Buscar

Conceitos básicos de Norma Jurídica

Prévia do material em texto

*
Prof. Dr. João Martins Bertaso
URI/SAN
*
Por que é que uma norma vale, e o que constitui seu fundamento de validade?
NJ provém de uma autoridade (alguém que tem capacidade ou competência p/ estabelecer normas válidas);
A competência se apóia sobre uma norma (não sobre pessoas) que confere poder p/ fixar normas;
Norma sujeita tanto à autoridade (competente) quanto aos indivíduos que, também devem obediência às normas fixadas.
O fundamento de validade de uma norma somente pode ser a validade de uma outra norma, uma norma superior.
*
Direito Natural
No direito natural deveríamos obedecer aos comandos da natureza (enquanto vontade de Deus / suposição metafísica, ou como decorrente da interpretação de uma lógica da natureza)
*
			No Direito Positivo
.
Normas são válidas se surgirem de um ato produtor de normas, que atribui poderes a uma autoridade legislativa.
Um sistema fundado sobre uma N F
Qual Norma?
Sempre que uma autoridade (parlamento) estabelecer normas, e essas normas forem obedecidas, estamos diante de uma NF
 
*
	Uma norma é pressuposta sempre que o sentido subjetivo dos fatos geradores de normas postas de conformidade com a Constituição é interpretado como seu sentido objetivo
	
Não se liga por conteúdo, é um ato da razão. 
	
	
Devemos conduzir-nos como a Constituição prescreve (é conteúdo de um ato de pensamento)
*
	O Direito é uma ordem normativa de conduta humana, conjunto de normas que regulam o comportamento humano.
	
	Normas se dirigem à conduta humana quando prescrevem (comandam), permitem, conferem o poder de a realizar, e, especialmente, quando dão a alguém o poder de estabelecer novas normas. 
*
	O critério de Direito: H. Kelsen
	O descumprimento de uma norma religiosa dá ensejo a uma punição transcendental, ou seja, relativa a um ser divino, sobre humano. 
	Já a norma jurídica se apresenta como uma técnica social específica que apresenta uma sanção socialmente organizada, ou seja, é "(...)uma técnica social que consiste em obter a conduta social desejada dos homens através da ameaça de uma medida de coerção a ser aplicada em caso de conduta contrária.”
*
	Só a norma jurídica pode usar de uma medida de coação para fazer valer seus preceitos. 
	
	Ordem coercitiva: a norma jurídica está inserida em uma ordem coercitiva, de modo que a sanção é aplicada por um agente da sociedade, se necessário com o emprego de força física.
	
*
	Não é a força que dá o caráter de norma jurídica a uma norma, mas a possibilidade do emprego de sanção coercitiva, a força em potência. 
	
	O que caracteriza a norma como jurídica é a ameaça de coação socialmente organizada em caso de descumprimento das normas.
*
Ex: alguém sofre uma execução por enforcamento: o ato só é jurídico se estatuído por ordem jurídica válida (uma sentença)
Sentença é lei individual (devendo ser) e é válida por que pertence a uma ordem jurídica válida, e deve ser aplicada.
A aplicação da lei penal que contém uma norma geral por força da qual, no caso, deve se aplicar à pena de morte.
E qual o fundamento de validade dessa lei? 
A lei penal vale porque foi ditada pelo Parlamento, e que recebeu da constituição o poder de fixar normas gerais.
E qual o fundamento de validade da Constituição, que funda a validade de todas as normas gerais de onde decorrem as individuais? 
*
	Qual o fundamento de validade das normas que regulam através de que órgãos e de que processo as normas devem ser criadas?
	De uma constituição anterior ou de uma constituinte, que surgiu da constituição de um fato produtor de normas: da NF. 
	Ou seja, seguiu a regra que determina como devem ser criadas normas do Direito Positivo.
	
O fundamento de validade não se destilou do conteúdo de uma norma constitucional e nem de uma constituinte.
*
A N F é uma norma pensada, como pressuposto de uma ordem jurídica coercitiva, eficaz e válida.
Quando pressupomos que nos devemos conduzir de acordo com a Constituição concretamente determinada, é que podemos interpretar o sentido subjetivo do ato constituinte e dos atos constitucionalmente postos como sendo seu sentido objetivo.
É conhecimento: condição sob o qual o sentido subjetivo do ato constituinte e dos atos postos de acordo com a Constituição, podem ser pensados como o seu sentido objetivo: como normas válidas.
Se não fosse assim, o Direito seria força pura (bruta).
A Constituição é eficaz se as normas postas em conformidade com ela são, globalmente e em regra, aplicadas e observadas.
*
	
	Proposições: descrevem:
	conhecer é ato da razão
	Normas: prescrevem: querer é ato de vontade
	Estabelecer normas é ato de vontade, é razão prática, razão legisladora: querer é ato de vontade sobre condutas humanas
	A função da razão é conhecer e não querer.
*
	QUANTO A HIERARQUIA a) Normas Constitucionais: são normas que dão base de criação as demais normas, bem como, tem o poder de revogá-las. 
	b) Normas Ordinárias: compreendem as leis em geral, leis complementares, medidas provisórias, etc. 
	c) Normas Regulamentares: são as normas constantes dos decretos. 
	d) Normas Individualizadas: são as normas que estão referentes aos testamentos, sentenças judiciais, contratos, etc. 
*

Continue navegando