e diminui no período pré- menstrual. Da mesma forma, a proporção entre células ciliadas (com cílios) e não ciliadas mudas durante a fase folicular do ciclo ovariano. Durante a foliculogênese, quando a produção de estrogênio está em alta, as células ciliadas desenvolvem cílios mais longos e aumentam sua atividade ciliar. No entanto, durante a luteólise (quando o corpo lúteo diminui), as células ciliadas perdem seus cílios (deciliação). Importante notar que tanto as contrações peristálticas da camada muscular, que inclui uma camada interna circular em espiral e uma camada externa longitudinal, quanto a atividade ciliar das células epiteliais, contribuem para impulsionar o óvulo fertilizado ou o zigoto em direção ao útero. A tuba uterina possui três camadas distintas: 1. Mucosa: Essa camada forma o revestimento interno da tuba uterina. Ela é composta por um epitélio colunar simples e uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo que contém fibroblastos, mastócitos, células linfoides, fibras colágenas e fibras reticulares. A mucosa apresenta pregas longitudinais relativamente finas que se projetam para o interior do lúmen da tuba em toda a sua extensão. As pregas são mais numerosas e complexas na ampola e se tornam menores no istmo. Dentro da mucosa, existem dois tipos de células: 1. Células secretoras: As células secretoras desempenham um papel crucial na criação de um ambiente nutritivo e protetor para apoiar os espermatozoides durante sua jornada em direção ao óvulo secundário. Os produtos da secreção facilitam a capacitação dos espermatozoides, um processo que os torna totalmente maduros e capazes de fertilizar o óvulo. Essa secreção também fornece nutrição e proteção ao óvulo. Em caso de fertilização, a mesma secreção oferece nutrientes essenciais para o embrião durante suas fases iniciais de desenvolvimento. As células secretoras não ciliadas, que são mais longas, tornam-se mais ativas durante a Downloaded by Gustavo de Sá (gustavocassanosm@gmail.com) lOMoARcPSD|32312248 ovulação. Diferentemente das células ciliadas, elas são mais predominantes na porção proximal das tubas. Essas células secretam um fluido que é impulsionado com o óvulo em direção ao útero pelos cílios. Essa secreção não apenas nutre o óvulo fertilizado, mas também desempenha um papel fundamental na capacitação, que é uma etapa crucial na maturação dos espermatozoides. Após a menopausa, o epitélio das tubas uterinas diminui em altura devido à redução do número de células ciliadas. 2. Células ciliadas: Os cílios das células das tubas uterinas batem em uníssono, criando um movimento coordenado em direção ao útero. Isso impulsiona o óvulo fertilizado, os espermatozoides e o líquido viscoso produzido pelas células secretoras em direção ao útero, facilitando o transporte de todos esses elementos ao longo das tubas uterinas. 2. Muscular: A tuba uterina apresenta uma camada muscular espessa composta por músculo liso. Esta camada é subdividida em duas partes: uma camada interna circular e uma camada externa longitudinal. A atividade contrátil conjunta dessas duas camadas resulta em contrações peristálticas das tubas uterinas, que desempenham um papel importante na propulsão do óvulo fertilizado em direção ao útero. 3. camada serosa: é composta por um folheto visceral de peritônio, que reveste externamente a tuba uterina. Esta camada serosa faz parte do ligamento largo peritoneal do útero Função - As tubas uterinas desempenham um papel fundamental no transporte do óvulo do ovário para o útero. Esse processo é auxiliadopelas contrações peristálticas das camadas musculares das tubas e pelo movimento ondulatório das células ciliadas que revestem suas paredes. Durante a ovulação, as fímbrias (projeções em forma de dedos no infundíbulo da tuba uterina) se tornam edemaciadas, o que ajuda o movimento do óvulo liberado pelo ovário em direção às tubas uterinas. Os espermatozoides também viajam pelas tubas em direção ao óvulo, e a fertilização geralmente ocorre na ampola da tuba uterina. Após a fertilização, as tubas fornecem nutrição ao óvulo fertilizado. Antes da ovulação, as tubas uterinas apresentam movimentos ativos, com as fímbrias posicionadas sobre a superfície do ovário onde a ovulação ocorrerá. Isso facilita a captura do óvulo liberado. Após a liberação do óvulo, as células ciliadas no infundíbulo da tuba direcionam-no para o Downloaded by Gustavo de Sá (gustavocassanosm@gmail.com) lOMoARcPSD|32312248 óstio da tuba uterina, evitando que ele entre na cavidade peritoneal. O óvulo é então transportado ao longo da tuba uterina por meio de contrações peristálticas e do movimento ciliar. Esses movimentos não apenas movem o óvulo, mas também impedem a passagem de microrganismos da cavidade uterina para a cavidade peritoneal Fertilização - As tubas uterinas têm várias funções importantes no processo de fertilização: 1. Captura do óvulo: Durante a ovulação, um óvulo maduro é liberado de um dos ovários. As tubas uterinas têm uma estrutura em forma de funil chamada infundíbulo que ajuda a capturar o óvulo assim que ele é liberado do ovário. 2. Transporte do óvulo: Após a ovulação, as contrações musculares nas tubas uterinas ajudam a transportar o óvulo para o interior do tubo em direção ao útero. Esse movimento é auxiliado pelas células ciliadas que revestem o interior das tubas. 3. Encontro do esperma: As tubas uterinas também são o local onde a fertilização ocorre. Se houver espermatozoides presentes no trato reprodutivo feminino no momento em que o óvulo desce pelo tubo, a fertilização pode ocorrer. Os espermatozoides encontram o óvulo e tentam penetrá-lo. 4. Início da divisão celular: Após a fertilização bem-sucedida, o óvulo fertilizado (agora chamado de zigoto) começa a se dividir e se transforma em um embrião à medida que viaja pelas tubas uterinas em direção ao útero. A divisão celular continua até que o embrião alcance o útero e esteja pronto para se implantar na parede uterina. É importante observar que, se as tubas uterinas estiverem obstruídas ou danificadas, a fertilização pode ser dificultada ou impossibilitada, levando à infertilidade. Em tais casos, as opções de tratamento, como a fertilização in vitro (FIV), podem ser consideradas para ajudar casais a conceber. A saúde das tubas uterinas é, portanto, um fator crítico na capacidade de uma mulher de engravidar naturalmente. Vagina- *Não aprofundei pois não era tópico do APG A vagina é um tubo muscular e expansível que conecta o colo do útero (a parte superior do útero) à parte externa do corpo, por meio da abertura vaginal, chamada óstio da vagina. Ela tem aproximadamente 7 a 9 centímetros de comprimento. Downloaded by Gustavo de Sá (gustavocassanosm@gmail.com) lOMoARcPSD|32312248 Na entrada da vagina, no que é chamado de vestíbulo da vagina (uma área entre os pequenos lábios da vulva), você encontrará várias aberturas importantes: • O óstio da vagina, que é a entrada da vagina em si. • O óstio externo da uretra, que é a abertura da uretra, de onde a urina é eliminada. • Os ductos das glândulas vestibulares maiores e menores, que são glândulas que produzem secreções lubrificantes durante a excitação sexual. Além disso, a parte vaginal do colo do útero (a parte inferior do útero) está localizada na parte superior da vagina, o que significa que a vagina está posicionada abaixo do colo do útero. Isso é importante no contexto da anatomia e da fisiologia reprodutiva da mulher. A vagina desempenha várias funções, incluindo: • Servir como canal para o fluxo menstrual. • Formar a parte inferior do canal de parto, por onde o bebê passa durante o parto. • Receber o pênis e o esperma durante a relação sexual. • Conectar-se superiormente com o canal do colo do útero e inferiormente com o vestíbulo vaginal. Em mulheres virgens, a abertura da vagina pode ser parcialmente coberta por uma membrana chamada hímen, que consiste em pregas da membrana mucosa que se estendem para dentro do canal vaginal. Útero- O útero é um órgão muscular oco, com formato piriforme e paredes espessas. É responsável por abrigar e permitir o desenvolvimento do embrião e do feto durante a gravidez. Suas paredes musculares se adaptam ao crescimento do feto e fornecem a força necessária para sua expulsão durante o parto. Em uma mulher não grávida, o útero geralmente está localizado na pelve menor, com a parte do corpo do útero sobre a bexiga urinária e o colo entre a bexiga urinária e o reto. O útero é um órgão dinâmico cujo tamanho e proporções podem mudar ao longo da vida. Em uma mulher adulta, o útero geralmente está antevertido (inclinado anteriormente e superiormente em relação ao eixo da vagina) e antefletido (curvado anteriormente em relação ao colo, criando uma angulação). Essa posição coloca a massa do útero sobre a bexiga urinária, de modo que, quando a bexiga está vazia, o útero geralmente está em um plano quase transversal. A posição do útero pode mudar com o grau de enchimento da bexiga e do reto, bem como com o avanço da gravidez. Downloaded by Gustavo de Sá (gustavocassanosm@gmail.com) lOMoARcPSD|32312248 O tamanho do útero pode variar, mas geralmente tem cerca de 7,5 cm de comprimento, 5 cm de largura e 2 cm de espessura, pesando aproximadamente 90 g. O útero é uma parte vital do sistema reprodutor feminino, desempenhando um papel fundamental na gravidez e no parto. É dividido em três regiões principais: corpo, istmo e colo (ou cérvice). Corpo- O corpo do útero forma os dois terços superiores do órgão e inclui o fundo do útero, que é a parte arredondada situada na porção mais alta. O corpo está localizado entre as lâminas do ligamento largo e é móvel. O corpo do útero tem duas faces: uma anterior, que está voltada para a bexiga urinária, e outra posterior, que está voltada para o intestino. Ele é separado do colo do útero pelo istmo do útero, um segmento relativamente estreito com cerca de 1 cm de comprimento. O corpo do útero é um órgão intraperitoneal e possui um lúmen triangular, que é formado por sua conexão com o istmo do útero e as tubas uterinas (trompas de Falópio). A parte mais alta do útero é chamada de fundo. Istmo – O istmo é uma estreita passagem com aproximadamente 1 cm de comprimento que conecta o colo do útero e o corpo do útero. É uma parte importante da anatomia uterina e desempenha um papel na comunicação entre essas duas regiões do útero. Colo do útero – O colo do útero é o terço inferior do útero, que é cilíndrico e relativamente estreito. Em uma mulher adulta não grávida, ele tem aproximadamente 2,5 cm de comprimento. Para fins descritivos, o colo do útero é dividido em duas porções: 1. Porção Supravaginal: Esta parte está localizada entre o istmo do útero e a vagina. Ela é separada anteriormente da bexiga urinária por tecido conjuntivo frouxo e posteriormente do reto pela escavação retouterina. 2. Porção Vaginal: A parte do colo do útero que se projeta na parte superior da parede anterior da vagina. Ela tem uma forma arredondada e circunda o óstio do útero. Essa área é circundada por um estreito recesso chamado fórnice da vagina. O colo do útero é subperitoneal e possui uma parte que se projeta no interior da vagina (porção vaginal) e uma parte que está fixada ao perimétrio (porção supravaginal). O colo também contém um canal cervical que possui dois orifícios: o orifício interno, quese abre na região do istmo do útero, e o orifício externo, que se abre na vagina. Essa estrutura é crucial para a função reprodutiva e a comunicação entre o útero e a vagina. Cavidade do útero – Downloaded by Gustavo de Sá (gustavocassanosm@gmail.com) lOMoARcPSD|32312248 A cavidade do útero tem uma forma que lembra uma fenda e se estende por cerca de 6 cm, indo desde o óstio uterino até a parede do fundo do útero. Os cornos do útero referem-se às regiões superiores e laterais da cavidade do útero, onde as tubas uterinas se conectam. A cavidade do útero se estende para baixo e se transforma no canal do colo do útero. O canal do colo do útero tem uma forma alongada e vai desde uma parte estreita dentro do istmo do corpo do útero, chamado óstio anatômico interno, até as partes supravaginal e vaginal do colo do útero. Ele se conecta ao lúmen da vagina através do óstio uterino. A cavidade do útero, especialmente o canal do colo do útero, e o lúmen da vagina juntos formam o canal de parto. Este é o canal pelo qual o feto passa no momento do parto no final da gestação. Histologia - A parede do útero nas regiões de corpo e fundo é relativamente espessa e composta por três camadas: 1. Endométrio: O endométrio é composto por um revestimento de células colunares simples, que incluem células ciliadas (células com pequenos cílios) e células secretoras. Abaixo desse revestimento, há uma camada de tecido chamada lâmina própria, que contém glândulas tubulares simples, algumas das quais podem se ramificar e estender-se em direção ao miométrio (a camada muscular do útero). A lâmina própria, é composta por um tipo de tecido conjuntivo rica em fibroblastos, macrófagos e leucócitos. Ela também contém uma matriz extracelular significativa, com suas fibras principalmente compostas por colágeno tipo III. O colágeno tipo III é um tipo de proteína estrutural que fornece suporte e estrutura ao tecido conjuntivo, contribuindo para a integridade e a função da lâmina própria. O endométrio é dividido em duas partes: a camada funcional, que muda durante o ciclo menstrual, e a camada basal, que é mais estável. Esta camada interna está ligada firmemente ao músculo do útero, chamado miométrio. Durante o ciclo menstrual, o endométrio sofre mudanças regulares. Se ocorrer uma gravidez, o embrião se fixa nessa camada. Se não houver gravidez, a parte interna do endométrio é eliminada durante a menstruação. O colo do útero tem menos tecido muscular em comparação com o corpo do útero. É composto principalmente por tecido fibroso, principalmente colágeno, com um pouco de músculo liso e elastina. 2. Miométrio: O miométrio é a camada espessa de músculo liso que compõe a parede do útero. É formado por Downloaded by Gustavo de Sá (gustavocassanosm@gmail.com) lOMoARcPSD|32312248 feixes de fibras musculares lisas separadas por tecido conjuntivo. Essas fibras musculares estão organizadas em quatro camadas, sendo as camadas interna e externa compostas por fibras dispostas longitudinalmente, enquanto as camadas intermediárias têm feixes circulares e grandes vasos sanguíneos que fornecem sangue ao útero. À medida que o útero se estreita em direção à cérvice (a parte inferior do útero), o miométrio é substituído por tecido conjuntivo denso que contém fibras elásticas e poucas células musculares lisas. Durante a gravidez, o miométrio, que é uma de músculo liso no útero, sofre um considerável alongamento, tornando-se mais extenso, porém mais fino. Nessa camada, encontram-se os principais ramos dos vasos sanguíneos e nervos do útero. Quando o parto se aproxima, a contração do miométrio é estimulada por hormônios a intervalos cada vez mais curtos, o que contribui para a dilatação do óstio do colo do útero e a expulsão do feto e da placenta. Durante a gravidez, o miométrio cresce devido ao aumento no número e tamanho das células musculares, impulsionado pelos níveis elevados de estrógeno. Nesse período, algumas células musculares lisas desenvolvem a capacidade de secretar proteínas e sintetizar colágeno, que aumenta em quantidade. Após a gravidez, algumas células musculares degeneram, outras diminuem de tamanho e o colágeno é degradado. 3. Perimetrio: O perimétrio é a camada mais externa do útero, é semelhante ao peritônio e é envolvido por uma fina camada de tecido conjuntivo chamada tela subserosa. Nas áreas onde não há revestimento de peritônio, não há serosa, mas sim adventícia, que é apenas uma camada de tecido conjuntivo. Essa complexa anatomia e histologia do útero desempenham um papel fundamental na reprodução e no desenvolvimento do feto durante a gravidez. Downloaded by Gustavo de Sá (gustavocassanosm@gmail.com) lOMoARcPSD|32312248