Buscar

Resumo - DIREITO PENAL I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO PENAL I
CADA UM CEDE UM POUCO DA LIBERDADE PARA O ESTADO, AJUDANDO A MANTER A ORDEM
CONCEITO: 
Conjunto de normas jurídicas que têm por objeto de determinação de infrações de natureza penal e suas correspondentes sanções (penas e medidas de segurança)
Conjunto de leis penais que definem crimes e contraversões penais
O Direito Penal tem caráter dogmático, um dogma é questão de fé, não sabe, apenas aceita.
O Direito Penal é o ramo de Direito Público que se encarrega de selecionar condutas atentatórias aos mais importantes bens jurídicos sancionando-as com uma pena criminal ou medida de segurança
O Direito Penal tem por função primordial servir como modelo orientador de condutas adequadas, promovendo o normal funcionamento da vida em sociedade
TUDO QUE DEFINIR CRIMES E PENAS SÃO DIREITO PENAL – PARA CADA CRIME UMA PRIVAÇÃO DE LIBERDADE
CRIME: aquilo que está escrito no Código Penal, esse código só fala de crime
PENA CRIMINAL: sanção imposta a quem comete crimes previstos em nosso ordenamento jurídico, são elas privação de liberdade (reclusão e detenção), restritivas de direito (prestação pecuniária, prestação de serviços comunitários) e multa
CONTRAVERSÃO: não existe no Código Penal, está na Lei de Contraversão Penal
SANÇÕES: Restrição de liberdade, a espada da justiça – comando coercitivo, determina uma consequência quando não obedece, um CASTIGO.
MEDIDA DE SEGURANÇA: tratamento do doente mental que comete crime já que os mesmos são inimputáveis e não recebem são sanções de pena. São medidas de internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico, conhecido popularmente como Manicômio Judiciário.
CARACTERÍSTICAS (Historicamente deixam a vingança privada e o estado detém o monopólio da violência)
PÚBLICO: A principal característica, só que pode exercer é o estado. IUS (JUS) PUNIENDI = monopólio do estado sobre a violência.
PREVENTIVO: Previne avisando as consequências para quem cometer um crime. Previne a ocorrência de crimes, delitos, infrações.
PREVENÇÃO GERAL: destina a todos, sem restrições. Um aviso preventivo, o código avisa a todos que quem cometer a conduta terá a pena.
PREVENÇÃO ESPECIAL: se volta para quem já cometeu o crime para não cometer novamente.
RESTRITIVO: CASTIGA – retribui o mal causado. Devolve a dor que a pessoa causou. “Vingança Pública, estatal”
NORMATIVO: Norma é um DEVER SER. Se ocupa do campo DEVER SER, pensa qual deve ser a pena, organiza o dever ser. Estudo na norma
VALORATIVO: VALOR, um é mais grave que o outro (hierarquia de valores) atribui valores as condutas.
FINALISTA: é o ponto final do ordenamento jurídico, só trabalha com bens jurídicos fundamentais e atua em situações excepcionais “GOLPE FINAL”
CLASSIFICAÇÕES
DIREITO PENAL OBJETIVO: lei, direito positivado (positivo)
DIREITO PENAL SUBJETIVO: sinônimo de IUS PUNIENDI, dever e direito de punir do estado. Atividade do estado de punir
DIREITO PENAL COMUM: Tirando o Militar e o Eleitoral todos os outros são considerados justiça comum.
DIREITO PENAL ESPECIAL: aquele que é aplicado por órgãos especiais de justiça. Exemplo: Justiça Militar (aplicado pelo órgão especializado) e Justiça Eleitoral (quem julga é a Justiça Eleitoral)
 FONTES DO DIREITO PENAL
MATERIAL (QUEM FAZ): art 22 §1◦ da Constituição Federal diz que no Brasil só quem legisla em Penal é a União (o Congresso Nacional – câmara dos deputados e Senado).
TODA LEI PENAL É FEDERAL. A Lei que não for criada pela União é inconstitucional. Poder executivo não pode produzir matéria Penal.
LEI: documento produzido pelo poder legislativo. Direito Penal só pode estar em Lei.
FORMAL (ONDE SE EXPRESSA): na Lei no art. 5◦ §39 da Constituição Federal diz que não há crime sem Lei anterior que defina.
ANALOGIA é proibido no Direito Penal, exceto na Lei que beneficia o réu (é uma forma de suprimento de lacunas legislativas) – UMA INTERPRETAÇÃO
COSTUMES não são fontes do Direito Penal, mas são analisados – OPERAM NA INTERPRETAÇÃO
PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO não são fontes do Direito Penal, não pode criar crimes e Penas, mas pode criar uma maneira de INTERPRETAÇÃO.
CONTROLE PENAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DO DIREITO
Direito Penal é uma parte do Controle Penal, o mesmo é formado por órgãos agentes, politicas. O Controle Penal está dentro do Controle Social, Dentro de um Estado Democrático de Direito, desde 88 o Brasil é um estado Democrático de Direito.
CONTROLE PÚBLICO -> CONTROLE SOCIAL -> CONTROLE PENAL -> CONTROLE PENAL
Estado de Direito se fundamenta da lei, se constrói a partir da legalidade, vive sobre controle público (verificado nas eleições)
DIREITO PENAL – ESTADO CONSTRUIDO PELA LEGALIDADE E SOBERANIA POPULAR
Monopólio da Violência não pode tudo, afinal estamos em um estado democrático e não autoritário. AS LEIS DIZEM AO ESTADO O QUE ELE DEVE FAZER.
A LEI DIZ QUANDO, COMO E PORQUE = LIMITAR A AÇÃO, CRIAR UMA REDOMA PARA TER UM POUCO DE PROTEÇÃO
CONTROLE SOCIAIS FORMAIS: quando o estado gerência, o Direito Penal é gerenciado pelo Estado, no entanto ele é Controle Social Formal
CONTROLE SOCIAIS FORMAIS: Pessoas (uma ou mais, como mãe, pai, familiares, vizinhança, comunidade religiosa...) que intermediam para manter o controle, a ordem.
DIREITO PENAL É O ÚLTIMO A SER USADO NOS CONFLITOS SOCIAIS, POIS ELE NÃO RESOLVE, ELE PUNE! A CADA CRIME DESCRITO UMA PRISÃO PREVISTA!
Direito Penal no Estado Democrático de Direito é a última ferramenta a ser usada (a pena de prisão), apenas quando não tiver alternativa. Prisão é a que menos resolve!
Obs.: Código Penal é de 1941 já a Constituição de 1988, sempre que houver impasse Constitucionalizar a Lei já que a Constituição é hierarquicamente superior.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO PENAL
DIGNIDADE HUMANA – ART 1◦ III, CF = META PRINCIPAL, principio dos princípios. Organiza toda a estrutura de Estado brasileiro, deve ser entendido como a característica que o ser humano nasceu tem dignidade humana. Essa dignidade não é condicionada a nenhum evento futuro, nasceu é portador de dignidade humana.
HUMANIDADE DAS PENAS – ART 5◦ XLVII AO L, CF = Cláusula pétrea, não pode ser alterada. Pensar o que é desumano. NÃO HAVERÁ PENAS:
DE MORTE: não existe norma, mas existe execução sumária. Matam mais pessoas do que os países que tem a Pena de Morte como pena. 
DE CARÁTER PERPÉTUO: se a pena serve para ressocializar não tem porque ficar preso até a morte. O condenado ficará no máximo 30 anos preso, mas na medida de segurança não existe prazo.
TRABALHOS FORÇADOS: na prisão isso seriam duas penas em uma (privação de liberdade e trabalho forçado). Trabalho é direito e não obrigação, a cada 3 dias trabalhados 1 dia de liberdade.
DE BANIMENTO: outro país pegar o condenado (banimento – fora do país). Hoje temos uma lógica de banimento onde prisioneiros são colocados distantes da cidade natal e locais de difícil acesso.
CRUÉIS: (Ver XLIV- é assegurado aos presos o respeito a integridade física e moral). A realidade é outra, nas prisões existem solitárias, crueldade expressão aberta)
PERSONALIDADE DA PENA – ART 5◦ XLV, CF = Nenhuma pena passará da pessoa do condenado (pai, ou outra pessoa cumprir pelo condenado). 
LEGALIDADE – ART 5◦ XXXIX, CF = Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Em outras palavras não há crime sem lei anterior, só existe crime criado por Lei (Documento Federal). Deve estar expresso da melhor maneira possível, tem que estar na lei e na forma mais precisa e clara.
ANTERIORIDADE DA LEI PENAL – ART 5◦ XXXIX, CF = mesmo que Legalidade. A lei Penal tem que ser anterior ao comportamento que ela criminaliza.
IRRETROATIDADE A LEI – ART 5◦ XL, CF = A Lei Penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu (Regra geral, a lei não retroage. Exceção, a lei retroage quando beneficia o réu). A lei não atinge atos que acontecem antes dela.
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA – ART 5◦ XLVI, CF = A lei regulará a individualização da pena, avaliar cada réu de acordo com sua conduta social, personalidade e etc. Visualizar CódigoPenal art. 59 A pena se ajusta as características individuais do condenado. Deixa a pena na forma do sujeito que cometeu o crime. Diferenciação para quem tem entre 18 e 21 anos.
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA – ART 5◦ LVIII, CF = Ninguém será culpado até o trânsito em julgado dê sentença penal condenatória. Precisa provar para culpar. 
Garantia democrática\Regra de interpretação: na dúvida beneficia o réu (na dúvida não aplicar pena “Indubiu pró-réu”. Até o final do processo o sujeito será inocente
Obs.: Não partir da culpabilidade e sim da Presunção de Inocência
- PRINCIPIOS QUE NÃO TEM NA CONSTITUIÇÃO, MAS SÃO PRINCÍPIOS IMPORTANTES DO DIREITO PENAL (PRINCÍPIOS DERIVADOS)
PRINCÍPIO DA “ULTIMA RATIO” (OU INTERVENÇÃO MÍNIMA) = O Direito Penal é o último recurso para lhe dar com o conflito social. Se qualquer outro direito penal puder resolver não usa o Penal. Usa-se o direito Penal o mínimo possível. ULTIMA RATIO (expressão latina que significa “ultimo recurso”) usa-se como meio necessário quando nada mais resolve, nada mais funciona.
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE DAS PENAS = A pena tem que ser proporcional ao crime cometido.
PRINCÍPIO DA FRAGMENTARIEDADE = Direito Penal só protege os bens jurídicos mais importantes. O Direito Penal é descontínuo não cobre tudo.
PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE = Uma pessoa só é culpável quando agiu como dolo ou com culpa. Qualquer resultado só é imputado a uma pessoa quando agi com dolo ou com culpa. DOLO – agiu com consciência e vontade (mais grave - doloso), CULPA – sujeito descuidado (crime do descuido – culposo)
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE (OU OFENSIVIDADE) = só devem ser criminalizadas as condutas que apresentem um perigo real, um perigo concreto aos bens jurídicos importantes. Perigo concreto de ofender os outros ou grupos Obs.: Lesão sobre si mesmo não atinge o bem jurídico, não atinge a esfera individual e não será criminalizada. 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA (OU BAGATELA) = Quando a lesão ao bem jurídico for insignificante não há crime. É analisado diante de uma situação concreta, quando o fato é insignificante muitas vezes usa a jurisprudência. Crime contra ao patrimônio sem violência provavelmente usa o princípio da insignificância, crime contra a administração pública não admite insignificância.
PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL = Quando uma conduta tiver alto grau de adequação, funcionalidade social (em um grupo, comunidade, sociedade) mesmo sendo crime não será considerado. Se não existe conflito não é crime. Alguns exemplos: Rifa (contraversão penal, não é crime por ser aceito na sociedade), Jogo do Bicho.
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL
SEGUNDO O SUJEITO QUE ELABORA :
- AUTÊNTICA OU LEGISLATIVA: O legislador quem elabora a lei, a força de obrigatoriedade tem que ser o que está escrito.
- DOUTRINÁRIA ou CIENTÍFICA: interpretação que tem nos livros a partir de uma especialização doutrinária. Ex.: Livros.
- JUDICIAL: feita pelos juízes, o poder judiciário. Decisão judicial não é jurisprudência.
SEGUNDO OS MEIOS EMPREGADOS:
- LITERAL: ao pé da letra, interpretação por onde começa a palavra. Entender gramaticalmente.
- LÓGICA: realiza procedimento de semelhança, lógica, exclusão, inclusão, diferença.
- Teleológica: busca a moral da história, conclusão. Pensa na finalidade, o sentido de toda história (ajuda a entender através dos princípios)
SEGUNDO OS RESULTADOS:
- DECLARATIVA: aquela que há correspondência exata entre a palavra da lei e o resultado da interpretação. Diz exatamente o que a Lei diz.
- RESTRITIVA: falando em contenção de liberdade, usa a interpretação mais restrita.
- EXTENSIVA: (Foge o princípio da legalidade) deve-se evitar, tem efeitos drástciso. Amplia a esfera de aplicação, amplia as possibilidades de incriminar outras pessoas ou por mais tempo (aumento da pena). Para restringir liberdade a extensiva é proibida, salvo para beneficiar.
INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA: É possível ser feita pois está disciplinada no código. Quando vem na lei descrevendo e deixando brechas como (ou outro) acrescenta algo dando uma interpretação analógica.
NORMA PENAL EM BRANCO
Quando o preceito (descrição da conduta) primário da norma exige complemento. Não tem aplicabilidade imediata, precisa de complemento.
Ex.: Art.33, Lei 11.343/06 (Lei de drogas – não tem nome de substâncias para aplicar precisa de um complemento) + Portaria 344 (Quais os tipos de drogas-substâncias proibidas).
Já que precisa de um complemento para descrever a conduta essa Norma Penal em Branco.
Norma Penal em Branco Heterogênea – Quando se tem uma Lei que precisa de outro documento para complementar que não seja Lei. Art.33 (mistura o legislativo com o executivo)
Norma Penal em Branco Homogênea – O conteúdo da norma precisa de outra Lei para complementar.
CONFLITO APARENTE DE NORMAS
Regra Geral “NE BIS IN IDEM” – Proibição da dupla valoração
Cada fato da vida receberá apenas uma valoração – cada conduta um crime, evita que aplique 2 vezes (dupla valoração).
ESPECIALIDADE – Relação de gênero e espécie, a norma mais específica prevalece sobre as normas gerais. Ex.: Homicídio culposo no trânsito (ao invés de usar a lei de homicídio culposo no código Penal, usa a Lei de homicídio Culposo no código de Trânsito)
Preferir sempre o específico, a Lei especial. – GÊNERO X ESPÉCIE
SUBSIDIARIEDADE – (secundária) Relação entre PRINCIPAL X SUBSIDIARIA. Dentro da Lei pode destacar um crime menor, essa parte é a subsidiariedade. Ex.: Dentro da Lei de crime de roubo (art. 137, CP) existe o acessório (ameaça, art. 147, CP). A parte subsidiária quando tira da principal, a mesma não muda.
CONSUNÇÃO (ABSORÇÃO) – O crime fim sempre absorve o crime meio. Ex.: Para cometer o furto o réu precisa invadir o domícilio, mas será condenado pelo crime de furto (o crime de invasão ao domicílio não terá registro já que o crime de furto é mais grave). O crime considerado será o da finalidade.
VALIDADE E EFICÁCIA DA LEI PENAL NO TEMPO
A Lei que deve aplicar é a lei que está em vigor na data do fato. A eficácia temporal de uma lei vai do início de sua vigência até a cessação da mesma. O princípio geral do direito “Tempus regit actum” (o tempo rege o ato) informa que, via de regra, uma lei não atinge fatos ocorridos antes ou depois de sua vigência. (Art. 2◦, CP)
Irretroatividade da Lei Penal (REGRA) – não olha para trás
Retroatividade da Lei Penal mais benéfica (Exceção)
Conflito intertemporal de Leis Penais
“Abolitio Criminis” (abolição do crime) – crime deixa de ser crime. Ex.: Adultério – Rapto (fugir para casar). Beneficia então retroage com efeitos totais, a ficha criminal será apagada.
“Novatio Legis in mellius” (Nova lei em melhor) – Nova Lei em beneficio ao Réu. Lei que beneficia o réu sem extinguir o crime.
“Novatio Legis incriminadora” (Nova Lei que incrimina) – Nova Lei que incrimina. O que não era crime passa a ser. Não retroage já que beneficia.
“Novatio Legis em Pejus” (Nova Lei em Prejuizo) – Já era crime e a pena se agrava. Não retroage já que prejudica o réu.
Irretroatividade/Ultratividade
Ultratividade (mesmo não estando em vigor o réu será julgado por ela já que a lei nova prejudica).
 1995 _____________________ 2015
Lei “A” beneficia o réu			Lei “B” Prejudica réu
A Lei “A” mesmo não estando vigente terá efeito Ultrativo. Se a lei não retroage a Lei anterior será Ultrativa (mais atividade).
Teoria da Atividade – Art. 4, CP. Tempo do crime / Tempo da conduta
O crime é considerado no dia da ação. Ex.: Atira na pessoa e ela só morre depois de 3 meses, o crime de homicídio será no dia da ação (o dia que atirou). Ação e resultado depois, considera a data da ação.
EXCEÇÃO A “NOVATIO LEGIS IN PEJUS”
SÚMULA 711, STF: “A LEI MAIS GRAVE APLICA-SE AO CRIME CONTINUADO OU AO CRIME PERMANENTE, SE A SUA VIGÊNCIA É ANTERIOR À CESSAÇÃO DA CONTINUIDADE OU DA PERMANÊNCIA”.
CRIME CONTINUADO: (Art.71, CP) – crime idênticos. São crimes praticados muitas vezes e de forma semelhante (vários crimes idênticos). Ex.: Serial Killer – homicídio emcrime continuado. Em crime continuado a lei retroagirá se no momento da mudança da Lei ele estiver cometendo crime.
CRIME PERMANENTE – uma ação só que se prolonga no tempo. Caso a lei muda durante será aplicado a lei mais nova, mais grave. (Encontrar Cativeiro – flagrante delito). O crime permanente é renovado a cada dia, modalidades permanentes. Ex.: Droga em Depósito (manter/permanência), Portar (crime permanente), cultivar...
EXCEÇÃO À “NOVATIO LEGIN IN MELLIUS
LEI TEMPORÁRIA – traz a sua validade (tem prazo de vigência)
LEI EXCEPCIONAL – Ligada a uma situação emergencial, parece com a temporária, mas não tem data definida de vigência. O caráter da Lei é regular algo temporariamente, se a lei que beneficia retroage a lei anterior excepcional mais grave não terá eficácia.
As Leis temporárias e excepcional sempre terão Ultratividade em relação aos fatos praticados durante sua vigência.
VALIDADE E EFICÁCIA DA LEI PENAL NO ESPAÇO
PRINCÍPIO DA TERRITORIEDADE – Lei Penal se aplica ao território brasileiro
CONCEITO JURÍDICO DO TERRITÓRIO:
Superfície terrestre dentro das fronteiras do Brasil e todo subsolo.
Águas territoriais (rios, lagos, mares), 12 milhas depois da terra (oceano).
Espaço aéreo correspondente ao território terrestre
Obs.: Por extensão é território brasileiro os navios e aeronaves de natureza pública (marinha, união, aeronáutica...). Um homicídio a bordo do Navio ou aeronave pública será aplicada a lei do território correspondente a nação que representa. Art. 6◦, CP – Lugar do Crime, teoria da Ubiquidade (basta que o crime toque o território nacional.
ART. 7 – EXTRATERRITORIALIDADE (Crimes praticados fora do território brasileiro)
INCONDICIONADA – Lei penal será aplicada independentemente da condição.
“a” – Vida e Liberdade = qualquer crime contra o presidente da República o Brasil irá processar (julgar e condenar)
“b” – Patrimônio e Fé Pública = entender que há dinheiro do estado então aplica-se a lei brasileira. Patrimônio (dinheri, poses, propriedades, empresa com dinheiro público) e Fé Pública (bem jurídico que diz veracidade dos documentos – falsidade ideológica, moeda falsa)
“c” – Administração Pública = crime entre os artigos 312 e 326 praticados fora do Brasil é aplicado a lei brasileira (crime no exterior contra a administração pública)
Obs.: Do “a” ao “c” – Princípio real, da defesa ou da proteção
“d” – Genocídio – Princípio da Justiça Universal. Existem tratados para combater o Genocídio (extermínio em massa). Seja brasileiro ou tenha domicilio no Brasil, será julgado e condenado com as leis brasileiras.
CONDICIONADA – a lei brasileira só preenche de acordo com o § 2◦, o Brasil tem interesse em aplicar a lei, mas precisa dos seguintes requisitos:
“a” – Principio da Justiça Universal = tratado ou convenção, o Brasil, se obrigou a reprimir, menos genocídio que é incondicional. Quando o crime ocorre tem interesse de julgar, mas precisa ver se tem condições.
“b” – Princípio da nacionalidade ativa = crimes praticados por brasileiros. O Brasil tem interesse em julgar por ser brasileiro, mas precisa ver se tem condições, já que o ativo do crime é brasileiro mas está em outro território.
“c” – Princípio da Representação ou da bandeira = aeronaves ou embarcações brasileiras de natureza pública é território nacional, já na embarcação privada tem interesse, mas precisa ver as condições. Tem que saber onde estava quando ocorreu, se está em alto mar aplica a lei penal da bandeira, caso ocorra no território de outro país e eles não queiram julgar o Brasil julga.
Obs.: Alto mar não é soberania de ninguém!
Obs.: Extradição – estrangeiro cometeu o crime fora do território nacional e entrou no território. O pais irá pedir a extradição para que seja julgado. Brasil não extradita brasileiro, apenas estrangeiro. Crime político de opinião não extradita.
§2◦ - Condições para aplicar o inciso II	
Concurso – estão reunidos todas as condições presentes para que o Brasil possa julgar as condições condicionadas precisam ter todas as hipóteses. 
Entrar em território nacional / Tem que ser crime nos 2 países / Crimes que a lei brasileira autoriza extradição / absorvido lá não poderá ser feito mais nada aqui, porque beneficia e não pode abrir mais processo / houve julgamento e não foi condenado (perdoou, prescreveu, absorveu) não há nada mais a ser feito.
§3◦ Princípio da Nacionalidade Passiva
Quando o Brasileiro é a vítima – julgamento depende têm que ter tudo do §2◦ e:
“a” – não ser pedida ou negada a extradição (precisa ter mais de 2 nacionalidades) a preferência é de quem cometeu o crime, caso negem a extradição ou não pedirem o Brasil pedirá.
“b” – houve requisição do Ministro da Justiça – precisa formular uma requisição para abrir o processo.
CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS (CRIMES – DOUTRINÁRIA)
Todos os crimes – criando uma tipologia
CRIMES COMUNS E CRIMES PRÓPRIOS:
- Maior parte dos crimes são crimes comuns, aquele que qualquer pessoa pode praticar, não especifica.
- Crime Próprio – descrição do crime diz quem pode praticar, por um sujeito específico designado na própria norma. Ex.: art.123
Crime de mão própria – um crime que precisa de uma qualidade especial e não admite divisão de tarefas na hora do exercício. Ex.: art.342 (a pessoa precisa ser intimado e prestar juramento – quando responde comete o crime sozinho). Conhecido como personalíssimo – crime não admite participação de outros, só a própria pessoa.
CRIMES DE DANO E CRIMES DE PERIGO
- Dano: maior parte dos crimes no código, exige uma efetiva lesão ao bem jurídico. Crime só existe com a prática do dano.
- Perigo: Ex.: art.130 (vítima individualizada), art.250 exposição ao perigo (vítimas indeterminadas coletividade)
CRIMES MATERIAIS E CRIMES FORMAIS
- Materiais: maioria do código penal, exigem resultado naturalístico (resultado no mundo sensível, no mundo das coisas). Violou a norma e alterou a ordem das coisas do ambiente. Ex.: Homicídio – pessoa passa a ser cadáver (alterou as coisas naturais, o que é palpável). Material consegue perceber através dos sentidos, manda objeto para perícia.
- Formais: crimes para os quais o direito penal não esfera o resultado naturalístico. Ex.: Difamação (não precisa mandar para perícia)
O direito penal não espera a modificação do mundo sensível, incrimina. Ex. de crimes transformados pela jurisprudência em formal. Art. 158/ art. 159 – basta a exigência
Obs.: Crimes de Mera Conduta – não tem resultado naturalístico. Ex.: Invasão de domicílio (depois dele só o próprio crime). Simples fato de extra entrar sem permissão já é crime. Como porte ilegal de arma.
CRIMES INSTANTÂNEOS, CRIMES PERMANENTES E CRIMES DE EFEITOS PERMANENTES
- Instantâneo: a ação e o resultado acontece no mesmo instante, de imediato (maior parte dos crimes)
- Permanente: uma ação que se prolonga no tempo. Ex.: art. 159 (extorsão mediante sequestro)
- Efeitos permanentes: já concluído o resultado dele é irreversível. Ex.: Homicídio (crime instantâneo de efeitos permanentes). Crimes irreversíveis.
CRIME HABITUAL
Aquele cujo a habitualidade é que contribui o próprio crime. Só é crime porque é habitual. Ex.: Exercício ilegal da medicina (profissão). Habitualidade que faz o crime, não importa quantidade.
CRIME IMPOSSÍVEL
O sujeito cometeu mas não consegue. Onde o meio utilizado é ineficaz para que ocorra ou quando o objeto é impróprio. Ex.: aborto sem feto (Não praticar crime nenhum) Art. 17
CRIME COMPLEXO / SIMPLES
Simples – protege um só bem jurídico (ex.: homicídio), proteção a vida (ex.: furto)
Complexo – mais de um bem jurídico. (ex.: art 157 – subtrai e usa violência – contra patrimônio e integridade física)
TEORIA DO DELITO – característica de todo crime, precisa de todos os quesitos 
	FATO TÍPICO
	ANTIJURÍDICO
	
CULPÁVEL
Ocupa-se dos requisitos imprescindíveis para a configuração de um crime. Requisitos genéricos e comuns a todos os crimes.
	
CÓDIGO
PENAL
	Parte Geral: Requisitos que servem para todos os crimes. Requisitos e institutosgenéricos, tudo que está até o art.120
	
	Parte Especial: Crimes em espécie. Todo crime com seus requisitos específicos.
INFRAÇÕES PENAIS (TEORIA BIPARTIDA-DOIS TIPOS)
Crimes (ou delitos) – Noção mais grave. Estão no código Penal, nas leis penais especiais.
Contravenções Penais – Só existe na lei de contraversões penais. Não tem extraterritoridade, processo diferente. 
CONCEITO FORMAL DE CRIME O aspecto formal não define o crime, é apenas um aspecto do crime. Relação de Fato humano com a norma.
CRIME É FATO TÍPICO E ANTIJURÍDICO
Fato típico – conduta humana que se adequa a uma norma penal e ofende o conjunto do ordenamento jurídico. Relação de um fato individualizado com a norma e ao se encaixar na norma ele fere o ordenamento jurídico. Violação das finalidade do ordenamento jurídico (antijurídico)
CONCEITO MATERIAL DE CRIME O crime pode ter aspecto formal, mas pode não ser um crime materialmente. Olha a conduta e as relações sociais (relações da conduta com a norma).
Crime é uma lesão relevante a um bem juridicamente protegido. Exemplo: furto do carro e de um shampoo, no carro tem uma lesão relevante, tem aspecto formal e material. O Shampoo entra no princípio da insignificância e da adequação social.
CONCEITO MATERIAL DE CRIME Junta o conceito formal e material, mas ainda não é o suficiente.
CRIME= FATO TÍPICO + ANTIJURÍDICO (ILÍCITO) + CULPÁVEL
Não existe crime sem todos esses quesitos. Aspecto formal e material é importante, mas é necessário saber quem foi o sujeito e suas relações psíquicas.
	
 CRIME
	
 FATO TÍPICO
	CONDUTA – ação ou omissão, dolo ou culpa
NEXO DE CAUSALIDADE – o que liga uma conduta ao resultado.
RESULTADO – total ou parcial, consumado ou tentado, desistência, arrependimento, crime impossível.
TIPICIDADE – ligação com a norma, quando se adequa a norma há tipicidade.
	
	
 ILÍCITO
	
ESTADO DE NECESSIDADE
LEGÍTIMA DEFESA
ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO
	
	
 CULPÁVEL
	IMPUTABILIDADE – para cometer o crime ele precisa ser imputável.
EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA – alternativa para não cometer o crime, se não tinha outra solução não é crime.
POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE – acesso ao que é proibido e o que é permitido.
FATO TÍPICO
AÇÃO 
FAZER – REGRA – CRIME COMISSIVO (Fazer algo errado)
OMISSÃO
DEIXAR DE FAZER – EXCEÇÃO – CRIME OMISSIVO
CRIME OMISSIVO PRÓPRIO = Tem um arquivo próprio que o descreve (ex. art 135), designado em um artigo próprio especifico do código penal.
CRIME OMISSIVO IMPRÓPRIO = Depende do resultado, não está designado em artigo nenhum. Ex. Art. 13, §2◦ CP modalidade de um crime comissivo podem ser praticados na omissão imprópria. Omissivo Impróprio atende também por comissivo-omissivo, Omissão grave como se fosse ação, o não fazer que leva a morta que é como se tivesse matado. Não pode ser praticado por qualquer pessoa – apenas os Garantidores (responsabilidade especial a situação).
GARANTIDORES – Dever de agir (responsabilidade especial) e Poder Agir.
		 Responde pelo resultado da inocorrência dos resultados. 
LEGAL – tinha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância (pai, mãe, policial, tutor, curador, bombeiro, servidores públicos, enfermeiros, médicos...)
“CONTRATUAL” acordo ou aceitou – de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado. Alguém que assume a responsabilidade (amigos, babá, cuidador, guia turístico...)
GERADOR DO RISCO – com seu comportamento anterior criou o risco da ocorrência do resultado. Assume o risco (fogos de artifícios, bituca de cigarro, dirigir em alta velocidade). Soltar balão é crime e se acontecer algo responderá pelo resultado.
ART. 18, CP – DOLO E CULPA
DOLO: I (diferença doutrinária) – Direto (1◦ parte) = teoria da vontade
 Indireto\Eventual (2◦ parte) = teoria assentimento
Dolo é o elemento subjetivo da conduta, composto de consciência e vontade dirigida a um fim. (Regra do CP) Existe uma previsibilidade, não se importa, no Dolo Direto quando quis o resultado planejando tudo (assumiu o risco do resultado)
DOLO EVENTUAL: 
Frio em relação ao resultado
Materialização da teoria da vontade
Indiferença do sujeito ao resultado
Possibilidade, Probabilidade do Resultado
Alternativa – múltiplos fins. Ex.: Tanto se morrer ou ferir não está expresso.
Único dolo que está no código – dolo eventual
Assumir o risco, sabe a possibilidade do resultado.
Domínio do causal, conhece os efeitos (pode produzir) dos desdobramentos, pontua diante da probabilidade.
Resultado era possível e previsível
Não desejou o resultado, mas não se importou com ele.
Representa um desejo interior do sujeito.
CULPA – elemento normativo da conduta 
Modalidade escrita no código, expressa em cada com culposo.
Princípio da Confiança – agir como queria que agissem (na reciprocidade)
Não atende os deveres recíprocos da sociedade
Relação na norma fora para dentro
O sujeito não deseja, não atende aos cuidados básicos necessários (irresponsável)
CULPA – COMPOSTA DE:
Ação voluntária
Resultado não desejado
Nexo de causalidade – elo entre ação e o resultado
Inobservância do dever de cuidado – não atende o princípio da confiança e reciprocidade
Previsibilidade Objetiva – média que temos a determinadas situações. Para quem ver se era previsível ou não aquele resultado
- Imprudente, negligente
- Resultado previsível (as pessoas que estão vendo que no mundo sensível produzirá resultado)
Não se dirige a lugar nenhum, exige um resultado, pronto e acabado no mundo sensível.
MODALIDADES DE CULPA
Negligência omite a sua atitude – erra porque deixou de fazer, se esquece, dorme no ponto (noção pré-jurídica) 
Imprudência faz algo irresponsável, erra porque faz. (noção pré-jurídica)
Imperícia Negligência em relação a profissão, tem que ter resultado. O exercício da sua profissão com negligencia ≠ de erro profissional.
ESPÉCIE DA CULPA
Inconsciente se não desejava é inconsciente, não domina o nexo causal, os efeitos. Normalmente as culpas são inconsciente.
Consciente Sabe que pode ocorrer, mas não que acontecerá. Previsibilidade Subjetiva (sujeito prevê – culpa consciente) não quer o resultado, ele prevê o resultado, precisa do resultado, a postura do sujeito é diferente no dolo, na culpa ele não acredita que acontecerá.
Obs.: Para tudo deve-se perguntar se houve dolo, se o sujeito sabia. Aprenda a diferença entre previsibilidade subjetiva e objetiva.
Dica: No enunciado da questão se tiver características pesadas será dolo eventual
Culpa consciente – crime de transito, sujeito atrapalhado
Assumir o risco – dolo eventual
Alto confiança – culpa consciente
RELAÇÃO (OU NEXO) DE CAUSALIDADE – RELAÇÃO CAUSA\EFEITO
2◦ elemento do Fato típico, liga uma coisa a outra, elemento do fato típico (noção pré-jurídica, usa no direito penal, mas não é uma noção dogmática penal.
Elo que liga a ação\omissão a um resultado naturalístico (crimes materiais)
Art. 13, caput e § 1◦, CP só responsabiliza alguém se a sua conduta produziu determinado resultado. Teoria da equivalência dos antecedentes causais tudo que contribuiu para o resultado é causa desse resultado, mas é necessário suprimir, limitar. O resultado derivou da conduta.
Limitações à teoria
Dolo\Culpa se não agiu com dolo\culpa não cometeu crime, limitanto assim algumas condutas e não serão causa do resultado,
Causas ABSOLUTAMENTE independentes um resultado e várias causas independentes, é, necessário identificar a responsável pelo resultado. Causas independentes, mas determina qual a causa responsável pelo resultado. Ex.: atirar em uma pessoa que tomou veneno.
2.1- Causas ABSOLUTAMENTE independentes rompem o nexo causal e o sujeito NÃO responde pelo resultado - Observar quem responde pelo resultado.
Preexistentes ex.: o sujeito que atirou em uma pessoa que tomou veneno, sua causa (tiro) não foi o resultado então o que rompeu o nexo causal foi o veneno, esse sim é a causa do resultado.
Concomitantecausa ocorrida no mesmo instante. Ex.: tiro na hora do infarto sendo que o que causou a morte foi o infarto.
Superveniente ex.: Veneno na bebida, mas o bar pega foto. O resultado é POSTERIOR a conduta que está investigando quem colocou o veneno não responde pelo resultado homicídio consumado.
Causas RELATIVAMENTE independentes uma causa tem interferência na outra. Regra Geral diante dessas causas não se rompe o nexo e o sujeito responde pelo resultado. Ex.: Corte no rosto – ferimento que chegou a morte. (ação + doença)
Preexistente ação + a doença que é anterior ao crime. Corte + doença produziu o resultado, não aconteceria se não tivesse a ação do corte. Regra Geral ele responde pelo resultado pois caso não tivesse o ferimento não aconteceria a morte.
Conhecimento da causa preexistente quando não era previsível, se não sabia não responde pelo resultado, primeira exceção.
De acordo com Damasio, responde pelo resultado quando sabia, vai pelo Regra Geral, já Rogério Grecco é necessário saber se sabia.
PREEXISTENTE – REGRA GERAL
		- CONHECIMENTO DA CAUSA - SABIA (REGRA GERAL)
						 - NÃO SABIA (EXCEÇÃO)
b) Concomitante – Regra Geral ex.: infarto, potencializado pelo tiro, responde já que potencializou.
c) SUPERVINIENTE – exceção Expressa. Ex.: tiro e acidente de ambulância (causa da morte, traumatismo). As causas se comunicam. Depois, mas deriva de uma causa anterior responde pelo que praticou. Infecção hospitalar responde pois sabia do risco.
RESULTADO – ART 14
CONSUMADO a ação tem que ser como na norma, o agente completa sua finalidade. Quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal (preencher os requisitos de cada norma)
TENTADO o sujeito não consegue completar. Iniciada a execução, não se consuma por circunstancia alheias à vontade do agente, precisa de um ato ilícito para declarar tentativa.
ITER CRIMINIS itinerário, caminho do crime
Cogitação fase obrigatória, premeditado, representação na imaginação do sujeito. Pensar na prática, no crime. A cogitação é impunível (isoladamente)
Preparação a consciência se externaliza para a prática, atos preparatórios isoladamente não são puníveis. Ato preparatório é lícito (via de regra) ex.: comprar uma faca.
Execução incidência do tipo penal. Ato de realização descrito no tipo penal. Primeiro ato já é punível. Ato que compõe uma rotina penal.
Consumação Realização da finalidade
MOMENTO DE CONSUMAÇÃO
Crimes matérias resultado no mundo sensível. Se não ocorre, não se consuma. Precisa de resultado naturalístico.
Formais\mera conduta só de existir (ex.: extorsão) já consuma crime, não precisa de resultado\conduta. No mundo sensível, basta a conduta.
Culposos ser negligente produzir resultado. Precisa de resultado naturalístico.
Omissivos próprios omissão, deixar de agir, a mera conduta já é crime. Conduta: Tentativa critério indispensável, o início da Execução se o ato isolado for ilícito já começou a execução. 
Dolo se iniciou tem dolo, sabe para onde está dirigindo sua vontade.
Ato(s) executório(s) basta um ato para ser tentado.
Ausência de consumação tem dolo, tem ato executório, mas não realiza a vontade.
Circunstancias alheias à vontade do agente parado contra a vontade, algo atrapalhou. Começou, mas não pode terminar, foi impedido por polícia, bombeiro, cidadão, ou qualquer outro meio.
Causa de diminuição de pena principal – a tentativa, já que o consumado é mais grave.
Crimes que não admitem tentativa:
Culposos se não se dirige, não se tenta. Crime culposo não admite tentativa
Omissivos Próprios não tem tentativa, não existe meio termo, já que a conduta de não ajudar é crime.
Unissubsistentes crimes que não dão para fracionar, acontece em um só ato, um momento. O que vem antes não é punível e o que vem depois já é crime. 
Tentativa Perfeita aquele que o sujeito esgota suas tentativas de execução, mas não consume. Ex.: levar vários tiros e não morre (o agente do tiro esgotou todas as possibilidades, mas não se consumou. Ou alguém salva a tempo). Tentativa perfeita o sujeito faz tudo que está ao seu alcance pra chegar a sua finalidade.
Tentativa Imperfeita os atos executórios não foram executados. Enquanto o sujeito está exercendo os atos executórios ele é interceptado, não esgotou seus atos. O sujeito ainda poderia fazer mais para completar sua finalidade.
ART 15 – O RESULTADO NÃO SE CONSOME PORQUE O AGENTE NÃO QUER. INVERSÃO DO DOLO.
- DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA Desiste no meio dos atos executórios, no momento de execução.
- ARREPENDIMENTO EFICAZ Esgotou os atos executórios e ele mesmos impede o resultado e consumação. O próprio sujeito que começou os atos impede a consumação.
No art.15 o sujeito não responde por tentativa porque voluntariamente ele evita o resultado (Inversão do dolo) – ele pode alcançar a finalidade e não quer mais. No art.14 ele pode alcançar a finalidade e é impedido.
ART 16 – ARREPENDIMENTO POSTERIOR
Causa de diminuição de pena, voluntário. Limitado a crimes sem violência ou grave ameaça (ex.: não se aplica a roubo, homicídio, etc)
Arrependimento Posterior a consumação, crime completo. Crime consumado, mas não violento e pode ser reparado. Onde é possível retornar a situação anterior (restituir ou estabelecer o valor). Ex.: furto, apropriação indébita, estelionato. Esse arrependimento deve acontecer antes de iniciar o processo (antes do juiz receber denuncia ou queixa)
Denuncia: petição feita pelo promotor – Queixa: petição do advogado 
Inquérito – procedimento administrativo, não envolve o juiz, durante esse período é valido o arrependimento. 
ART. 17 – CRIME IMPOSSIVEL
Tipo de tentativa impunível. O crime não pode se consumar, o meio é um instrumento incapaz. Tem que ter 100% de chance de não acontecer (ineficácia absoluta do meio).
TIPICIDADE 
	Juízo de adequação de um fato da vida a norma penal. Total correspondência entre o fato e a norma (verificação do fato perante a norma) quanto tem todos elementos tipicidade positiva, quando não tem todos os elementos, tipicidade negativa.
- Tipicidade Positiva juízo – fato típico
CONDUTA + NEXO DE CAUSALIDADE + RESULTADO + TIPICIDADE POSITIVA = FATO TÍPICO
(FATO DA VIDA QUE SE ENCAIXOU NA NORMA)
TIPO PENAL – descrição em abstrato (todos os artigos do código)
ELEMENTAR – crime não existe sem o elementar (ação, verbo). Toda ação (verbo) é elementar, se tirar não existirá.
ILICITUDE
	Conceito mais amplo ao conjunto do ordenamento, comparação entre o que é proibido e autorizado.
A tipicidade é presunção de ilicitude se é típico está proibido (regra), mas tem exceção.
A ilicitude considera a análise teleológica do ordenamento 96% não tem, se ilícito não tem autorização específica para acontecer, portanto é crime (não tem autorização é crime)
Refere-se ao que o ordenamento NÃO PERMITE (PROIBE) em relação às condutas, em detrimento de autorização específicas.
Excludentes de Ilicitude – art 23, CP se couber nas 4 hipoteses não é proibido.
- Legítima Defesa norma
- Estado de necessidade norma – conflito bens jurídicos
- Estrito cumprimento do dever legal excludentes em aberto
- Exercício regular de direito excludente em branco – não está no código.
ART 24
ESTADO DE NECESSIDADE - PRÓPRIO para defender seu bem jurídico
- DE TERCEIRO quando se ver obrigado a pesar 2 bens jurídicos que não são de sua necessidade
Requisitos Objetivos
Conflitos entre bens jurídicos não foi ele quem gerou o conflito, ele não responde. Ex.: Naufrago (apenas um bote e só cabe um, para um se salvar outro tem que parecer, salva o bem vida dele não responderá pelo homicídio). Essa situação de perigo é típico, mas não ilícito.
Perigo estado de necessidade, onde precisa sobreviver. Os sujeitos não causaram a situação de perigo. Fato é típico, mas não ilícito. Ex.: Um incêndio na casa de alguém, deixa o bem jurídico patrimônio de lado para salvar o bem jurídico vida, desde que o sujeito não seja o causador do incêndio. Tem o fato típico (invasão, destruição do patrimônio) mas estão autorizado. Situação de perigoque está acontecendo (atual) ou para acontecer (iminente)
Involuntário\não doloso não pode ser o causador da situação de perigo (se for o culpado o ato será ilícito) Caso o perigo seja culposo pode alegar estado de necessidade. Situação limite onde não dar para salvar as duas coisas.
Inevitável não existe nada especificando qual bem era necessário salvar, mas existe uma razoabilidade onde sabe qual a situação limite e qual deve salvar. Não dá para exigir qual o bem deve salvar, um bem que qualquer pessoa na mesma situação teria escolhido.
Razoabilidade Salvar o bem jurídico mais importante naquela situação. Não é razoável alguém exigir o que deveria escolher.
§1◦ Garantidores legais (poder e dever agir – se não pode estado de necessidade) quando não há mais nada a fazer pode alegar estado de necessidade, mas se existe possibilidade não pode alegar estado de necessidade. O médico na maioria das vezes não está em perigo de vida. Já o bombeiro e policial está sempre em perigo, só poderá alegar estado de necessidade quando não poder fazer nada.
§2◦ Causa de diminuição de pena. O não garantidor pode responder pelo crime, mas com pena reduzida. Quando escolhe algo que não era razoável, na possibilidade de escolher, deverá escolher o bem mais razoável.
REQUISITO SUBJETIVO
Conhecer a situação de perigo ex. se entrou na casa sem saber do perigo, responde pela invasão. É preciso conhecer a situação.
ART. 25 – LEGÍTIMA DEFESA - PRÓPRIA\TERCEIROS Autorização para parar uma agressão, direito de reagir ao ataque, mas com limites.
Obs.: Não existe legítima defesa coletiva. Estado de necessidade salvar algo ou alguém de uma situação de perigo. Na legitima defesa é uma reação ao ataque humano.
REQUISITOS OBJETIVOS
Agressão conduta humana. Reagiu a um humano que o agrediu, sempre humana. Ex.: ataque provocado pelo cachorro (estado de necessidade), se um humano atiçou o animal (legítima defesa). Essa agressão partiu de alguém que provocou injustamente, mas quem responde é justo. Legitima defesa – responder uma agressão injusta de forma justa (repelindo algo injusto).
Atual ou iminente atual está acontecendo, iminente estar para acontecer dentro de uma situação temporal quase imediata. Basta que alguém esteja te agredindo para declarar legitima defesa.
Moderação é necessário para a agressão e não continuar agredindo. Não é autorização para continuar agredindo e se vingar, mas apenas para a agressão. Já que o agente responde pelo excesso doloso ou culposo (descontrole)
Meios Necessários aquele que é o último meio, se você pode parar a pessoa com um empurrão e dar um tiro, não usou o meio necessário. É autorizado a revidar, mas com moderação.
Dica: No enunciado da questão diz que se agiu em legitima defesa ou excesso doloso. Ex.: A pessoa no chão e mesmo assim mata com tiro nas costas (excesso doloso), se não tem outro meio (legitima defesa).
REQUISITO SUBJETIVO
Conhecer a agressão é necessário perceber a situação. Existe a opção de escolha.
ART. 20 LEGITIMA DEFESA PUTATIVA
§1◦ Descriminante Putativas – excludentes de licitudes falsas. Se o erro poderia acontecer por qualquer um, não responde pelo crime.
Erro justificado – hipótese do erro – se for justificado isento de pena, se não será culposo. Mas nunca será doloso. Erro evitável (culposo) – o erro exclui o dolo.
ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL Ordem judicial, apenas funcionários públicos
	Dever legal, dever instituído na lei. Funcionário publico, estando no cumprimento do seu dever legal. Fato típico autorizado. Ex. busca e apreensão de carro (não é furto, está no cumprimento do dever legal).
É uma obrigação, dever fazer ou será criminalizado por prevaricação. Ex.: Policial em troca de tiro, legitima defesa. A obrigação é prender, mas pode matar por legitima defesa. Em fuga não pode matar, apenas se tiver atirando. É, basicamente, fazer o que a lei manda.
EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO 
	Permissão. O direito permite, então não ilícito. Ex.: Prática esportiva (lesão corporal). De acordo com algumas regras. Lesão corporal dentro das regras está no exercício regular do direito. Esporte de contato muitas vezes acontece tipicidade, mas não é ilicito.
OFENDÍCULOS
	Proteções colocadas em residências para evitar invasões (ex. cerca elétrica). 
Ofendículos visíveis (caco de vidro, cerca, lanças) – não precisa de placa. Caso haja invasão o dono não responde (Legítima defesa pré ordenada ou exercício regular do direito) Qualquer coisa que aconteça com alguém por causa dos ofendículos o dono não responde. 
Ofendículos invisíveis – (ex. cachorro) necessário placa. Aviso para os desavisados, quando não é visível pois o proprietário pode responder por danos causados a inocentes.

Continue navegando