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1 – CONCEITOS EM NUTRIÇÃO INGREDIENTE • Substância que, consumida por um indivíduo, é capaz de contribuir para assegurar o ciclo regular de sua vida e sobrevivência da espécie a qual pertence NUTRIENTES • É o componente do alimento, representando uma entidade química, que entra no metabolismo celular e auxilia para a manutenção da vida DIETA • Mistura equilibrada de ingredientes de modo a proporcionar nutrientes exigidos pelos animais para expressar o seu desempenho produtivo e reprodutivo RAÇÃO • Suprimento diário ou a quantidade de alimentos ao animal em um período de 24 horas MANEJO NUTRICIONAL • Atendimento dos requerimentos para uma dada espécie em uma dada fase fisiológica ou categórica MANEJO ALIMENTAR • Forma com que o alimento/ração é fornecido ao animal (frequência, horário ...) PREMIX • Vitaminas ou micro minerais ou vitaminas + micro minerais • Deve ser adicionado carboidrato, lipídeo, proteína e macro minerais NÚCLEO • Vitaminas + micro e macro minerais • Deve ser adicionado proteína, lipídeo e carboidrato CONCENTRADO • Vitaminas + micro e macro minerais + proteínas • Deve ser adicionado lipídeo e carboidrato SUPLEMENTO • Mistura de ingredientes e/ou aditivos que melhoram o balanço nutricional ADITIVOS • Substâncias intencionalmente inseridas nos alimentos, rações e suplementos que possui valor ou não- nutricional e que melhoram o desempenho dos animais ou características do alimento, da ração ou do suplemento NUTRIÇÃO ANIMAL TIPOS DE ALIMENTO: 1 – COMPLETO • Contém todos os nutrientes (para qualquer tipo de animal) 2 – COADJUVANTE • Usado mediante à tratamento 3 – ESPECÍFICO • Agrado 4 – PRODUTO MASTIGÁVEL 2 – NUTRIENTES • Qualquer elemento ou composto químico necessário para o metabolismo de um organismo vivo e compõe os alimentos. São essenciais para a vida e são formados por elementos químicos 2.1 – MACRONUTRIENTES 1 - ÁGUA • Nutriente essencial para a manutenção da vida, atua na regulação da temperatura corporal, no transporte de nutrientes e metabólitos, na digestão e metabolismo dos nutrientes, como diluentes para excreção da ureia e [acido úrico, na homeostase mineral e na turgidez celular • As PERDAS DE ÁGUA ocorrem pela respiração, pela evaporação, pela produção, nas fezes e na urina, enquanto que os FATORES QUE AFETAM O CONSUMO DE ÁGUA está relacionado à ingestão de alimentos, a porcentagem de proteína e NaCl na dieta, pelo tipo de alimento consumido, atividade física exercida, pela condição ambiental do indivíduo, pela temperatura da água e pela espécie e raça do animal 2 - PROTEÍNA • É o segundo maior componente do corpo. Sua unidade funcional é constituída de AMINOÁCIDOS feita por LIGAÇÕES PEPTÍDICAS. Atua em ações enzimáticas, na produção de energia, na regulação da ação muscular pela ação da actina e miosina, no sistema imunológica pela imunoglobulina, na formação de hormônios e na formação de proteínas sanguíneas transportadoras ESTOCAGEM DE PROTEÍNA • Proteína não são estocadas ou armazenadas pois possuem grande variedade com pequenos peptídeos a grandes cadeias com peso molecular alto, a degradação das proteínas celulares é um processo constante e importante nas células. Os animais não possuem a necessidade de proteína bruta per si, apenas de aminoácidos • Os animais têm capacidade limitada de estocar aminoácidos livres, somente o fazendo por poucas horas, após isto, estes são DESAMINADOS, servindo como fonte energética AMINOÁCIDOS LIMITANTES • Os aminoácidos em excesso não são armazenados, sendo rapidamente desanimados liberando amônia para a excreção e outros compostos nitrogenados para a oxidação e produção de energia, pelo destino de rotas metabólicas. O desbalanceamento nutricional leva ao catabolismo acelerado dos compostos proteicos, comprometendo a relação entre aminoácidos • Os aminoácidos limitantes podem ser definidos como os aminoácidos que estão presentes na ração em uma CONCENTRAÇÃO INFERIOR À EXIGIDA PELO ANIMAL para que ele desenvolva seu potencial de produção. A ordem de limitância dos aminoácidos essenciais depende basicamente da composição de ingredientes das rações e das exigências nutricionais da espécie e idade VALOR BIOLÓGICO DA PROTEÍNA • Está relacionada à presença de aminoácidos essenciais, a eficiência da absorção de aminoácidos e pelo equilíbrio quantitativo entre aminoácidos absorvidos 3 - LIPÍDEOS • É a principal fonte de armazenamento de energia do organismo. Sua unidade funcional é constituída de ÁCIDOS GRAXOS. Atua no isolamento térmico e como camada protetora de lesões físicas nos órgãos vitais, atua como componentes estruturais no auxílio na transmissão de impulsos nervosos e transporte de nutrientes, é o precursor de sais biliares e hormônios esteroidades, atua na proteção à perda excessiva de água, está relacionado a respostas inflamatórias, potabilidade e absorção de vitaminas lipossolúveis CLASSIFICAÇÃO: MOLECULAR • LIPÍDEOS SIMPLES (TRIGLICERÍDEOS): são a forma de gordura mais presente na dieta • LIPÍDEOS COMPOSTOS (FOSFOLIPÍDEOS E LIPOPROTEÍNAS): lipídeos unidos a uma molécula não-lipídica • LIPÍDEOS DERIVADOS (COLESTEROL): formados pela transformação de metabólitos do ácido graxo SATURAÇÃO • SATURADOS: não contém dupla ligação entre os átomos de carbono, se saturam com o hidrogênio • MONOINSATURADOS: apresentam apenas uma dupla ligação entre os átomos de carbono • POLIINSATURADOS: apresentam apenas duas ou mais ligações entre os átomos de carbono TAMANHO • ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA LONGA (AGCL): 14 a 64C • ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA MÉDIA (AGCM): 6 a 12C • ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA CURTA (AGCC): número inferior aos AGCM EXEMPLO: Se uma fonte contém todos os aminoácidos, mas tem uma quantidade muito pequena de algum aminoácido essencial para aquela espécie/raça, o corpo animal só vai absorver ou outros na proporção que aquele aminoácido essencial (porém em falta) for utilizado para a síntese de proteínas, e os outros aminoácidos em excesso serão desaminados e transformados em glicose ou gordura 4 – CARBOIDRATOS • São HIDRATOS DE CARBONO ligados por LIGAÇÕES GLICOSÍDICAS. Atua em funções ENERGÉTICAS como produtores de energia sob a forma de ATP, ESTRUTURAIS como na parede celular dos vegetais (celulose), carapaça dos insetos (quitina) e na membrana celular animal (glicocálix) e de RESERVA ENERGÉTICA, nos vegetais na forma de amido e nos animais em forma de glicogênio FORMAS MOLECULARES: • MONOSSACARÍDEOS: 3 a 9C • OLIGOSSACARÍDEOS: 2 a 10C • POLISSACARÍDEOS: 10 ou >C TIPOS DE CARBOIDRATO: AMIDO • Carboidrato não-estrutural, formado por ligações tipo α e que sofre digestão pelos animais • Polissacarídeo composto por resíduos de glicose, funciona como substância de reserva para muitas plantas. O grânulo de amido é uma mistura de dois polissacarídeos (amilose e amilopectina) • Atua como fonte energética, reserva energética e de formatação do extrusado (forma, textura, dureza e densidade) FIBRAS • Carboidrato estrutural presente na célula vegetal formado por ligações tipo β • As fibras não são capazes de sofrer digestão, apenas fermentação. A parede celular das plantas é formadas por celulose, hemi-celulose e lignina. Quanto mais velha a célula vegetal, mais espessa trona-se a sua parede celular pelo aumento da concentração de lignina, quanto maior for a concentração de lignina na célula vegetal, mais difícil é o processo de fermentação e menor é o número de nutrientes presentes • As fibras atuam na consistência e volume fecal, na digestão e absorção dos nutrientes, na ingestão dos alimentos, no tempo de trânsito intestinal, na produção de AGCC, na mucosa intestinal e na microbiota fecal • As fibras podem ser SOLÚVEIS, sendo aquelas com alta solubilidade em água e queajudam a retardar o esvaziamento do TGI, aumento assim, o tempo da digestão e podem ser INSOLÚVEIS, são aquelas que não se dissolvem em água e nem com a mastigação, sua maior parte passa inalterada pelo TGI, elas também aumentam o bolo fecal, facilitando a evacuação • As fibras ainda podem variar seu grau de fermentabilidade: baixa, moderada e alta • As fibras ainda podem causar alterações no pH ruminal (↑), diminuição do consumo de MS (causa efeito de saciedade) e na alteração da taxa de gordura no leite, quando mais ingestão de fibras, maior a porcentagem de gordura no leite pelo aumento de ácido acético MACRONUTRIENTES x ENERGIA • A energia é produzida a partir da oxidação das proteínas, lipídeos e carboidratos PARTIÇÃO DE ENERGIA: ENERGIA BRUTA (fezes) → ENERGIA DIGESTÍVEL (urina/gases) → ENERGIA METABOLIZÁVEL → ENERGIA LÍQUIDA NUTRIENTES DIGESTIVOS TOTAIS (NDT): • Utilizado em ruminantes para a medição da ENERGIA DIGESTÍVEL • NDT = proteína digestível + carboidratos não-estruturais digestíveis (ENN) + fibras digestíveis + lipídeos digestíveis (EE) 2.2 – MICRONUTRIENTES 1 – MINERAIS • São elementos inorgânicos essenciais para os processos metabólicos TIPOS DE MINERAIS: MINERAIS QUELATADOS • Substâncias inorgânicas (minerais) ligados a uma substância orgânica (proteína, aminoácido ou carboidrato). Tem como principal função AUMENTAR A ABSORÇÃO pela REDUÇÃO DA COMPETITIVIDADE VITAMINA D CÁLCIO FÓSFORO • Essencial na dieta dos carnívoros • Função: absorção de Ca e P, deposição de Ca e manutenção de Ca:P • Coagulação sanguínea • Transmissão de impulsos nervosos • Contração muscular • Papel estrutural da membrana • Componente do ATP MAGNÉSIO SÓDIO, POTÁSSIO E CLORO MANGANÊS • Interação com Ca e P (distribuição e metabolismo), reações enzimáticas e efeito laxativo • Volume celular e pressão osmótica • Metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídeos SELÊNIO COBRE CROMO • Antioxidante • Melanina • Captação de glicose celular ENXOFRE ZINCO FERRO • Composto sulfurado (condroetina) • DNA e RNA polimerase e síntese de proteínas • Transporte de O2 IODO COBALTO • Metabolismo basal de T3 e T4 (hormônios tireoidianos) • Em ruminantes (síntese de vitamina B12) 2 – VITAMINAS • Divididas entre HIDROSSOLÚVEIS (C e Complexo B) e LIPOSSOLÚVEIS (A, D, E e K) VITAMINA A VITAMINA E VITAMINA C • Atua na qualidade direta da pele e pelo pela diferenciação celular no epitélio • Ajuda na visão • Barreira diante a bactérias • Contém β-caroteno (pigmentante) que é a forma ativa da vitamina A • Tecoferois (alfa, beta, gama e delta) • Efeito antioxidante e redutor de radicais livres • Atua diretamente na membrana celular, reduzindo o dano causado por radicais livres (a vitamina E liga-se ao radical livre e se oxida, protegendo a membrana) • Antioxidante • Atua na regeneração da vitamina E que foi oxidada • Excesso de vitamina C (reação de Fenton) causa efeito de pró- oxidante 3 – ANIMAIS MONOGÁSTRICOS • São todos os animais que não sejam ruminantes, apresentam apenas um estômago simples, com uma capacidade de armazenamento pequena, as principais espécies são: o homem, aves, suínos, carnívoros, equinos e coelhos ANATOMIA DOS CARNÍVOROS, SUÍNO, EQUINO e COLEHO: 1 – CAVIDADE ORAL (DENTES, LÍNGUA E FARINGE) • Onde ocorre a apreensão do alimento. A LÍNGUA atua na potabilidade e na regulação térmica (cães), ainda na língua, encontra-se a LIPASE LÍNGUAL, enzima que atua na digestão dos lipídeos, é encontrada em maior concentração em filhotes que adultos, a SALIVA atua na formação do bolo alimentar, facilitando a deglutição, substância de fonte de enzimas digestivas, antimicrobiana, revestimento mecânico e protetor, termorregulador e sistema de tampão, ainda na saliva, encontra-se a AMILASE SALIVAR que atua na degradação do amido, porém é encontrada em baixa concentração em carnívoros 2 – ESÔFAGO • Tudo de condução do alimento 3 – ESTÔMAGO PRODUÇÃO DE HCl: • A produção de HCl é feita pela CÉLULA PARIETAL pela junção de CO2 e H2O, essa junção resulta em ÁCIDO CARBÔNICO (H2CO3-), logo, se dissociando em BICARBONATO (HCO2-) e H+. O bicarbonato é movido para a corrente sanguínea, enquanto os íons de H+ para a luz do estômago, se associando ao Cl- lá presente, resultando no ÁCIDO CLORÍDRICO (HCl). O HCl atua na desnaturação proteica e na conversão do PEPSINOGÊNIO em PEPSINA (forma ativa). Após a refeição, acontece a ONDA ALCALINA PÓS-PONDIAL que é o resultado do EXCESSO DE BICARBONATO na corrente sanguínea, causando sono e lentidão de raciocínio, em felinos, deve-se tomar alguns cuidados em relação ao alto nível da onda alcalina no sangue pois pode causar a formação de urólitos CÉLULA MUCOSA • Produção de MUCO ESTOMACAL CÉLULA G • Produção de GASTRINA CÉLULA PRINCIPAL • Produção de PEPSINOGÊNIO CÉLULA PARIETAL • Produção de HCl 4 – INTESTINO DELGADO • Local onde ocorre a digestão enzimática e absorção dos nutrientes PÂNCREAS: ENDÓCRINO EXÓCRINO • Células especiais: ILHOTAS DE LANGERHANS CÉLULAS BETA: • Produção de INSULINA CÉLULAS ALFA: • Produção de GLUCAGON CÉLULAS DELTA: • Produção de SOMASTATINA • Porção que secreta, no duodeno, por meio de um ducto o SUCO PANCREÁTICO, contendo enzimas e bicarbonato ENZIMAS: • AMILASE PANCREÁTICA: digerir carboidratos • LIPASE PANCREÁTICA: digerir lipídeos • TRIPSINOGÊNIO e QUIMIOTRIPSINOGÊNIO: digerir proteínas quando em contato com ENTEROQUINASES • NUCLEASES: digerir ácidos nucleicos FÍGADO: • Atua na hemocatarese (destruição das hemácias), emulsificação de gorduras (através da secreção da bile rica em sais biliares), no metabolismo das proteínas, carboidratos e lipídeos, na síntese de proteínas do plasma, na produção de precursores de plaquetas, na conversão de amônia em uréia e na desintoxicação de drogas e toxinas 5 – INTESTINO GROSSO • Atua na absorção de água e eletrólitos, na fermentação de nutrientes que escaparam da digestão enzimática e na formação das fezes 6 – ÂNUS ANATOMIA DAS AVES: 1 – BICO 2 – ESÔFAGO 3 – INJÚRIO (PAPO) • Reservatório para o armazenamento e umedecimento do alimento até que se esvazie. Contém pouca atividade microbiana 4 – PROVENTRÍCULO • Digestão enzimática (estômago) 5 – MOELA • Digestão mecânica (ajuda o estômago na quebra) 6 – CLOACA 3.1 – DIGESTÃO E ABSORÇÃO NOS MONOGÁSTRICOS 1 – PROTEÍNAS • O nervo vago atua na liberação de GASTRINA pela CÉLULA G, a gastrina é o hormônio que excita a CÉLULAS PARIETAL para que ocorra a produção do SUCO GÁSTRICO (HCl), o HCl torna o pH estomacal ácido, o pH ácido do estômago faz com que ocorra a liberação do PEPSINOGÊNIO a partir da CÉLULA PRINCIPAL, o pepsinogênio é a forma inativa, quando liberado no pH ácido, torna-se PEPSINA, sua forma ativa. A pepsina atua na HIDRÓLISE das ligações peptídicas. O pH ácido do estômago ainda atua na liberação de ENZIMAS PANCREÁTICAS, como a COLECISTOQUININA que atua na contração da vesícula biliar e do pâncreas para a liberação de ENZIMAS PROTEOLÍTICAS PANCREÁTICAS para a digestão (TRIPSINOGÊNIO, QUIMIOTRIPSINOGÊNIO e PROCARBOXIPEPTIDASE) e a SECRETINA que na neutralização do HCl que entra no duodeno com a injeção de bicarbonato de sódio. • No intestino, ocorre a atuação da enzima ENTEROPEPTIDASE, essa enzima só atua em pH básico e é responsável pelas ENZIMAS PROTEOLÍTICAS PANCREÁTICAS, havendouma ordem de ativação, a primeiro a ser ativada é o TRIPSINOGÊNIO (forma inativa) em TRIPSINA (forma ativa), responsável pela transformação do polipeptídio em um polipeptídio menor ainda, em segundo, é o QUIMIOTRIPSINOGÊNIO (forma inativa) em QUIMIOTRIPSINA (forma ativa), responsável por uma maior redução do polipeptídio, e por último, é o PROCARBOXIPEPTIDASE (forma inativa) em CARBOXIPEPTIDASE (forma ativa), responsável pela liberação total de aminoácidos. 2 – CARBOIDRATOS • Os principais carboidratos da dieta são o AMIDO, a SACAROSE e a LACTOSE. A digestão dos carboidratos inicia na boca, pela mastigação, que excita o nervo vago, responsável pela liberação da AMILASE SALIVAR (PTIALINA), a amilase salivar é uma enzima muito específica, e ela por si só ainda não é capaz de liberar glicose para absorção, a amilase salivar atua na HIDRÓLISE, liberando DISSACARÍDEOS • A digestão dos carboidratos continua no duodeno, o pâncreas atua na liberação da AMILASE PANCREÁTICA, responsável também na hidrólise, liberando MONOSSACARÍDEOS, a última parte da digestão acontece ainda no intestino delgado pela ação do SUCO INTESTINAL, atuando ainda mais na quebra dos monossacarídeos para serem absorvidos mais facilmente 3 – LIPÍDEOS • Os lipídeos no estômago promovem a liberação da LIPASE GÁSTRICA, essa enzima mesmo sendo liberada apenas no estômago só atua em pH básico, atuando apenas no intestino, no intestino sua ativação é reestabelecida, quebrando os triglicerídeos (TAG) em diacilglicerol (DAG). Ainda no intestino os DAG sofrem ação da BILE, responsável pela EMULSIFICAÇÃO DE GORDURAS convertendo as partes apolar e polar do lipídeo para que sua digestão seja mais fácil, a liberação da bile ainda faz com que seja a liberação da LIPASE PANCREÁTICA, hormônio esse responsável pela quebra dos DAG em monoacilglicerol (MAG) • Os lipídeos apenas podem ser absorvidos quando estão em sua forma molecular de MAG. Ainda na mucosa intestinal, os MAGs, quando absorvidos, encontram-se em meio aquoso, se juntando e reestabelecendo sua forma de TAG, reação conhecida como REESTERIFICAÇÃO, nesta fase ocorre a atuação dos QUILOMICRONS, que são lipoproteínas responsáveis pelo transporte lipídico da mucosa intestinal ao tecido adiposo, o transporte dos quilomícrons é feito pelo SISTEMA LINFÁTICO, locando esse que ocorre a sua absorção e transferência, já no tecido adiposo, os TAG são absorvidos e armazenados em ADIPÓCITOS 4 – ANIMAIS POLIGÁSTRICOS (RUMINANTES) MASTIGAÇÃO DO RUMINANTE (RUMINAÇÃO) • É a mastigação do bolo alimentar, consiste da REGURGITAÇÃO e REMASTIGAÇÃO de substâncias fibrosas indigestíveis, consequentemente, engolidas novamente. O alimento reentra no rúmen, sofrendo outra fermentação. As partículas que foram decompostas passam para outras partes do estômago, onde são sujeitas aos sucos digestivos usuais do abomaso. Os produtos fermentados do rúmen são a principal fonte de energia • A SALIVA DO RUMINANTE é uma SOLUÇÃO DILUÍDA EM BICARBONATO DE SÓDIO, que serve como um TAMPÃO (SISTEMA TAMPÃO) e como meio de fermentação adequado para os microrganismos • A regurgitação é importante pois ela estabiliza o nível de pH do rúmen com a entrada de bicarbonato, ou seja, quanto maior for a mastigação realizada mais estável é o pH do rúmen ESTÔMAGO DO RUMINANTE: 1 – RÚMEN • Câmara de fermentação, ocorre movimentos para a mistura do conteúdo estratificado • É uma câmara úmida e anaeróbica, de pH entre 5,5 a 7, de temperatura de 39 a 40°C, repleta de substratos, que funciona para a absorção de ácidos orgânicos e de microbiota de bactérias, protozoários e fungos 2 – RETÍCULO • Câmara responsável pela regurgitação (controla os movimentos reticulares) e também pela passagem para o omaso 3 – OMASO • Câmara especializada na reabsorção de água, minerais e AGCC e na redução do tamanho de partículas alimentares 4 – ABOMASO • Estômago verdadeiro, câmara de digestão química 4.1 – DIGESTÃO E ABSORÇÃO NOS RUMINANTES 1 – PROTEÍNAS • As proteínas por possuírem compostos de carbono são ótimas fontes de energia para microrganismos anaeróbicos. A quebra das proteínas inicia-se no rúmen pela ação da enzima PROTEASE, essa enzima gera peptídeos que são absorvidos pelos microrganismos lá existentes, gerando energia. No organismo microbiano, os peptídeos absorvidos são utilizados para a síntese de PROTEÍNAS SOMÁTICAS MICROBIANAS, quando ocorre o esvaziamento ruminal, esses microrganismos que absorveram os peptídeos são levados ao abomaso e, logo, para o intestino delgado. No abomaso, as proteínas são digeridas, enquanto que no intestino delgado, os aminoácidos são absorvidos. • Em todo o processo, ocorre a fermentação de GLICOSE e ao mesmo tempo de AGVs, mas para a glicose entrar na via metabólica dos AGVs, os aminoácidos digeridos precisam ser primeiramente DESAMINADOS, originando AMÔNIA. A amônia não absorvida é transferida ao fígado, onde é convertida em UREIA (sendo eliminada pela urina ou voltando ao rúmen), quando a ureia volta ao rúmen, essa é utilizada na SÍNTESE PROTEÍCA DOS MICRORGANISMOS pela ação da DIREÇÃO DO FLUXO DE NITROGÊNIO NÃO-PROTEÍCO (NNP) PARTICULARIDADES: PROTEÍNA DEGRADÁVEL NO RÚMEN (PDR) • São utilizados pelos microrganismos a partir do NNP, às vezes deve ser feito a suplementação com ureia • ↓ PDR ocorre pela diminuição do substrato para os microrganismos, diminuindo assim, a taxa de microrganismos existentes, consequentemente, diminuindo a fermentação e diminuindo o esvaziamento ruminal • ↑ PDR ocorre pelo gasto energético para transformar e excretar os componentes nitrogenados • MAXIMIZAÇÃO DA PROTEÍNA MICROBIANA é sincronização entre proteína e carboidrato, 13% dos nutrientes digestivos totais (NDT) devem vir de PDR, para assim, maximizar a proteína microbiana 2 – CARBOIDRATOS • É a digestão do capim, feno ou silagem. A digestão da parede celular é feita pela enzima CELULASE presente no rúmen. Quando esses carboidratos são digeridos, são convertidos e liberados em mono e polissacarídeos, porém, ainda não estão disponíveis para a absorção, sendo necessário sua METABOLIZAÇÃO pelos microrganismos existentes • Sua metabolização resulta nos ÁCIDOS GRAXOS VOLÁTEIS (AGVs), na ordem de ÁCIDO ACÉTICO, PROPIÔNICO e BUTÍRICO, as proporções dos ácidos podem mudar, mas a quantidade de ácido acético sempre será maior, enquanto que a de ácido butírico sempre será menor PARTICULARIDADES: • ÁCIDO ACÉTICO: ↑ de gordura no leite e ↑ do volumoso • ÁCIDO PROPIÔNICO: precursor da glicose no leite, ↑ da quantidade do leite e ↑do concentrado • ÁCIDO BUTÍRICO: precursor do leite de forma constante 3 – LIPÍDEOS • Os lipídeos não sofrem processos de fermentação, no rúmen, passam pela HIDRÓLISE (LIPÓLISE) e pela BIOHIDROGENAÇÃO. A hidrólise é responsável pela quebra das ligações de éster realizada pelas LIPASES BACTERIANAS, essa quebra liberal glicerol e açúcares que são rapidamente fermentados à AGVs. A partir da liberação do glicerol, estão presentes também ácidos graxos, ocorrendo assim, a biohidrogenação, é responsável pela saturação dos ácidos graxos por colocar H2 na cadeia, para ficarem apenas com ligações simples PARTICULARIDADES: • Excesso de lipídeo na dieta faz com que ocorra a diminuição da digestão da fibra • Aumenta a densidade energética em situações de elevada produção • Diminui o incremento calórico • Diminui quadros de cetose quando em balanço energético negativo • Evita a queda de gordura no leite 5 – INGREDIENTES ENERGÉTICOS E PROTEÍCOS 5.1 – ENERGÉTICOS GRÃO DE MILHO GÉRMEN DE MILHO RALÃO DE MILHO • É o cereal mais utilizado e com boa patabilidade. Sua digestão é melhor feita quando moído • DEFICIÊNCIA: em lisina, triptofano e ↓ de cálcio • PB = 8 a 10% EE = 3 a 4% e FB = 2 a 3% • CUIDADOS: micotoxinas, armazenamento, grão quebrado, umidade,insetos e granulometria • Fonte de proteína e energia de alta qualidade e com ótima patabilidade • PB = 8 a 12% EE = 5 a 10% • É o milho moído por inteiro. Mais barato e de menor qualidade • Muito utilizado para equinos SORGO SUBPRODUTOS DO FARELO DE ARROZ FARELO DE TRIGO • Nutricionalmente parecido com o milho, de baixo custo e de alto rendimento • Muito utilizado para moderar a curva de glicemia e obesidade • Seu preço varia em relação a quantidade TANINO, quanto mais tanino mais caro • PROBLEMAS: o tanino interfere na absorção de proteínas, contém baixo índice de carotitenóide e baixa patabilidade • QUIRERA: arroz quebrado • CASCA: cama de frango • FARELO DE ARROZ: usado como antioxidante para não-ranificação • FARELO DE ARROZ DESENGORDURADO • É um subproduto da farinha de trigo • Proteína superior ao do milho TRITICALE (TRIGO + CENTEIO) POLPA CÍTRICA SORO DE LEITE • PROBLEMAS: presença de esporão que causa efeito abortivo e de inibidores de proteases • Reaproveitamento da indústria sucaleira • Mais barato que o milho e muito utilizado em confinamentos • Não causa queda no pH (fator de segurança para bovinos pela alta concentração de ácido acético e baixa de láctico) • Muito nutritivo, palatável e barato • Digestibilidade maior que o milho e farelo de soja • PROBLEMAS: deve ter controle da umidade do ar (efeito corrosivo) • Seu produto em pó é de alto custo 5.2 – PROTEÍCOS FARELO DE SOJA FARINHA DE CARNE E ÓSSOS FARINHA DE VÍSCERAS DE FRANGO • Termolábel e com altas concentrações de lisina • PROBLEMAS: anti-tripsina, saponidas, hemaglutinas e alérgenos • Dieta barata e de baixa qualidade • Contém elevada concentração de matéria mineral (reduz o aproveitamento, como o cálcio) • 76% de digestibilidade • Dieta cara e de alta qualidade • 84% de digestibilidade FARINHA DE PENA FARELO DE ALGODÃO FARELO DE AMENDOIN • Resultado do cozimento da pena obtida no abate das aves • É de baixa qualidade, e altas concentrações de cálcio e fósforo • Contém sangue, alto índice de PB (80%) e baixa digestibilidade • Pobre em cistina, metionina e lisina • Proteína bruta de 30 a 39% • Usado apenas em ruminantes • Contém fungo perigoso, porém ruminantes possuem maior resistência • PB = 49%, rico em argenina e histidina • Pobre em metionina, cistina, lisina e isoleucina GLÚTEN DE MILHO FARINHA DE PEIXE FARINHA DE CARNE • Subproduto da produção do amido (de via úmida) e xarope de glicose • Rico em lisina, vitamina B e minerais • PB = 61,5% e EE = 7,5% • PROBLEMAS: poliinsaturado (alto índices de radicais livres) • FRANGO: resíduo da carne mecanicamente separada, sendo permitida a inclusão de cabeças e pés, porém, sem vísceras e penas • BOVINA: oriundo do processamento industrial, contém mínima concentração de ossos PLASMA SANGUÍNEO SEDIDRATADO • PB = 78% e lisina = 6,8% • Imunoglobulina inalterada 6 – REQUERIMENTO NUTRICIONAL DE CÃES E GATOS EM SUAS FASES FISIOLÓGICAS NEONATOS E FILHOTES EM CRESCIMENTO • Período que corresponde as duas primeiras semanas após o nascimento, é considerada uma fase crítica pois exige um bom manejo. O AMBINETE deve ser calmo, aquecido e restrito, a NUTRIÇÃO é feita pelo COLOSTRO, veículo de alimentação e de imunização (contém lisozimas, enzimas bacteriolíticas e lipases, além de ajudar na volemia sanguínea). A imunização de cães e gatos é feita apenas de 10 a 20% intrauterinas, esse restante é feito por meio do colostro • A AMAMENTAÇÃO deve ser feita de 4 a 6x por dia, a abertura dos olhos ocorre de 10 a 16 dias e abertura dos ouvidos de 15 a 17 dias • Os CÃES devem ganhar de 2 a 4g por dia para cada kg de expectativa adulto, enquanto os GATOS devem pesar entre 90 e 110g ao nascimento e devem ganhar entre 50 a 100g por semanas até 5 a 6 meses de idade • Para FILHOTES ÓRFÃOS, algumas alternativas a serem tomadas são as mães adotivas, uso de sucedâneo, preparados comerciais ou caseiros, o ambiente deve ter calor por uso de colhão ou lâmpada, manejo de desidratação, evitar correntes de ventos, deve estimular a defecação e micção e deve ser feito o manejo nutritivo e ficar atento a sua segurança • DESMAME: após 4 semanas o leite não atende às necessidades energéticas e de nutrientes e os animais começam a aumentar seu interesse pelo ambiente e começam a ficar mais tempos acordados e querer brincar com os outros • PARA FILHOTES o alimento deve ser semi-sólido ou rações misturadas à água ou leite comercial • FORNECIMENTO ENERGÉTICO CONTROLADO: quanto maior a disponibilidade de alimento, maior será seu crescimento, porém ocasionará deficiência em sua saúde, como por exemplo, alterações ortopédicas pelo estresse mecânico do peso corporal • PARA RAÇAS GRANDES: controlar a caloria ingerida (não suplementar) controlar o consumo de alimento GESTAÇÃO • Durante a gestação há aumento da demanda metabólica, devido ás mudanças fisiológicas na fêmea e às exigências para o crescimento fetal, ocorre uma alteração nos níveis de nutrientes dos tecidos e fluídos devido às mudanças hormonais e metabólicas, pois é necessária uma elevada demanda de nutrientes para garantir o crescimento e desenvolvimento de útero, glândulas mamárias, placenta, embrião e feto • Seleção de reprodutores, vacinação e vermifugação, nutrição e manejo de acordo com a raça e idade • MANEJO NUTRICIONAL: trabalhar sempre com animais de score 5, pois animais muito magros geram filhotes pequenos e fracos, enquanto animais obesos geram filhotes muito grandes, complicando a gestação e parto • CÃES: a GORDURA deve conter ácidos graxos essenciais pois são elementos importantes da membrana celular, sendo necessário para a formação de novos tecidos, a PROTEÍNA BRUTA deve ser altamente digestível, com máximo de lisina, os MINERAIS são de extrema importância, como o cálcio para formação óssea, o zinco que está relacionado ao crescimento e síntese de proteínas e as VITAMINAS, como por exemplos, as B6, B12 e B1 e C e E que podem reduzir o risco de diminuição do crescimento uterino • GATAS: é caracterizada pelo aumento de peso, acumulando reservas de gorduras que serão utilizadas até o final da gravidez, o peso ganho é direcionado essencialmente aos seus filhotes, por esse motivo, a gata deve ser alimentada com uma quantidade a mais de matéria gorda, mesmo depois da gestação, a gata ainda mantém um sobrepeso, que será utilizado na lactação LACTAÇÃO • Fase nutricional de maior estresse (exigência nutricional). Manejo nutricional feito com energia, proteína e gordura SENILIDADE • GATOS EM 1° FASE: ↓ do metabolismo e ↑ do peso corporal • GATOS EM 2° FASE: ↑ do metabolismo e ↓ do peso corporal (SARCOPENIA) • CÃES: SÍNDROME DA DISFUNÇÃO COGNITIVA causada por comprometimento do fluxo sanguíneo cerebral, levando a formação de radicais livres e deposição de beta-amilóides 6.1 – CÁLCULOS ALIMENTARES 1 – NEONATOS • Precisam de 25kcal a cada 100g do animal NECESSIDADE ENERGÉTICA DOS CÃES: • ATÉ 50% DO PESO ADULTO: 210 x PC 0,75 • DE 50 A 80% DO PESO ADULTO: 175 x PC 0,75 • DE 80 A 100% DO PESO ADULTO: 140 x PC 0,75 NECESSIDADE ENERGÉTICA DOS GATOS: • ATÉ 4 MESES: 2 a 2,5 x energia correspondente à equação de adulto • DE 4 A 9 MESES: 1,75 a 2 x energia correspondente à equação de adulto • DE 9 A 12 MESES: 1,5 x energia correspondente à equação de adulto 2 - ANIMAIS ADULTOS CÃES: • BAIXA ATIVIDADE: 95 x PC 0,75 • ATIVOS: 110 x PC 0,75 GATOS: • INDOOR/CASTRADOS: 75 x PC 0,67 • ATIVOS: 100 x PC 0,67 ESTADO GERAL (SCORE): • MUITO MAGRO = SCORE 1,2 e 3 • IDEAL = SCORE 4 e 5 • SOBREPESO = SCORE6 • OBESO = SCORE 7, 8 e 9 6.2 – CLASSIFICAÇÃO DOS ALIMENTOS PARA CÃES E GATOS TIPOS DE ALIMENTO: ALIMENTO SECO ALIMENTO SEMI-ÚMIDO ALIMENTO ÚMIDO PROCESSAMENTO: • Cocção por extrusão • UMIDADE = 5-12% CONSERVAÇÃO: • Baixa umidade, antifúngicos, acidificantes e antioxidante PRNCIPAIS INGREDIENTES: • Milho, sorgo, farelo de arroz, soja e trigo, farinha de carne e ossos, vísceras de frango, carne fresca, gordura animal, óleos vegetais, minerais, vitamis e antioxidantes PROCESSAMENTO: • Cocção pelo calor e por extrusão • UMIDADE = 15-30% CONSERVAÇÃO: • Baixo pH, Baixo AW, antifúngicos e antioxidantes PRINCIPAIS INGREDIENTES: • Os mesmos do alimento seco + açúcar, umectantes (glicerol), propileno glicol, ácidos orgânicos (ácido cítrico), antifúngicos (sorbatos e benzoatos) e antioxidantes PROCESSAMENTO: • Cocção pelo calor • UMIDADE = 75-82% CONSERVAÇÃO: • Esterilização (enlatada e sem conservantes), é um alimento autoclavado PRINCIPAIS INGREDIENTES: • Carnes, carne mecanicamente sepradas, vísceras, vísceras de frango, peixes, amido de milho, gelatina e espessantes como carragena, pectina, gomas e alginato DIFERENCIAÇÃO E OBSERVAÇÕES: • AÇÚCAR: aumenta o tempo de conservação, mas não deve ser utilizado em animais diabéticos (diabetes mellitus) porque pode descompensar o animal • UMECTANTE: é um aditivo tecnológico utilizado para reduzir a perda de água do alimento para o meio ambiente • AW (ATIVIDADE EM ÁGUA): microrganismo se desenvolvem em ambientes úmidos, alimentos com baixo AW dificulta esses tipos de proliferação, aumentando a conservação do alimento • ALIMENTO ÚMIDO: é um alimento completo, podendo ser utilizado para a vida toda e muito interessante em gatos pois reduz o índice de urólitos SEGMENTAÇÃO COMERCIAL DOS ALIMENTOS: ECONÔMICOS STANDARD/PREMIUM SUPER PREMIUM • ↓ custo por conter ingredientes mais baratos • ↓ proteína animal e ↑ proteína vegetal (aumenta o bolo fecal) • o bolo fecal) • ↓ gordura • ↑ fibra e matéria mineral • ↓ digestibilidade e patabilidade OBS: • Deve ter cautela em seu uso para o crescimento animal e em lactações, a formulação é variável e decorre em função ao financeiro disponível da empresa • A formulação é dentro do limite mínimo e máximo • São produtos nos quais os fabricantes investem no MARKENTING • O apelo principal gira em torno da palatabilidade e na digestibilidade • A formulação também varia de acordo com quanto a empresa pode gastar • Alimento de níveis nutricionais altos, de confiança, de digestibilidade intermediária e de adequação nutricional • Esses alimentos têm como foco principal a sua QUALIDADE, esse tipo de alimento é vendido apenas em lugares específicos • As companhias acambar divulgando informações e materiais educativos para os proprietários • A formulação é fixa e garantida por meio de testes com animais e segurado por protocolos reconhecidos • ↑↑↑ digestibilidade, disponibilidade de nutrientes e densidade nutricional 7 – ANIMAIS DE GRANDE PORTE: PASTAGEM • Os solos podem ser ARGILOSOS (solos quem contém baixa disponibilidade de fosfato) e GRANULOSO (solos que podem ter boa quantidade de nutrientes, mas sofrem lixiviação) 7.1 – GRAMÍNEAS GÊNERO PANICUM: CAPIM COLONIÃO TANZÂNEA • Preferência por solos leves, de boa umidade e não são tolerantes a ambientes alagadiços. Exigem uma boa fertilidade do solo (N+, K+ e P). Não são resistentes a baixas temperaturas e em regiões com menos de 1000 mm • Grande estacionalidade na estação das águas (mês de janeiro, 90% da sua produção) • Capim alto de colmo e folha (60:40) • Hábito de crescimento cespitoso e perene • Possui os mesmos valores nutricionais que o Colonião, mas não é nem tão alto e nem de grande estacionalidade • Fácil manejo, permite um pastejo uniforme e sem perigo de rejeito pelos animais MOMBAÇA • Possui o maior corte do gênero, possibilitando maior quantidade de MS aos animais • Usado em sistemas intensivos e rotacionados GÊNERO CYNODON: • Hábito de crescimento prostrado, de origem africana, usado em pastejo e feno e de estrelas (sem rizomas) e bermudas (com rizomas) COAST-CROSS CULTIVARES DE TIFTON • Foi melhorado, visanod a qualidade • Possui tolerância ao frio, é bem fino e de fertilidade exigente TIFTON 68: • Hastes grossas e de folhas largas, pouca tolerância ao frio, pouca quantidade de rizomas TIFTON 85: • Porte relativamente alto e de grande produtividade, as hastes são maiores e mais largas GÊNERO PENNISETUM PURPUREUM: 1 – CAPIM-ELEFANTE • Perene, de hábito cespitoso, podendo atingir até 6m. Desenvolve touceiras de 20 a 200 perfilho, com colmos cilíndricos e cheios, e de propagação vegetativa, muito usado em cortar-levar GÊNERO BRACHIARIA: BRACHIARIA BRIZANTHA (BACHIARÃO) BRACHIARIA DECUMBES CV. • Planta mais comum no BR, alta tolerância a solos ácidos (↑Al+), solos de textura média ou arenosa são mais adequados • É perene, cespitosa e robustas • Perene, prostrada, emitindo raízes adventícias e brotos nos nós inferiores e com folhas macias e folhas densamente pilosas e de baixa produção de sementes BRACHIARIA HUMIDICULA • Sua origem ocorre me zonas de alta precipitação, é perene e de hábito de crescimento semi-ereto a prostrado • Os estolões são fortes, longos e de cor púrpura com grande número de gamas rente ao solo que enraízam com facilidade. São agressivas e de pouca compatibilidade com leguminosas 7.2 – LEGUMINOSAS • São plantas que possuem nódulos em suas raízes, e estão em simbiose com microrganismos rhizabium, os quais fixam nitrogênio, possuindo alto teor proteico , fixando também nitrogênio no solo • O TIMPANISMO pode ser causado em sua forma gasosa ou por sua forma espumosas (leguminosas) • Feijão-guandu, amendoim-forrageiro, alfafa, leucina e trevo 8 – CONSERVAÇÃO DO ALIMENTO 8.1 – SILAGEM • Massa ensilada concentrada de ácido lático produzido como resultado da presença de microrganismo dentro da cultura cortada, suficiente para inibir outras formas de atividade microbiana e assim, preservar o material até que possa ser utilizado pelos animais. É a forragem verde, ou grão úmido ou grãos secos, conservada por meio de um processo de fermentação anaeróbica e armazenada em silos. ENSILAGEM é o processo de cortar a forragem, coloca-la no silo, compacta-la e protege-la com vedação para haja a fermentação (↓ O2) SILO • É uma benfeitoria agrícola destinada ao armazenamento de produtos alimentícios sem estarem ensacados, os silos destinados ao armazenamento de grãos (SILOS GRANEIROS) tem como objetivo, manter os grãos secos de modo a evitar a sua deterioração, já os silos destinados a SILAGEM têm como objetivo a manutenção de um ambiente anaeróbico • Os silos verticais são menos utilizados por serem de lida mais difícil • O milho e o sorgo são as culturas mais adaptadas aos processos de ensilagem, mas existem outras opções, como o milheto, girassol, mandioca, capim-elefante e capins tropicais (Mombaça, tânzania, marandu...) TIPOS DE SILOS: VERTICAL HORIZONTAL SILO CISTERNA: • Não são mais usados, sua construção é sob o solo. Possui alguns problemas de compactação, é muito trabalhoso e pode causar intoxicação por metano e outros gases SILO AÉREOS: • Formato cilíndrico e grande capacidade de armazenamento, são poucos utilizados no BR, devido ao alto custo e difícilmanejo, sua vantagem é permitir o alto grau de compactação com o mesmo peso da massa e de pequena área de construção SILO TRINCHEIRA: • Forma em trapézio, é o tipo de silo mais utilizado, baixo custo de construção e facilidade no carregamento, compactação e descarregamento SILO SUPERFÍCIE: • O mais barato de se construir, sem seção definida, mas se assemelha ao trapézio. O material desse silo deve ser amontoado e compactado sobre o solo, e coberto por lona plástica segurada por terra SILO TUBO: • Tubular horizontal, é produzida por máquinas que empacotam a forragem picada em tubos plásticos horizontais. Sistema de alto investimento, equipamentos caros CONSERVAÇÃO MICROBIOLÓGICA E CINÉTICA DE FERMENTAÇÃO: • A planta recém-cortada possui uma POPULAÇÃO EPÍFITA (microrganismos que naturalmente habitam e recobrem a superfície externa dos vegetais) de microrganismo. Após o corte da planta, a população microbiana epífita é modificada, ocorrendo a RESPIRAÇÃO na presença de O2 e aumento da temperatura PROCESSO DE ENSILAGEM: • Corte, picagem, depósito, compactação e vedação. A planta deve ser colhida em estádio que apresente razoável rendimento de massa verde, teor proteico desejável e teor não muito elevado de fibra. O teor de MS da ensilagem deve ser de 30-35% • Consiste em cortar a forragem no campo, picá-la em pedaços de 2-3cm e ir colocando a forragem picada no fundo do silo. O material deve ser colocado em camadas para assim, ser compactado, ou com “pesos de socar”, animais pisoteando ou até mesmo com tratores. A compactação bem feita é o segredo da ensilagem, ela serve para expulsar o ar de dentro da massa de forragem. A presença de ar prejudica a fermentação, por isso a vedação é feita depois de cheio. As camadas vão se sobrepondo até atingir uma altura média de 1.5m na parte central (FORMA ABAULADA) • A preservação deve-se à fermentação anaeróbica, causada pela ação de microrganismos sobre os açúcares presentes nas plantas, produzindo ácidos (ácido lático), reduzindo o pH (até 4). O excesso de umidade favorece o aparecimento de bactérias do gênero Clostridium • Aproximadamente 40d após o fechamento do silo, a silagem poderá ser fornecida aos bovinos. Se tiver sido bem feita e o silo não for aberto, a silagem pode conservar-se por mais de 1 ano. Uma vez aberto o silo, a cada dia deve ser retirada uma fatia de no mínimo 15 cm • ADITIVOS: ureia 0,5%, melaço 3-5% e fubá 3-5% • BACTÉRICAS HOMOFERMENTATIVAS: ácido láctico • BACTÉRIAS HETEROFERMENTATIVAS: ácido láctico, acético, butírico e álcool 1 – FASE AERÓBICA • Ocorre a aerobiose durante a deposição de material no silo e sua compactação, neste momento as células vegetais que sofreram a picagem estão em intenso processo de RESPIRAÇÃO, consumindo oxigênio e CHO da planta. Nesta fase, a temperatura do silo começa a se elevar (25-45°C) e é de extrema importância a compactação e vedação do silo. Enquanto houver oxigênio residual, haverá aumento de temperatura, deve- se adotar investimentos para a redução dessa fase 2 – FASE INTERMEDIÁRIA (LAG) • Início do período anaeróbico (pré-fermentação) e com 2-4d, ocorre uma fermentação mais ativa, com queda drástica nos níveis de oxigênio e produção de ácido acético por bactérias enterro-fermentativas, destaca-se o crescimento de bactérias lácticas responsáveis pela produção de ácido acético (ácido importante para a redução do pH, atua como inibidor no desenvolvimento de microrganismos indesejáveis). Nesta fase, não há mais oxigênio e as bactérias fermentativas começam a se replicar 3 – FASE FERMENTATIVA • Fase fermentativa com ANAEROBIOSE, de duração entre 1-4 semanas, sendo finalizada no momento em que é inibido o desenvolvimento de microrganismos no silo devido à acidez produzida pela fermentação pela presença de ácido lático 4 – FASE DE ESTABILIZAÇÃO • Atinge-se a estabilidade fermentativa pela obtenção de um “pH cítrico”, sendo que a manutenção desta estabilidade só acontecerá quando as condições básicas de anaerobiose e teor de umidade forem mantidas. A penetração (mesmo que baixa) de oxigênio ou água no silo por ineficiência de vedação poderá levar a uma desestabilização de todo o processo. O objetivo é uma silagem inodora (cuidado com cheiro de vinagre e álcool muito acentuados) 9.2 – FENAÇÃO • É a desidratação do material, é a limitação de água no produto para limitar o crescimento de microrganismos patogênicos (conservação), bem como inativar as enzimas dos vegetais, paralisando o consumo dos nutrientes de reserva pele vegetal (manutenção do valor nutricional) • A fenação é um processo simples e econômico, sendo recomendável porque oferece algumas vantagens. Sua execução não apresenta dificuldades que impeçam o pequeno criador de realiza-la com o emprego de recursos manuais, ao passo que o grande criador pode fazê-la em larga escala com o auxílio da mecanização • O bom feno é palatável, nutritivo e ótima fonte de vitaminas A e D. Em virtude da sua concentração, um quilo de feno pode substituir três quilos de silagem de milho ou sorgo ou de forragem • A planta para fenação deve ter caules finos (secagem mais rápida e uniforme), maior valor nutricional, produção/área, rebrota vigorosa e resistência a cortes baixos e frequentes ETAPAS DA FENAÇÃO: 1 – CORTE • Corte da forragem, que pode ser feito de forma mecanizada ou manual, depende da qualidade e dos recursos do produtor, deve ser realizada logo pela manhã • O momento do corte é o estágio de maturação da planta (evitar cortar em fase reprodutiva), deve ter boa altura junto ao período de descanso. A fase corte esta diretamente relacionada com o valor agregado do feno 2 – VIRAGEM • Manuseio do material para que a maior parte possível seja exposto ao ambiente, de forma a expor a maior área possível da forragem para a secagem 3 – ENLEIRAMENTO • Consiste do aglomerado do material que está secando para caso haja uma possível chuva ele não leve a forragem cortada, por fim deve ser feito o ENFARDAMENTO, TRANSPORTE e ARMAZENAMENTO TIPOS DE DESIDRATAÇÃO: • I (ESTÔMAYOS): passa de 80-85% para 65-60% de umidade até 5h • II (CUTÍCULA): entre a hora 5-30 há perda de água, chegando a aproximadamente 30% de umidade • III (DESIDRATAÇÃO TOTAL): perda de água da hora 30 até 60, o material chega a 10-15% de umidade FATORES QUE INTERFEREM NA DESIDRATAÇÃO: • AMBIENTAIS: radiação solar, temperatura, umidade relativa do ar e velocidade do vento • INERENTES À PLANTA: cutícula (impermeável), que exerce funções de prevenção de danos físicos e/ou mecânicas, diminui perdas de componentes de planta por lixiviação e excessiva perda de umidade • MANEJO: viragem e revolvimento com ancinhos enleiradores e espalhadores são de importância fundamental no processo de secagem (reduz a compactação e proporciona maior circulação de ar dentro das leiras) SOBRE O FENO: • As enzimas hidrolíticas e respiratórias, presentes na célula continuam seu funcionamento após o corte da forragem, assim, decrescem a respiração da planta pela restrição de oxigênio e água para o processo metabólico. A nova umidificação da forragem por agentes externos reativa a atividade enzimática, prolongando assim, a respiração • Um feno de qualidade possui cor verde intensa (indica baixa perda de nutrientes) e é rico em folhas e caules finos e macios. Um feno de qualidade está ausente de espécies invasoras e tóxicas, corpos estranhos e sinais de fermentação ou mofo • O calor excessivo no feno provoca a REAÇÃO DE MAILLARD, acarretando perdas de CHOs, proteínas digestíveis, bem como, vitaminas A, E e C, elevando ainda a vitamina D, essas reações normalmente provocam escurecimento da forragem e odor desagradável, reduzindo a sua palatabilidade 10 – MANEJO ALIMENTAR DOGADO LEITEIRO PERÍODO SECO: • É o encerramento da lactação. As exigências nutricionais são amis baixas do que quando elas estão em lactação, porém aumenta gradativamente a proximidade do parto. Essa dieta é constituída principalmente de volumoso e pouca, ou nenhuma suplementação com concentrado fornecida • Adequada assistência ao parto, manutenção do ECC, preparação da glândula mamária para a próxima lactação, preparação do TGI para a próxima lactação e minimizar a ocorrência de desordens digestivas, metabólicas e infeciosas • FASE 1: 90V:10C e FASE 2: 70V:30C PERÍODO DE TRANSIÇÃO: • Definido com 3 semanas pré-parto e 3 semanas pós-parto. O período de transição é caracterizado por alterações hormonais decorrentes da proximidade do parto, maior demandar de nutrientes para a síntese de colostro e leite, desenvolvimento contínuo da glândula mamária, rápido crescimento fetal e mudanças de ambiente (vaca recém-parida em um novo grupo de vacas) • Ocorre a redução do consumo de MS (aumentar a densidade energética), o score deve ser de 3,5-3,75 (score maiores que esses geram cetose e febre do leite). Deve ser ser feita dietas aniônicas (2-3 semanas pré-parto) e catiônicas (pós-parto, com bicarbonato para evitar acidose) • PRÉ-PARTO: aumentar o concentrado (proteico e energético) • DURANTE O PRÉ-PARTO: aumentar o concentrado (proteico) PERÍODO DE LACTAÇÃO: • INÍCIO DE LACTAÇÃO: fase mais crítica dava situa-se nos primeiros 21 dias de lactação, uso de concentrado (lipídeos para aumentar a densidade energética, diminuir o BEM e aumentar o desempenho de lactação, exemplo: soja, girassol e caroço de algodão) 50V:50C • MEIO DA LACTAÇÃO: a vaca começa a ficar com BEP, inicia-se a recuperação do ECC e ocorre o aumento da taxa de IMS, a vaca deve ficar prenhe nessa fase. 65V:35C • FINAL DA LACTAÇÃO: a vaca agora está em BEP e com o ECC recuperado (entre 3,25-3,50), esse é o período de menor retorno econômico pelo decréscimo da produção, deve preparar a vaca para secagem 11 – FRANGO DE CORTE E SUÍNOS 11.1 – FRANGO DE CORTE • O frango de corte é o animal de produção mais modificado geneticamente, é também o segundo animal que consegue ganhar mais peso em um período curto de tempo (42dias). No Brasil, é proibido por lei o uso de qualquer tipo de hormônio que acelere o crescimento das aves, além de tudo, a aplicação de hormônio na avicultura é cara e inviável pelo número de aves. Na avicultura deve-se trabalhar com animais de baixo nível de conversão alimentar (frango = 1,74 kg), baixo nível de gordura abdominal, e alto índice de rendimento de peito e ganho rápido de peso • NÚMERO DE REFUGO: na avicultura é importante ter noção nesses animais, animais de refugo são aqueles que não tem boas condições na produção, porém estão lá, necessitando de manejo alimentar e sanitário, arrecadando despesas. Esses animais devem ser descartados PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO: • O requerimento nutricional é de acordo com a fase de vida do animal, no frango cultura deve ter o máximo de dietas possíveis (ex: uso da lisina, AA essencial no começo de vida do frango) • PRIMEIROS 21D DE UM FRANGO DE CORTE: rápido desenvolvimento da ave, com mudanças fisiológicas (desenvolvimento do sistema termorregulador, imunocompetência e de músculos, sistema óssea e gordura) DIETA: PRÉ-INICIAL INICIAL CRESCIMENTO TERMINAÇÃO • 1-7d de idade • 8-21d de idade • 22-33d de idade • 34-42d de idade DIFERENCIAÇÃO NUTRICIONAL PELO SEXO: • Machos e fêmeas possuem exigências nutricionais diferentes, visando explorar o potencial de crescimento de cada grupo, dando maior uniformidade ao grupo e atendo a mercados específicos, possibilitando assim, a alimentação de um grupo com a mesma ração, a modificação dos períodos de troca da mesma ração e da formulação de rações diferentes. É viável dividir a granja em machos e fêmeas MACHOS FÊMEAS • Eles consomem mais ração/dia, porém a sua velocidade de ganho de peso é maior, assim como a deposição de proteína (deposição muscular) na carcaça (peito de frango) • Diferente dos machos, não tem o ganho de peso tão rápido e, partir dos 35d ocorre a deposição de gordura na carcaça PROTEÍNA IDEAL • Balaço exato de AA que é capaz de prover sem excesso ou falta, as necessidades de todos os AA essenciais, expressando-os como porcentagem da lisina. A LISINA é o AA referencial pela alta quantidade de publicações existentes, por ser o 2° AA essencial e por ajudar diretamente na síntese de proteína e em fácil análise 11.2 – SUÍNOS MARRÃS: DIETA 60-100 dias de idade 100 – até o estro que antecede a 1° IA 140 dias de idade (marrãs) • Dieta de crescimento feita na cria com alimentação à vontade (aquisição de tecido magro) • Dieta específica para marrãs (reposição) em quantidades controladas de 2,5-3 kg/d • Deve haver a deposição adequada de tecido magro e formação de reservas corporais • Dieta específica para marrãs LINHA DO TEMPO 1 – FLUSHING • É o fornecimento de mais energia antes da primeira IA, isso ocorre para que a taxa de fecundidade aumente, para assim nascer mais leitões (objetivo: porcas prolíferas) • 1° IA acontece no 3°-4° estro, em 200d, pesando 140-160 kg 2 – GESTAÇÃO • TERÇO INICIAL: restrição alimentar pela metabolização da progesterona (mantém a gestação na fêmea), ocorrendo a reabsorção embrionária. Manejo nutricional feito pela ração de gestação (restrito, 1,8-2 kg/d). Sobrevivência do feto • TERÇO MÉDIO: recuperação do ECC corporal e início do desenvolvimento das fibras musculares nos fetos, deve ser mantida a ração de gestação e, principalmente, deve aumentar a quantidade de alimento fornecido (2,2 kg/d) • TERÇO FINAL: deve aumentar a quantidade de ração de gestação ou de lactação fornecida pelo aumento proporcional de crescimento fetal e glândula mamária (restrição de 3-3,2 kg/d) 3 – PRÉ-PARTO • 3-4 dias antes do parto, ocorre a substituição da ração por alimentos fibrosos (ex, farelo de algodão) pelo efeito laxativo. Função intestinal, sendo restrita ou não 4 – PARTO • Sem alimentação, apenas com água (diminui as chances de ter distocias) • LACTAÇÃO: deve haver o aumento gradativo da alimentação até chegar em 7kg, de 21-28 dias deve ocorrer o desmame, assim, a porca volta para as gaiolas para ser inseminada novamente, tendo ainda 7 dias para a apresentação do cio novamente (geralmente nas quintas-feiras). Para saber se a porca está no CIO o granjeiro deve estabelecer a “monta” nas porcas LEITÕES: • Tem como objetivo a estimulação da microbiota (rápido equilíbrio) e da imunocompetência, além de estimular o consumo da ração desde pequenos • DIGESTÃO DA LACTOSE (LACTASE): recomenda-se o uso de lácteos até os 35d de vida, o soro de leite é rico em lactose, proteína, de alta palatabilidade e excelente nutriente para os lactobacilos, inibindo a E. coli • DIGESTÃO DE PROTEÍNAS (TRIPSINA) • DIGESTÃO DE PROTEÍNAS VEGETAIS (PEPSINA): maturidade ao redor de 28d de vida • DESMAME: é feito pelo uso das rações (de 21-28d) CACHAÇO: • A ração dos cachaços deve ser específica, pois elas devem manter a libido e a qualidade seminal. A restrição dos nutrientes totais ou apenas proteica diminui a libido, o volume e a qualidade seminal. A ração específica ou de gestação tende a atender as necessidades diárias de nutrientes, deve conter no mínimo os mesmos níveis nutricionais de uma dieta de gestação, visando a qualidade da célula espermática NUTRIÇÃO DE MACHOS E FÊMEAS: • A deposição de gordura é diferente de acordo com o sexo (machos inteiros < leitoas < machos castrados), isso porque, machos castrados ingerem mais alimentos e mais rapidamente do que as leitoas e depositam mais gordura com menor idade, resultandoem carcaças com menor porcentagem de carne 11.3 – INFORMAÇÕES ADICIONAIS ANTIMICROBIANOS • O sucesso da avicultura e da suinocultura está relacionada diretamente com o uso de antimicrobianos, os antimicrobianos são usados para fins terapêuticos, metafiláticos, profiláticos e de aditivos para melhoradores do desempenho animal • O antimicrobiano melhora o desempenho animal pois ele modula a microbiota do animal (facilitando o seu crescimento) RESISTENCIA DE MICRORGANISMOS AOS ANTBs • O uso prolongado ou contínuo dos ANTBs aumentaria o risco de aquisição de infecções por cepas resistentes de microrganismo, as cepas de microrganismos resistentes presentes nos animais atingiriam o ser humano, as infecções humanas causadas por agente patogênicos teriam opções limitadas de tratamento, especialmente quando de toxiinfecções alimentares, as cepas resistentes de microrganismos responsáveis por toxiinfecções alimentares poderiam desenvolver maior virulência, assim os resíduos de medicamentos veterinários presentes em alimentos provenientes de animais tratados, se ingeridos, poderiam interferir com a microbiota do TGI humano, além de poder criar resistência a alguma bactéria a longo prazo, por isso o uso de ANTBs nas aves é suspendido algumas semanas antes do abate ADITIVOS • PROBIÓTICOS: são produtos alimentares que contêm microrganismos vivos cuja a ingestão traz benefícios à saúde • PREBIÓTICOS: são ingredientes não-digeríveis que afetam beneficamente o hospedeiro estimulando seletivamente o crescimento e a atividade de uma ou mais bactérias, tem como objetivo estimular o crescimento e/ou ativar o metabolismo de algum grupo de bactérias benéficas no TGI, estão relacionados aos probióticos (como se fossem alimento para as bactérias) ENZIMAS
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