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Fases do Desenvolvimento Humano-Unidade 2

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Dialogando sobre os Ciclos do Desenvolvimento Humano
Unidade II 
Msc. Niamey Granhen Brandão da Costa
Psicóloga
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Ciclos ou Fases de Desenvolvimento
Pré-natal
1ª infância		
2ª Infância		
3ª Infância
Adolescência
O jovem adulto
Meia-idade
Terceira Idade
(períodos do ciclo da vida - Papalia e Olds – 2000)
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Vida Pré-Natal (concepção até o nascimento)
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Pré-natal (concepção até o nascimento)
Ocorre em 3 estágios: 
Germinativo (da fecundação até +- 2 semanas: o organismo se divide, torna-se mais complexo e é implantado na parede do útero);
Embrionário (2 a 8/12 semanas: desenvolvem-se rapidamente os órgãos e os principais sistemas corporais – respiratório, alimentar e nervoso);
Estágio fetal (8/12 semanas até o nascimento: o feto cresce rapidamente até cerca de 20 vezes seu comprimento anterior e os órgãos e sistemas corporais tornam-se mais complexos – desenvolvem-se os “toques de acabamento”: unhas dos pés, das mãos e pálpebras);
Formação da estrutura e órgãos corporais básicos;
O crescimento físico é o mais rápido de todos os períodos;
Grande vulnerabilidade às influências ambientais;
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	Fatores importantes que afetam a mãe e o feto
Nutrição;
Atividade física (exercícios moderados);
Ingestão de drogas (medicamentos, nicotina, álcool, cafeína, maconha, cocaína, opiáceos – morfina, heroína e codeína);
Enfermidades (AIDS, Rubéola, toxoplasmose, diabete, tuberculose, sífilis, gonorréia e herpes;
Idade materna;
Incompatibilidade de tipo sanguíneo;
Radiação;
Ameaças ambientais (poluição, violência, estresse, etc)
Os fatores ambientais que podem produzir defeitos congênitos são chamados de Teratogênicos.
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Anos Pré-escolares (3 a 6/7 anos) X Anos Escolares (7 a 10/11 anos)
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Anos Pré-escolares X Anos Escolares
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Anos Pré-escolares X Anos Escolares
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Anos Pré-escolares X Anos Escolares
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Primeira Infância (nascimento até 2/3 anos)
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Primeira Infância (nascimento até 2/3 anos)
Período neonatal: as primeiras 4 semanas de vida, os sistemas circulatório, respiratório, gastrintestinal e de regulação de temperatura do neonato tornam-se independentes da mãe;
O recém-nascido é dependente porém competente;
O crescimento físico e o desenvolvimento motor ocorrem segundo dois princípios: cefalocaudal – da cabeça para as partes inferiores e próximo-distal do centro do corpo para as partes externas;
O crescimento físico e o desenvolvimento das habilidades motoras são rápidos;
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Primeira Infância (cont.)
Estágio Sensório-motor de Piaget: os bebês aprendem sobre si mesmos e seu mundo por meio do desenvolvimento de sua própria atividade sensória e motora. Mudam de criaturas que respondem basicamente por reflexos e comportamento aleatório, para crianças orientadas por metas, que aprendem a organizar suas atividades em relação ao ambiente, coordenar informações que recebem dos sentidos e progredir da aprendizagem de tentativa e erro para o uso rudimentar de idéias para resolver problemas simples;
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Primeira Infância (cont.)
Capacidade de aprender e lembrar presente desde as primeiras semanas de vida;
Desenvolvimento da linguagem: neonato – fala pré-linguística (choro, arrulhos, balbucio e imitações de sons da língua), fala linguística (entre 16 e 24 meses de idade – explosão de nomes);
Compreensão e fala se desenvolvem rapidamente;
Desenvolvimento da autoconsciência por volta do 2º ano de vida;
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		Primeira Infância (cont.)
Desenvolvimento da auto-regulação (+- 3 anos), ou controle do seu comportamento para conformarem-se com as expectativas externas;
Desenvolvimento de padrões de apego, dependem do temperamento da criança e da qualidade da criação proporcionada pela mãe – formação de vínculos;
Ansiedade de separação e ansiedade ante estranhos podem aparecer durante a segunda metade do primeiro ano;
Egocentrismo.
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Habilidades motoras: o desenvolvimento do cérebro possibilita o desenvolvimento de habilidades motoras a partir de reflexos para ações voluntárias coordenadas, inclusive os atos de andar e agarrar. Ao nascer, os sentidos do olfato e da audição do bebê são bastantes aguçados;
A saúde da criança depende da nutrição (o ideal é o leite materno), da imunização e das atividades paternas. As taxas de sobrevivência são muito mais altas hoje do que eram apenas há apenas duas décadas atrás
Niamey Costa- psicóloga
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1ª Infância – domínio biossocial
Niamey Costa- psicóloga
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Habilidades de percepção: 
Os sentidos das crianças são ligados pela percepção intermodal e pela percepção transmodal, possibilitando que as informações sejam transferidas entre os sentidos. O movimento e as experiências sensoriais pessoais contribuem para a percepção de ofertas.
Niamey Costa- psicóloga
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1ª Infância – domínio cognitivo
Niamey Costa- psicóloga
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Habilidades Cognitivas: 
A capacidade de memória, embora frágil, cresce durante os primeiros anos. A criança progride através do conhecimento do seu mundo por meio de experiências sensorio motoras até ser capaz de “fazer experiências” nesse mundo através do emprego de imagens mentais.
Niamey Costa- psicóloga
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1ª Infância – domínio cognitivo
Niamey Costa- psicóloga
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Linguagem: 
O choro é a primeira forma de comunicação dos bebês; eles em seguida progridem mediante murmúrios e balbucios. Com 1 ano de idade, o bebê costuma falar uma ou duas palavras e aos 2 anos a criança já emite algumas frases curtas. 
Niamey Costa- psicóloga
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1ª Infância – domínio cognitivo
Niamey Costa- psicóloga
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Desenvolvimento das emoções e da personalidade: 
As crianças tornam-se cada vez mais independentes, uma transição explicada por Freud em termos das fase oral e anal, por Erickson em termos das crises de confiança e desconfiança e autonomia x vergonha e dúvida . Embora essas teorias enfatizem o papel dos pais, as pesquisas indicam que grande parte do temperamento básico – e portanto da personalidade - é inata e aparentemente perdura por toda a vida. 
Niamey Costa- psicóloga
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1ª Infância – domínio psicossocial
Niamey Costa- psicóloga
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Interação entre as crianças e os pais: 
Próximo ao final do primeiro ano, o vínculo de apego seguro entre a criança e os pais cria o ambiente para cada vez mais independente criação do mundo. A criança torna-se participante ativa dessa interação social, primeiro reagindo diretamente em relação aos outros e depois buscando opiniões por meio de referências sociais. 
Niamey Costa- psicóloga
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1ª Infância – domínio psicossocial
Niamey Costa- psicóloga
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Segunda Infância ou Anos Pré-Escolares(2/3 aos 6/7 anos)
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Segunda Infância ou Anos Pré-Escolares(2/3 aos 6/7 anos)
Crescimento físico aumenta mais lentamente que na 1ª infância;
Os sistemas muscular, nervoso, respiratório, circulatório e imunológico estão amadurecendo, e todos os dentes estão presentes;
Força e habilidades motoras simples e complexas aumentam;
Comportamento predominantemente egocêntrico, mas a compreensão da perspectiva dos outros aumenta;
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Segunda Infância (cont.)
A imaturidade cognitiva leva a muitas idéias ilógicas acerca do mundo, animismo; capacidade simbólica; atemporalidade; irreversibilidade do pensamento;
Estágio do pensamento pré-operacional de Piaget: podem compreender o conceito de identidade, estão começando a compreender relacionamentos causais, estão desenvolvendo proficiência na classificação e compreendem princípios de contagem e quantidade;
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Segunda Infância (cont.)
O brincar, a criatividade e a imaginação tornam-se mais elaborados;
Aumento do vocabulário, a gramática e a sintaxe se tornam mais sofisticadas;
Fala privada (tende a desaparecer por volta dos 10 anos), ajuda as crianças a adquirirem controle sobre suas ações;
Memória: capacidade de reconhecimento é melhor do que a recordação, mas ambos aumentam durante este ciclo;
Desenvolvimento da autodefinição;
Tipificação sexual;
Independência, autocontrole e cuidado próprio aumentam;
A Família ainda é o núcleo da vida, embora outras crianças comecem a se tornar importantes.
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2ª infância – domínio biossocial
Cérebro e Sistema Nervoso: 
O cérebro continua a se desenvolver , alcançando 90% do seu peso de adulto enquanto a criança tem aproximadamente 5 anos. A coordenação entre as duas metades e as diversas áreas do cérebro aumenta, possibilitando que a criança se instale e se concentre quando necessário e utilize as diferentes partes do corpo. 
As habilidades motoras grossas, como correr e saltar, melhoram significativamente. As habilidades motoras finas, como escrever e desenhar, desenvolvem-se mais devagar 
Niamey Costa- psicóloga
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Niamey Costa- psicóloga
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Habilidades cognitivas: 
As crianças começam a desenvolver o raciocínio abstrato, no qual elas levam em consideração as ideias e as emoções de outras pessoas. 
A interação social ajuda no processo cognitivo ao mesmo tempo , contudo, o pensamento das crianças pode ser inteiramente ilógico e egocêntrico. 
Niamey Costa- psicóloga
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2ª infância – domínio cognitivo
Niamey Costa- psicóloga
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Linguagem: 
As capacidades da linguagem se desenvolvem rapidamente ; aos 6 anos a criança conhece 10.000 palavras e demonstra extenso conhecimento gramatical; 
A educação pré-escolar ajuda as crianças a desenvolverem a linguagem e a se expressar em, bem como a se prepararem para a educação mais avançada e para a vida adulta. 
Niamey Costa- psicóloga
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2ª infância – domínio cognitivo
Niamey Costa- psicóloga
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Desenvolvimento das emoções e da personalidade: o autoconceito aparece, assim como a capacidade de controlar emoções. As crianças iniciam novas atividades, sobretudo se forem elogiadas por seu esforço. 
Brincadeiras: a medida que suas habilidades sociais e cognitivas se desenvolvem, as crianças participam de tipos de atividades cada vez mais complexas e imaginativas, às vezes sozinhas , mas cada vez mais com outras crianças. 
Niamey Costa- psicóloga
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2ª infância – domínio psicossocial
Niamey Costa- psicóloga
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Interação entre pais e filhos: alguns tipos de parentalidade são mais eficazes do que outras na estimulação da criança para desenvolver autonomia e autocontrole.
Os estilos de parentalidade são influenciados por padrões culturais e comunitários, pela situação econômica, pelo nível de instrução e pela personalidade dos pais, e pelas características da criança.
Papéis de gênero: cada vez mais, as crianças desenvolvem conceitos estereotipados acerca das diferenças sexuais na aparência e das diferenças sexuais na aparência e das diferenças de gênero no comportamento. 
Niamey Costa- psicóloga
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2ª infância – domínio psicossocial
Niamey Costa- psicóloga
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Terceira Infância (6/7 aos 10/11anos)
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Terceira Infância ou Anos Escolares (6/7 aos 11/12anos)
É considerado um período relativamente saudável em termos de saúde e segurança;
Crescimento físico diminui;
Aperfeiçoamento da visão;
Maior desenvolvimento de competências em todos os campos;
Força e habilidades físicas se aperfeiçoam;
O aperfeiçoamento do desenvolvimento motor permite que as crianças neste ciclo participem de uma gama mais ampla de atividades motoras e se envolvam em jogos com regras;
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Terceira Infância (cont.)
Período das Operações Concretas de Piaget: pode usar o pensamento para resolver problemas; descentração gradativa do egocentrismo; maior proficiência nas tarefas que requerem pensamento lógico, como conservação, classificação, trabalho com números e distinção entre fantasia e realidade;
Reversibilidade do pensamento;
Grandes avanços no pensamento lógico e criativo, embora predominantemente concreto;
Aumento da memória, porque o tempo de processamento de informações diminui, a capacidade de atenção e a memória de curto prazo aumentam, e as crianças se tornam mais aptas no uso de estratégias mnemônicas, tais como os recursos externos, o ensaio, a organização e a elaboração; 
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Terceira Infância (cont.)
As habilidades de linguagem aumentam com a compreensão de sintaxe cada vez mais complexa, a compreensão dos processos de comunicação se aperfeiçoam;
Desenvolvimento do autoconceito e da auto-imagem, afetando a auto-estima a qual depende tanto do quão competentes as crianças acham que são quanto do apoio social que elas recebem;
Tendência a independização;
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Terceira Infância (cont.)
Ocorre o desenvolvimento moral para Piaget em dois estágios: moralidade de restrição – rigidez moral e moralidade da cooperação – flexibilidade moral;
Os amigos assumem importância fundamental apesar da família ainda ser muito relevante (grupos de pares com idade, sexo, etnia e condição sócio-econômica semelhante);
Problemas emocionais e de comportamento tem aumentado, sendo os transtornos mais comuns: de ansiedade de separação(Ex: fobia escolar), o comportamento de representação (acting out) e a depressão infantil.
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3ª infância – domínio biossocial
Crescimento e habilidades: 
A maior força e a capacidade pulmonar ampliada dão às crianças resistência para melhorar seu desempenho em habilidades como nadar e correr. O crescimento mais lento contribui para o maior controle do corpo da criança e para que esta possa exercitar sua capacidade de coordenação e de equilíbrio em desenvolvimento. As habilidades específicas que elas dominam dependem bastante da cultura, do gênero e das aptidões herdadas. 
Niamey Costa- psicóloga
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Niamey Costa- psicóloga
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Linguagem: a crescente capacidade que as crianças têm de compreender as estruturas e as possibilidades da linguagem possibilita que elas ampliem a extensão de seus poderes cognitivos e se tornem mais analíticas na utilização do vocabulário; 
Necessidades especiais: crianças que apresentam necessidades de aprendizagem especial pode ter origem em padrões cerebrais mas que expressa em problemas educacionais. O reconhecimento precoce, a educação dirigida e o apoio psicológico ajudam todas as crianças, desde as que sofrem de autismo à forma branda de um distúrbio específico da aprendizagem. 
Niamey Costa- psicóloga
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3ª infância – domínio biossocial
Niamey Costa- psicóloga
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Raciocínio: por volta dos 7 ou 8 anos, as crianças também desenvolvem a capacidade de compreender princípios lógicos, inclusive os conceitos de identidade, reciprocidade e reversibilidade; 
 Educação: o bom êxito na aprendizagem de uma criança depende do tempo alocado a cada tarefa, de específicas instruções dirigidas dos professores, dos pais e dos valores da cultura de um modo geral.
Niamey Costa- psicóloga
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3ª infância – domínio cognitivo
Niamey Costa- psicóloga
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As crianças em idade escolar começam a conhecer a si mesma e aos outros, bem como o que está correto em suas relações com as outras pessoas. O grupo de colegas torna-se importante à medida que a criança fica menos dependente de seus pais e mais dependente dos amigos em termos de ajuda, lealdade e compartilhamento de interesses mútuos; 
Pais e problemas: Durante esses anos as famílias precisam entender às necessidades básicas, estimular aprendizagem, desenvolver a auto-estima, cultivar as amizades e proporcionar harmonia e estabilidade. 
Niamey Costa- psicóloga
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3ª infância – domínio psicossocial
Niamey Costa- psicóloga
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Adolescência
As mudanças físicas são rápidas e profundas;
Evolução sexual manifesta;
Capacidade de pensar abstratamente e usar o pensamento científico;
Busca da identidade;
Tendência grupal;
Necessidade de intelectualizar e fantasiar;
Deslocalização temporal;
Atitude social reivindicatória;
Contradições sucessivas;
Flutuações do humor;
O egocentrismo persiste em alguns comportamentos;
Grupos de amigos ajudam a desenvolver e testar a auto-imagem;
Separação progressiva dos pais.
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O Jovem Adulto (20 aos 40 anos)
Habilidades cognitivas assumem maior complexidade;
Maior
precisão e destreza motora;
Maior vitalidade física;
Tomada de decisões pessoais e profissionais;
Relacionamento afetivo-sexual;
Maior autonomia e responsabilidade.
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A Meia Idade (40 a 65 anos)
Ocorre certa deterioração da saúde física,declínio da resistência e perícia;
Capacidade de resolução de problemas práticos acentuada;
Dupla responsabilidade de cuidar dos filhos e dos pais idosos = estresse;
Síndrome do “ninho vazio”;
Crise da meia-idade.
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Terceira Idade ou Velhice (65 anos em diante)
Certo declínio da saúde e da capacidade física;
Retardamento do tempo de reação, afetando muitos aspectos do funcionamento;
Deterioração da memória;
Vivência de perdas;
Sentimento de perda;
Iminência da morte.
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Dizem que desenvolver
É sinônimo de crescer!
Mas na verdade é também:
Amadurecer,
Conhecer,
Florescer,
Saber...
Um movimento constante,
A caminho do aprender!!!
(Niamey Costa)
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Bibliografia
BERGER,K.S. O desenvolvimento da pessoa da infância à terceira idade. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2003.
COLL, C; PALÁCIOS, J; MARCHESI, A Desenvolvimento psicológico e educação. Psicologia evolutiva. 2 ed. v.I Porto Alegre: Artmed, 2004.
PAPALIA, D. E. e OLDS, S. W. Desenvolvimento Humano. 7 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
TELES, M. L. S. Psicodinâmica do Desenvolvimento Humano: uma introdução à psicologia da educação. 9 ed. rev. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

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