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DIREITO PENAL
PARTE GERAL 
CARREIRAS
POLICIAIS
RESUMO
Marcelomapas
Licensed to alanspeixoto@gmail.com - Alan De Souza Peixoto - 07826011701
Olá! Tudo bem?
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Marcelomapas
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Entretanto, acreditamos que você é uma pessoa de bem e
que jamais faria uma coisa dessas. Agradecemos a sua
compreensão e desejamos um ótimo estudo. 
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Principios do Direito Penal 
Fontes do Direito Penal 
Lei Penal no Tempo
Tempo do Crime 
Lugar do Crime
Conflito Aparente de Normas
Lei Penal no Espaço 
Crimes x Contravenção 
Imunidades
Crimes
Fato Típico 
Crimes omissivos
Crime instantâneo e Permanente
Iter Criminis 
Crime por tentativa
Desistência Voluntária e Arrependimento eficaz
Arrependimento Posterior
Crime Impossível
Crime Doloso 
Crime Culposo
Culpabilidade 
Erro do tipo
Erro do tipo acidental 
Erro sobre a ilicitude do fato
Coação Física Irresistível
Excludentes de ilicitude
Excludente Punibilidade 
Concurso de Pessoas
Concurso de Crimes 
Perempção, decadência
Prescrição da Pretensão Punitiva e Executória 
Sistemas Penitenciários
Pena de Multa
Penas Restritivas de Direito
Penas Privativas de Liberdade
Cálculo da Pena
Sursis 
Livramento Condicional 
Medida de Segurança
Reabilitação
Ação Penal
S
U
M
Á
R
IO
S
U
M
Á
R
IO
 
0404
0505
0505
0707
0707
0808
1010
1515
1616
1717
1818
2424
2626
2626
2727
2828
2828
2929
2929
3131
3232
3333
3434
3636
3737
3737
3737
3838
4343
4444
4444
4545
4646
4646
4747
4949
4949
5151
5353
5555
5555
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DOS VISTOS
DIR. PENAL - PARTE GERAL
Condutas criminosas; 
Sanções penais. 
04
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL 
Condutas que não afetem bens
jurídicos de terceiros;
LESIVIDADE OU OFENSIVIDADE
O DIREITO PENAL NÃO PODE PUNIR:
INTERVENÇÃO MÍNIMA 
O direito penal só é
aplicável para resolver
conflitos estabelecidos
em último caso. Antes de
chegar na esfera penal, o
legislador verifica outros
ramos do direito. 
ADEQUAÇÃO SOCIAL 
Quando a conduta não afronta o
sentimento social, não é crime, em
sentido material. "Aceitação social"'.
LEGALIDADE/ANTERIORIDADE - ART. 1°, CP.
Não há crime sem lei anterior que o
defina. A lei deve ser anterior a prática
da conduta. 
Em benefício do réu, atingindo
até mesmo a sentença
transitado em julgado.
Para prejudicar, nunca retroagirá. 
PODE RETROAGIR, ART. 5°, XL, CRFB/88.
Somente a lei pode estabelecer: 
INSIGNIFICÂNCIA 
O direito penal não pode
preocupar-se com
bagatelas. Assim os
danos de pouca monta
devem ser considerados
como fatos atípicos -
NÃO HAVENDO CRIME. 
PROPORCIONALIDADE
A pena deve ser proporcional
a gravidade do fato 
SUBSIDIARIEDADE 
Aplica-se ao direito penal quando os
outros ramos do direito não puderem
tutelar de forma satisfatória.
A LEI DEVE SER:TAXATIVIDADE
CLARA 
INTRANSCENDÊNCIA, ART. 5°, XLV,
CRFB/88.
Nenhuma pena
passará da pessoa do
condenado. Não
impede que os
sucessores reparem o
dano até o limite da
herança.
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL 
Deve-se punir por aquilo que se
fez e que causou efetiva ou
potencial lesão.
Autolesão, Cogitação.
OBJETIVA 
CERTA E 
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DOS VISTOS
União (Art.22, I, CRFB)
LEI PENAL NO TEMPO
Leis temporárias e leis excepcionais
são espécies das denominadas leis
intermitentes, feitas para durar por
período de tempo determinado.
LEI TEMPORÁRIA X EXCEPCIONAL
ULTRATIVIDADE: Lei mais benéfica
resignada continua reger fatos
praticados durante sua vigência 
DIR. PENAL - PARTE GERAL
Em decorrência do princípio da
legalidade, aplica-se, em regra, a lei
penal vigente ao tempo da realização
do fato criminoso (tempus regit actum).
Costumes 
DE ACORDO COM A
DOUTRINA CLÁSSICA:
MEDIATAS
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL 
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA, ART. 5°,
LVII, CRFB/88.
Ninguém pode ser considerado culpado
antes do trânsito em julgado. 
HUMANIDADE, ART. 5°, XLVII, CRFB/88.
No Brasil é vedado a condenação com
penas cruéis. A pena de morte só é
possível em caso de guerra (Fuzilamento). 
FONTES DO DIREITO PENAL
FORMAIS 
IMEDIATAS
LEI PENAL NO TEMPO
MATERIAL
Elas são editadas para regular
situações transitórias, portanto,
vigoram por período predeterminado,
elas produzem o fenômeno da auto-
revogação, isso porque já trazem no
próprio texto quando serão revogadas. 
LEI TEMPORÁRIA
Editada para vigorar durante
determinado período. 
REVOGAÇÃO: automática, ao terminar o
prazo de sua vigência.
LEI EXCEPCIONAL 
Produzida para vigorar
durante determinada
situação. REVOGAÇÃO:
Ao cessar a situação
determinada. 
EXCEÇÃO
RETROATIVIDADE: A lei nova mais
benéfica para o réu retroage aos
fatos praticados antes de sua
vigência em vigor.
05
ÓRGÃO ENCARREGADO DE PRODUZIR O
DIREITO PENAL: 
Excepcionalmente: Estados-membros
(Art. 22, Parágrafo Único, CRFB). 
Princípios
Atos Administrativos
Lei em sentido estrito
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DOS VISTOS
DIR. PENAL - PARTE GERAL
No princípio da continuidade normativo-
típica há a migração do conteúdo
criminoso para outro tipo penal
incriminador, pois a intenção é manter a
natureza criminosa do fato. 
O STF também já utilizou o termo
transmudação geográfica do tipo penal.
Ex.: art. 240 – Adultério.
Houve supressão tanto
material, quanto formal da
conduta do campo de
incidência do direito penal,
deixando de ser crime.
ABOLITIO CRIMINIS: A lei nova passa a
considerar a conduta como não criminosa
(descriminalização da conduta).
LEI INTERMEDIÁRIA
Tanto a doutrina, como o STF entendem
que SIM, é possível aplicar a lei
intermediária, desde que seja a mais
benéfica entre as 3 na sua
integralidade.
Na abolitio criminis há supressão da
figura criminosa, pois a intenção do
legislador é não mais considerar o
fato criminoso
EXEMPLO: Fulano praticou um delito
durante a vigência da Lei 1, que
cominou para tal conduta a pena de 6
anos de reclusão. Durante o processo,
entra em vigor a Lei 2, modificando a
respectiva pena para 3 anos. Por fim,
quando da sentença, já está em vigor a
Lei 3, que pune a mesma conduta com 4
anos de reclusão
AUTORREVOGABILIDADE -
Consideram-se revogadas assim que
encerra o prazo fixado ou cessada a
situação de anormalidade. 
LEI TEMPORÁRIA X EXCEPCIONAL
CARACTERÍSTICAS DELAS:
ULTRATIVIDADE - Aquele que
cometeu o crime durante a sua
vigência responderá pelo fato, mesmo
após sua revogação. 
As leis temporárias e
excepcionais NÃO se
sujeitam aos efeitos da
abolitio criminis, salvo
se lei posterior for
expressa nesse sentido.
LEI INTERMEDIÁRIA
Assim, podemos
facilmente verificar que a
lei mais benéfica a ele é a
2ª, certo? Porém, ela não
estava em vigor nem na
data do fato, nem na data
da sentença, sendo uma lei
intermediária. E aí, será
que ela pode ser aplicada?
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
NORMATIVO-TÍPICA
06
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DOS VISTOS
DIR. PENAL - PARTE GERAL
Alguns meses depois, o projétil se
movimenta e B vem a morrer em
consequência disso. Ainda que tenha
passado vários meses, a causa da
morte foi o disparo efetuado por A,
havendo nexo de causalidade. 
TEORIAS ACERCA DO MOMENTO DO CRIME:
Atividade - Considera-se praticado
o crime no momento da prática da
conduta (ação ou omissão), não
importando o resultado. Adotada
pelo CP, art. 4º.
Resultado - Considera-se o crime
praticado no momentoda vontade do outro. 
UNIDADE DE CRIMES
Todos os agentes que contribuirem para
o resultado, responderão pelo mesmo
crime (Art. 29, CP). Assim, há apenas 1
crime para autores e partícipes.
Isso porque o CP (Art. 29) adotou como
regra a teoria unitária ou monista:
todos aqueles que derem sua
contribuição para o resultado típico
devem responder pelo mesmo crime.
FATO PUNÍVEL
Advém do príncipio da exterioridade,
em que para o concurso de pessoas é
necessário a punibilidade de crime, que
requer, no mínimo, o início da execução
de crime.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
Aquele que, mesmo não praticando
diretamente o fato, possui atividade
indispensável no plano global;
Quem decide a forma de execução do
fato, seu início, cessação e demais
condições.
Aquele que se vale de um terceiro
para executar um fato: AUTORIA
MEDIATA.
É PARTÍCIPE: Quem concorre para o crime
sem ter o domínio do fato, a exemplo da
instigação e auxílio.
É AUTOR: Aquele que, possuindo todo
domínio da conduta típica, pratica
diretamente o fato (autor direto ou
executor)
ATENÇÃO! 
A teoria do domínio do fato possui
aceitação doutrinária e jurisprudencial,
tendo sido adotada no julgamento do
Mensalão (AP 470) e Lava-jato. 
No entanto, o STF também utiliza a
teoria objetivo-formal em relação à
criminalidade comum, assim as duas
teorias convivem pacificamente.
CONCURSO DE PESSOAS CONCURSO DE PESSOAS 
TEORIAS SOBRE A AUTORIA
Teoria subjetiva ou unitária: Para essa
teoria, autor é aquele que concorre de
alguma forma para o fato.
NÃO distingue autor e partícipe. 
Não resolve os delitos de mão
própria e assassino de aluguel.
Teoria extensiva: Todos os que dão
causa ao resultado são autores, ou
seja, não distingue autor de partícipe.
Teorias Objetiva ou Dualista: Nem
todo aquele que causa o resultado é
autor do delito. Faz diferenciação entre
autor e partícipe e se subdivide-se em
teoria objetivo-formal e teoria
objetivo-material.
Teoria objetivo-formal:
(ADOTADA PELO CP)
Autor: é aquele que realiza todos ou
alguns elementos do ato, que
pratica o núcleo do verbo.
Partícipe: Contribui de forma
acessória para o crime sem realizar
os elementos do tipo. 
Coautor: conjuntamente realizam
o núcleo do tipo – Princípio da
imputação recíproca das distintas
condutas.
Teoria objetivo-material: 
Autor é quem contribui de
forma mais relevante para
a ocorrência do resultado,
logo, a diferença entre autor
e partícipe reside na
contribuição para o
resultado criminoso.
Teoria do domínio do fato: 
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
Autoria colateral: Ocorre quando e
duas ou mais pessoas,
desconhecendo a intenção da outra,
praticam determinada conduta visando
ao mesmo resultado. 
Autoria incerta: Surge no campo da
autoria colateral, quando não se sabe
qual dos autores causou o resultado.
Autoria incerta: Surge no campo da
autoria colateral, quando não se sabe
qual dos autores causou o resultado.
Autoria intelectual: É aquele que
planeja a ação delituosa para ser
executada por outras pessoas (DICA:
Lembrar do “Professor” do seriado La
casa de papel).
COAUTORIA
A coautoria ocorre quando dois ou
mais indivíduos, com liame subjetivo,
praticam a conduta típica. Como diz
Welzel: coautoria é autoria com uma
divisão de trabalho entre os agentes.
FALA-SE, PORTANTO, QUE A
COAUTORIA EXIGE 2 REQUISITOS:
CONCURSO DE PESSOAS CONCURSO DE PESSOAS 
Autoria imediata: O próprio agente
executa o fato, ou seja, realiza
pessoalmente os elementos do tipo
penal.
Autor mediato: é aquele que utiliza
uma pessoa, que atua sem dolo ou de
forma não culpável, como instrumento
para a execução do fato
A pessoa é usada como instrumento
de atuação, como se fosse uma arma
ou animal irracional. 
Autoria de escritório
REQUISITOS PARA CONFIGURAR A
AUTORIA DE ESCRITÓRIO: 
Poder de Mando: dentro da
organização criminosa. 
Fungibilidade o executor: o executor
pode ser substituído por outro
integrante da organização criminosa.
O aparato organizado de poder
deve ser desvinculado do
Ordenamento Jurídico.
Alta disposição do executor para
cumprir a ordem.
Autoria por convicção: Ocorre quando
o agente tem conhecimento da norma
penal, mas decide transgredi-la por
questões de consciência política,
religiosa, filosófica, ou de qualquer
outra natureza.
Autoria complementar: Quando duas
pessoas concorrem para o mesmo fato
sem ter ciência disso, e o resultado é
efeito da soma das duas condutas
Autoria ignorada: Quando se
desconhece o autor do crime.
Requisito objetivo – divisão
de tarefas
Requisito subjetivo –
existência de liame subjetivo
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
CONCURSO DE PESSOAS CONCURSO DE PESSOAS 
PARTICIPAÇÃO 
Os participantes concorrem para que
o autor ou os co-autores realizem a
conduta principal.
Assim, o partícipe não realiza
diretamente a figura típica, mas
concorre induzindo, instigando ou
auxiliando o autor.
O Código Penal adota
a TEORIA DA
ACESSORIEDADE
LIMITADA OU MÉDIA,
pela qual o partícipe
será punido se o
autor praticar um
fato típico e ilícito,
independentemente
da culpa e punibilidade
do agente.
PARTICIPAÇÃO DE MENOR
IMPORTÂNCIA 
O critério a ser adotado para saber se
a participação é ou não de menor
importância reside na fungibilidade
da contribuição.
se for uma contribuição que “qualquer
pessoa” possa fazer, será
participação de menor importância.
Por fim, se a
participação for de
menor importância,
a pena pode ser
reduzida de 1/6 a
1/3 para o partícipe
NÃO EXISTE COAUTORIA DE MENOR
IMPORTÂNCIA!
PARTICIPAÇÃO - EM CRIMES
MENOS GRAVE
AMBOS COMBINAM um crime, se no
meio do caminho um deles decide
mudar e praticar algo mais. 
Quem desviou para o crime mais grave:
responde sozinho pelo crime mais grave. 
Quem continuou no crime menos
grave - responde pelo crime menos
grave sozinho.
Crime mais grave previsível -
Responde pelo crime combinado, com
aumento da pena até a metade (1/2). 
Crime mais grave não era previsível -
Sem alteração da pena. 
Se o crime ocorrido era previsto e
aceito (dolo eventual) - todos
respondem por esse crime.
DA (IN)COMUNICABILIDADE DAS
ELEMENTARES E CIRCUNSTÂNCIAS
“Art. 30, CP: NÃO se comunicam as
circunstâncias e condições de caráter
pessoal, SALVO quando elementares
do crime”
A) Elementares
(dados que formam o
tipo fundamental – via
de regra, caput, mas há
exceções, ex.: excesso
de exação): 
Sempre comunicáveis,
desde que sejam de
conhecimento do outro
agente.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
CONCURSO DE PESSOAS 
b) Circunstâncias (integram o tipo
derivado – qualificadoras, privilégio,
causas de aumento ou diminuição):
Objetivas ou de caráter real: Dizem
respeito ao crime – ex.: emprego de
arma de fogo. Sempre comunicáveis,
desde que de conhecimento do outro
agente.
Subjetivas ou de caráter pessoal:
Dizem respeito ao agente – ex.:
motivo do crime. Incomunicáveis,
SALVO quando elementares do crime
e de conhecimento do outro agente.
CONCURSO DE CRIMES 
Conceito: Há concurso de crimes
quando o agente pratica uma
pluralidade de crimes, mediante uma ou
várias condutas.
PODE OCORRER ENTRE CRIMES DE
QUALQUER ESPÉCIE:
Crimes ou contravenções penais.
Comissivos ou omissivos;
Dolosos ou culposos;
Consumados ou tentados;
Simples ou qualificados;
ESPÉCIES DE CONCURSO DE CRIMES
● Concurso material: art. 69, CP
● Concurso formal: art. 70, CP
● Crime continuado: art. 71, CP
Sistemas de aplicação da pena
CONCURSO DE CRIMES 
Sistema do cúmulo material: as
penas de todos os crimes são
somadas. É o sistema adotado para o
concurso material, concurso formal
impróprio e para as penas de multas.
Sistema da exasperação: é aplicada a
pena do crime mais grave e
exasperada de acordo com o número
de delitos que foi praticado no
contexto. É o que acontece no concurso
formal próprio e no crime continuado.
Sistema daabsorção: a pena do
delito mais grave absorve as demais.
Não existe em nosso ordenamento
atualmente. 
Sistema da responsabilidade única e
da pena progressiva única: não há
cumulação de penas, mas deve-se
aumentar a responsabilidade do
agente à medida que aumenta o
número de infrações.
CONCURSO MATERIAL (ART.69, CP)
Art. 69, do CP - Quando o agente,
mediante mais de uma ação ou
omissão, pratica dois ou mais crimes,
idênticos ou não, aplicam-se
cumulativamente as penas privativas
de liberdade em que haja incorrido. 
Há pluralidade de condutas e
pluralidade de crimes; 
Adota-se o sistema da cumulação ou
cúmulo material, ou seja, as penas
dos crimes praticados são somadas.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
A perempção é a perda do direito de
prosseguir com a ação penal privada
por culpa do próprio querelante (quem
move a ação), como, por exemplo,
quando ele abandona o processo ou
deixa de praticar atos obrigatórios.
CONCURSO DE CRIMES 
No caso de aplicação cumulativa de
penas de reclusão e de detenção,
executa-se primeiro aquela.
Qualificado: crimes parcelares
possuem penas diversas.
Critério para aplicação da pena: o
juiz escolhe A pena mais grave, e a
aumenta de 1/6 a 2/3.
Específico: Nos crimes dolosos, contra
vítimas diferentes, cometidos com
violência ou grave ameaça à pessoa.
Critério para aplicação da pena: o juiz
aplica uma só pena, se idênticas, ou a
maior, quando não idênticas,
aumentada de 1/6 até o triplo.
2 CRIMES - 1/6
3 CRIMES - 1/5
4 CRIMES - 1/4
5 CRIMES - 1/3
6 CRIMES - 1/2
7 CRIMES - 2/3
CRITÉRIOS DE AUMENTO
Aumento até o triplo, obedecidas às
regras do Art. 70 e 75 do CP.
PEREMPÇÃO E DECADÊNCIA 
PEREMPÇÃO 
PEREMPÇÃO E DECADÊNCIA 
EXEMPLO DE PEREMPÇÃO 
João move uma queixa-crime contra
Maria por injúria. Durante o processo, ele
deixa de comparecer a uma audiência
sem justificativa. O juiz declara a
perempção e extingue a ação penal.
DECADÊNCIA
A decadência é a perda do direito de
ajuizar a ação penal privada porque a
vítima não apresentou a queixa no
prazo legal de 6 meses, contados do dia
em que soube quem é o autor do crime.
EXEMPLO DE DECADÊNCIA
Ana descobre em janeiro que Pedro a
difamou. Se até julho ela não apresentar
queixa-crime, ocorre a decadência, e ela
perde o direito de processá-lo.
O prazo é de 6 meses a
contar da data em que a
vítima passa saber quem
foi o autor do fato. 
Perda do exercício de um
direito em razão da
inércia do titular. 
PPP X PPE - PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO
Prescrição da Pretensão Punitiva - É a
perda do direito do Estado de punir alguém
por um crime, ANTES do trânsito em
julgado da sentença condenatória, ou seja,
se o Estado demorar demais para julgar ou
condenar, ele perde o direito de aplicar a
pena.
PUNITIVA E PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO
EXECUTÓRIA 
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
Isolamento inicial; 
Trabalho em silêncio total e
isolamento noturno; 
semi-aberto com vigilância até o
final da pena. 
Isolamento total, proibido visitas; 
Passeio no pátio e leitura diária da Bíblia; 
Sem trabalho prisional. 
SISTEMAS PENITENCIÁRIOS PPP X PPE - PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO
PUNITIVA E PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO
EXECUTÓRIA 
Exemplo Prescrição da Pretensão
Punitiva - João comete um crime em
2010, cuja pena máxima é de 2 anos. Se
o processo fica parado e a Justiça não
condena João até 2016 (prazo de
prescrição de 4 anos), o Estado perde o
direito de punir — ou seja, João não pode
mais ser julgado nem condenado.
Prescrição da Pretensão Executória
(PPE) - É a perda do direito do Estado de
executar a pena, ou seja, cumpri-la,
APÓS o trânsito em julgado da sentença
condenatória. Isso acontece quando o
condenado não começa a cumprir a pena
dentro do prazo legal.
Exemplo Prescrição da Pretensão
Executória - Maria foi condenada
definitivamente em 2015 a 3 anos de
prisão, mas nunca começou a cumprir a
pena e o Estado não fez nada. Se até
2021 o Estado ainda não a obrigou a
cumprir, a pena prescreve e não pode
mais ser executada.
IRLANDÊS (1840)
Isolamento por 9 meses; 
Trabalho diurno e isolamento noturno;
Trabalho fora e reconhecimento
noturno e livramento condicional. 
AUBURDIANO 
Absoluto silêncio; 
Trabalhos dos presos em suas celas e
coletivamente; 
Isolamento noturno. 
INGLÊS - 1838
BRASIL 
Adotou o sistema irlandês. 
PENA - Somente para
maiores de 18 anos;
MENORES - Medidas
socioeducativas; 
DOENTES MENTAIS -
Medidas de segurança.
FILADÉLFIA (PENSILVÂNIA) 
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
Art. 51 - Transitada em julgada a
sentença condenatória, a multa será
executada perante o juiz da EXECUÇÃO
PENAL e será considerada dívida de
valor, aplicáveis as normas relativas à
dívida ativa da fazenda pública,
inclusive no que concerne as causas
interruptas e suspensivas da
prescrição.
PENA DE MULTA 
CRITÉRIO
SUSPENSÃO:
Escolhe o D/M (Dias Multa) de 10 a 360;
Estabelece o valor (1/30 S/M a 5x S/M).
PAGAMENTO (-) 10 E 25 (+)
10 dias depois do trânsito e
julgado DESCONTO DO
SALÁRIO = Não comprometa
os recursos da família. 
Suspende-se a cobrança, mas o prazo
prescricional não será suspenso:
DOENÇA MENTAL - Previsto
a suspensão;
INSOLVENTE - Até se tornar
solvente;
EXCEÇÕES AO CRITÉRIO: 
Perda do exercício de um direito em
razão da inércia do titular. 
Art. 244 -ABANDONO
MATERIAL (1 a 10 S/M). 
LICITAÇÕES - Fixado o
percentual da vantagem
efetiva. 
LOCAÇÃO DE MÓVEIS -
Pena de multa
equivalentes ao último
aluguel. 
PENA DE MULTA 
NÃO PAGANDO 
PRESCRIÇÃO DA
PRETENSÃO PUNITIVA 
2 anos no mesmo
prazo de prisão 
PRESCRIÇÃO DA
PRETENSÃO EXECUTÓRIA 
5 anos. Cumulação de duas
penas de multa = Uma 
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
PENAS
Pagamento em dinheiro feito a vítima
ou seus dependentes em valor não
inferior a 1 SM nem maior a 360 SM;
Prestação pecuniária;
LIMITAÇÃO de fim de semana.
Perda de bens e valores;
SERVIÇOS COMUNITÁRIOS ou
entidades PÚBLICAS;
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
REGIME - FECHADO 
Estabelecimento de Segurança
máxima ou média; 
Exame criminológico obrigatório;
Permissão de saída e remissão
(trabalho e estudo).
REGIME - SEMIABERTO 
Colônia Agrícola ou industrial; 
Exame criminológico facultativo;
Permissão de saída e Remissão
(trabalho e estudo);
Saída temporária. 
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE
DIREITOS
CARGO PÚBLICO; 
PROFISSÃO; 
HABILITAÇÃO; 
CONCURSO PÚBLICO.
REQUISITOS PARA SUBSTITUIÇÃO:
OBJETIVOS
Pena não superior a 4 anos, crime não
praticado com violência ou grave
ameaça, ou se o crime for culposo
qualquer que seja a pena. 
SUBJETIVOS
Quando a culpabilidade, 
os antecedentes, a
conduta social e a
personalidade do
condenado, bem como
os motivos e as
circunstâncias
indicarem. 
REQUISITOS PARA SUBSTITUIÇÃO:
Condenação igual a 1
ano = Multa ou P.R.D;
Superior a 1 ano = 1
P.R.D + Multa ou 2 P.R.D;
Reincidente em crime doloso, medida
socialmente recomendável, que não
seja reincidente no mesmo crime. 
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
ANTECIPAÇÃO DA PENA: 
2 anos de reclusão = 2 anos de
serviços comunitários. 
Só pode antecipar o mínimo da P.R.D 
RECONVENÇÃO DA PENA:
Substituição da pena em face de Nova
condenação a P.P.L cumprimento
concomitante.
RECONVENÇÃO FACULTATIVA 
Substituição da pena em face de Nova
condenação a P.P.L cumprimento
concomitante.
DURAÇÃO DA PENA: 
A mesma da pena privativa de liberdade. 
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE 
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Casa de albergado;
Desnecessário exame criminológico;
Remissão (estudo).
16% SEM VIOL/GRAV. AMEAÇA - PRIMÁRIO
20% SEM VIOL/GRAV. AMEAÇA - REINCIDENTE 
25% COM VIOL/GRAV. AMEAÇA - PRIMÁRIO
30% COM VIOL/GRAV. AMEAÇA - REINCIDENTE ESPECÍFICO
40% HEDIONDO/EQUIP. SEM MORTE - PRIMÁRIO
50% HEDIONDO/EQUIP.COM MORTE - PRIMÁRIO
50% COM OR. CRIM. P/ HEDIONDO - PRIMÁRIO/REINCIDENTE
50% NT. MILÍCIA - PRIMÁRIO/REINCIDENTE
60% HEDIONDO/EQUIP. - SEM MORTE - REINCIDENTE
70% HEDIONDO/EQUIP. - COM MORTE - REINCIDENTE
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE 
REGIME - ABERTO 
+ 8
+4 e 8
até 4
CRITÉRIOS AFERIDORES 
RECLUSÃO 
FECHADO
FECHADO SEMIABERTO
ABERTO
 ANOS I REINCIDENTE I
FECHADO
SEMIABERTO
 NÃO REINCIDENTE 
APLICADA AOS CRIMES MAIS GRAVES
DETENÇÃO 
SEMIABERTO
SEMIABERTO ABERTO
SEMIABERTO
SEMIABERTO
SEMIABERTO
ANOS | REINCIDENTE | NÃO REINCIDENTE 
+ 8
4 e 8
- 4
APLICADA AOS CRIMES MENOS GRAVES
FATORES DECISIVOS NA
ESCOLHA DO REGIME INICIAL
DO CUMPRIMENTO DA PENA:
Reincidência; 
Quantidade da pena; 
Circunstâncias judiciais.
ESPÉCIES DE PENA
RECLUSÃO 
Internação em casa de
custódia (Fechado,
semiaberto e aberto)
DETENÇÃO 
Tratamento
ambulatorial
(Semiaberto e aberto) 
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE 
SIMPLES Contravenção penal 
STF
Se não houver vagas o
detento não aguardará em
regime mais rigoroso.
DETRAÇÃO DA PENA 
A detração penal é o desconto, na pena
privativa de liberdade ou na medida de
segurança, do tempo de prisão provisória
ou interdição já cumprido pelo
condenado.
É admissível o cômputo do tempo de
prisão provisória ocorrida em outro
processo, desde que o crime no qual se
aplica a detração tenha sido cometido
ANTES daquele, evitando-se com isso que
se crie uma espécie de conta corrente.
NOVA PROGRESSÃO DE REGIME
ATENÇÃO!
É vedado o livramento
condicional nas hipóteses de
condenado pela prática de
crime hediondo ou equiparado
com resultado morte.
(Primário ou reincidente). 
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
REQUISITOS 
ATENÇÃO! 
Não cabível ou indicado a substituição
de P.P.L por P.R.D.
P.R.D é mais benéfica do que o SURSIS; 
Excepcionalmente poderá o juiz aplicar
o SURSIS. 
P.P.E (Prescrição de pretensão
executória); 
Condenação anterior irrecorrível; 
Aplicação da medida de segurança. 
CÁLCULO DA PENA SURSIS 
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA
CRITÉRIO TRIFÁSICO 
Pena básica
Agravantes e atenuantes;
Diminuição e aumento de pena. 
PENA BÁSICA 
Inicia-se pela pena mínima, não podendo
ser superior a pena máxima cominado. 
AGRAVANTES E ATENUANTES
Não pode ser inferior ao mínimo legal,
nem superior à pena máxima prevista.
DIMINUIÇÃO E AUMENTO DE PENA
Não pode ser diminuída aquém do
mínimo legal ou elevado do máximo. 
SURSIS 
Medida criminal alternativa
de cumprimento de pena
privativa de liberdade. Não
perde o caráter de benefício.
Uma vez comprovada a presença de
todos os requisitos legais, o SURSIS
deverá ser concedido ao réu pelo juiz em
audiência admonitória.
OBJETIVOS - Condenação a P.P.L
não superior a 2 anos. 
Não ser cabível ou indicada a
substituição de P.P.L por P.R.D.
SUBJETIVOS - Não reincidente
em crime doloso. (CULPOSO SIM).
Circunstâncias judiciais do Art. 59
do CP, favoráveis. 
NÃO IMPEDEM O SURSIS: 
Condenação anterior a pena de multa;
REINCIDÊNCIA em crime culposo;
Concessão anterior de perdão judicial;
P.P.P do Crime anterior. 
IMPEDEM O SURSIS:
CRIMES HEDIONDOS
EXISTEM DIVERGÊNCIAS:
CORRENTE 1 - É incabível o sursis. A
dimensão do benefício não se compactua
com a natureza do delito, em relação ao
art. 5º, XLIII, da CF determinou-se um
tratamento mais severo. É a posição do
STF (HC 101.919/MG). 
CORRENTE 2 - É cabível o sursis,
pois não foi vetado pela Lei 8.072/90.
Logo, o juiz não pode criar restrições
não previstas em lei.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
SURSIS SIMPLES
Se as circunstâncias do art. 59 do
CP forem desfavoráveis e não
houver a reparação do dano,
injustificadamente, a P.P.L pode ser
substituída no 1° ano de prova por: 
SURSIS ETÁRIO
SURSIS SURSIS 
Aplicado a maiores de 70 anos no
dia da pena. 
PERÍODO DE PROVA: 4 A 6 ANOS.
APLICADO A PENA NÃO
SUPERIOR A 4 ANOS. 
SURSIS HUMANITÁRIO 
Pessoa enferma, devidamente justificado.
Pena não superior a 4 anos;
Período de prova: 4 a 6 anos.
SURSIS ESPECIAL
Se as circunstâncias do art. 59 do CP
forem inteiramente favoráveis e houver
a reparação do dano, a P.P.L pode ser
substituída pelas condições
cumulativas: 
Proibido frequentar certos lugares; 
Apresentar-se a comarca
mensalmente para justificar atividades.
Proibido ausentar-se da comarca
sem autorização judicial;
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A
COMUNIDADE; OU 
LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA.
PERÍODO DE PROVA
2 a 4 anos - Regra (simples e especial); 
4 a 6 anos - Etário e humanitário; 
1 a 3 anos - Contravenções penais.
 
 Pena justificada pelo juiz. 
CUMPRIMENTO DAS CONDIÇÕES
Expirado o prazo sem que tenha havido
revogação, considera-se extinta a pena
privativa de liberdade (art. 82 do CP).
Art. 80 - A suspensão atinge somente a
P.P.L; Nunca as penas de multa ou P.R.D
SURSIS - REVOGAÇÃO
OBRIGATÓRIA 
Condenação em crime
doloso, em sentença
irrecorrível;
Deixar de prestar serviço
comunitário. 
Não pagar multa ou
reparação do dano sendo
solvente, sem motivo.
Com a revogação do sursis, o
condenado cumprirá integralmente a
pena privativa de liberdade que
estava suspensa, desconsiderando o
tempo em que permaneceu no
período de prova.
SURSIS - REVOGAÇÃO
OBRIGATÓRIA 
(Pode ser prorrogado
o período de prova
até o máximo em vez
de ser revogado)
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
REQUISITOS SUBJETIVOS 
SURSIS 
REQUISITOS OBJETIVOS:
FACULTATIVA
Descumprimento das
condições, sendo que
é possível justificar; 
Acusação irrecorrível
de crime culposo ou
contravenção penal.
LIVRAMENTO CONDICIONAL 
Concessão antecipada e provisória
de liberdade do condenado. 
Condenado a P.P.L igual ou superior a 2 anos; 
Cumprimento de mais de 1/3 da pena; 
Cumprimento de mais de 1/2 da pena se o
condenado for REINCIDENTE em crime
doloso;
Reparação de dano, salvo impossibilidade;
Condenado por crime hediondo ou
equiparado, se não for reincidente específico
em crimes dessa natureza: deve cumprir
mais de 2/3 (dois terços) da pena.
Não cometimento de falta grave nos últimos
doze meses;
A) Bom comportamento
durante a execução da pena; 
B) Bom desempenho no
trabalho que lhe foi atribuído;
C) Aptidão para promover a
própria subsistência mediante
Trabalho honesto;
D) Para o condenado por crime
doloso, cometido com violência
ou grave ameaça à pessoa, 
LIVRAMENTO CONDICIONAL 
é necessário a constatação de
condições pessoais que façam presumir
que o liberado não voltará a delinquir.
EXAME DE LESÃO DE PERICULOSIDADE
ESPECIFICAÇÕES DAS CONDIÇÕES
OBRIGATÓRIAS:
Ocupação lícita; 
Comunicação a juízo sobre sua
ocupação periódica;
Não mudar de território sem prévia
autorização; 
CONDIÇÕES FACULTATIVAS:
Não mudar de residência sem
comunicação do Juiz;
Recolhe-se a habitação em horário fixado; 
Não frequentar determinados lugares. 
PARA OBTENÇÃO DO BENEFÍCIO 
Soma-se as penas
Ex.: Condenado a 6 MESES; 1 ANO; E 1
ANO = 2 anos e 6 meses
O livramento condicional é
independente da progressão de
regime. O condenado não precisa
progredir para o semiaberto para pedir o
livramento. Preenchidos os requisitos
legais, poderá obter o benefício,
mesmo estando em regime fechado.
Observação: Com a promulgação do
Pacote anticrime - Lei 13.964/19, o
livramento passou a ser proibido
para condenados, primário ou
reincidente, em crime hediondo ou
equiparado com resultado morte.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
LIVRAMENTO CONDICIONAL LIVRAMENTO CONDICIONAL 
SUSPENSÃO (CAUTELAR)
Se o beneficiário do livramento
condicional estiver sendo processado
pelo cometimento de outro crime, até
que haja a decisão final sobre este
crime, o juiz poderá suspender o
livramento condicional.
PRORROGAÇÃO 
Se durante a vigência
do livramento o
condenado pratica
NOVO CRIME, o juiz
NÃO poderá declarar
extinta a sua penaenquanto não ocorrer o
julgamento do crime. 
PRORROGAÇÃO 
A prorrogação não é automática,
exigindo decisão judicial. É a corrente
que prevalece nos tribunais superiores
(Súmula 617, STJ).
REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA
A) Se o liberado vem a ser condenado a
pena privativa de liberdade, em
sentença irrecorrível, por crime cometido
durante a vigência do benefício.
CONSEQUÊNCIAS:
Não se computa como pena cumprida
o período de prova.
Não poderá ser concedido novo
livramento em relação à mesma pena.
É vedada a soma do restante da pena
aplicada à nova pena, para fins de
concessão de novo livramento.
Ex.: Réu condenado a 6 anos, cumpre 2
anos, sai em livramento condicional.
Neste tempo ele comete novo crime, é
condenado a mais 4 anos. Ele voltará
para cumprir 8 anos 
B) Se o liberado vem a ser condenado a
pena privativa de liberdade, em
sentença irrecorrível, por crime
anterior, observado o disposto no art.
84 deste Código.
CONSEQUÊNCIAS:
O período de prova é computado
como pena cumprida.
Admite-se a concessão de novo
livramento condicional em relação à
mesma pena.
REVOGAÇÃO FACULTATIVA 
1) Descumprimento de qualquer das
obrigações constantes da decisão
concessiva do livramento condicional.
Consequências: O tempo em que
esteve solto o executado não será
computado como cumprimento de pena;
Vedada a concessão de novo livramento
em relação à mesma pena.
2) Irrecorrivelmente condenado, por
crime ou contravenção, a pena que não
seja privativa de liberdade. 
Consequências: Condenação por fato
praticado durante a vigência do
livramento condicional – O tempo em
que esteve solto não será computado
como cumprimento de pena. É vedada a
concessão de novo livramento em
relação à mesma pena.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
MEDIDA DE SEGURANÇA 
É uma espécie de sanção que se aplica
aos inimputáveis ou semi-imputáveis
que praticara algum delito. Pode ser um
crime ou contravenção penal. 
Possuem caráter
preventivo e
curativo em relação
ao condenado. 
CARÁTER - Prevenção especial:
recuperação do agente.
FUNDAMENTO - Fundamenta-se na
periculosidade do agente.
é a capacidade
do sujeito de ser
socialmente
reprovável,
censurado. 
A culpabilidade
se reporta ao
passado do
agente. 
PERICULOSIDADE
é capacidade,
potencialmente
idônea do agente
em converte-se
em causas e
ações danosas.
Projeta o futuro
do agente:
CULPABILIDADE
A PERICULOSIDADE PODE SER: 
REAL: É a capacidade que precisa ser
comprovada por meio de perícia, deve
ser analisada pelo juiz no caso dos
semi-inimputáveis;
PRESUMIDA: É aplicada aos
inimputáveis - inteiramente incapaz -,
neste caso há presunção absoluta da
periculosidade em lei.
MEDIDA DE SEGURANÇA 
PRESSUPOSTOS PARA
APLICAÇÃO DA PENA 
Prática de fato tipificado como
crime (também se aplicam às
contravenções);
Periculosidade do agente:
INIMPUTÁVEL:
inteiramente incapaz,
periculosidade presumida,
resultado: absolvição imprópria= 
aplicação de medida de segurança.
 SEMI-IMPUTÁVEL:
não era inteiramente capaz,
periculosidade real,
resultado: condenação= pena
diminuída de 1/3 a 2/3 ou medida de
segurança.
Medida de Segurança
Detentiva: Consiste na
internação em hospital de
custódia e tratamento
psiquiátricos.
Medida de Segurança
Restritiva: Consiste no
tratamento ambulatórial, o
agente permanece livre,
mas submetido a
tratamento médico.
O critério para a escolha da espécie de
medida de segurança depende da
natureza da pena cominada à infração
penal, conforme o art. 97, caput, do CP.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
MEDIDA DE SEGURANÇA MEDIDA DE SEGURANÇA 
internação
tratamento ambulatorial
RECLUSÃO
DETENÇÃO
Recentemente, o STJ decidiu que, na
aplicação do art. 97 do CP, não deve
ser considerada a natureza da pena
privativa de liberdade aplicável, e sim
a periculosidade do agente. Assim, o
juiz pode optar pelo melhor
tratamento ao agente. EResp.
998128/MG. Rel. Min. Ribeiro Dantas.
j. 27/11/2019.
DURAÇÃO DA MEDIDA DE SEGURANÇA
PRAZO MÍNIMO:
O CP prevê apenas o
prazo mínimo de 1 a 3
anos; (Art.97, §1, CP).
PRAZO MÁXIMO:
O CP determina que o tratamento
ambulatorial durará por tempo
indeterminado, enquanto perdurar
a periculosidade.
Porém, os Tribunais superiores
possuem entendimento de que a
sanção penal não pode ter caráter
perpétuo.
Posição do STF: O prazo máximo da
medida de segurança é de 40 anos (art.
75 do CP, redação após a lei 13.964/19)
Posição do STJ: Súmula 527, o
limite máximo da medida de
segurança é o limite máximo da
pena abstratamente cominada ao
delito praticado.
SISTEMA EM RELAÇÃO AOS SEMI-
IMPUTÁVEIS
Duplo binário: Vigorou até 1984
(Med.de Seg + Pena) 
Vacariante: Passou a vigorar após a
reforma de 1984. 
(P.P.L reduzida ou Med.Seg)
INTERNAÇÃO
Pode ocorrer durante o tratamento
ambulatorial, o agente demonstre
necessitar de cuidados curativos mais
específicos, possíveis apenas em
hospitais de tratamento psiquiátrico. 
DIREITO DO INTERNADO
Ter ambiente com características
para tratamento psiquiátrico. 
SUBSTITUIÇÃO DA PENA POR
MEDIDADE SEGURANÇA 
Pode ocorrer que o agente semi-
imputável esteja cumprindo pena
restritiva de liberdade, mas necessite
de tratamento curativo. 
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
A ação de iniciativa privada é promovida
mediante queixa do ofendido ou de quem
tenha qualidade para representa-ló;
A ação de iniciativa privada pode intentar-
se nos crimes de ação pública se o MP
não oferecer dentro do prazo legal a
denúncia.
REABILITAÇÃO AÇÃO PENAL
Destina-se à reinserção do indivíduo
a sociedade (art. 93, caput, CP).
REQUISITOS 
OBJETIVOS SUBJETIVOS
A pena deve ter
sido extinta há pelo
menos 2 anos. 
Reparação do dano. 
Condenado deve ter
domícilio no país.
Deve ter bom
comportamento
público e privado.
PRESSUPOSTO: Deve haver sentença
condenatória transitado em julgado.
PEDIDO: Deve ser feito pelo
condenado, através do seu advogado. 
GARANTIAS
SIGILO dos registros sobre seu processo
(Apenas o juiz pode ter acesso).
SUSPENSÃO condicional dos efeitos
extrapenais secundários da condenação:
Perda de cargo, função pública ou
mandado eletivo (art. 93, CP). 
AÇÃO PENAL
Art.100, CP - A ação penal será pública,
salvo quando a lei expressamente
declara privativa ao ofendido. 
A ação pública é
promovida pelo
ministério público
dependendo, quando a lei
exigir, de representação
do ofendido ou requisição
do Ministro da Justiça; 
No caso de morte do ofendido ou de ter
sido declarado ausente por decisão
judicial, o direito de oferecer queixa ou
prosseguir na ação passa-se ao cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão. 
INCONDICIONADA CONDICIONADA 
Quando o dispositivo
não trouxer nenhuma
menção de ação penal,
entende-se que ela
seja incondicionada.
MP proporá a ação.
Quando o dispositivo
disse que “Somente
se procede mediante
representação”. Quer
dizer que se trata de
ação pública
condicionada. 
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PÚBLICA 
Oficialidade; 
Indisponibilidade; 
Obrigatoriedade;
Divisibilidade (corrente
dosTribunais superiores); 
Intranscendência;
Oficiosidade.
PRINCÍPIOS DA AÇÃO
PENAL PRIVADA 
OPORTUNIDADE/
CONVENIÊNCIA;
DISPONIBILIDADE;
INDIVISIBILIDADE;
INTRANSCENDÊNCIA.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
AÇÃO PENAL
ESPÉCIES:
PROPRIAMENTE DITA 
Proposta pelo ofendido ou represente legal.
Caso este faleça no curso do processo, ou antes
de iniciá-lo, o direito de prosseguimento da ação
passará as pessoas descritas no Art. 31, CPP. 
PERSONALÍSSIMA 
Só o ofendido pessoalmente poderá propor a
ação conforme o Art.236, P.U, CP.
SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA 
Quando da inércia do MP na ação pública
incondicionada, é facultativo ao ofendido entrar
com uma ação privada. A vítima exerce o poder de
ação na condição de substituição processual. 
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produção do resultado.
Mista ou ubiquidade - Momento
do crime é tanto o da prática da
conduta quanto o da produção do
resultado.
A atirou em B para matá-lo e a bala se
alojou na cabeça da vítima. Os
médicos não conseguiram removê-la. 
TEMPO DO CRIME, ART. 4, CP
Assim, A deverá
responder por homicídio
consumado, devendo-se
considerar esse crime
praticado no momento da
conduta (da ação), ainda
que outro tenha sido o
momento do resultado.
LUGAR DO CRIME, ART. 6, CP
As leis temporárias e excepcionais NÃO
se sujeitam aos efeitos da abolitio
criminis, salvo se lei posterior for
expressa nesse sentido.
TEMPO DO CRIME, ART. 4, CP
Art. 4 - Considera-se praticado o
crime no momento da ação ou
omissão, ainda que outro seja o
momento do resultado. 
NOVATIO LEGIS
INCRIMINADORA:
Lei nova atribui a
conduta um fato
criminoso não
previsto
anteriormente. 
NOVATIO LEGIS IN PEJOS: Lei nova
mais severa que a anterior. (Não
retroage)
NOVATIO LEGIS IN MELLIUS: Lei nova
mais favorável que a anterior (retroage). 
Art. 6 - Considera-se praticado o
crime no lugar em que ocorreu a ação
ou omissão, no todo ou em parte,
bem como onde se produziu ou
deveria produzir-se o resultado.
TEORIAS:
Teoria da Ubiquidade: Tanto o lugar
onde se pratica a conduta quanto o
lugar do resultado são considerados
crime. Adotada pelo CPB, art. 6º.
CONFLITO DE LEIS NO TEMPO
07
EXEMPLO:
Teoria do Resultado: O lugar do
crime é onde ocorre a consumação;
Teoria da Atividade: O lugar do crime
é o lugar onde a conduta é praticada.
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DOS VISTOS
DIR. PENAL - PARTE GERAL
ELEMENTOS
MNEMÔNICO LUTA
Lugar do crime = Ubiquidade
Tempo do crime = Atividade
LUGAR DO CRIME, ART. 6, CP CONFLITO APARENTE DE NORMAS
Ocorre o conflito aparente de normas
quando duas ou mais normas
parecem regular o mesmo fato. 
Diz-se aparente porque não há,
propriamente, conflito, eis que existem
princípios que, aplicados ao caso, irão
indicar a norma a ser realmente
aplicável. 
Cuidado para não
confundir o lugar do delito
para o Código Penal
(teoria da ubiquidade)
com locus comissi deliciti
para o Código de
Processo Penal (teoria
do resultado).
Locus comissi delicti: lugar onde se
consuma o crime.
Aqui NÃO se trata de sucessão de leis
penais no tempo, mas de duas leis
penais que estão em vigor
simultaneamente. 
Se NÃO estão vigentes, aí sim o assunto
é o conflito de leis penais no tempo.
PRINCÍPIOS 
Princípio da especialidade:
A norma especial afasta a
aplicação da norma geral (a
norma especial é aquela que
possui todos os elementos
da geral e mais alguns
denominados
especializantes, daí
prevalece sobre a geral).
Sua aplicação se dá de
maneira abstrata.
Tema de direito processual penal (art.
70, CPP). Adota a Teoria do Resultado. 
08
TEMA DE DIREITO PENAL (ART. 6º, CP);
ADOTA A TEORIA DA UBIQUIDADE
Lugar do delito: serve para os crimes
à distância (crimes que perpassam
mais de um país).
Existência de uma infração;
Pluralidade de normas;
Aparente aplicação de todas as
normas;
Aplicação exclusiva de
somente uma norma á espécie
por força de princípios. 
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DOS VISTOS
DIR. PENAL - PARTE GERAL
Exemplo: Em um homicídio cometido
com pauladas, não se pune o infrator
por lesão corporal, pois este crime é
absorvido pelo homicídio; 
Princípio da consunção - O fato mais
grave absorve outros menos graves,
quando estes funcionam como meio
necessário, ou fase normal de
preparação ou execução, ou mero
exaurimento de outro crime.
Importante saber visualizar a relação
entre meio e fim. 
Fato anterior impunível (ante factum
impunível): São fatos anteriores que
estão na linha de desdobramento da
ofensa mais grave. A diferença é que no
crime progressivo o crime anterior era
obrigatório; aqui o crime anterior (meio) foi
o escolhido dentre os possíveis.Exemplo: Art. 213 e 146 do CP (o crime
de constrangimento ilegal é subsidiário
do crime de estupro). 
CONFLITO APARENTE DE NORMAS
Exemplo: Se A atira em B para
subtrair bens, o enquadramento típico
deve ser feito no art. 157, § 3º, do CP
(latrocínio), e não no art. 121, § 2º, V,
do CP (homicídio qualificado pela
conexão teleológica - "para assegurar
a execução de outro crime"). 
EXPLICAÇÃO 
Isso porque a primeira
norma prevê,
expressamente, a ação
de "matar para subtrair".
Em relação á segunda,
que será aplicada quando
alguém matar para
assegurar a execução de
qualquer outro crime. 
Princípio da subsidiariedade - A norma
mais ampla (primária) absorve a menos
ampla (secundária); 
a norma é principal quando descreve um
grau maior de lesão ao bem jurídico,
restando a aplicação da subsidiariedade
somente quando a principal não incidir
("soldado de reserva"). 
CONFLITO APARENTE DE NORMAS
Crime progressivo:
Quando o agente,
para alcançar um
resultado ou crime
mais grave, precisa
passar por um crime
menos grave.
Progressão criminosa -
Há alteração do dolo. O
agente pretende
inicialmente produzir um
resultado e, depois de
alcançá-lo opta por
prosseguir na prática
ilícita e reinicia outra
conduta, produzindo um
evento mais grave .
Fato simultâneo impunível: Também
chamado de concomitante impunível, é
aquele praticado no mesmo momento
em que é praticado o fato principal.
Exemplo: estupro em via
pública (o ato obsceno é um
meio para prática do estupro).
09
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
O art. 5º do Código Penal estabelece o
princípio da territorialidade da
seguinte maneira: "Aplica-se a lei
brasileira, sem prejuízo de
convenções, tratados e regras de
direito internacional, ao crime
cometido no território nacional". 
CONFLITO APARENTE DE NORMAS
Fato posterior impunível 
(post factum impunível): 
O fato posterior impunível retrata o
exaurimento do crime principal praticado
pelo agente, por ele não podendo ser
punido. Aqui se absorve o crime
praticado, após exaurido o crime querido.
EXEMPLO
Falsificação de documento
e uso de documento falso –
quando praticados pelo
mesmo agente, ele só
responde pela falsificação
O crime de dano absorve o crime
de perigo. 
Hipóteses casuísticas de incidência do
princípio da consunção ou absorção:
PRINCÍPIO DA ALTERNATIVIDADE
Própria: Tem aplicação
nos crimes plurinucleares,
ou seja, crimes de ação
múltipla ou conteúdo
variado. Nesse caso, o
crime permanece único,
não desnatura a unidade
do crime.
Imprópria: Quando duas
ou mais normas penais
disciplinam o mesmo fato.
LEI PENAL NO ESPAÇO
No ordenamento jurídico
brasileiro, portanto, aplica-
se a lei penal brasileira aos
crimes cometidos no
território brasileiro, regra
da TERRITORIALIDADE
MITIGADA (RELATIVIZADA
/ TEMPERADA).
O crime consumado (delito
perfeito) absorve o crime tentado
(delito imperfeito). 
Legítima defesa e uso de arma
de fogo (Info 775 STF).
Território, juridicamente falando,
trata-se do espaço em que o Brasil
exerce a sua soberania:
Nele estão compreendidos os espaços
terrestres, marítimo (mar territorial
brasileiro) e aéreo correspondente. 
TERRITORIALIDADE POR EXTENSÃO
Princípio adotado pelo o Art. 5,
§ 1º, CP: 
“Para os efeitos penais,
consideram-se como
extensão do território nacional
as embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza pública
ou a serviço do governo
brasileiro onde quer que se
encontrem, bem como as
aeronaves e as embarcações
brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, que se
achem respectivamente, no
espaço aéreo correspondente
ou em alto-mar”. 
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DOS VISTOS
DIR. PENAL - PARTE GERAL
LEI PENAL NO ESPAÇO
Dessa forma, além do princípio da
territorialidade estampado no
caput, Art. 5, que determina a
aplicabilidade da lei brasileira aos
crimes ocorridos no território
nacional.
Há situações em que o legislador, por
extensão, considera que os crimes
foram cometidos em território nacional,
aplicando-se a lei penal brasileira.
LEI PENAL NO ESPAÇO
Exemplo: Crime
ocorridono interior de
um avião público ou
privado (a serviço do
governo), estando a
aeronave pousada em
território estrangeiro. 
APLICA-SE A LEI PENAL BRASILEIRA,
NOS TERMOS DO ART. 5º, §1º, DO
CÓDIGO PENAL; 
Se a aeronave fosse privada, o crime
seria cometido em território
estrangeiro, e a única possibilidade de
se aplicar a lei brasileira seria pelo
princípio da extraterritorialidade. 
EMBARCAÇÕES
E AERONAVES
SERÁ APLICADA
A LEI BRASILEIRA
Públicas ou a
serviço do governo
estrangeiro
Que se encontre em
território nacional
ou estrangeiro
Mercantes ou
particulares
brasileiras
Estrangeiras.
Se estiverem em alto-
mar ou no espaço
aéreo correspondente
Apenas quando
privadas em território
nacional
OBS.1: Princípio da reciprocidade: 
As embarcações e aeronaves
estrangeiras, de natureza pública ou a
serviço do governo estrangeiro, são
consideradas extensão do território
estrangeiro, mesmo se estiverem em
território brasileiro.
OBS.2: Embaixada é território nacional. 
NÃO é extensão do território que
representa. No entanto, é inviolável.
Excepcionalmente, é possível que
alguém, ainda que tenha praticado crime
no território brasileiro, não responda pela
lei brasileira, é o caso das imunidades
diplomáticas. Esse fenômeno, chama-
se de intraterritorialidade. 
EXEMPLO: Se uma
diplomata estrangeira
praticar crime de furto em
nosso país, ela
responderá pela lei do seu
país, por força da
imunidade penal absoluta.
Ela estará totalmente livre
da lei penal brasileira (e
também da lei processual). 
CRIME FORA DO
TERRITÓRIO BRASILEIRO
Todavia, o contrário
poderá ocorrer, ou seja,
alguém, cometendo crime
fora do território nacional,
poderá responder pela lei
brasileira. A esse
fenômeno damos o nome
de extraterritorialidade. 
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
EXTRATERRITORIALIDADE 
Art. 7°, CP - Para a lei brasileira ser
aplicável ao crime praticado no
estrangeiro, há necessidade de
atendimento de vários requisitos (art. 7º,
inc. I e II, §§ 1º, 2º e 3º, do Código Penal). 
PRINCÍPIOS
PRINCÍPIO DA NACIONALIDADE OU
PERSONALIDADE ATIVA:
Aplica-se a lei penal da nacionalidade do
agente, não importando o local do crime,
a nacionalidade da vítima ou dos bens
jurídicos lesados, ou seja, a lei brasileira é
aplicada em razão da nacionalidade do
sujeito ativo - art. 7º, II, b, CP.
PRINCÍPIO DA
NACIONALIDADE /
PERSONALIDADE PASSIVA:
Aplica-se a lei penal da
nacionalidade do sujeito
passivo. Ou seja, a lei
brasileira é aplicada ao
crime praticado por
estrangeiro contra
brasileiro - art. 7º, § 3º, CP.
PRINCÍPIO DA DEFESA REAL / DA
PROTEÇÃO / REAL
Aplica-se a lei da nacionalidade do bem
jurídico violado, não importando o local
ou nacionalidade do agente, ou seja, a lei
brasileira é aplicada ao crime cometido
fora do Brasil, que afete interesse
nacional - art. 7º, I, a, b, c, CP.
PRINCÍPIO DA JUSTIÇA UNIVERSAL /
UNIVERSALIDADE / JUSTIÇA
COSMOPOLITA:
EXTRATERRITORIALIDADE 
O agente fica sujeito à lei do país em
que for capturado, não importa o local
do crime, nem a nacionalidade do agente
ou da vítima. É pautado no direito de
todos os países em punir qualquer crime
- art. 7º, I, d e II, a, CP.
OBS.: em relação ao inciso I, d, existem
autores que dizem que se trata do
princípio do domicílio, mas a doutrina
majoritária entende como justiça
universal.
PRINCÍPIO DA REPRESENTAÇÃO / DA
BANDEIRA / SUBSIDIÁRIO:
A lei brasileira será
aplicada aos crimes
cometidos no
estrangeiro em
aeronaves e
embarcações
privadas brasileiras,
desde que não sejam
julgados no local do
crime - art. 7º, II, c, CP
EXTRATERRITORIALIDADE
INCONDICIONADA 
O inc. I do art. 7º lista as
hipóteses de
extraterritorialidade
incondicionada, ou seja,
situações em que a lei penal
brasileira será aplicado ao
caso independentemente
de ter o autor do fato sido
absolvido ou condenado
no estrangeiro. 
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
EXTRATERRITORIALIDADE EXTRATERRITORIALIDADE 
a) contra a vida ou a liberdade do
Presidente da República = princípio
da defesa real.
b) contra o patrimônio ou a fé
pública da União, do Distrito Federal,
de Estado, de Território, de Município,
de empresa pública, sociedade de
economia mista, autarquia ou
fundação instituída pelo Poder
Público = princípio da defesa real.
I - OS CRIMES:
c) contra a administração pública,
por quem está a seu serviço =
princípio da defesa real.
d) de genocídio (princípio
cosmopolita), quando o agente for
brasileiro (princípio da personalidade
ativa) ou domiciliado no Brasil.
EXTRATERRITORIALIDADE
CONDICIONADA 
Admissível nos crimes previstos no art.
7°, II, CP. É preciso respeitar as condições
cumulativas previstas no Código Penal.
A) Tratado ou convenções, que o Brasil
se obrigou a reprimir = princípio da
justiça universal.
B) Praticado por brasileiros = princípio
da personalidade ativa; 
C) Praticados em AERONAVES ou
EMBARCAÇÕES brasileiras,
MERCANTES ou de propriedade
privada, quando em território
estrangeiro e aí não sejam julgados =
princípio da bandeira.
II. CRIMES: 
Em todas as situações, a aplicação da
lei penal brasileira depende do
concurso das condições previstas nos
§ 2º desse mesmo artigo, as quais
deverão coexistir, cumulativamente: 
 § 2º - INCISO II 
Entrar o agente no território nacional. 
Fato ser punível também no território
estrangeiro (princípio da dupla
tipicidade).
Lei brasileira que autoriza EXTRADIÇÃO. 
Não ter sido o agente absolvido no
estrangeiro ou não ter cumprido pena. 
Não ter sido o agente perdoado no
estrangeiro, ou por outro motivo, não
estar extinta a punibilidade. 
Exemplo: Brasileiro
pratica homicídio nos
EUA (esse crime se
enquadra como hipótese
de extraterritorialidade
condicionada - inc II,
alínea b, do art. 7º), para
que esse brasileiro seja
processado aqui se faz
necessário os seguintes: 
Em primeiro lugar, ele precisa
ingressar no país, caso contrário,
jamais será processado aqui.
Ingressando o agente no país, é
preciso verificar se o fato é
considerado crime no Brasil, porém, é
licito no país onde ocorreu, ele não
pode ser processado no Brasil.
O agente não pode ter sido
absolvido, nem tampouco já ter
cumprido a pena no estrangeiro. 
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
EFICÁCIA DA SENTENÇA
ESTRANGEIRA
Art. 9 - A sentença estrangeira, quando
a aplicação da lei brasileira produz na
espécie as mesmas consequências,
pode ser homologada no Brasil para: 
EXTRATERRITORIALIDADE
HIPERCONDICIONADA
Conforme previsão no art. 7°, §3°, CP, a
lei brasileira aplica-se também ao crime
cometido por estrangeiro contra
brasileiro fora do Brasil - princípio da
personalidade passiva -, se, além de
reunidas as condições listadas
anteriormente:
EXTRATERRITORIALIDADE 
OBSERVAÇÃO: 
Conforme o art. 2º do Decreto-Lei n.
3.688/41 (Lei das Contravenções
Penais), não se aplica o princípio da
extraterritorialidade ás contravenções
penais cometidos no estrangeiro: "a lei
brasileira só é aplicável á contravenção
penal praticado no território nacional". 
Não tiver sido pedida ou foi
negada a extradição;
Ter havido requisição do
Ministro da Justiça.
PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO
ART. 8, CP- A pena cumprida no
estrangeiro atenua a pena imposta
no Brasil pelo mesmo crime:
Quando diversas, ou nela é composta e
computada, quando idênticas. Quando
mais severa, nada restará a cumprir.
A pena imposta no estrangeiro atenua
a que deve ser cumprida no Brasil, a
critério do juiz. Uma vez que, a lei não
prevê critérios para atenuação prevista
neste artigo. 
PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO
I - OBRIGAR O CONDENADO A:
Depende de requerimento da parte
interessada.
REPARAÇÃO DO DANO, 
A RESTITUIÇÃO E 
A OUTROS EFEITOS CIVIS.
II - SUJEITAR o condenado à
medida de segurança. 
Depende da existência de tratado de
extradição entre o Brasil e o país de
origem OU de requisição do MJ.
EFEITOS INCONDICIONADOS
(INDEPENDEM DE HOMOLOGAÇÃO):
REINCIDÊNCIA; 
DETRAÇÃO.HOMOLOGAÇÃO DA
EFICÁCIA ESTRANGEIRA
Em regra, a sentença
estrangeira NÃO precisa
ser homologada no Brasil
para gerar efeitos,
bastando prova legal da
existência de condenação
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
CONTE-OS
 DIAS 
 MESES E OS 
 ANOS 
Prazos processuais - Não se inclui o dia
do começo (Art. 798, § 1, CPP). 
Exemplo 1: A foi preso hoje, às 23 h50,
faltando dez minutos para meia-noite.
Quanto tempo ficou preso: dez minutos.
Contam-se esses dez minutos como o
primeiro dia de prisão ou começa a
contar do dia seguinte? Nesse caso,
tratando-se de prazo de natureza penal,
deve-se contar um dia de prisão,
incluindo-se por inteiro o dia do começo. 
PENA CUMPRIDA NO ESTRANGEIRO
No entanto, a sentença estrangeira
necessita ser homologada no Brasil pelo
STJ (art. 105, I, “i”, da CF/88) para gerar:
Efeitos civis, a exemplo da
reparação de danos,
dependendo, ainda, de pedido da
parte interessada;
Sujeição à medida de segurança:
Se existir tratado de extradição:
mediante requisição do PGR;
Se inexistir tratado de
extradição: mediante requisição
do Ministro de Justiça
CONTAGEM DE PRAZOS 
ART. 10, CP
No direito penal, o dia do começo
inclui-se no cômputo do prazo. 
Nos prazos comuns - Inclui-se o último 
CONTAGEM DE PRAZOS 
Exemplo 2: A tinha um
ano de pena para
cumprir e foi preso dia
05/02/2020, às
23h50. Quando terá
cumprido a pena? . 
Em 04/02/2021, após um ano; ele deve
ser solto, portanto, até a meia-noite
desse dia (inclui-se o dia do começo por
inteiro, excluindo-se o dia do fim).
FRAÇÕES NÃO COMPUTÁVEIS
Com relação às penas privativas de
liberdade e as restritivas de Dir. (Art. 11) -
Deverá o juiz desprezar as frações dias. 
Nos casos de pena de
multa, deverá ser
desprezadas as frações de
real, ou centavos.
CRIME X CONTRAVENÇÃO 
CONTRAVENÇÃO
Tutelam bens jurídicos
menos relevantes para
a sociedade.
 PENA: 
PRISÃO SIMPLES 
MULTA 
OU AMBAS. 
CRIME: Toda infração que a lei comina
pena de reclusão ou detenção.
 PENA: RECLUSÃO 
DETENÇÃO
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
CRIME X CONTRAVENÇÃO 
É a infração penal a que a lei comina
pena de reclusão ou detenção,
isolada ou cumulativamente com a
pena de multa. 
QUANTO À GRAVIDADE DAS
INFRAÇÕES PENAIS, ELAS SE
CLASSIFICAM EM DOIS CRITÉRIOS:
Divisão tricotômica ou tripartida e
divisão dicotômica ou bipartida
adotada na Itália, Espanha, Portugal . 
A divisão dicotômica
considera os crimes ou
delitos e
contravenções. 
Na legislação penal
brasileira, os crimes são
descritos no CP e as
contravenções na LCP
(Lei das
contravenções penais)
e Leis Especiais. 
Não há diferença ontológica entre
crime e contravenção. A distinção é
puramente formal, presente no art. 1º
no Decreto-Lei 3.914/41
Dentre as peculiaridades das
contravenções, destaca-se o fato da
mesma não admitir tentativa, na forma
expressa do art. 4º da Lei das
contravenções (Decretos- Lei 3.688/41)
CRIME X CONTRAVENÇÃO 
DIFERENÇA ENTRE CRIME E
CONTRAVENÇÃO PENAL 
a) Crime ou delito são infrações
penais que lesam a segurança do
indivíduo ou sociedade, constituindo
condutas moralmente reprováveis. 
b) O crime ofende direitos natos.
Contravenções lesam direitos de
criação política. 
c) O crime lesa condições essenciais
e permanentes da vida social. As
contravenções ofendem condições
sociais secundárias e transitórias.
d) Para configuração do crime exige-
se dolo ou culpa "stricto sensu". Na
contravenção só se exige
voluntariedade. 
e) No crime, a culpabilidade deve ser
provada. Na contravenção a
culpabilidade é presumida. 
f) O crime lesa ou põe em perigo os
bens jurídicos em si. A contravenção
ofende as condições ambientais
desses ambientais.
IMUNIDADES
IMUNIDADES DIPLOMÁTICAS - TOTAL 
Diplomatas;
Membros administrativos e
técnicos da missão.
Bem como aos seus respectivos
familiares 
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
DOS VISTOS
INAFIANÇÁVEIS 
Racismo; 
Injúria Racial;
Ação de grupos armados;
Tortura; 
Terrorismo; 
Tráfico de drogas;
Crimes hediondos.
IMPRESCRITÍVEIS
Racismo; 
Ação de grupos armados contra a
Ordem constitucional e o Estado
Democrático;
Injúria racial.
Tortura; 
Terrorismo; 
Tráfico de drogas; 
Crimes hediondos.
CONCEITO FORMAL 
É a conduta abstrata
descrita no tipo 
IMUNIDADES
EM RELAÇÃO AOS ATOS PRATICADOS
NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO DE: 
MEMBROS DO PESSOAL DE
SERVIÇO DA MISSÃO. 
CÔNSULES 
Que não sejam nacionais do estado-
membro e neles não tenham
residência permanente. 
IMUNIDADES PARLAMENTARES -
MATERIAL 
Deputados e senadores - Não
praticam crimes quando, na prática
do exercício da função (Art.53, CF).
Vereadores - A conduta deve ter
sido praticado na circunscrição do
município (Art. 29, VII, CF).
IMUNIDADES PARLAMENTARES -
FORMAL 
Prisão (art.53, §2, CF),
Relacionado a questões processuais
Inicia com a DIPLOMAÇÃO e se
encerra com o FIM DO MANDATO. 
PROCESSO (ART. 53, §3, CF)
Se o STF receber a denúncia 
Denunciado
Dará ciência a respectiva casa
Pode sustar o andamento do
processo até o término do processo 
CRIMES
INSUSCETÍVEL DE GRAÇA OU ANISTIA
CONCEITOS DO CRIME 
HÁ TRÊS CONCEITOS DE CRIME: 
Conceito material;
Conceito formal; 
Conceito analítico
é a lesão ou exposição a perigo de
bens jurídicos fundamentais para a
vida em sociedade. 
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
DOS VISTOS
DOS VISTOS
O FATO TÍPICO DO CRIME SE DIVIDE EM: 
DOS VISTOS
Teoria Causal-Naturalística;
Teoria Neokantista; 
Teoria Finalista.
TEORIA CAUSAL- NATURALÍSTICA
TIPICIDADE 
CRIMES
CONCEITO ANALÍTICO (OU
ESTRATIFICADO)
Enquanto alguns afirmam que crime é
fato típico, antijurídico e culpável
(teoria tripartida).
Outros entendem que crime é fato
típico e antijurídico, enquanto a
culpabilidade figura como pressuposto
para a aplicação da pena (teoria
bipartida). 
Para os que adotam a
primeira teoria, se
alguém que realiza a
conduta típica e
antijurídica não tiver
culpabilidade, não
realizou crime. 
Já para os adeptos da
segunda teoria, se o
agente não foi
culpável, ele não
merece pena, embora
tenha praticado crime. 
FATO TIPÍCO
CONDUTA 
RESULTADO 
NEXO DE CAUSALIDADE 
FATO TIPÍCO
CONDUTA HUMANA 
A conduta humana se divide em várias
teorias, abordaremos as três principais:
Franz Von Liszt, Belling e Radbruch
A conduta é o movimento humana
voluntário que produz alteração no
mundo exterior; 
É considerado um MODELO
AVALORADO, ou seja, a finalidade do tipo
penal é apenas descrever uma conduta
criminosa de forma mais objetiva
possível, ignorando outros elementos
como a ilicitude e culpabilidade.
Nesse sistema clássico o dolo é
normativo (vontade + consciência +
consciência atual da ilicitude). 
Essa teoria não é aplicada
TEORIA NEOKANTISTA/
NEOCLÁSSICA
Reinhart Frank e
Edmund Mezger
Conduta: “Comportamento
humano voluntário
causador de modificação
no mundo exterior”.
Dolo e culpa: Permanecem
na culpabilidade, mas
deixam de ser ESPÉCIES e
se tornam ELEMENTOS
DA CULPABILIDADE.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
DOS VISTOS DOS VISTOS
Movimentos reflexos: Reações
corporais automáticas, as quais
independem da vontade do ser
humano. São reações fisiológicas, que
decorrem da provocação dos sentidos.
FATO TIPÍCO FATO TIPÍCO
CAUSAS DE EXCLUSÃO DA CONDUTA
O dolo continua sendo
normativo, pois traz
em seu interior a
consciência atual/real
da ilicitude Essa teoria
não é aplicada
TEORIA FINALISTA 
Teoria adotado no Códio Penal - Hans
Wetzel – 1930
A conduta é a soma do caráter objetivo
(ação ou omissão) , mais o subjetivo
(vontade), ou seja, é a ação ou omissão
voluntária feita para atingir uma finalidade. 
O dolo e culpa migram da culpabilidade
para o fato típico, pertencente à
conduta, tendo como seus componentes
a consciência e a vontade do resultado. 
A pontencial
consciênciada
ilicitude, que é um dos
elementos normativos
da culpabilidade, não
integra o dolo. 
Caso fortuito (ação humana) e força
maior (natureza): são acontecimentos
imprevisíveis e inevitáveis, que
escapam ao controle da vontade e,
sem vontade, não há conduta.
Coação física irresistível (vis
absoluta): O agente é fisicamente
controlado pelo coator, de modo que
não há vontade. Exclui o dolo e, por
conseguinte, a tipicidade.
Sonambulismo e hipnose:
Os atos são praticados em
estado de inconsciência, de
modo que se não há
consciência, não há dolo e,
consequentemente, não há
conduta.
Embriaguez letárgica:
Santiago Mir Puir e
Grande parte da doutrina -
hipótese de ausência da
conduta
RESULTADO NATURALÍSTICO
É a modificação no mundo exterior
praticado pela conduta humana.
Presente apenas nos crimes materiais
consumados. 
Nos crimes formais, a ocorrência do
resultado naturalístico é possível, mas
é dispensável para a sua consumação. 
Já os crime de mera conduta, jamais
terão resultado naturalístico
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
DOS VISTOS DOS VISTOS
TEORIAS SOBRE O NEXO
DE CAUSALIDADE:
Equivalência dos
antecedentes; 
Causalidade
Adequada;
Imputação Objetiva.
Para identificar se algo foi causa,
utiliza-se o método de eliminação
hipotética de Thyrém: Deve-se
eliminar hipoteticamente a conduta
e analisar se o resultado desaparece
ou subsiste. Caso o resultado
desapareça com a eliminação da
conduta, esta será considerada
como causa.
FATO TIPÍCO FATO TIPÍCO
NEXO DE CAUSALIDADE
Art. 13, CP - O resultado, de que
depende a existência do crime, somente
é imputável a quem lhe deu casa. 
Considera-se causa a ação ou omissão
sem a qual o resultado naturalístico não
teria ocorrido
APLICADO SOMENTE NOS
CRIMES MATERIAIS.
TEORIA EQUIVALÊNCIA DOS
ANTECEDENTES:
Adotada no direito penal (art. 13 do
CP), não faz distinção entre a causa e
condição, assim se várias concorrem
para o mesmo resultado, a todas
atribui-se o mesmo valor, pois que se
equivalem (conditio sine qua non).
CAUSALIDADE ADEQUADA;
A teoria da causalidade adequada foi
desenvolvida para analisar qual ação ou
omissão exata e efetivamente foi a
causadora de um dano, de modo a
definir e distribuir as
responsabilidades pela reparação e
indenização.
É adotada como exceção no §1º do
art. 13, para concausa relativamente
independente que por si só produziu
o resultado
Aqui, utiliza-se para a análise um juízo
de probabilidade/estatístico,
avaliando aquilo que normalmente
acontece como desdobramento
natural de uma conduta, e excluindo os
fatos improváveis
IMPUTAÇÃO OBJETIVA.
Estabelece que a
imputação apenas
aconteceria quando o
agente tivesse dado
causa ao fato,
existindo de forma
concomitannte uma
causalidade
normativa com a
origem de um risco
não aceito para o bem
jurídico tutelado.
IMPUTAÇÃO OBJETIVA DE ROXIN
A imputação objetiva de ROXIN é a
imputação do RESULTADO . 
O ponto central da imputação objetiva
de Roxin é a ideia do risco - TEORIA DO
RISCO: o risco é inerente à sociedade.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
DOS VISTOS DOS VISTOSFATO TIPÍCO FATO TIPÍCO
ROXIN TRAZ OS SEGUINTES
ELEMENTOS PARA ANALISAR O NEXO
NORMATIVO:
1) CRIAÇÃO OU INCREMENTO DE UM
RISCO PROIBIDO OU NÃO PERMITIDO:
Atividades de risco desenvolvidas
cotidianamente, ainda ocasionem
resultados lesivos ao bem jurídico, não
haverá responsabilização penal, pois
são riscos toleráveis pela sociedade.
2) REALIZAÇÃO DO RISCO NO
RESULTADO:
Embora tenha criado ou aumentado
um risco não permitido, se esse risco
não se realizar no resultado, não
haverá imputação pelo crime.
Exemplo: Se A atropelar alguém em
razão do excesso de velocidade,
haverá imputação do resultado morte. 
No entanto, se constatar que mesmo
trafegando na velocidade permitida o
atropelamento teria ocorrido, significa
que o risco incrementado (excesso de
velocidade) não eliminou o resultado
morte advindo do atropelamento, pois
o acidente ocorreria da mesma maneira
3) RESULTADO DENTRO DA LINHA DE
DESDOBRAMENTO CAUSAL NORMAL
DA CONDUTA
Somente haverá
responsabilização penal
se A CONDUTA DO
INDIVÍDUO AFRONTAR
A FINALIDADE
PROTETIVA DA NORMA
Exemplo: A atropela negligentemente
alguém e lhe causa a morte. A mãe da
vítima, ao receber a notícia do
acidente, começa a chorar e sofrer um
ataque nervoso, vindo a falecer. 
O resultado morte da mãe da vítima
não poderá ser imputado ao
atropelador A, pois as normas de
trânsito que A descumpriu buscam
regulamentar o tráfego e não a saúde
mental das pessoas.
A Imputação objetiva de Jakobs é DO
COMPORTAMENTO (E não do resultado).
A ideia central é a ideia de PAPÉIS
SOCIAIS/EXPECTATIVAS – Em uma
sociedade complexa, cada pessoa
tem seu papel na sociedade. 
O comportamento social do homem será
vinculado a um feixe de expectativas
que a sociedade deposita no indivíduo
como um instrumento redutor de
complexidade, e que Jakobs chama de
papéis (ou competências). 
Requisitos para a exclusão da
imputação (se presente algum
deles, não há imputação:
RISCO PERMITIDO; Mesma ideia de
ROXIN, mas trabalhada com a ideia de
feixe de expectativas.
IMPUTAÇÃO OBJETIVA DE JAKOBS.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
DOS VISTOS DOS VISTOS
Absolutamente independente
preexistente: Anterior à conduta
concorrente do agente. A alveja B
com disparo de arma de fogo, mas B
morre em razão do veneno ministrado
a ele anteriormente por C e não em
razão do tiro.
Absolutamente independente
concomitante: ocorre ao mesmo tempo
que a conduta do agente.
Exemplo, A alveja B com disparo de arma
de fogo, mas B morre em razão de
traumatismo craniano por um tijolo de um
prédio que ao mesmo tempo da conduta
de A caiu e atingiu a sua cabeça.
A TAMBÉM RESPONDERÁ POR
TENTATIVA DE HOMICÍDIO
FATO TIPÍCO FATO TIPÍCO
RELAÇÃO DE
CAUSALIDADE
CONCAUSAS
PRINCÍPIO DA CONFIANÇA: se eu atuo
dentro do meu papel social, dentro do
feixe de expectativas que a sociedade
depositou para mim, não posso
responder pelo comportamento
criminoso se um outro indivíduo violar o
seu respectivo social.
PROIBIÇÃO DE REGRESSO: Se
determinada pessoa atuar de acordo
com limites de seu papel social, sua
conduta, mesmo que contribuindo para
o sucesso da infração penal levada a
efeito pelo agente, não lhe poderá ser
imputada
CAPACIDADE DA VÍTIMA: hipóteses
residuais que atribuiriam à vítima a
violação do seu papel (ao se colocar
em uma situação de risco), não
podendo responsabilizar outro
indivíduo, que não a própria vítima.
Consiste na pluralidade de causas
concorrendo para o mesmo evento
Dependentes: Não são capazes de
produzir, por si só, o resultado.
Precisam da conduta do agente e,
por isso, não excluem a relação de
causalidade;
Independentes: Capazes de
produzir, por si só, o resultado, ou
seja, não dependem da conduta do
agente. Podem ser absolutas ou
relativas
CONCAUSA
ABSOLUTAMENTE
INDEPENDENTE
Ocorre quando há uma
concausa capaz de
produzir por si só o
resultado e que NÃO
se origina da conduta
do agente. 
É totalmente
desvinculada, motivo
pelo qual ocorre a
EXCLUSÃO DA
IMPUTAÇÃO DAQUELE
RESULTADO (rompe o
nexo causal e responde
por tentativa).
Aqui, A responderia por tentativa
de homicídio e C por homicídio
consumado
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
DOS VISTOS DOS VISTOS
Sabemos que se não fosse o tiro, ela não
estaria no hospital, é verdade. Mas aqui,
é a EXCEÇÃO em que o CP adotou a
teoria da causalidade adequada
FATO TIPÍCO FATO TIPÍCO
Absolutamente independente e
superveniente: A causa efetiva é
posterior à conduta do agente. 
Ex: A coloca veneno na comida de B.
Antes que o veneno cause a morte de B,
C entra na casa dele e o mata com um
tiro.
A RESPONDERÁ POR TENTATIVA DE
HOMICÍDIO E C POR HOMICÍDIO
CONSUMADO
CONCAUSAS RELATIVAMENTE
INDEPENDENTES
A causa concorrente se origina direta
ou indiretamente da 
conduta do agente, ouseja, ambas, em
conjunto, levarão ao resultado final.
Assim, ao contrário das absolutamente
independentes, estas NÃO EXCLUEM
A IMPUTAÇÃO DO RESULTADO.
Relativamente independente
preexistente
Anterior à conduta concorrente do
agente. O típico exemplo do hemofílico.
A, querendo matar B e sabendo ser ele
hemofílico, desfere contra ele uma
facada na perna que, sozinha, não
causaria a sua morte, mas que por esta
condição, a morte ocorreu.
A doença era anterior
à facada, agindo as
duas em conjunto, de
modo que o agente
responde pelo crime
consumado.
Relativamente independente
concomitante: ocorre ao mesmo
tempo que a conduta do agente.
Ex: A, objetivando matar B, efetua
disparo de arma de fogo contra a
vítima, não vindo, contudo, a atingi-la.
B, em decorrência do susto causado
pelo disparo, sofre um infarto e falece. 
A morte se deu pelo conjunto das
causas, de modo que A responde pelo
delito de homicídio consumado.
Relativamente independente
superveniente: Posterior à conduta
do agente.
Regra: Em regra, as concausas
relativamente independentes NÃO
excluem a imputação. 
Exceção: Art. 13, §1º -
Eventualmente, as concausas
relativamente independentes
podem excluir a imputação, fugindo
à regra geral, quando, por si só,
produzirem o resultado.
A atira em B e esta é socorrida.
Estando no hospital, com vida, o teto
desaba e ela vem a falecer em
decorrência do desabamento. Qual
seria a responsabilidade de A?
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
DOS VISTOS DOS VISTOSFATO TIPÍCO CRIMES OMISSIVOS 
TIPICIDADE
Tendo em vista que o desabamento
de um teto não está dentro do
resultado esperado advindo de um
tiro, houve o rompimento do nexo
causal, de modo que o agente
responde apenas por tentativa.
Agora, dentro do mesmo exemplo,
suponhamos que B morre em razão de
infecção nos ferimentos decorrentes
do tiro. 
Tendo em vista que não fosse o tiro
não haveria a infecção e que esta
infecção é uma possibilidade normal,
que se encontra dentro das
consequências esperadas de um tiro,
 o agente responde pelo delito
consumado.
Trata-se de adequação do fato
concreto com a descrição do fato
contido na lei penal. Pode ser:
Material ou Formal.
Formal - É a conduta
exercida pelo agente que
está estabelecida
(tipificada) na normal penal. 
(Conduta praticada +
previsão na lei).
Material - A tipicidade material
é a efetiva lesão ou exposição
de perigo de um bem jurídico
penalmente tutelado.
O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA
EXCLUI A TIPICIDADE MATERIAL.
Relevância da omissão: § 2º - A
omissão é penalmente relevante
quando o omitente devia e podia agir
para evitar o resultado. O dever de agir
incumbe a quem:
Tenha por lei obrigação de cuidado,
proteção ou vigilância; 
CRIMES PRATICADOS POR OMISSÃO:
Aqui não há simplesmente um "não
fazer", mas o agente "deixa de fazer
algo que a lei determina", (dever
jurídico de agir) e "que deveria ser
feito no caso concreto". 
Existe um dever juridicamente de
agir e ele se omitiu, não agindo como
era seu dever, o que impõe
reconhecer o nexo de causalidade no
crime omissivo é normativo ou
jurídico. Denominam-se crimes
omissivos. 
ESPÉCIES DE CRIMES OMISSIVOS 
OMISSIVOS PRÓPRIOS OU PUROS 
São aqueles em que o legislador
descreve uma conduta omissiva,
recaindo sobre todos indistintamente,
devendo o agente, portanto, agir para
não incindir no tipo penal (tem o dever de
agir pela norma), todavia, a norma penal
não aponta um resultado naturalístico. 
NÃO ADMITEM TENTATIVA, SÃO
UNISSUBSISTENTES
De outra forma, assumiu a
responsabilidade de impedir o resultado; 
Com seu comportamento anterior, criou
o risco da ocorrência do resultado.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
DOS VISTOSDOS VISTOS CRIMES OMISSIVOS CRIMES OMISSIVOS 
OMISSÃO DE SOCORRO
Art. 135 - Deixar de prestar
assistência, quando possível fazê-lo
sem risco pessoal, à criança
abandonada ou extraviada, ou à pessoa
inválida ou ferida, ao desamparo ou em
grave e iminente perigo; 
ou não pedir, nesses casos, o socorro
da autoridade pública: Pena - detenção,
de um a seis meses, ou multa.
EXEMPLO:
Art. 135, caput, CP - omissão de
socorro; o agente responderá pelo
crime devido à omissão, ainda que
nenhum resultado posterior venha
ocorrer. 
Omissão de notificação
de doença -
 Art. 269. Deixar o
médico de denunciar à
autoridade pública
doença cuja notificação é
compulsória.
OMISSIVOS IMPRÓPRIOS
OU IMPUROS 
Impuros, ou comissivos por omissão - são
aqueles em que o agente se omite, mas
há dever jurídico de agir de sua parte. 
Portanto, deveria agir
para evitar um
resultado lesivo e
ocorre um resultado
naturalístico (que
deveria ser evitado pelo
agente) que o vincula. 
O agente tem o dever jurídico de agir
para evitar o resultado lesivo,
respondendo por este se não o evitar
(note, o agente, na verdade, não
causou o resultado naturalístico, mas
como não o evitou, e era seu dever
fazê-lo, isso impõe a sua
responsabilização). 
Os delitos omissivos impróprios são
crimes próprios, já que se exige do
autor uma qualidade especial.
RELEVÂNCIA DA OMISSÃO
art. 13º, §2º - A omissão é penalmente
relevante quando o omitente devia e
podia agir para evitar o resultado. O
dever de agir incumbe a quem:
a) Tenha por lei obrigação de cuidado,
proteção ou vigilância;
b) De outra forma, assumiu a
responsabilidade de impedir o
resultado; 
c) Com seu comportamento anterior,
criou o risco da ocorrência do resultado 
É importante
salientar que, não
há crime pelo
simples fato do
agente omitir-se; 
É necessário que o
agente se omita de
fazer algo devido,
isto é, algo a que
está juridicamente
obrigado. 
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DOS VISTOSDOS VISTOS
ATOS EXECUTÓRIOS:
O agente efetivamente começa a
praticar a conduta criminosa,
podendo provocar resultado.
ITER CRIMINISCRIME INSTANTÂNEO X PERMANENTE 
É aquele que, uma vez consumado, está
encerrado, visto que a consumação
não se prolonga. 
OBSERVAÇÃO: O termo instantâneo, não
quer dizer que o crime seja praticado com
rapidez, mas significa que uma vez
realizado o crime, sua consumação
ocorre em determinado momento e não
mais procede. 
EXEMPLO: O homicídio,
consuma-se no momento
em que a vítima morre,
sendo irrelevante o
tempo decorrido entre a
execução do crime e o
resultado. 
CRIME INSTANTÂNEO 
CRIME PERMANENTE 
É aquele que depende da continuidade da
ação do agente, isto é, quando a
consumação se prolonga no tempo,
dependendo da ação do sujeito ativo, que
poderá cessar quando ele quiser. 
Exemplo: No sequestro
ou cárcere privado, a
consumação se prolonga
durante todo o tempo em
que a vítima fica privada
de liberdade, a partir do
momento em que foi
subjugada pelo agente. 
É o caminho pecorrido pelo agente até
a consumação do crime. Está dividido
em 4 etapas:
CONSUMAÇÃO.
COGITAÇÃO; 
ATOS PREPARATÓRIOS; 
ATOS EXECUTÓRIOS; 
COGITAÇÃO:
É a idealização do crime na mente do
agente, sem sua exteriorização, não
sendo punível, pois fica apenas na
mente do agente. 
ATOS PREPARATÓRIOS:
O agente dá início aos preparativos, mas
não inicia a prática do crime, sendo
considerados não puníveis, pois o crime
não está em execução, salvo quando se
tratar de um delito autônomo. 
Ex. de crime autonômo: Crime de
Associação Criminosa.
CONSUMAÇÃO.
O crime é oficialmente
realizado atingindo o tipo
penal previsto e
causando a lesão jurídica
apresentada em lei penal. 
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
DOS VISTOS
DOS VISTOS
DOS VISTOS
OBSERVAÇÃO:
O CP adota a teoria OBJETIVA, realista
ou dualista, aquela em que a tentativa é
punida devido ao perigo efetivo causado
ao bem jurídico tutelado.
ITER CRIMINIS
CRIME CONSUMADO- ART. 14, I, CP
I - consumado, quando nele se
reúnem todos os elementos de sua
definição legal;
Ticipidade.
Conduta; 
Resultado naturalístico;
Nexo de Causalidade; 
ELEMENTOS:
EXAURIMENTO:É o que ocorre após a consumação
do crime, não ocorrendo a alteração
da conduta tipificada.
CRIME POR TENTATIVA
TENTATIVA - ART. 14, II, CP
II - tentado, quando, iniciada a execução,
não se consuma por circunstâncias
alheias à vontade do agente.
Parágrafo único - Salvo disposição em
contrário, pune-se a tentativa com a pena
correspondente ao crime consumado,
diminuída de um a dois terços.
NÃO ESTARÃO, EM
REGRA, PRESENTES
OS ELEMENTOS DO
RESULTADO E
NEXO DE
CAUSALIDADE,
POIS O CRIME NÃO
FOI CONSUMADO. 
CRIME POR TENTATIVA
TEORIAS:
OBJETIVA: O agente é penalizado
pelos efeitos ou perigos
causados pela tentativa.
SUBJETIVA: O agente é penalizado
pela intenção de cometer a
tentativa.
CRIMES QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA:
CRIMES CULPOSOS; 
CRIMES PRETERDOLOSOS; 
CRIMES UNISSUBSISTENTES; 
CRIMES OMISSIVOS PRÓPRIOS; 
CRIMES DE PERIGO ABSTRATOS; 
CONTRAVENÇÕES PENAIS;
CRIME DE ATENTADO;
CRIME OBSTÁCULO; 
CRIMES HABITUAIS.
ESPÉCIES:
PERFEITA 
CRUENTA OU VERMELHA;
IMPERFEITA 
INCRUENTA OU BRANCA 
TENTATIVA INIDÔNEA OU QUASE
CRIME OU CRIME IMPOSSÍVEL; 
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
DOS VISTOS DOS VISTOS
O agente desiste, por vontade própria,
de seguir os atos executótios, mesmo
podendo prosseguir. 
Ex.: sujeito que ingressa na casa da
vítima e desiste da subtração que
pretendia efetuar; sujeito que efetua
apenas um disparo, havendo mais
munição, e desiste da ação criminosa.
DOS VISTOS
CRIME POR TENTATIVA DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA
PERFEITA ou acabada (ou crime falho,
ou frustrado) o agente consegue
praticar todos os atos necessários a
execução, embora não ocorra o crime. 
IMPERFEITA ou inacabada: A ação
do agente é interrompida no meio do
caminho. O agente não consegue
esgotar sua capacidade ofensiva. 
INCRUENTA OU BRANCA: O agente
pratica os atos executórios, no
entanto, o objeto material ou pessoa
não é atingido pela conduta criminosa.
CRUENTA OU VERMELHA: O agente
pratica os atos executórios e o
objeto material ou pessoa é atingido
pela atuação criminosa.
TENTATIVA INIDÔNEA
OU QUASE CRIME OU
CRIME IMPOSSÍVEL
Ocorre quando, por
ineficácia absoluta do
meio ou por absoluta
impropriedade do
objeto, é impossível
consumar-se o crime. 
TENTATIVA
QUALIFICADA OU
TENTATIVA
ABANDONADA:
Trata-se dos institutos
da desistência
voluntária e
arrependimento eficaz,
em que o crime não se
consuma pela própria
vontade do agente.
Art. 15 - O agente que,
voluntariamente,
desiste de prosseguir na
execução ou impede que
o resultado se produza
(Arrependimento
Eficaz), só responde
pelos atos já praticados.
 ARREPENDIMENTO EFICAZ
O agente pratica todos os atos
executórios, porém se arrepende e
impede a consumação do resultado.
Ex.: Aplicou ou
administrou o veneno e
depois fornece o antídoto
impedindo assim a
consumação do crime.
DOS VISTOSARREPENDIMENTO POSTERIOR
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem
violência ou grave ameaça à pessoa,
reparado o dano ou restituída a coisa,
até o recebimento da denúncia ou da
queixa, por ato voluntário do agente, a
pena será reduzida de um a dois terços.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
DOS VISTOS
DOS VISTOS DOS VISTOS
Não há tentativa, mesmo que a
inidoneidade seja relativa,
considerando-se, neste caso, que não
houve conduta capaz de causar lesão.
DOS VISTOS
CRIME IMPOSSÍVEL 
ARREPENDIMENTO POSTERIOR
Trata-se de uma
hipótese de redução de
pena, diante da
reparação do dano
causado ou restituição
da coisa subtraída por
parte do agente.
Não é aplicável se o crime é cometido
com violência ou grave ameaça. 
No entanto, de acordo com parte da
doutrina, é cabível se a violência foi
culposa, tendo o agente antes da
queixa se arrependido e tomado as
providências necessárias.
Art. 17 - Não se pune a tentativa
quando, por ineficácia absoluta do
meio ou por absoluta impropriedade
do objeto, é impossível consumar-se
o crime.
Consiste no ato que nunca seria
consumado devido à ineficácia
absoluta do meio empregado ou
devido à impropriedade absoluta
do objeto.
TEORIAS DO CRIME IMPOSSÍVEL
Teoria Objetiva: O agente não deve
ser punido porque não causou perigo
aos bens penalmente tutelados.
TEORIA OBJETIVA PURA
TEORIA OBJETIVA TEMPERADA
CRIME IMPOSSÍVEL 
TEORIA OBJETIVA TEMPERADA
OU INTERMEDIÁRIA
A ineficácia do meio e a improbidade do
objeto devem ser absolutas para que
não haja punição, sendo relativas, pune-
se a tentativa. Teoria adotada pelo CP.
TEORIA SUBJETIVA
O agente deve ser punido porque
revelou vontade de praticar o crime.
TEORIA SINTOMÁTICA
Teoria que leva em consideração
a periculosidade do agente. 
CRIME DOLOSO
O art. 18, inc. I, do Código Penal
assinala que o crime será doloso
“quando o agente quis o resultado ou
assumiu o risco de produzi-lo”.
TEORIAS DO DOLO
TEORIA DA VONTADE;
TEORIA DO CONSENTIMENTO;
TEORIA DA REPRESENTAÇÃO.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
DOS VISTOS DOS VISTOS
DOLO NATURAL;
ACROMÁTICO;
DOLO DIRETO DE 1º GRAU;
DOLO DIRETO DE 2º GRAU;
DOLO DIRETO DE 3º GRAU;
DOLO EVENTUAL;
DOLO INDIRETO;
DOLO GENÉRICO;
DOLO ESPECÍFICO;
DOLO GERAL;
DOLO ANTECEDENTE;
DOLO ATUAL;
DOLO SUBSEQUENTE;
DOLO NORMATIVO/CAUSAL.
CRIME DOLOSO
TEORIA DA VONTADE:
Somente há dolo quando o agente
antevê e quer o resultado - vontade
consciente. Teoria adotada pelo CP em
relação ao Dolo Direto.
TEORIA DO
CONSENTIMENTO:
Sempre que o agente tem
previsão do resultado
como possível, ainda
assim, decide prosseguir
com a conduta,
assumindo o risco de
produzir o evento.
Teoria adotada pelo
Código Penal em relação
ao Dolo Eventual. 
TEORIA DA REPRESENTAÇÃO:
Fala-se em dolo quando o sujeito
realizar sua ação ou omissão
prevendo o resultado como certo ou
provável (ainda que não o deseje).
TIPOS DE DOLO:
DOLO DIRETO OU DETERMINADO -
Ocorre quando o agente quer produzir
um resultado determinado (teoria da
vontade). 
CRIME DOLOSO
DOLO INDIRETO OU INDETERMINADO
- Ocorre quando o agente quer produzir
um ou outro resultado com a mesma
intensidade. PODE SER:
ALTERNATIVO: O objeto da
ação se divide entre dois ou
mais resultados. Ex.: Matar
ou ferir, para o agente, tanto
faz a produção de um ou outro
crime.
EVENTUAL - O agente não
deseja diretamente o
resultado, mas assume o
risco de produzi-lo.
Ex.: A pessoa que, sabendo
ser portadora de doença
sexualmente transmissível,
mantém relações sexuais
com outra.
DOLO DE DANO: Ocorre quando o
agente quer (dolo direto de dano); 
ou assume o risco (dolo eventual de
dano) de causar lesão a um bem
jurídico. 
DOLO DE PERIGO: Ocorre quando o
agente quer (dolo direto de perigo)
ou assume o risco (dolo eventual de
perigo) de expor o bem jurídico a um
perigo de lesão.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
DOS VISTOSCRIME CULPOSO 
Ocasionado por imprudência,
negligência ou imperícia. Pode ser
consciente ou inconsciente.
Ainda não há um conceito unitário para
o crime culposo. Por esta razão, a lei
limita-se a prever as modalidades de
culpa, dispondo no art. 18, inciso II, que
o crime culposo “quando o agente deu
causa ao resultado por imprudência,
negligência ou imperícia”. 
ELEMENTOS DO CRIME CULPOSO:
Conduta humana voluntária; 
Inobservância de um dever objetivo
de cuidado; 
Resultado lesivo não querido,
tampouco assumido, pelo agente; 
Nexo causal entre a conduta
descuidada e o resultado; 
Previsibilidade; 
Tipicidade.
ESPÉCIES DE CULPA:
IMPRÓPRIA; 
PRÓPRIA;
CULPA CONSCIENTE; 
CULPA INCONSCIENTE. 
IMPRÓPRIA 
É aquela que é contemplada, como
casos excepcionais, por textos da lei
penal e onde o agente responde por
delito culposo, muito embora o
resultado tenha sido doloso. 
PRÓPRIA
É aquela em que o agente não quer o
resultado nem assume o risco de
produzi-lo. São os casos em que se
encontra o elemento normal da culpa,
isto é, a falta de previsibilidade objetiva. 
DOS VISTOSCRIME CULPOSO 
CONSCIENTE
O agente vê que é possívelo
resultado, mas crê que não ocorrerá,
não assumindo assim o risco, pois
pensa que evitará.
Ex.: Caçador que, avistando um
companheiro próximo do animal que
deseja abater, confia em sua condição de
perito atirador para não atingi-lo quando
disparar, causando, ao final, lesões ou
morte da vítima ao desfechar o tiro. 
INCONSCIENTE
O fato era objetivamente previsível,
mas o agente não previu por falta da
atenção devida.
Ex.: Indivíduo que atinge
involuntariamente a pessoa que
passava pela rua, porque atirou um
objeto na janela, acreditando que
ninguém passava naquele horário. 
Culpa consciente: O agente prevê o
resultado e espera que não aconteça.
Dolo Eventual: O agente
prevê o resultado e admite e
aceita o risco de produzi-lo.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
DOS VISTOSCRIME CULPOSO 
MODALIDADES E ESPÉCIES DE CULPA: 
IMPRUDÊNCIA 
CRIME DOLOSO X CRIME CULPOSO
Conduta precipitada, a aplicação e
criação desnecessária de um erro. 
Ex.: Dirigir carro em excesso de
velocidade. 
IMPERÍCIA 
Falta de habilidade para certas
atividades. Ex.: Não saber dirigir carro. 
É a falta de atenção devida, a
displicência, o relaxamento. Ex.: Não
observar a rua ao dirigir carro.
NEGLIGÊNCIA 
O dolo e culpa são elementos
subjetivos do tipo penal. Em razão da
teoria Finalista, o dolo e a culpa fazem
parte da tipicidade, e não da
culpabilidade.
CULPABILIDADE
Consiste no juízo de reprovabilidade
acerca da conduta do agente, que se
exerce sobre uma determinada pessoa
que pratica um fato típico e antijurídico.
ELEMENTOS DA CULPABILIDADE:
IMPUTABILIDADE PENAL; 
POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE; 
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA.
CULPABILIDADE
IMPUTABILIDADE
Imputabilidade corresponde à capaci-
dade de atribuir a alguém a
responsabilidade por um delito. 
Determina aquelas pessoas que se pode
imputar penas, ou seja, imputáveis.
SISTEMA DE IMPUTABILIDADE:
BIOPSICOLÓGICO; 
BIOLÓGICO; 
PSICOLÓGICO; 
SISTEMA BIOLÓGICO:
A imputabilidade considera
apenas o desenvolvimento
mental ou idade, independente
da capacidade de entendimento
e autodeterminação do agente.
SISTEMA PSICOLÓGICO:
A imputabilidade analisará a capacidade
de entendimento e autodeterminação do
agente.
SISTEMA BIOPSICOLÓGICO:
O sistema biopsicológico é aquele que se
baseia, para o fim de constatação da
inimputabilidade, em dois requisitos: 
um de natureza biológica, aquele que
em razão da sua condição mental, ou a
consequência psíquica, vai ser ao
tempo da conduta inteiramente
incapaz de entender o caráter ilícito do
fato ou determinar-se de acordo com
esse entendimento.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
ERRO SOBRE O ELEMENTO DO TIPO
Art. 20 - O erro sobre elemento
constitutivo do tipo legal de crime exclui
o dolo, mas permite a punição por crime
culposo, se previsto em lei.
ERRO DE TIPO ESSENCIAL
Ocorre o erro de tipo essencial quando
a falsa percepção da realidade faz
com que o agente desconheça a
natureza criminosa do fato. 
CULPABILIDADE ERRO DO TIPO
POTENCIAL CONHECIMENTO DA
ILICITUDE
Consiste na capacidade de o agente
saber que determinado fato é ilícito
a partir de suas características e de
seu conhecimento.
EXIGIBILIDADE DE
CONDUTA DIVERSA:
A exigibilidade de conduta
diversa deve ser vista
como a possibilidade que
se abre no sentido de se
cobrar do agente uma
postura diferente em
relação ao fato típico e
ilícito que perpetrou.
Caso não exista uma
possibilidade de agir de
maneira diversa, tendo o
agente apenas uma
única forma de agir, por
mais que seja imputável e
conheça a potencial
ilicitude do fato, ocorre a
inexibilidade de conduta
diversa.
COAÇÃO MORAL IRRESISTÍVEL:
É quando uma pessoa coage outra a
praticar um crime, sob alguma forma
de ameaça.
É quando uma pessoa pratica um ato
em obediência à ordem não
manifestamente ilegal de seu
superior hierárquico, a ordem é
ilegal com aparência de legalidade.
Caso seja legal, o agente responde
junto do superior.
OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA:
Exemplo: o agente mata uma pessoa
supondo tratar-se de animal.
O erro de tipo pode
acontecer nos crimes
omissivos impróprios, ou
seja, os crimes comissivos
por omissão em que o
agente desconhece o dever
de impedir o resultado.
O ERRO DE TIPO É CONSIDERADO:
INESCUSÁVEL.
ESCUSÁVEL; .
Escusável, inevitável ou invencível:
Quando não pode ser evitado pelo
cuidado objetivo do agente, ou seja,
qualquer pessoa, na situação em que se
encontrava o agente, incidiria em erro.
Exclui o dolo e a culpa.
Inescusável, evitável ou vencível:
Quando pode ser evitado pela
observância de cuidado objetivo pelo
agente, ocorrendo o resultado por
imprudência ou negligência. 
Exclui o dolo, mas permite a punição
por crime culposo.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
ERRO SOBRE O OBJETO; 
ERRO SOBRE A PESSOA; 
ERRO NA EXECUÇÃO; 
RESULTADO DIVERSO DO PRETENDIDO. 
ERRO SOBRE O NEXO CAUSAL
ERRO SOBRE A PESSOA - (ERROR IN
PERSONA)
O agente confunde a pessoa contra
quem deveria praticar o ato, ou seja, o
agente pratica a ação contra a pessoa
diversa. 
O erro é irrelevante, uma vez que o
agente acaba sendo punido como se
tivesse praticado o crime contra a
pessoa visada.
ERRO NA EXECUÇÃO - ABERRATIO
ICTUS
O agente atinge a pessoa errada por
errar o momento de execução do
delito ou no uso dos meios da
execução. 
O agente continua respondendo
pelo mesmo crime. 
ERRO DO TIPO
DESCRIMINANTE PUTATIVA:
O agente age pensando que, no erro
cometido, existe uma situação que
tornaria seu ato legítimo, ou seja,
excludentes de ilicitudes, mas acaba
praticando uma conduta típica e ilícita.
DELITO PUTATIVO:
O agente pensou que estivesse
cometendo um delito, mas não existe,
ou seja, é um indiferente penal.
ERRO DETERMINADO
POR TERCEIRO:
Reponde pelo crime o terceiro
que determina o erro.
ERRO SOBRE A PESSOA:
O erro quanto à pessoa contra
a qual o crime é praticado não
isenta de pena. 
Não se consideram, neste
caso, as condições ou
qualidades da vítima, mas sim
as da pessoa contra quem o
agente queria praticar o crime.
ERRO DO TIPO ACIDENTAL
Erro de tipo acidental é aquele que recai
sobe caracteres secundários (não
essenciais ) do tipo:
ESPÉCIES:
ERRO DO TIPO ACIDENTAL
ERRO SOBRE O OBJETO - (ERROR IN
OBJETO)
O indivíduo acaba se confundindo em
relação ao objeto material. Crê que
sua conduta recai sobre um
determinado objeto, mas incide sobre
coisa diversa.
Responde o agente pelo delito,
considerando-se o objeto atingido.
Ex.: João rouba uma pedra, pensando
ser valiosa, sendo que não tem valor
nenhum.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
ERRO NA EXECUÇÃO - CP
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no
uso dos meios de execução, o agente, ao
invés de atingir a pessoa que pretendia
ofender, atinge pessoa diversa, responde
como se tivesse praticado o crime contra
aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º
do art. 20 deste Código. 
O agente pensa que atingiu o seu
objetivo com uma primeira conduta e
pratica uma nova conduta com
finalidade diversa, sendo que a última foi
a que efetivou o resultado.
DOLO GERAL OU ABERRATIO CAUSAE
ERRO DO TIPO ACIDENTAL ERRO DO TIPO ACIDENTAL
No caso de ser
também atingida a
pessoa que o agente
pretendia ofender,
aplica-se a regra do
art. 70 deste Código. 
Com unidades simples: O agente
atinge apenas a pessoa diversa da que
deveria atingir, respondendo como se
tivesse atingido a pessoa visada.
Com unidade complexa: O agente
atinge a pessoa visada, mas também a
não visada, respondendo por concurso
formal, ou seja, pelos dois crimes. 
RESULTADO DIVERSO DO
PRETENDIDO - ABERRATIO CRIMINIS.
Resultado diverso do pretendido - CP
Art. 74 - Fora dos casos do artigo
anterior, quando, por acidente ou erro na
execução do crime, sobrevém
resultado diverso do pretendido, o
agente responde por culpa, se o fato é
previsto como crime culposo; se ocorre
tambémo resultado pretendido, aplica-
se a regra do art. 70 deste Código. 
Ocorre quando, por acidente ou erro no
uso dos meios de execução, o agente
atinge bem jurídico distinto do
pretendido. O agente responde pelo
resultado produzido na forma culposa
(se houver previsão legal).
ERRO SOBRE O NEXO CAUSAL -
ABERRATIO CAUSAE OU DOLO GERAL
O indivíduo atinge o resultado
pretendido, no entanto, por meio de um
nexo causal diferente do planejado.
Divide-se em: 
Erro sobre nexo causal em
sentido estrito.
Dolo geral ou Aberratio Causae
ERRO SOBRE NEXO CAUSAL EM
SENTIDO ESTRITO.
O sujeito com uma única conduta
alcança o resultado almejado, no
entanto, por meio de um nexo de
causalidade diferente.
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DEFINIÇÃO LEGAL:
ERRO SOBRE A ILICITUDE DO FATO
Art. 21 - O desconhecimento da lei é
inescusável. O erro sobre a ilicitude do
fato, se inevitável, isenta de pena; se
evitável, poderá diminuí-la de um
sexto a um terço
Parágrafo único - Considera-se evitável
o erro se o agente atua ou se omite sem
a consciência da ilicitude do fato, quando
lhe era possível, nas circunstâncias, ter
ou atingir essa consciência.
ERRO DE PROIBIÇÃO:
É quando o agente comete um fato
criminoso por pensar que a conduta não
é proibida. Incide sobre a ilicitude de um
fato. 
Ocorre quando o agente age pensando
que sua conduta não é ilícita, ou seja, o
agente representa a realidade da
conduta, mas acredita que é uma
conduta lícita.
PODE SER:
INESCUSÁVEL.
ESCUSÁVEL; 
INEVITÁVEL 
O agente não tinha noção que sua
conduta era contrária ao direito,
excluindo a sua culpabilidade.
INESCUSÁVEL
O agente tinha noção que sua conduta
poderia ser considerada ilícita, não
excluindo sua culpa, respondendo com
pena reduzida de um sexto a um terço.
ERRO DE PROIBIÇÃO DIREITO
ERRO SOBRE A ILICITUDE DO FATO
Existe no momento em que o agente
erra em relação ao conteúdo da norma
proibitiva, pois acaba desconhecendo a
existência do tipo penal ou não entende
o seu âmbito de incidência.
ERRO DE PROIBIÇÃO INDIRETO
Quando o agente erra
sobre a existência ou
sobre os limites de
uma causa de
justificação, isto é,
sabe que pratica um
fato em princípio
proibido, mas supõe
que, nas
circunstâncias, milita
a seu favor uma
norma permissiva.
ERRO DE TIPO ERRO DE PROIBIÇÃO
O agente se
equivoca aos atos
cometidos devido
a falsa impressão.
Erro em relação à
existência fática
de um dos
elementos que
possui o tipo penal.
O agente pratica
os atos sabendo o
que está fazendo,
mas não sabia que
era licíto.
Incide sobre a
ilicitude
Inevitável: Afasta
a culpabilidade,
isenção de pena.
Evitável: Reduz a
pena.
Inevitável: Afasta
o dolo e culpa;
Evitável: Afasta
apenas o dolo,
pune o delito
culposo.
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ESTRITO CUMP. DO DEVER LEGAL
Consiste a excludente na existência
de dever, proveniente da lei, a obrigar
o agente a determinada conduta típica. 
Enquadra-se a atividade do policial,
ao executar mandado de prisão. 
 COAÇÃO FÍSICA IRRESISTÍVEL EXCLUDENTES DE ILICITUDE 
COAÇÃO MORAL X COAÇÃO FÍSICA
Art. 22 - Se o fato é cometido sob
coação irresistível ou em estrita
obediência a ordem, não
manifestamente ilegal, de superior
hierárquico, só é punível o autor da
coação ou da ordem. 
E OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA
A coação moral irresistível exclui
a culpabilidade, pois o agente
possui vontade, embora seja
viciada. Exclui a culpabilidade.
A coação física irresistível exclui
a tipicidade, pois o agente atua
sem vontade e não controla seus
movimentos. Exclui a tipicidade.
EXCLUDENTES DE ILICITUDE 
EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO. 
ESTADO DE NECESSIDADE; 
LEGÍTIMA DEFESA; 
ESTRITO CUMPRIMENTO DO
DEVER LEGAL; 
ESTADO DE NECESSIDADE 
O agente pratica fato para salvar de
perigo atual e, que não provocou por
sua vontade, nem podia de outro
meio evitar, direito próprio ou alheio.
LEGÍTIMA DEFESA
Quem usando moderadamente dos
meios necessários, repele injusta
agressão, atual ou iminente, a direito
seu ou de outrem contra pessoas, ou
coisas. 
EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO 
Ocorre quando o agente
age dentro dos limites
autorizados pelo
ordenamento jurídico. 
Ex.: Lesão corporal
decorrente de violência
desportiva.
 EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
INDULTO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Relacionado a pessoas, deve ter
previsão por DECRETO. Extingue os
efeitos penais primários (pretensão
executória), mantém os efeitos
secundários, penais ou extrapenais.
ANISTIA 
Relacionado a fatos passados, deve
ter previsão em lei. Extingue todos os
efeitos penais, no entanto, mantém
os efeitos civis. 
CONGRESSO NACIONAL
GRAÇA PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Relacionada a pessoas, deve ter
previsão em decreto, extingue
apenas efeitos penais primários,
no entanto, mantem os efeitos
secundários e civis. 
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 EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE CONCURSO DE PESSOAS 
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO
PUNITIVA 
Recebimento da denúncia ou queixa 
Segundo a súmula 709 do STF
(Interrompe a contagem do prazo
com a publicação)
Publicação da sentença
ou acórdão condenatório
recorríveis. 
Interrompe a contagem do
prazo com a publicação da
sentença recorrível.
Decisão confirmatória da pronúncia 
Se o réu recorre da pronúncia e o
tribunal nega recurso, confirma-se a
pronúncia e a prescrição é interrompida.
 PRONÚNCIA - SÚMULA 191, STJ.
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO
EXECUTÓRIA 
Consiste na perda do direito e dever
de executar uma sanção penal
aplicada em decisão definitiva, ou
seja, transitada em julgado para a
acusação e defesa, em decorrência da
omissão do Estado durante
determinado prazo legalmente previsto.
INÍCIO, continuação, ou
cumprimeNto de sentença 
Interrompe a prescrição 
Excludente de imputabilidade
Interrompe a prescrição 
Há concurso de pessoas quando dois
ou mais indivíduos concorrem, com
unidade de propósitos e de modo
relevante para a prática de um mesmo
crime. (Art. 29) 
REQUISITOS 
PLURALIDADE DE AGENTES; 
EXISTÊNCIA DE FATO PUNÍVEL. 
CONDUTA RELEVANTE; 
VÍNCULO SUBJETIVO;
UNIDADE DE CRIMES;
UNISSUBJETIVOS
O concurso de pessoas é eventual,
pode ser praticado por uma pessoa
ou por várias. 
PLURISSUBJETIVOS
Conhecido como crime de concurso
necessário, só pode ser praticado por
uma pluralidade de agentes. 
Ex.: quadrilha de banco. 
CRIMES
EVENTUALMENTE
PLURISSUBJETIVOS 
Podem ser praticados
por uma pessoa. Mas,
quando praticados em
pluralidade de agentes
geram uma
modalidade mais
grave do delito. Ex.:
roubo majorado.
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DIR. PENAL - PARTE GERAL
Excepcionalmente, o
CP abre espaço para a
teoria pluralista, por
essa teoria, haverá
tantos crimes quantos
forem os concorrentes.
Ex.: corrupção ativa e
passiva.
CONCURSO DE PESSOAS 
REQUISITOS 
CONCURSO DE PESSOAS 
PLURALIDADE DE AGENTES
Parte da doutrina entende que, para
o concurso de pessoas disciplinado
nos arts. 29/31, todos devem ser
culpáveis.
ATENÇÃO!!
Para os crimes de concurso
necessário ou eventualmente
plurissubjetivos, basta que um dos
agentes seja culpável para que
fiquem caracterizados ou possa ser
reconhecida eventual qualificadora.
CONDUTA RELEVANTE
A conduta deve ser relevante para a
produção do resultado. 
A colaboração deve ser prévia ou
concomitante à execução. 
Para a doutrina amplamente
majoritária, uma conduta relevante é
qualquer contribuição, seja física,
moral, direta, indireta, omissiva,
comissiva, para a execução do crime!
VÍNCULO SUBJETIVO
É o nexo psicológico entre os
agentes, ou seja, vontade
homogênea, no sentido de que todos
colaboram para o mesmo resultado.
ATENÇÃO!!
Não se exige liame
subjetivo bilateral
para caracterização do
concurso de agentes.
A conduta deve ser relevante para a
produção do resultado. A colaboração
deve ser prévia ou concomitante à
execução. 
Em outras palavras, basta que apenas
um tenha ciência

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