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4.1.4.-Adaptação aos trópicos

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ADAPTAÇÃO AOS TRÓPICOS
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ADAPTAÇÃO AOS TRÓPICOS
 Quais os sintomas apresentados pela vaca não adaptada aos trópicos?
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QUAIS OS SINAIS VITAIS DE UM BOVINO?
FONTE: DBO Rural, março, p. 105, 2004.
Batimento cardíaco – 70 pulsação por minuto.
Temperatura – 39º centígrados (adulto) e 39,5º (bezerro).
Respiração – 18 movimentos por minuto.
Volume de sangue – de 50 a 80 ml/kg de peso.
Quantidade de água ingerida – de 50 a 100 litros por dia.
Ingestão diária de alimentos – entre 3% e 5% de seu peso.
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Principais Raças Bovinas
 Adaptação aos Trópicos
www.eagleviewangus.com.au
http://neloreirca.wordpress.com/home/
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Principais Raças Bovinas
 Animais não adaptados aos trópicos
www.eagleviewangus.com.au
http://neloreirca.wordpress.com/home/
Fonte: UFPR, 2012
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Principais Raças Bovinas
www.eagleviewangus.com.au
 Animais não adaptados aos trópicos
Beef Point – set 2012
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 Índice de temperatura 
 e umidade.
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 1. INTRODUÇÃO
 
Adaptação, em pecuária, é um termo utilizado para descrever a habilidade de um determinado genótipo (SER VIVO) em ajustar-se às condições do ambiente, com o menor comprometimento das características produtivas (Turner, 1980). 
Fatores ambientais exercem efeitos diretos e indiretos em todas as fases da produção animal, podendo acarretar redução na produtividade, com consequentes prejuízos econômicos (Morrison,1983). 
A adaptação de uma espécie animal a um dado ambiente está relacionada com mudanças estruturais, funcionais ou comportamentais observadas nos indivíduos desta espécie, objetivando a sobrevivência, reprodução e produção neste determinado ambiente.
 
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Os animais Bos indicus são reconhecidamente mais tolerantes ao clima tropical, especialmente quanto ao calor (Turner, 1980), apresentando também maior resistência à endo e ectoparasitos quando comparados aos bovinos Bos taurus. 
 
Entretanto, as características de produtividade dos animais zebuínos, como ganho de peso pré e pós- desmama, fertilidade e habilidade materna são consideradas inferiores em relação aos animais taurinos, sobretudo os de origem britânica. 
Além disso, apresentam qualidade de carne e carcaça inferiores aos animais Bos taurus, especialmente quanto à maciez, considerada a principal característica organoléptica relacionada à qualidade deste produto (O`Connor, 1997).
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A pecuária de corte, praticada em regiões de clima tropical, deve buscar o desenvolvimento e a seleção das características de adaptabilidade em animais de origem taurina, em raças puras ou compostas, adequando o genótipo destes às condições de produção nos trópicos, sem prejuízo das funções produtivas e de qualidade de produto. 
Para isto, diversos estudos tem sido conduzidos em todo o mundo, buscando caracterizar aspectos fenotípicos que correspondam a maior ou menor nível de adaptação, permitindo-se uma correta avaliação dos animais quanto à sua capacidade de produção em clima tropical.
2. ADAPTAÇÃO AO CALOR E UMIDADE
 
Bovinos são animais homeotérmicos, ou seja, mantém a temperatura corpórea relativamente constante independente das variações ambientais. Para que isto ocorra, é necessário que haja equilíbrio entre a produção (termogênese) ou absorção e as perdas de calor.
 Conseguido por alterações fisiológicas, metabólicas e comportamentais, de modo a sustentar a homeostase orgânica e minimizar as conseqüências adversas da hipo ou hipertermia, 
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A adaptabilidade dos animais de origem zebuína ao clima tropical é devido a menor produção de calor metabólico, associada a melhor capacidade de termólise. 
Essas características facilitam a termorregulação nos animais Bos indicus contribuindo para que sofram menos estresse térmico. 
Contudo, menor taxa metabólica tem implicância negativa nos índices de produtividade de carne e leite destes animais (Hansen, 2004).
O estresse térmico altera secreções de vários hormônios; diminuição nas secreções do hormônio de crescimento, tiroxina e triiodotironina, com conseqüente declínio na produtividade. 
Se a umidade relativa do ar estiver elevada, as perdas de calor por evaporação são prejudicadas, podendo ocasionar um elevado estresse calórico.
Propriedades da pele e dos pêlos dos animais Bos indicus explicam muito da sua tolerância ao calor. 
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Silva et al. (2001), estudando a radiação ultravioleta através do pelame e da epiderme de bovinos das raças Holandesa e Nelore concluíram que um ambiente caracterizado por altos níveis de radiação ultravioleta (UV), a combinação mais adequada é um pelame de cor branca, sobre uma epiderme de cor negra.
Entretanto, um pelame negro constitui uma superfície de grande absorvidade da radiação térmica, de modo que a temperatura da superfície cutânea nestes animais é mais elevada que naqueles com pelame branco.
3. RESISTÊNCIA A ENDO E ECTOPARASITAS
 A associação da adaptabilidade dos bovinos ao clima tropical com resistência a endo e ectoparasitos baseia-se no maior desafio ao qual estes animais são expostos nestas regiões do que o encontrado em regiões de clima temperado ou sub-tropical. 
Por isso, para que sejam mantidos níveis de produtividade e longevidade economicamente viáveis, torna-se fundamental que os bovinos apresentem resistência a estes agentes.
 
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4. INDICADORES DE ADAPTABILIDADE CORRELACIONADOS À PRODUÇÃO
A combinação de pêlos mais curtos, assentados sobre a pele e com alta densidade é a ideal para criação de bovinos nos trópicos, pois favorece as trocas de temperatura do animal com o ambiente. 
Queda de pelos no calor e alongamento no frio.
5. RAÇAS TAURINAS ADAPTADAS À PECUÁRIA TROPICAL
 As raças taurinas adaptadas com maior representatividade comercial no Brasil são as raças Caracu, Senepol e Bonsmara (Figura 4), que juntas detém 5,7% do sêmen taurino e 2,3% de todo o sêmen comercializado no Brasil (ASBIA, 2008). 
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 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 
É importante a adequação dos genótipos ao ambiente de criação, sob os aspectos econômico e de bem estar animal, em que a manutenção de bovinos em constante estresse térmico acarreta prejuízos por menores índices de produtividade.
Existe muita variabilidade entre e dentro das raças puras ou compostas de origem taurina que possibilita a seleção de genótipos mais tolerantes ao clima tropical.
A seleção para adaptabilidade por meio de escores visuais de tipo de pelame é eficiente. 
Deve-se estimular a utilização das raças taurinas adaptadas em sistemas de cruzamento com zebuínos sob condições tropicais como forma de garantir o incremento produtivo e de qualidade buscado nestes sistemas sem perda de adaptabilidade nos produtos.
 
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