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* * MECANISMO DE AÇÃO PATOGÊNICA DOS VÍRUS Recife 2010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE Centro de Ciências da Saúde – CCS Departamento de Medicina Tropical Natália Gomes de Morais * * Vírus X Hospedeiro A manifestação clinica da doença depende de fatores como: Virulência da cepa; Susceptibilidade do hospedeiro; Efeitos tóxicos devido interação vírus –célula; O termo PATOGENIA é utilizado para definir as injúrias causadas por infecções virais nos órgãos, com consequente aparecimento de doença * * Tipos de Transmissão Contato: Indivíduo-indivíduo; Fômites; Perdigotos (aerossóis de secreções respiratórias). Veículo: água ou alimentos contaminados; Vetores: através de animais vertebrados ou invertebrados. Vetores Biológicos; Vetores Mecânicos. TRANSMISSÃO HORIZONTAL * * Tipos de Transmissão Mãe infectada –pode transmitir in útero, durante o nascimento pelo canal vaginal e pelo leite materno Exemplos de Viroses Congênitas: Rubéola Hepatite B e C HIV Herpes 1,2 TRANSMISSÃO VERTICAL * * ROTAS DE ENTRADA DE VÍRUS NO ORGANISMO Trato Respiratório Trato Alimentar Trato Urogenital Conjuntiva Pele A rota vai depender da morfologia do vírus Envelopado Não envelopado Menor resistência Precisam permanecer úmidos sangue, saliva , sêmen, etc. Resistem a ressecamentos, pH extremos, efeitos de detergentes, desinfecção branda. * * Trato Respiratório A infecção pode ser restrita ao epitélio do TR ou pode ser disseminada pelo organismo Camada de muco Camada de células ciliadas Macrófagos alveolares Anticorpos da classe IgA Para infectar o epitélio TR, o vírus tem que superar: * * Trato Alimentar Ambiente hostil: Acidez do estômago; Alcalinidade do intestino; Presença de sais biliares; Enzimas proteolíticas; Camada de muco; Anticorpos da classe IgA; Células fagocitárias. * * Trato Urogenital É bem protegido por barreiras fisiológicas: Muco pH ácido A atividade sexual pode resultar em abrasões no epitélio vaginal ou na uretra, permitindo a entrada de vírus. * * Conjuntiva A conjuntiva é constantemente lavada pela: secreção ocular movimento das pálpebras Infecções Virais abrasão da mucosa Procedimentos oftalmológicos Contaminação do ambiente, ex.:piscinas * * Pele Epiderme Produzindo lesões locais através de pequenas abrasões É composta de várias camadas de células (incluindo células queratinizadas). que provêem uma rígida e impermeável barreira a entrada dos vírus. O vírus só pode penetrar no organismo pelo rompimento da integridade da pele * * Pele Muitos vírus podem ter acesso a derme através: Picada de vetores artrópodes; Agulhas contaminadas, tatuagens, pirercing. Derme Camada extremamente vascularizada Existe também a penetração através de abrasões ou ulcerações da pele. * * MECANISMOS DE DISSEMINAÇÃO DOS VÍRUS devem ser ULTRAPASSADAS Barreiras Físicas Barreiras Imunológicas Barreiras Químicas * * Membrana Basal Destruição das células epiteliais Processo inflamatório Tecidos Subepiteliais Fluidos teciduais Sistema linfático Fagócitos Poderão disseminar os vírus MECANISMOS DE DISSEMINAÇÃO DOS VÍRUS * * Mecanismo de Escape do S. Imune É a liberação direcionada das partículas virais pelas células polarizadas na superfície da mucosa. Os vírus podem ser liberados através da face APICAL ou BASOLATERAL, ou de ambas. Replicação Núcleo Membrana Plasmática Vírus Liberação APICAL Dispersão de vírus entéricos recém-sintetizados nas fezes. * * Replicação Núcleo Membrana Plasmática Vírus Permite o acesso aos tecidos adjacentes e pode facilitar o espalhamento sistêmico. Liberação BASOLATERAL Mecanismo de Escape do S. Imune * * Disseminação Local pela Superfície do Epitélio Quando os vírus penetram nas células do epitélio, estes serão replicados e os novos vírus formados irão invadir as células vizinhas. Núcleo Epitélio Vírus Replicação Cílios Replicação * * Disseminação Linfática Vírus Linfonodos Macrófagos Os vírus serão transportados passivamente pelos macrófagos * * Disseminação através do Sangue Os vírus que escapam das defesas locais podem atingir a circulação sanguínea e produzir infecção disseminada. Viremia: presença de partículas virais no sangue Viremia Passiva Viremia Ativa Os vírus podem entrar na corrente sanguínea através dos: Capilares Replicação viral nas células endoteliais Inoculação através de um vetor * * Invasão de outros tecidos Após a disseminação dos vírus através do sangue, eles precisam invadir novas células e tecidos para continuar sendo replicado. Fígado; Baço; Medula Óssea; Glândulas Adenóides Formados por sinusóides (ou cavidades) cobertos por MACRÓFAGOS Mecanismo Microbicida INATIVO Fazem parte do Sistema Reticuloendotelial veículos para disseminação de vírus * * Invasão de outros tecidos Glomérulos Renais; Pâncreas; Íleo e Cólon Esses tecidos não possuem sinusóides e portanto, os MACRÓFAGOS não estão presentes. ADERIR Células endoteliais Capilares Vênulas Fluxo sanguíneo LENTO Paredes MENOS espessas Vírus consegue atravessar para os tecidos adjacentes * * Invasão de outros tecidos SNC; Tecido Conjuntivo; Músculo Esquelético e Cardíaco Células do endotélio capilar não possuem espaços intercelulares e são envoltos por densa membrana basal Plexo Coróide Cerebral Altamente vascularizados Alguns vírus atravessam o epitélio capilar Invadem o LIQUOR por replicação * * Efeitos da Infecção por Vírus Citocidas Um dos principais mecanismos de dano celular é a apoptose após a infecção viral. A infecção viral também pode resultar na interrupção de processos essenciais para o hospedeiro, tais como: síntese de proteínas; síntese de ácidos nucléico; transporte de moléculas. * * Padrões de Infecção Inóculo viral suficiente para iniciar a infecção; As células no sítio da infecção devem ser susceptíveis e permissivas para o vírus; Os sistemas de defesa do hospedeiro devem estar ausentes ou pelo menos, ser inicialmente ineficientes. Exigências para o início da Infecção: Tropismo: é a predileção do vírus para infectar certos tecidos do hospedeiro e não outros. * * Evasão das Defesas do Hospedeiro Mecanismos Passivos através da superinoculação de vírus Mecanismos Ativos Variação Antigênica Inibição do processamento antigênico Produção de homólogos do receptor de citocinas Infecção de Células Imunocompetentes Remoção do MHC I * * Tipos de Infecção Infecções AGUDAS/INAPARENTES Infecções PERSISTENTES Infecção Crônica Infecção Lenta Infecção Latente * * Infecção Aguda O termo infecção aguda indica a produção rápida de vírus, seguida da resolução e eliminação rápida da infecção pelo hospedeiro. * * Infecções Persistentes Não são eliminadas rapidamente e as partículas virais ou produtos virais continuam sendo produzidos por longos períodos. As partículas infecciosas podem ser produzidas continua ou intermitentemente por meses ou anos. * * Infecções Persistentes Infecção Crônica Infecção Lenta Infecção Latente vírus é continuamente replicado e excretado longo período entre a infecção aguda primaria e o surgimento dos sintomas O vírus persiste em forma “não infecciosa” com períodos intermitentes de reativação * * Infecções Abortivas O vírus infecta um hospedeiro ou uma célula susceptível, mas a replicação não se completa, geralmente porque um gene viral ou celular essencial não é expresso. * * Transformação Celular Um célula infectada com certos vírus de DNA ou retrovírus pode exibir propriedades de crescimento alteradas e começar a proliferar mais rapidamente que células não infectadas. Padrão de infecção persistente causa alteração no comportamento da célula que leva a transformação celular podendo progredir para câncer. * Exemplos de Infecções Virais * * Períodos da Infecção Período da infecção em que o indivíduo apresenta sintomas clínicos generalizados e inespecíficos da doença e que antecede os sintomas característicos da doença. Período compreendido entre o início da infecção e o aparecimento dos primeiros sintomas característicos da doença. Período de Incubação Período de Prodrômico Período de Infecciosidade Período durante o qual o indivíduo infectado permanece excretando e transmitindo o vírus. * * Excreção dos Vírus do Organismo Secreções respiratórias Fezes Pele Trato geniturinário Leite materno Sangue O último estágio da patogênese é a excreção do vírus infeccioso, necessário para manutenção da infecção na população. * * Referências Bibliográficas SANTOS, N.S.O.; ROMANOS, M.T.V.; WIGG, M.D.; Introdução à Virologia Humana; RJ: Editora: Guanabara Koogan, 2002. TORTORA, G.J.; FUNKE, B.R.; CASE, C.L.; Microbiologia; 6ª edicão; RS: Editora: ARTMED, 2000. TRABULSI, L.R., ALTERTHUM F, GOMPERTZ OF, CANDEIAS JA. Microbiologia. 4ª. ed., Ed. Atheneu, 2004. *
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