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Universidade Federal de Sergipe Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Departamento de Morfologia Histologia e Embriologia Especial Módulo: Embriologia Profa. Shirlei Octacílio da Silva 1 2 maturação do folículo ovulação corpo lúteo corpo lúteo da gravidez camada basal camada esponjosa camada compacta início da implantação glândula embrião implantado 0 4 14 28 Fase menstrual Fase folicular Fase luteal Fase de gravidez A implantação do blastocisto causa o desenvolvimento de um grande corpo lúteo da gravidez. A atividade secretora do endométrio aumenta gradualmente como um resultado de grandes quantidades de progesterona produzida pelo corpo lúteo da gravidez. Durante a gravidez, mudanças na mucosa uterina correlacionam-se com aquelas no ovário 3 4 Clivagem Ocorre durante a passagem do zigoto pela tuba uterina em direção ao útero Cada célula é chamada blastômero Compactação após estágio de 8 células; as células se agrupam firmemente através de glicoproteínas de adesão de superfície maior interação célula-célula importante para a formação da massa celular interna Mórula 12-32 blastômeros; a mórula alcança o útero Fluido da cavidade uterina entra pela zona pelúcida, formando a cavidade blastocística e separa os blastômeros em trofoblasto e massa celular interna, que dará origem ao embrião. blastocisto 5 6 © Laboratoire de Biologie de la Reproduction; Lausanne Zigoto Embrião de 2 células Embrião de 4 células Embrião de 8 células Mórula Clivagens até a fase de mórula 7 Compactação 8 Compactação A células mudam de formato através de interações de glicoproteínas de adesão, e os blastômeros agrupam-se firmemente uns aos outros, formando uma bola compacta de células. 9 Compactação 10 Implantação Massa celular interna embrioblasto A zona pelúcida se degenera e o blastocisto aumenta de tamanho 6 dias após fertilização (d.a.f.) blastocisto adere ao endométrio pelo pólo embrionário Trofoblasto começa a proliferar e se diferencia em 2 camadas: Citotrofoblasto camada interna, forma novas células que migram para a massa externa Sinciciotrofoblasto massa externa protoplasmática multinucleada O sinciciotrofoblasto erode o endométrio materno através de enzimas e fica superficialmente implantado no tecido conjuntivo Hipoblasto : camada de células originada por delaminação do embrioblasto e voltada para a cavidade blastocística; dará origem à futura endoderme. 11 12 Resumo da primeira semana SEGUNDA SEMANA 13 Formação do disco embrionário bilaminar Sinciciotrofoblasto produz gonadotrofina coriônica humana entra no sangue materno mantém a atividade hormonal do corpo lúteo * No fim da 2ª semana, o hCG é produzido em quantidades suficientes para dar positivo em um teste de gravidez. * Saco vitelino e cavidade amniótica tornam possíveis os movimentos das células do disco embrionário As células do embrioblasto sofrem mudanças na forma e posição placa bilaminar disco embrionário, formado por 2 camadas: Epiblasto : camada espessa de células colunares, relacionadas com a cavidade amniótica (espaço no embrioblasto, que surge com a progressão da implantação) Hipoblasto : camada de células cubóides adjacentes à cavidade exocelômica Epiblasto assoalho da cavidade amniótica. Hipoblasto teto da cavidade exocelômica é contínuo com a membrana exocelômica saco vitelino primitivo Com a formação do âmnio, saco vitelino e disco embrionário cavidades isoladas no sinciciotrofoblasto lacunas preenchidas por sangue materno e restos de glândulas uterinas Comunicação entre capilares endometriais com as lacunas circulação uteroplacentária primitiva. O sangue materno fornece oxigênio e substâncias nutritivas para o embrião 14 15 Testes comuns de gravidez presença da gonadotrofina coriônica humana (HCG) na urina (6 – 8 dias após a fertilização). Hormônio contra a subunidade Beta do HCG. HCG produzida inicialmente pelo sinciciotrofoblasto do blastocisto. Picos 7 a 10 semanas após fertilização. Teste positivo realizado dentro do período esperado 98 % correto. Resultado negativo 1 semana após a não ocorrência da última menstruação mulher não grávida. 10º dia concepto humano totalmente implantado no endométrio Células deciduais células do endométrio acumulam glicogênio e lipídios em seu citoplasma, ficando entumescidas processo de reação decidual importante porque fornece ao embrião um sítio imunologicamente privilegiado. Embrião de 12 dias lacunas sinciciotrofobláticas fundem-se redes lacunares primórdios dos espaços intervilosos da placenta. Os capilares maternos são erodidos e o sangue materno flui livremente para o embrião. O embrião tem o crescimento lento comparado ao trofoblasto. Este se desenvolve o mesoderma extra-embrionário cresce formam-se em seu interior espaços celômicos extra-embrionários fusão celoma extra- embrionário 16 Embrião de 12 dias 17 Mesoderma esplâncnico extra-embrionário envolve saco vitelino Mesoderma somático extra-embrionário reveste trofoblasto e cobre âmnio Formação do celoma extra-embrionário Saco vitelino diminui forma-se pequeno saco vitelino secundário Formado por células do hipoblasto que migram para o interior do saco vitelino primitivo Formação do saco coriônico Fim da 2ª semana células citotrofoblásticas produzem extensões para o sinciciotrofoblasto vilosidades coriônicas primárias. Celoma extra-embrionário divide mesoderma extra-embrionário em 2 camadas: 18 19 Trofoblasto Dia 8: trofoblasto está dividido em: citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto Embrioblasto Dia 8: embrioblasto dividido em: hipoblasto e epiblasto camada espessa de células colunares, relacionadas com a cavidade amniótica camada de células cubóides adjacentes à cavidade exocelômica não há mitoses células dividem-se, migram para sincício e se fundem 20 Trofoblasto Dia 9: trofoblasto tem grande desenvolvimento aparecem vacúolos no sincício vacúolos se fundem, formando lacunas. Embrioblasto Dia 9: células do hipoblasto formam membrana exocelômica revestimento da cavidade exocelômica ou saco vitelino primitivo. 21 Trofoblasto Dias 11 e 12: trofoblasto caracteriza- se por espaços lacunares rede comunicante. Células do sinciciotrofoblasto penetram mais no endométrio cada vez maior erosão dos capilares maternos sangue materno para flui para lacunas sinciciais, chegando ao hipoblasto circulação uteroplacentária. Embrioblasto Dias 11 e 12: células entre citotrofoblasto e membrana exocelômica tecido conjuntivo frouxo mesoderma extra-embrionário. Cavidades no mesoderma confluência celoma extra-embrinário ou cavidade coriônica. 22 Trofoblasto Dia 13: trofoblasto estruturas vilosas colunas celulares circundadas pelo sinciciotrofoblasto vilosidades primárias. Celoma extra-embrionárioaumenta cavidade coriônica. Embrioblasto Dia 13: células do hipoblasto migram na parte interna da membrana exocelômica nova cavidade saco vitelino secundário ou definitivo. Formação da cavidade coriônica Mesoderma somático extra-embrionário Duas camadas do trofoblasto córion Embrião com sacos vitelino e amniótico está suspenso na cavidade coriônica pelo pedículo 23 Tamanho real dos blastocistos Dia 5 zona pelúcida se degenera Dia 6 blastocisto adere ao endométrio Dia 7 trofoblasto citotrofoblasto sinciciotrofoblasto Blastocisto começa a penetrar no endométrio Lacunas com sangue no sinciciotrofoblasto Blastocisto penetra no endométrio Lacunas se fundem e formam redes lacunares; vasos sangüíneos erodidos sangue materno flui circulação uteroplacentária Formação das vilosidades coriônicas primárias 24 GASTRULAÇÃO Marcada por: Aparecimento da linha primitiva Desenvolvimento da notocorda Diferenciação das três camadas germinativas Terceira semana: Formação das camadas germinativas e início da diferenciação dos tecidos e órgãos Ectoderme Mesoderme Endoderme Ectoderme Mesoderme Endoderme Epiderme, sistema nervoso, retina e outras estruturas Revestimento das vias respiratórias e trato gastrointestinal, incluindo glândulas e órgãos acessórios Músculo liso, tecidos conjuntivos, vasos sanguíneos, sistema cardiovascular, fonte de células sanguíneas e da medula óssea, do esqueleto, dos músculos estriados e dos órgãos reprodutores e de excreção. Embrião bilaminar: Epiblasto Hipoblasto Embrião trilaminar: Ectoderme Mesoderme Endoderme linha primitiva Disco embrionário bilaminar Disco embrionário trilaminar Início da morfogênese desenvolvimento da forma do corpo Início da gastrulação: Formação da linha primitiva (primeiro sinal da gastrulação) Linha primitiva: proliferação e migração das células do epiblasto. Extremidade caudal se alonga pela adição de células. Extremidade cranial prolifera e forma o nó primitivo. linha primitiva Linha primitiva 1º sinal da gastrulação Proliferação e migração de células do epiblasto para o meio do disco embrionário Sulco primitivo + depressão no nó primitivo fosseta primitiva = Invaginação das células epiblásticas 3ª semana: Gastrulação sulco primitivo nó primitivo Formação do mesênquima células frouxamente arranjadas deixam o epiblasto na região do sulco e forma tecidos de sustentação do embrião Parte do mesênquima forma o mesoblasto mesoderma embrionário ou intra-embrionário Células do epiblasto deslocam o hipoblasto endoderma embrionário ou intra-embrionário, no teto do saco vitelino Células que permanecem no epiblasto ectoderma embrionário ou intra- embrionário 3ª semana: Gastrulação Micrografias eletrônicas de varredura: Corte transversal da linha primitiva migração das células do epiblasto (eb), formando sulco. Aumento maior Notocorda Bastão celular transformação do processo notocordal. Sinais da linha primitiva induzem células precursoras notocordais a formarem a notocorda. Desaparece com a formação dos discos vertebrais, mas persiste como o núcleo pulposo de cada disco intervertebral. A notocorda induz a ectoderme acima a formar a placa neural futuro sistema nervoso central. Funções: Define o eixo do embrião Base para o esqueleto axial (ossos da cabeça e coluna vertebral) Local dos futuros corpos vertebrais Células mesenquimais migram cefalicamente da fosseta primitiva processo notocordal 3ª semana: Gastrulação: Desenvolvimento da notocorda Processo notocordal adquire luz pela extensão da fosseta primitiva para dentro do processo notocordal canal notocordal cresce cefalicamente até a placa precordal área de endoderma colunar, onde ecto e endoderma fazem contato. Placa precordal primórdio da membrana bucofaríngea futuro local da cavidade oral. 3ª semana: Gastrulação: Desenvolvimento da notocorda Caudalmente à linha primitiva membrana cloacal local do futuro ânus. Na membrana bucofaríngea e cloacal ectoderme fundida com endoderme. O assoalho do processo notocordal funde-se com o endoderma subjacente. 3ª semana: Gastrulação: Desenvolvimento da notocorda Assoalho do processo notocordal + endoderma adjacente fundidos sofrem degeneração celular aberturas no processo notocordal comunicação com saco vitelínico. 3ª semana: Gastrulação: Desenvolvimento da notocorda 1. Aberturas confluem assoalho do canal notocordal desaparece. O remanescente forma a placa notocordal. 3ª semana: Gastrulação: Desenvolvimento da notocorda 4. A notocorda se separa da endoderme do saco vitelino. 3. A parte proximal do canal notocordal persiste e forma o canal neuroentérico, que se fecha no final do desenvolvimento da notocorda. 2. As células da placa notocordal proliferam e se dobram, formando a notocorda. NEURULAÇÃO Formação da placa neural e pregas neurais Fechamento das pregas para formar o tubo neural Final fechamento do neuróporo caudal O ectoderma acima da notocorda se espessa placa neural induzida pela notocorda Ectoderma da placa neural neuroectoderma SNC: encéfalo e medula espinhal. A placa neural se alonga e alarga. Por volta do 18º dia invaginação sulco neural mediano, com pregas neurais. Na extremidade cefálica 1os sinais de desenvolvimento do encéfalo. 3ª semana: Neurulação Final da 3ª semana pregas neurais se aproximam e fundem placa torna-se tubo neural Fusão da pregas neurais células neuroectodérmicas das cristas das pregas perdem afinidade com o epitélio Tubo neural se separa do ectoderma células da crista neural migram dorsolateralmente imediatamente formam uma massa achatada crista neural Células da crista neural separam-se de cada lado do tubo neural gânglios sensitivos dos nervos cranianos e espinhais. 3ª semana: Neurulação Placa neural Sulco neural Nó primitivo Sulco primitivo Formação da notocorda e tubo neural mesoderma intra-embrionário prolifera e se espessa a cada lado mesoderma paraxial contínua com mesoderma intermediário contínuo com o mesoderma extra-embrionário Final da 3ª semana mesoderma paraxial se diferencia e divide em corpos cubóides somitos Até o final da 5ª semana 42 somitos são formados. Os somitos dão origem ao esqueleto axial, aos músculos associados e à derme da pele adjacente Somitogênese Esclerótomo / Dermátomo / Miótomo
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