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CUNICULTURA NUTRIÇÃO 2015.2

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Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA
Centro de Ciências Agrárias e Biológicas – CCAB
Curso de Zootecnia
CUNICULTURA
Profa. Cláudia de Castro Goulart
Colaboração com os slides: Profa. Rafaele Ferreira 
Sobral, CE
2015.2
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Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA
Centro de Ciências Agrárias e Biológicas – CCAB
Curso de Zootecnia
Unidade 6 
NUTRIÇÃO E MANEJO ALIMENTAR DE COELHOS 
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SISTEMA DIGESTÓRIO DOS COELHOS
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SISTEMA DIGESTÓRIO DOS COELHOS
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SISTEMA DIGESTÓRIO DOS COELHOS
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SISTEMA DIGESTÓRIO DOS COELHOS
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SISTEMA DIGESTÓRIO DOS COELHOS
ESTÔMAGO
– Cavidade única
–Paredes do estômago muito finas (pouco desenvolvimento da musculatura)
• Necessita de constante ingestão de alimento para o transporte do conteúdo estomacal para o intestino
- Não há peristaltismo reverso  não regurgita
- Bolo alimentar parado do estômago  fermentação  morte
- Se passar períodos longos de jejum  após realimentação consome em excesso  rompimento do estômago
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SISTEMA DIGESTÓRIO DOS COELHOS
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SISTEMA DIGESTÓRIO DOS COELHOS
INTESTINO DELGADO
– Local onde há a maior parte da degradação e absorção dos nutrientes
– Composto de: Duodeno, jejuno e íleo
• Recebe a bile produzida no fígado  emulsificação das gorduras
• Recebe suco pancreático  contém as enzimas:
Tripsina , quimiotripsina, carboxipeptidases A e B, elastase e nuclease  digestão de proteínas
 Amilase pancreática  digestão do amido
Lipase pancreática  digestão de lipídios
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SISTEMA DIGESTÓRIO DOS COELHOS
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SISTEMA DIGESTÓRIO DOS COELHOS
INTESTINO GROSSO
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PARTICULARIDADES DOS COELHOS
CECOTROFIA ou COPROFAGIA
– Ato de comer as próprias fezes moles
– Ação normal dos coelhos (necessidade fisiológica)
– Ocorre no momento mais calmo do dia (noite)
– Objetivo:
• Absorver mais nutrientes
–Vitaminas*, minerais, ácidos graxos voláteis
– Ocorre com a ação das supra renais
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FORMAÇÃO DOS CECOTROFOS 
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FORMAÇÃO DOS CECOTROFOS 
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FORMAÇÃO DOS CECOTROFOS 
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FORMAÇÃO DOS CECOTROFOS 
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FORMAÇÃO DOS CECOTROFOS 
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CECOTROFIA 
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CECOTROFIA 
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CECOTROFIA 
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ESTRESSE X CECOTROFIA 
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Cecotrofos
Fezes duras
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COMPOSIÇÃO DOS CECOTROFOS 
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NUTRIÇÃO DE COELHOS
 Maior desenvolvimento na França  determinação de exigências nutricionais para as diversas fases  condições de criação bem diferentes do Brasil
• No Brasil há poucos estudos sobre a nutrição e
exigências nutricionais de coelhos
• Estudos garantem resultados de:
		– Machos (reprodutores)
		– Fêmeas (vazias, gestantes e lactantes)
		– Láparos (desmame - abate)
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NUTRIÇÃO DE COELHOS
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NUTRIENTES
– Carboidratos
– Proteínas
– Lipídeos
– Vitaminas
– Minerais
– Água
Monogástricos herbívoros  apresentam alta exigência de fibra
– Funções das fibras:
		• Manter a consistência da digesta
		• Formar as fezes duras
		• Assegurar o trânsito digestivo normal
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EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS
LÁPAROS
– Colostro (primeiras 24 horas de vida)
 Leite – único alimento até cerca de 20 dias – após ingestão de ração e volumosos fornecidos para a matriz
• CRESCIMENTO
– Fase de maior depósito de carne magra
- Fornecimento – de ração à vontade, volumoso controlado:
		• Alto teor protéico
		• Aminoácidos essenciais e limitantes
• TERMINAÇÃO
– Maior exigência de energia e menor teor protéico
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EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS
 GESTANTES
– Fase de formação dos embriões
– Necessitam de alto teor de proteína
• LACTAÇÃO
– Ração fornecida à vontade (ad libitum)
– Excelente qualidade
• Maximizar a produção e manutenção corporal
– Deve apresentar alta teor de proteína e de energia
• MACHOS EM REPOUSO E FÊMEAS VAZIAS
– Dietas com baixos teores nutricionais
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EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS
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Exigências nutricionais para coelhos
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ENERGIA
Importante para manter as atividades metabólicas e deposição tecidual
– Realizar trabalho
– Reações metabólicas
– Manutenção da temperatura corporal
- Deposição tecidual
• Energia em excesso  depósito de gordura
• Energia em deficiência  menor produção
• Na quantidade recomendada  maior crescimento e ganho de peso
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EXIGÊNCIAS DE ENERGIA
EXIGÊNCIA DE MANTENÇA
– Inclui todas as atividades basais, atividade física
moderada e termorregulação
– Não há ganho nem perda de peso
EXIGÊNCIA DE CRESCIMENTO
– Energia necessária para a deposição de tecidos cerca de 50 a 56%.
– Necessária para ganho de peso
		• Carne magra (proteína)
		• Gordura
– Teor de energia crescente até o abate
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EXIGÊNCIAS DE ENERGIA
EXIGÊNCIA DE REPRODUÇÃO
– Necessária manutenção corporal, produção de leite e prenhez
• Gestação
– Necessidade energética e relativamente baixa
– Deve ser controlada para evitar grandes ganhos de peso
– 2/3 iniciais da gestação teor energetico menor (mantença)
– 1/3 final da gestação teor energético maior (3 X mantença)
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EXIGÊNCIAS DE ENERGIA
Lactação
– Necessidade energética alta
– Eficiência para produção de leite e estimada entre 63 a 69%.
– Exigência para a manutenção e produção de leite
• Machos
– Necessidade energética intermediária
– Exigência para a manutenção e produção de espermatozóides
– Teor próximo do recomendado para fêmeas em gestação
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EXIGÊNCIAS DE FIBRA
Os coelhos são pouco eficientes no uso da fibra como fonte de energia quando comparados aos ruminantes
• Importância da fibra na nutrição dos coelhos:
	– Regulação do trânsito da digesta		
– Suplemento nutritivo
	– Manutenção da integridade da mucosa
 intestinal
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EXIGÊNCIAS DE FIBRA
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EXIGÊNCIAS DE FIBRA
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EXIGÊNCIAS DE FIBRA
Deve ser fornecida para os coelhos:
	– Níveis de 13 a 20% de fibra bruta 
(ou 18 a 24% de FDA)
• Muita fibra (acima de 20%)
	– Acelera o trânsito do bolo alimentar
	– Diminui a absorção de nutrientes
	- Reduz o ganho de peso
• Pouca fibra (inferior a 10%)
	–Causa alterações digestivas, com fermentações tóxicas e proliferação de microrganismo de putrefação, que produzem enterites
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Fibra na nutrição de coelhos
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EXIGÊNCIAS DE FIBRA
As bactérias celulolíticas presentes no ceco são responsáveis pela digestibilidade de 12 a 30% da fibra
• Produção de ácidos graxo voláteis (AGV´s)
		–60-70% de acético
		–15-20% de butírico
		–10-15% de propiônico
–Fonte de energia »20 a 30% da energia de mantença
• Ceco e cólon proximal a absorção dos AGV´s
• Parte é eliminada pelos cecotrofos (odor característicos)
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LIPÍDEOS
Os níveis de lipídeos na ração deve ser entre 2 a 5%.
• Seu valor energético e 2,25 vezes maior que os carboidratos
• Exemplos:
– Ac. graxos saturados:
		• Palmítico e o esteárico,
– Ac. Graxos insaturados:
		• Oleico e o linoleico.
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PROTEÍNAS
Exigências de mantença  turnover proteico
Exigências de produção  ganho de peso, reprodução, produção de pêlos
Aminoácidos limitantes:
Lisina
Metionina+cistina
Arginina
Treonina 
Triptofano
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PROTEÍNAS
Fontes de proteínas:
	Alimentos (dieta)
	Aminoácidos produzidos pelos microrganismos cecais reaproveitados pela ingestão dos cecotrofos  cerca de 15 a 20%
EXIGÊNCIA DE PROTEÍNA NO CRESCIMENTO
– Para o desenvolvimento corporal e mantença
• Teor de proteína elevado (15 a 16% de PB)
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PROTEÍNAS
EXIGÊNCIA DE PROTEÍNA NA REPRODUÇÃO
– Importante para a manutenção corporal da fêmeas, desenvolvimento dos láparos e produção de leite
Gestação
– Fornecer na quantidade ideal  15 a 16%
• Teor baixo  menor desempenho da fêmea e
menor desenvolvimento dos láparos
• Alto teor  excesso de eliminação de N na urina
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PROTEÍNAS
Lactação
– Necessidade protéica alta – 17 a 20%
– Exigência para a manutenção corporal e produção de leite
Machos
– Necessidade protéica intermediária - 12%
– Exigência para a manutenção e produção de
espermatozóides
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MINERAIS
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VITAMINAS
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EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS DE COELHOS
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Necessidades nutricionais nacionais por quilo para coelhos considerando uma dieta com 90,0% de matéria seca 
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ÁGUA
• Quantidade de água corporal:
Coelho jovem – 70 a 80% de água
Coelho adulto - 50 a 60% de água
Diarréia  elevada taxa de mortalidade em jovens
• Fornecimento de água deve ser à vontade
• Deve ser fresca, limpa e livre de contaminações
• Características de uma boa água:
Minerais traços  ausência
Nitrogênio  ausência
Coloração  incoloR
pH ideal  7 a 7,6
Dureza  pequenas quantidades de sais de Ca e Mg
Bactérias  ausência
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FATORES QUE AFETAM O CONSUMO DE ÁGUA
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MANEJO ALIMENTAR DE COELHOS
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FORRAGEIRAS UTILIZADAS PARA COELHOS
Boa forrageira :
Bom teor de proteína, vitaminas, minerais, produção de matéria seca;
Ausência de princípios ou elementos tóxicos;
Boa palatibilidade (odor, sabor, textura);
Boa digestibilidade (menos fração fibra);
Rusticidade, resistência a pragas e doenças, etc.
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FORRAGEIRAS UTILIZADAS PARA COELHOS
RAMI (Boehmeria nívea) 
Planta arbustiva e perene, de porte médio, da família das urticáceas, que apresenta, durante quase o ano inteiro, uma excelente produção de massa verde, entre 70 e 120 t/ha. É uma cultura rústica e resistente a doenças e pragas.
Seu teor de proteína é de 24% nas folhas e de 13% nos caules
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FORRAGEIRAS UTILIZADAS PARA COELHOS
Seu teor de proteína é de 20 a 22%
SOJA PERENE (Glycine Wigtii) 
É uma leguminosa perene que apresenta boa produção de matéria verde no período de chuva e, inclusive, até atingir a maturação no outono. A partir desse período, diminui sensivelmente a produção.
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FORRAGEIRAS UTILIZADAS PARA COELHOS
Seu teor de proteína é de 10 a 16%
GUANDU (Cajanus cajan L.) 
É uma leguminosa que apresenta boa composição em nutrientes. Produz muita massa verde e é uma cultura sazonal.
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FORRAGEIRAS UTILIZADAS PARA COELHOS
Seu teor de proteína é de 22 a 25%
ALFAFA (Medicago Sativa) 
Trata-se também de uma leguminosa perene, com excelente composição em nutrientes. É uma forrageira que apresenta excelente produção por área, e que permite vários cortes no ano, mas que não se desenvolve bem em solos ácidos.
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FORRAGEIRAS UTILIZADAS PARA COELHOS
FORRAGEIRA DIVERSAS 
Além das forrageiras já especificadas pode-se utilizar outras fontes como as gramíneas (capim elefante e suas variedades, tifton, coastcross, aveia, etc.),restos culturais como palha de feijão, arroz, etc., pequenas porções de verduras, confrei,folhas de amoreira, etc.
FORMA DE FORNECIMENTO DE FORRAGEIRAS:
	Natural
	Fornecê-la com baixo nível de umidade  evitar diarréias e timpanismo
	Fenada
	Mantém a qualidade e uniformidade do alimento
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LIMITAÇÕES DE ALIMENTOS PARA COELHOS
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MANEJO ALIMENTAR DE COELHOS
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SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO PARA COELHOS
REPRODUTORES 
 Forragem á vontade
 Ração controlada = 30 a 50 g por animal/dia
Não se deve manter o animal gordo  obesidade reduz a libido e a fertilidade
MATRIZES DE REPOSIÇÃO (70 A 120 DIAS DE IDADE)
 Forragem á vontade
 Ração controlada: de 70 a 90 dias = 100 g por animal/dia
					 de 91 a 120 dias = 80 g por animal/dia
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SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO PARA COELHOS
MATRIZES APÓS COBRIÇÃO ATÉ DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO (10 DIAS APÓS COBRIÇÃO)
 Forragem á vontade
 Ração controlada = 50 g/animal/dia
MATRIZES FALHAS (NÃO GESTANTES)
 Forragem á vontade
 Ração controlada = continua recebendo 30 a 50 g/animal/dia
MATRIZES GESTANTES
 Forragem á vontade
 Ração controlada = passa a receber 80 g/animal/dia até o parto (30 dias)
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SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO PARA COELHOS
MATRIZES EM LACTAÇÃO
 Forragem á vontade
 Ração controlada :
250 a 300 g/animal/dia até o 20º dia
450 g/animal/dia do 21º ao 30º dia (matriz e filhotes)
De 21 a 30 dias de idade: colocar prancheta embaixo do comedouro para facilitar acesso dos filhotes à ração e não permitir que os filhotes tenham acesso à forragem 
LÁPAROS DO DESMAME AO ABATE (31 a 90 dias)
 Ração à vontade
 Forragem controlada: de 31 a 60 dias = 25 a 30 g/animal/dia
 					 de 60 a 90 dias = 40 a 45 g/animal/dia 
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