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Contrato de Aprendizagem: Direitos e Deveres

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DIREITO DO TRABALHO I - Profª DEISY ALVES
CONTRATO DE APRENDIZAGEM (resumo)
CF, Art.7, inciso XXXIII – “proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;” 
A Consolidação disciplina a aprendizagem nos artigos 403 e do 428 ao 433. O conceito de aprendiz se encontra estatuído no artigo 428 da CLT, nos seguintes termos:
“Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar, com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação”.
§ 1o A validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, matrícula e frequência do aprendiz à escola, caso não haja concluído o ensino fundamental, e inscrição em programa de aprendizagem desenvolvido sob a orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica.
§ 2o Ao menor aprendiz, salvo condição mais favorável, será garantido o salário mínimo hora. 
§ 3o O contrato de aprendizagem não poderá ser estipulado por mais de dois anos, exceto quando se tratar de aprendiz portador de deficiência. 
§ 4o A formação técnico-profissional a que se refere o caput deste artigo caracteriza-se por atividades teóricas e práticas, metodicamente organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho. 
§ 5o A idade máxima prevista no caput deste artigo não se aplica a aprendizes portadores de deficiência. 
§ 6o Para os fins do contrato de aprendizagem, a comprovação da escolaridade de aprendiz portador de deficiência mental deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências relacionadas com a profissionalização.“
Em sua origem, previa a CLT, art. 83 que, o então chamado menor aprendiz, poderia receber a título de estipêndio valor inferior ao salário mínimo, previsão hoje suprimida pela incorporação do § 2º ao art. 428 e revogação consequente da norma anterior (art. 83 da CLT). (OJ 26, da SDC, do TST - Salário normativo. Menor empregado. Art. 7º, XXX, da CF/88. Violação. Os empregados menores não podem ser discriminados em cláusula que fixa salário mínimo profissional para a categoria. )
Na sistemática legal, as empresas são obrigadas a matricularem determinado número de aprendizes nos cursos do sistema S (SESC, SENAI, SENAR, SENAT), podendo o aprendizado na nova dicção legal se dar ainda na empresa, ao que nos parece, com supervisão daquelas entidades.
O legislador cogita do aprendiz menor (14 a 18 anos), aprendiz maior (18 a 24 anos) e de situação única ao portador de necessidades especiais, que recebe na lei alcunha de deficiente, para o qual não existe limite máximo de idade na contratação de aprendizagem.
A Consolidação estabelece prazo máximo de dois anos para a aprendizagem, que se dará preferencialmente nos serviços nacionais de aprendizagem, esboçada concessão a outros locais habilitados nos termos do art. 430.
Assegura-se ao aprendiz FGTS em percentual de 2% (§ 7º do art. 15 da Lei nº 8.036/90), bem assim estão legalmente previstas, expressa e taxativamente, as causas de término da aprendizagem (art. 433 da CLT).
Frise-se que, sendo o rol de término das hipóteses de aprendizagem taxativo, encontra-se vedada a despedida imotivada, o que indiretamente implica reconhecer verdadeira estabilidade ao aprendiz dentro da vigência do respectivo contrato. 
“Art. 433. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no § 5o do art. 428 desta Consolidação, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses: 
I – desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz; (AC) 
II – falta disciplinar grave; (AC) 
III – ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo; ou (AC) 
IV – a pedido do aprendiz. (AC) 
 § 2o Não se aplica o disposto nos arts. 479 e 480 desta Consolidação às hipóteses de extinção do contrato mencionadas neste artigo. “

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