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Sistema Somatosensorial

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Fisiologia 06 – Sistema Somatosensorial 
	É o sistema especializado em detectar as informações que são dadas para o corpo, como tato, propriocepção (grau de estiramento muscular, por exemplo), dor e temperatura. 
	Inserido em diferentes camadas de pelo, temos diferentes receptores sensoriais. Todos eles, de uma certa maneira, são estruturas especializadas em detectar um subtipo de tato. As células que detectam dor e temperatura são, simplesmente, terminações livres enraizadas na pele.
	As densidades das células receptoras táteis variam por todo o corpo, ou seja, em algumas partes do corpo existem muito mais células inervando do que outras. Nas regiões do corpo que existem mais células inervando, o campo receptor delas é menor, e quando há menos células inervando, o campo receptivo é maior. Isso é chamado de acuidade, ou seja, a capacidade de discriminar dois estímulos, que varia ao longo do corpo. Isso é relativo aos receptores táteis, mas existem também estruturas especializadas outros tipos de estímulos do corpo, como o fuso muscular, uma estrutura mergulhada nos conjuntos musculares, capazes detectar o grau de estiramento dos músculos, isso é importante para o S.N.C dizer qual a posição do seu corpo. Existem outra estrutura capaz de detectar as mudanças na tensão muscular, chamada de órgão tendinoso de golgi. 
	Uma vez que a informação tátil e proprioceptiva é detectada na periferia, ela é carreada para o S.N.C via S.N.P, então as informações que vem da face estão indo para os nervos cranianos, e as informações que vem do resto do corpo está indo para a medula.
	Um nervo é formado pela raiz dorsal (enraizada na medula) e a raiz ventral. E ele é composto por axônios motores e sensoriais. A informação somatosensorial está sendo carreada por um neurônio, cujo corpo está no gânglio da raiz dorsal. Esses neurônios são do tipo pseudounipolar, no qual o corpo celular está no gânglio, um braço está inervando a medula e o outro uma outra parte do corpo. Em alguns casos, esse neurônio pode ter um tamanho enorme.
	No final das contas, a informação detectada na periferia vai entrar no sistema nervoso central e subir até o córtex. A primeira etapa da via anatômica, que leva a informação tátil até a superfície cortical, é o neurônio primário, que possui o corpo no gânglio da raiz dorsal e a continuidade de seu axônio entra na medula (a outra extensão está inervando uma parte do corpo), e sobe pela porção dorsal da medula e segue até o bulbo, que vai comunicar a um segundo neurônio (neurônio secundário). Esse neurônio cruza a linha média do bulbo e vai se comunicar com um outro neurônio no tálamo. A informação detectada de um lado do corpo, está chegando no tálamo, o outro lado do cérebro. Depois de chegar no tálamo, esse segundo neurônio faz uma conexão com um terceiro neurônio (neurônio terciário), que vai, então, se comunicar lá no córtex (a informação somatosensorial chegar no córtex somatosensorial primário, primeira área a receber esse tipo de informação).
	Já em relação a face, a informação não chega na medula. O corpo desse neurônio está no gânglio trigêmeo (nervo craniano), e daí segue para os núcleos bulbares e segue a via normalmente.
	A informação sobe de forma organizada, de modo que ela vai se inserir em posições especifica no córtex, de modo que nas porções mais mediais chegam as informações vindas dos pés, e nas porções mais laterais de mão e de face, que possuem uma área maior dedicada a receber essas informações. Isso acontece, pois, partes do corpo muito utilizadas, por isso são privilegiadas somatosensorialmente. 
	Quando alguém sofre uma amputação de mão, por exemplo, a região que recebia as informações é, de certa maneira, invadida, ou seja, ocorre uma reorganização dessa área, de modo que as áreas vizinhas invadem essa área inutilizada. O que pode gerar uma certa confusão na hora de receber os estímulos, pois quando recebe um estímulo na face, por exemplo, estimula a região que antes pertencia a mão, que foi amputada, fazendo com essa pessoa também sinta o membro perdido (membro fantasma).
	Além das áreas sensoriais primárias, existem também as áreas integrativas, que integram informações sensoriais distintas (processamento). O tipo de integração que essa região está fazendo, depende da área analisada. Por exemplo, no córtex parietal posterior é importante para integrar informações visuais com informações que vem do nosso corpo, o que é importante para controlar movimentos. Essa áreas fazem essa integração sensorial para gerar uma resposta de interação, ou com o meio externo ou interno.

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