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Física III (FIS0013) Eletrodinâmica Prof. MSc. Farley Correia Sardinha 2 Prof. Sardinha Prof. Sardinha ELETRODINÂMICA – Conceitos Básicos – Circuitos Elétricos e Elementos de Circuitos 3Prof. Sardinha Objetivos Reconhecer o conceito de corrente elétrica; Identificação das principais variáveis envolvidas no cálculo da corrente elétrica; Reconhecer a resistividade elétrica de uma substância e calcular a resistência elétrica de um objeto. Aplicar da Lei de Ohm; Reconhecer os principais elementos de um circuito elétrico; 4Prof. Sardinha Repouso X Movimento para Cargas Elétricas Na Eletrostática foram apresentados diversos efeitos e fenômenos associados à presença de partículas ou objetos que possuem carga elétrica, tais como: Processos de Eletrização; Campo elétrico criado no espaço em derredor; Força elétrica sobre outra partícula ou objeto eletrizado, que adentra a região do espaço preenchida por esse campo elétrico. 5Prof. Sardinha Repouso X Movimento para Cargas Elétricas Na Eletrodinâmica observaremos que, ao se submeter uma partícula eletrizada à ação de um campo elétrico, colocando-a em movimento, novos efeitos serão produzidos por ela. Para o estudo desses efeitos, não consideraremos mais a partícula ou objeto eletrizado individualmente, mas sim o movimento ordenado de várias dessas partículas, em conjunto. Para o estudo da corrente elétrica é necessário ter conhecimento das propriedades do meio em que ela flui, o condutor elétrico. Futuramente será demonstrada a relação entre as cargas elétricas em movimento e o magnetismo. 6Prof. Sardinha A Energia Potencial Elétrica A energia potencial elétrica é uma forma de energia associada a configuração de uma distribuição de cargas elétricas. Pode ser entendida como a energia que um objeto eletrizado possui na presença de um campo elétrico externo. A energia potencial elétrica de um sistema de cargas pontuais fixas é igual ao trabalho necessário para mover essas cargas desde uma distância infinita até a posição atual. 7Prof. Sardinha O Potencial Elétrico O potencial elétrico, ou simplesmente potencial, é uma grandeza escalar relacionada a quantidade de energia potencial elétrica por carga, dada por: 𝑉 = 𝑈 𝑞 A unidade de medida do potencial é o volt, dado por: 𝑣𝑜𝑙𝑡 = 𝑗𝑜𝑢𝑙𝑒 𝑐𝑜𝑢𝑙𝑜𝑚𝑏 ⇒ 𝑉 = 𝐽 𝐶 O potencial elétrico é uma propriedade do campo elétrico e, por isso, não depende da presença de um objeto eletrizado. 8Prof. Sardinha O Potencial Elétrico Uma partícula de carga positiva produz um potencial positivo, enquanto uma partícula de carga negativa produz um potencial negativo. O trabalho necessário para se mover uma partícula de carga q entre dois pontos com potenciais diferentes é: 𝑊 = 𝑞. 𝑉𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑉𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 Se pontos vizinhos possuem o mesmo potencial, eles formam uma superfície equipotencial. Prof. SardinhaProf. Sardinha Superfícies Equipotenciais Pelo resultado anterior, se uma carga é posta em movimento sobre uma superfície equipotencial, o trabalho realizado é nulo. Isso implica que, em cada ponto do espaço, o campo elétrico deve ser sempre perpendicular à superfície equipotencial. Prof. SardinhaProf. Sardinha Superfícies Equipotenciais Pelo resultado anterior, se uma carga é posta em movimento sobre uma superfície equipotencial, o trabalho realizado é nulo. Isso implica que, em cada ponto do espaço, o campo elétrico deve ser sempre perpendicular à superfície equipotencial. Prof. SardinhaProf. Sardinha Superfícies Equipotenciais Pelo resultado anterior, se uma carga é posta em movimento sobre uma superfície equipotencial, o trabalho realizado é nulo. Isso implica que, em cada ponto do espaço, o campo elétrico deve ser sempre perpendicular à superfície equipotencial. Prof. SardinhaProf. Sardinha Superfícies Equipotenciais Pode-se dizer, assim, que a componente do campo elétrico em qualquer direção do espaço é o negativo da taxa de variação do potencial elétrico com a distância nessa direção. Matematicamente essa afirmativa pode ser representada por: 𝐸 = − 𝜕𝑉 𝜕𝑥 𝑖 + 𝜕𝑉 𝜕𝑦 𝑗 + 𝜕𝑉 𝜕𝑧 𝑘 Prof. SardinhaProf. Sardinha A Diferença de Potencial Elétrico A diferença de potencial elétrico entre dois pontos é simplesmente a diferencial entre os potenciais desses dois pontos, ou seja: ∆𝑉 = 𝑉𝑓 − 𝑉𝑖 E, como foi dito, se o potencial varia, há um campo elétrico na direção dessa variação. Prof. SardinhaProf. Sardinha A Corrente Elétrica em Condutores Metálicos Em condições normais de isolamento, os elétrons de condução formam grupos que se movem aleatoriamente pelo condutor. No entanto, ao se criar um campo elétrico entre as extremidades do condutor, os elétrons, submetido à ação da força elétrica, iniciam um movimento ordenado contrário ao campo. Esse movimento ordenado de elétrons é chamado de corrente elétrica. Prof. SardinhaProf. Sardinha A Corrente Elétrica em Condutores Metálicos A figura (a) mostra um circuito fechado, feito de material condutor Mesmo que haja um excesso de cargas elétricas, todos os pontos do circuito possuem o mesmo potencial. Dessa forma não pode existir campo elétrico, nem no interior do condutor e nem paralelo à sua superfície. Prof. SardinhaProf. Sardinha A Corrente Elétrica em Condutores Metálicos Isso significa que mesmo havendo elétrons livres, eles não serão submetidos a uma força elétrica. Se não houver força elétrica sobre as cargas, consequentemente não haverá corrente. Ao inserir uma bateria no circuito, o potencial não será mais o mesmo em todos os pontos. Prof. SardinhaProf. Sardinha A Corrente Elétrica em Condutores Metálicos Se há uma diferença de potencial, ela causa a existência de um campo elétrico no interior do condutor. O campo elétrico faz surgir uma força elétrica sobre elétrons. A força elétrica acelera os elétrons, o que resulta na corrente elétrica. Prof. SardinhaProf. Sardinha A Corrente Elétrica em Condutores Metálicos A figura ao lado mostra parte de um circuito onde há corrente elétrica. Se uma quantidade de carga dq passa pelo plano aa’ durante um intervalo de tempo dt, então a corrente é dada por: 𝑖 = 𝑑𝑞 𝑑𝑡 Prof. SardinhaProf. Sardinha A Corrente Elétrica em Condutores Metálicos Disso vem que a carga que atravessa esse plano no intervalo de tempo t, pode ser calculada como 𝑑𝑞 = 𝑖. 𝑑𝑡 ⇒ 𝑞 = 0 𝑡 𝑖(𝑡). 𝑑𝑡 Como a carga elétrica deve se conservar, num regime estacionário a corrente deverá ser a mesma em qualquer plano que atravesse o condutor. Prof. SardinhaProf. Sardinha A Corrente Elétrica em Condutores Metálicos A corrente elétrica é uma grandeza escalar, cuja unidade de medida é o ampère, definido como: 𝑎𝑚𝑝è𝑟𝑒 = 𝑐𝑜𝑢𝑙𝑜𝑚𝑏 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜 ou 𝐴 = 𝐶 𝑠 Prof. SardinhaProf. Sardinha Representação gráfica da corrente elétrica Apesar de ser uma grandeza escalar, a corrente é frequentemente representada por uma seta. Essas setas não são vetores e não se deve aplicar as regras das operações vetoriais sobre elas. Ao contrário disso, elas obedecem a duas regras básicas: A conservação das cargas deve ser respeitada; O sentido sempre deve ser aquele em que portadores de carga positiva se moveriam. 22Prof. Sardinha Resistência e Resistividade Elétrica Quando aplicamos a mesma diferença de potencial é aplicada às extremidades de barras de mesma dimensão, mas de materiais diferentes, a corrente elétrica resultante é diferente. A propriedade das barras que determina essadiferença é a resistência elétrica, dada por: 𝑅 = 𝑉 𝑖 A unidade de medida da resistência elétrica é: 𝑜ℎ𝑚 = 𝑣𝑜𝑙𝑡 𝑎𝑚𝑝è𝑟𝑒 ⇒ Ω = 𝑉 𝐴 23Prof. Sardinha Resistência e Resistividade Elétrica No entanto, a comparação foi entre barras iguais, mas de materiais diferentes. A propriedade desses materiais que influencia as resistências das respectivas barras é a resistividade elétrica, dada por: 𝜌 = 𝐸 𝐽 A unidade de medida da resistividade elétrica é: 𝑜ℎ𝑚.𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 = 𝑣𝑜𝑙𝑡/𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑎𝑚𝑝è𝑟𝑒/𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜2 ⇒ Ω.𝑚 = 𝑉/𝑚 𝐴/𝑚2 24Prof. Sardinha Resistência e Resistividade Elétrica 25Prof. Sardinha Resistência e Resistividade Elétrica 26Prof. Sardinha Resistência e Resistividade Elétrica A propriedade inversa da resistividade é a condutividade elétrica, dada por: 𝜎 = 1 𝜌 A partir da resistividade de um material, é possível obter a resistência elétrica de um condutor por ele constituído, conforme a equação abaixo: 𝑅 = 𝜌. 𝐿 𝐴 27Prof. Sardinha Teste 1. Dadas as figuras abaixo, que representam três condutores cilíndricos de cobre, ordene os condutores na ordem crescente da corrente que os atravessará, se os mesmos forem submetidos à mesma diferença de potencial. 28Prof. Sardinha Exemplo 1. Uma amostra de ferro em forma de paralelepípedo tem dimensões 1,2 cm X 1,2 cm X 15 cm. Uma diferença de potencial é aplicada sobre ela, entre as faces paralelas. Determine a resistência da amostra se as faces paralelas forem: a) As extremidades quadradas b) As extremidades retangulares 29Prof. Sardinha Lei de Ohm Um condutor cuja função em um circuito elétrico é introduzir uma certa resistência é chamado de resistor. Em geral, a resistência de um resistor é constante. No entanto, há dispositivos que possuem uma resistência que varia com a d.d.p. aplicada. Segundo a Lei de Ohm, a corrente que percorre um dispositivo é diretamente proporcional à diferença de potencial aplicada. 30Prof. Sardinha Lei de Ohm No entanto, a Lei de Ohm não é válida para todos os casos. Um dispositivo obedece à Lei de Ohm se sua resistência não depender nem do valor absoluto e nem da polaridade da d.d.p. Um material (ou substância) obedece à Lei de Ohm se a sua resistividade não depender nem do módulo e nem da direção do campo elétrico. 31Prof. Sardinha Teste 2. Dada a tabela abaixo com valores de corrente e d.d.p. para dois dispositivos distintos, indique qual deles obedece à Lei de Ohm. Dispositivo V1 i1 V2 i2 V3 i3 A 2,00 4,50 3,00 6,75 4,00 9,00 B 2,00 1,50 3,00 2,20 4,00 2,80 Prof. SardinhaProf. Sardinha Potência em um Circuito O circuito elétrico ao lado é composto por uma bateria e um outro dispositivo não especificado. Graças aos fios condutores, a bateria mantém uma d.d.p. de valor V nos terminais desse dispositivo. Como a bateria fornece uma d.d.p. constante, a corrente que percorre o circuito é constante. Prof. SardinhaProf. Sardinha Potência em um Circuito Dessa forma: 𝑉 = 𝑑𝑈 𝑑𝑞 ⇒ 𝑑𝑈 = 𝑑𝑞. 𝑉 ⇒ 𝑑𝑈 = 𝑖. 𝑑𝑡 . 𝑉 ⇒ 𝑑𝑈 𝑑𝑡 = 𝑖. 𝑉 Mas dU/dt é a definição de potência, assim: 𝑃 = 𝑖. 𝑉 Que é a taxa com a qual a energia da bateria é transferida para o componente. 34Prof. Sardinha Potência Elétrica A unidade de medida de potência é o watt (W). No caso dos resistores, pode-se determinar a taxa de dissipação de energia, durante a conversão da energia elétrica em térmica, que é a chamada potência dissipada: 𝑃 = 𝑖. 𝑅2 𝑃 = 𝑉2 𝑅 Estas duas equações somente são aplicáveis nesse caso específico. 35Prof. Sardinha Exemplo 2. Um pedaço de fio resistivo feito de Nichrome (liga de níquel, ferro e cromo) tem uma resistência de 72 W. Determine a taxa com a energia dissipada: a) quando o fio é submetido a 120 V. b) quando o fio é cortado pela metade e cada pedaço é submetido a 120 V. 36Prof. Sardinha Sugestões para estudo Leia o capítulo 26 do livro “Fundamentos de Física (Halliday)– Vol. 03”. Responda as perguntas do final de capítulo: Resolva os problemas das seguintes seções: Cap. 26 – Seções 26.1, 26.2 , 26.4 , 26.5 , 26.7 e “Problemas Adicionais” (semelhantes a essas seções). Qualquer dúvida envie e-mail para: farley.sardinha@multivix.edu.br
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