Buscar

(Administração - parte 2)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Administração e Organizações 
parte 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO ROBERTO LO TURCO MARTINEZ 
 
 
 
Uberaba 
2013 
 
 
 
SUMÁRIO 
CAPÍTULO 3 – NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE BÁSICA (OU FINANCEIRA) ....................... 3 
DEFINIÇÃO .................................................................................................................................................................. 3 
ESCRITURAÇÃO ............................................................................................................................................................ 3 
DEMONSTRAÇÕES ........................................................................................................................................................ 4 
CAPÍTULO 4 – TERMINOLOGIA DE CUSTOS E PRINCÍIOS CONTÁBEIS ............................................ 6 
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS.................................................................................................................................................. 6 
TERMINOLOGIA DE CUSTOS ............................................................................................................................................ 6 
CAPÍTULO 5 – CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS ............................................................................................ 9 
CUSTO DE PRODUÇÃO NO PERÍODO, CUSTO DA PRODUÇÃO ACABADA E CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS. .................................. 9 
CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS. ....................................................................................................................................... 9 
CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS. ......................................................................................................................................... 10 
CAPÍTULO 6- MÉTODOS DE CUSTEIO .......................................................................................................11 
CUSTEIO POR ABSORÇÃO ............................................................................................................................................. 11 
CUSTEIO VARIÁVEL (OU DIRETO) ................................................................................................................................... 12 
Margem de Contribuição, Ponto de Equilíbrio (contábil, econômico e financeiro) e Margem de Segurança. . 14 
CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES (ABC) ...................................................................................................................... 14 
TARGET COSTING (CUSTEIO ALVO) ................................................................................................................................. 15 
CUSTO PADRÃO ......................................................................................................................................................... 15 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 3 – NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE 
BÁSICA (OU FINANCEIRA) 
O objetivo deste capítulo é entender o que é a contabilidade, para que ela serve e suas 
principais técnicas e demonstrações. 
Definição 
Segundo Neves e Paulo (2009), a contabilidade á uma ciência que tem como objetivo o 
controle do patrimônio (função administrativa) e a apuração do resultado (função econômica). 
O patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa jurídica 
ou a uma entidade e pode ser dividido em três partes: o ativo (parte positiva composta de bens e 
direitos), o passivo (parte negativa, composta de obrigações com terceiros) e o patrimônio líquido 
que é a diferença entre o passivo e o ativo que representa a riqueza líquida da entidade que pertence 
ao proprietário (Neves & Paulo, 2009). 
Uma das principais equações da contabilidade é a que determina que Ativo = Passivo 
(sendo o passivo amplo = passivo + patrimônio líquido). 
 
Escrituração 
A contabilidade adota o método das partidas dobradas para registrar suas operações. Este 
método tem como pressuposto que cada crédito em uma ou mais contas tem um débito 
correspondente em uma ou mais contas ou vice-versa. 
Sendo o crédito igual à origem do recurso e o débito igual ao destino dos recursos, temos 
que não há origem sem destino, ou seja, não há crédito sem o respectivo débito (Neves & Paulo, 
2009). 
As contas representam registros de débitos e créditos da mesma natureza ou espécie, 
identificadas por nomes (títulos) que qualificam elementos patrimoniais como bens, direitos, 
obrigações, patrimônio líquido, receitas e despesas (Neves & Paulo, 2009). 
Após o registro de uma transação contábil no livro diário ela pode ser transcrita para o livro 
razão utilizando-se de razonetes. Os razonetes são contas em forma de “T” nas quais, por 
convenção, os débitos são registrados do lado esquerdo e os créditos do lado direito. 
Um exemplo seria uma empresa que está iniciando suas atividades e os sócios fazem uma 
integralização de capital no valor de R$ 100.000,00. 
 
 
Repare que a conta “capital social” (capital dos sócios) foi a origem do recurso, sendo 
creditada e que a conta “caixa” recebeu este dinheiro, foi o destino, portanto, será debitada. 
Vejamos esta operação nas razonetes: 
D C D C 
CAPITAL SOCIAL CAIXA 
 R$ 100.000,00 R$ 100.000,00 
 
 
Assim, todas as transações contábeis são registradas para que, no fim do período, possam ser 
geradas as Demonstrações Contábeis, sendo as principais a Demonstração do Resultado do 
Exercício (DRE) e o Balanço Patrimonial (BP). 
 
Demonstrações 
A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) tem como finalidade demonstrar o 
desempenho da entidade para um determinado período (demonstração dinâmica), verificando quais 
foram as receitas, os custos associados a estas receitas e as despesas no período. Tudo isso para 
apuração do lucro. Abaixo temos um exemplo simplificado de DRE: 
 
CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA
LUCRO BRUTO
17.000,00-R$ 
LUCRO OPERACIONAL 13.000,00R$ 
OUTRAS
TOTAL DESPESAS
80.000,00R$ 
10.000,00-R$ 
5.000,00-R$ 
2.000,00-R$ 
SALÁRIO
ALUGUEL
RECEITA
 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
Exercício findo em 31 de Dezembro de 2012
DESPESAS
50.000,00-R$ 
30.000,00R$ 
 
O Balanço Patrimonial é uma demonstração da situação patrimonial da empresa, envolvendo 
os ativos, passivos e patrimônio líquido para um período específico. Lembrando que, no final do 
balanço, o total de ativos tem que ser igual ao total de passivos. Abaixo temos um exemplo 
simplificado de BP: 
 
 
113.000,00R$ FORNECEDORES 25.000,00R$ 
R$ 0,00 Passivo Circulante 25.000,00R$ 
113.000,00R$ 
Passivo não Circulante 0
25.000,00R$ 
25.000,00R$ CAPITAL SOCIAL 100.000,00R$ 
RESERVA DE LUCROS 13.000,00R$ 
Patrimônio Líquido 113.000,00R$ 
138.000,00R$ Passivo Total 138.000,00R$ 
EMPRESA X
BALANÇO PATRIMONIAL
Exercício findo em 31 de Dezembro de 2012
CAIXA
ESTOQUE
Ativo Não Circulante
Ativo Total
Ativo Circulante
MÓVEIS E UTENSÍLIOS
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 4 – TERMINOLOGIA DE CUSTOS E PRINCÍIOS 
CONTÁBEIS 
O objetivo deste capítulo é compreender as diferentes terminologias utilizadas na 
contabilidade de custos e os princípios gerais da contabilidade que norteiam a contabilidade de 
custos. Por exemplo, quando uma empresa fabrica um produto ela tem um gasto, umcusto, uma 
despesa ou um desembolso, ou será que ela está investindo? Vamos verificar... 
Princípios Contábeis 
A contabilidade de custos segue as bases da contabilidade financeira tradicional, assim, 
conhecer os princípios norteadores da contabilidade nos ajudam a entender melhor algumas 
considerações e aplicações (Quadro 1). 
Princípio da Competência ou da Confrontação 
entre Despesas e Receitas 
Após o reconhecimento da receita, deduzem-se 
dela todos os valores representativos dos 
esforços para a sua consecução. 
Princípio do Custo Histórico como Base de 
Valor 
Os ativos são registrados contabilmente pelo por 
seu valor original de entrada, ou seja, histórico. 
Princípio Consistência ou Uniformidade 
Quando existem diversas alternativas para o 
registro contábil de um mesmo evento, todas 
válidas dentro de princípios geralmente aceitos, 
a empresa deve adotar uma delas de forma 
consistente. Isto significa que a alternativa 
adotada deve ser utilizada sempre, não podendo 
a entidade mudar o critério em cada período. 
Princípio do Conservadorismo ou Prudência 
Quase que uma regra comportamental, o 
Conservadorismo obriga a adoção de um 
espírito de precaução por parte do contador. 
Princípio da Materialidade ou Relevância 
Desobrigam de um tratamento mais rigoroso 
aqueles itens cujo valor monetário é pequeno 
dentro dos gastos totais. 
Quadro 1 Quadro comparativo de alguns termos utilizados na contabilidade de custos. 
Fonte: adaptado de Martins (2006) 
 
 
Terminologia de Custos 
Muitas vezes, na linguagem empresarial cotidiana misturamos alguns termos quanto o 
assunto é custo. Porém, é necessário entender que, para a linguagem da contabilidade de custos as 
seguintes definições devem ser respeitadas (Quadro2): 
Gasto 
Compra de um produto ou serviços qualquer, que gera sacrifício financeiro 
para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado pela entrega ou 
promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). 
Desembolso Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço. 
 
 
Investimento Gasto ativado em função da sua vida útil ou benefícios atribuíveis a futuros períodos. 
Custo Gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou 
serviços. 
Despesa Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de 
receitas. 
Perda Bem ou serviço consumido de forma anormal ou involuntariamente. 
Quadro 2 Quadro comparativo de alguns termos utilizados na contabilidade de custos. 
Fonte: adaptado de Martins (2006) 
 
O fluxograma abaixo (Figura 1) ajuda a entender melhor como este processo funciona. 
Repare que, sendo o gasto um sacrifício financeiro gerado pela compra, este pode ser pago de 
imediato gerando um desembolso ou pode ser postergado gerando uma promessa de pagamento 
futura. Se o gasto tiver seus benefícios atribuídos a futuros períodos ele se torna um investimento, 
então, é necessário saber se ele foi utilizado na fabricação de algum produto ou execução de algum 
serviço, se sim, vira custo. Assim, quando existe a realização da receita, ou seja, a transferência de 
bens ou serviços para terceiros, o custo se transforma em despesa (que é um bem ou serviço 
consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas(Martins, 2006)) por meio do custo 
do produto vendido1 e o gasto responsável por gerar aquela receita também se transformará em 
despesa. 
 
 
1
 Pode parecer estranho uma despesa chamada de custo de produto (ou mercadoria) vendida, porém, teoricamente é 
isso que acontece. 
 
 
 
Figura 1 Fluxograma de transformação de gastos em despesas. 
Fonte: do autor com base nos conceitos adaptados de Martins (2006) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 5 – CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS 
O objetivo deste capítulo é conhecer e entender as diversas classificações de custos. Uma 
vez que já entendemos que o custo tem ligação direta com a produção de um bem ou execução de 
um serviço, vamos agora conhecer quais são as formas de classificá-lo de acordo com suas 
características e posteriormente de acordo com a sua função no custeio de produtos ou serviços. 
 
Custo de Produção no período, Custo da Produção Acabada e Custo dos Produtos 
Vendidos. 
Como vimos no capítulo anterior, uma vez que ocorre a realização da receita, ocorre a 
confrontação com as despesas, dentre as quais, as diretamente envolvidas com a produção de um 
produto ou execução de um serviço, nominadas de custo do produto vendido, sendo assim, a 
definição deste tipo de custo é “a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que 
só agora estão sendo vendidos”(Martins, 2006). 
Porém, mesmo não tendo vendido o produto, a fábrica pode ter tido custos dentro daquele 
período que não resultaram ainda em receita. Assim, o custo de produção no período é “a soma dos 
custos incorridos no período dentro da fábrica”(Martins, 2006). 
Também existe a situação na qual os custos gerados neste período ou em períodos anteriores 
resultantes da fabricação parcial da mercadoria. Deste modo, o custo de produção acabada é a 
soma dos custos contidos na produção acabada do período. Podem conter custos de produção 
também de períodos anteriores existentes em unidades que só foram completas no presente 
período(Martins, 2006). 
 
Custos Diretos e Indiretos. 
Uma das classificações mais importantes de custo é a que separa os custos que podem ser 
atribuídos diretamente aos produtos fabricados ou serviços executados e os custos que não 
conseguimos atribuir diretamente a um produto ou serviço, porque ou são difíceis de mensurar ou 
compartilham da produção de mais de um produto o que nos obriga a estipular um critério de rateio. 
Esta classificação de custo é importante, pois é a base do sistema de custeio por absorção 
(que será visto no próximo capítulo), que é o método de custeio aceito para fins fiscais. 
Então, podemos definir esta divisão de custos da seguinte forma: 
 
 
Custos diretos são aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos, bastando 
haver uma unidade de consumo(Martins, 2006). 
Custos indiretos são aqueles que não oferecem condição de medida objetiva e qualquer 
tentativa de alocação tem que ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária(Martins, 
2006). 
 
Custos Fixos e Variáveis. 
Esta classificação também é muito importante, em termos gerenciais, pois dá base para a 
realização de diversos métodos de custeio, principalmente o custeio variável (ou direto). 
Independente de uma fábrica estar produzindo ou não ela tem alguns custos que são fixos, a 
exemplo dos custos de aluguel da fábrica, de salários de funcionários etc. Porém, se não estiver 
produzindo, deixa de ter outros tipos de custo que variam de acordo com a produção, como os 
custos com matéria prima. Assim: 
Custos Variáveis são aqueles que variam diretamente com o volume de produção(Martins, 
2006). 
Custos Fixos são aqueles custos que se mantem estáveis independente do volume 
produzido(Martins, 2006) (note que os custos fixos podem mudar de um período para outro, ou seja, 
sofrer variação, porém, sua característica principal é não variar em função do volume de produção). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 6- MÉTODOS DE CUSTEIO 
O objetivo deste capítulo é apresentar e entender os principais métodos utilizados para 
custear um produto ou serviço. Uma vez que, no capítulo anterior, aprendemos a classificar os 
custos, agora, aprenderemos como combinar e dividir estes custos por meio daquelas classificações 
para definir o custo de um produto ou serviço. 
Custeio por Absorção 
Vimos no capítulo anterior o que é o custo indireto, ou seja, aquele custo que não se 
consegueapropriar diretamente a um produto ou serviço. Este tipo de custo é um problema para a 
gestão de custos, uma vez que, fica difícil saber exatamente o quanto cada produto “absorveu” deste 
custo indireto no momento da apuração do custo total do produto. 
Assim, o custeio por absorção é um método de custeio que atribuí os custos diretos 
diretamente ao produto e trabalha indicadores de distribuição dos custos indiretos, ou seja, tenta 
criar critérios por meio dos quais os custos indiretos devem ser distribuídos e absorvidos para cada 
produto ou serviço. 
Um exemplo seria uma fábrica de roupas que possuí dois diferentes produtos: camisas (1000 
unidades produzidas e vendidas por mês�preço R$15,00) e bermudas (800 unidades produzidas e 
vendidas por mês�preço R$15,00). Sabe-se que a camisa tem um custo de matéria-prima de 
R$5,00 e a bermuda de R$ 4,50. A matéria prima pode ser facilmente atribuída para cada produto, 
por isso, é um custo direto. A mão de obra (quatro funcionários, R$4.800,00), a energia elétrica 
(R$1.600,00) e o aluguel da fábrica (R$3.000,00) são custos indiretos. As despesas somam 
R$6.000,00. 
Repare que os custos indiretos somam R$9.400,00. Como fazer a divisão destes custos para 
cada produto? Poderíamos usar um critério para cada tipo de custo indireto, por exemplo, a mão de 
obra seria rateada de acordo com o tempo de trabalho gasto para produzir cada tipo peça. A energia 
elétrica seria rateada de acordo com a quantidade produzida de cada tipo de peça e o aluguel da 
fábrica seria rateado igualmente para os dois tipos de peça. Observe que os critérios de rateio destes 
custos indiretos foram determinados de modo subjetivo, podendo outros critérios terem sido 
adotados. Assim, teríamos: 
 
 
 
 
Tabela 1 Rateio dos Custos Indiretos no custeio por absorção 
 Produtos Custos Indiretos 
Custos Indiretos rateados de 
acordo com os critérios 
Produtos 
Critério Camisa Bermuda Total Camisa Bermuda 
Horas 
trabalhadas 300 h 340 h 
Mão de 
obra R$4.800,00 R$2.250,00 R$2.550,00 
Quantidade 
Produzida 
1000 
unidades 800 unidades Energia R$1.600,00 R$888,89 R$711,11 
Aluguel 50% 50% Aluguel R$3.000,00 R$1.500,00 R$1.500,00 
 
Custos Indiretos por tipo de peça R$4.638,89 R$4.761,11 
Quantidade produzida 1.000 800 
Custo Indireto Unitário R$4,64 R$5,95 
Fonte: do autor 
 
Assim, cada camiseta tem um custo de produção de R$ 9,64 (R$5,00 de custo direto e 
R$4,64 de custo indireto) e cada bermuda tem um custo de produção de R$ 10,45 (R$4,50 de custo 
direto e R$5,95 de custo indireto). Então o lucro bruto unitário é de R$ 5,36 para a camisa e de R$ 
4,55 para a bermuda. 
Então uma demonstração de resultado do exercício (DRE) ficaria assim organizada para o 
custeio por absorção: 
Tabela 2 DRE básico para o método de custeio por absorção 
Vendas R$ 27.000,00 
- Custo do produto vendido R$ 18.000,00 
= Lucro Bruto R$ 9.000,00 
- Despesas (administrativas, de vendas e 
financeiras) 
R$ 6.000,00 
=Lucro Operacional R$ 3.000,00 
Fonte: do autor 
 
Custeio Variável (ou direto) 
Se o custeio por absorção tenta resolver o problema dos custos indiretos por meio da criação 
de critérios de distribuição, o custeio variável (ou direto) tenta eliminar o problema na raiz, ou seja, 
apropriar ao custo dos produtos ou serviços apenas os custos que variam de acordo com o volume 
produzido (custos variáveis), tratando os outros custos (custos fixos) como despesas que 
posteriormente deverão ser “quitadas” pelo conjunto das diferenças resultantes entre o preço de 
venda do produto e seu custo variável: a margem de contribuição. O custeio variável parte do 
pressuposto que, por natureza, os custos variáveis são todos custos diretos, porém algumas vezes 
pode ser muito trabalhoso a medição e atribuição direta destes custos, sendo então tratados como 
custos variáveis indiretos. 
 
 
Assim, para este tipo de custeio teríamos os custos (diretos) variáveis, os custos indiretos 
variáveis e os custos indiretos fixos. Os custos variáveis indiretos podem ter duas soluções de 
alocação: ou ser alocados em função da quantidade produzida aos custos variáveis totais ou ser 
alocado como custo indireto fixo. 
Com isso, tanto os custos diretos quanto os custos indiretos seriam resumidos em custos 
variáveis e custos fixos. Os custos fixos são então tratados como trataríamos as despesas no custeio 
por absorção, ou seja, não compõe o custo do produto e são lançadas diretamente no resultado. 
Lembrando o exemplo dado para o custeio por absorção: 
“Uma fábrica de roupas que possuí dois diferentes produtos: camisas (1000 unidades 
produzidas e vendidas por mês�preço R$15,00) e bermudas (800 unidades produzidas e vendidas 
por mês�preço R$15,00). Sabe-se que a camisa tem um custo de matéria-prima de R$5,00 e a 
bermuda de R$ 4,50. A matéria prima pode ser facilmente atribuída para cada produto, por isso, é 
um custo direto. A mão de obra (quatro funcionários, R$4.800,00), a energia elétrica (R$1.600,00) e 
o aluguel da fábrica (R$3.000,00) são custos indiretos. As despesas fixas somam R$4.000,00. 
Este exemplo no método de custeio variável: 
 Produtos 
 Camisa Bermuda 
Preço de Venda R$15,00 R$15,00 
Custo variável Unitário R$5,00 R$4,50 
Despesa variável Unitária R$1,00 R$1,25 
Margem de Contribuição 
Unitária R$9,00 R$9,25 
 
 Então, uma demonstração de resultado do exercício (DRE) ficaria assim organizada para o 
custeio variável: 
Tabela 3 DRE básico para o método de custeio variável 
Vendas R$ 27.000,00 
- Custo do Produto Vendido (custos 
variáveis) 
R$ 8.600,00 
- Despesas Variáveis R$ 2.000,00 
= Margem de contribuição R$ 16.400,00 
- Custos Fixos R$ 9.400,00 
- Despesas Fixas R$ 4.000,00 
=Lucro Operacional R$ 3.000,00 
Fonte: do autor 
 
 
 
 
Margem de Contribuição, Ponto de Equilíbrio (contábil, econômico e financeiro) e Margem 
de Segurança. 
Margem de contribuição (MC) é a diferença entre o preço de venda e o custo variável de 
cada produto(Martins, 2006), ou seja, MC = Preço de Venda – Custo Variável Unitário (MC=P-
CVu). Neste sentido o “custo variável unitário” é composto não só do “custo variável unitário” 
(relacionado com a produção), mas também da “despesa variável unitária”. Ponto de equilíbrio é o 
ponto que iguala os custos e despesas totais com as receitas totais, ou seja, é o ponto em que não se 
tem nem lucro, nem prejuízo (Martins, 2006). Pode ser de três tipos: 
Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC)– é o ponto de equilíbrio encontrado quando da divisão 
dos custos fixos (CF) muitas vezes denominados CDF (custos e despesas fixas) pela margem de 
contribuição (Preço de Venda – Custo Variável Unitário), então, 
 PEC =
��
��	
��	��	����	����çã�
 
Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE) – é o ponto de equilíbrio semelhante ao contábil, 
porém, com a diferença que o PEE adiciona nos CFs o valor do custo oportunidade ou custo do 
capital próprio, ou seja, leva em consideração uma remuneração mínima exigida em comparação 
com alternativas de investimento no mercado. 
Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF) – é o ponto de equilíbrio semelhante ao contábil, 
porém, com a diferença que o PEF subtrai dos CFs os valores que não foram desembolsados na 
realidade, como por exemplo, as depreciações. 
Assim, a Margem de Segurança da empresa serão aqueles valores que estiverem acima do 
ponto de equilíbrio. 
Custeio Baseado em Atividades (ABC) 
O ABC é um método de custeio que visa amenizar os erros cometidos no custeio por 
absorção quando do rateio dos custos indiretos. Para isso, o método divide a empresa em unidades 
de atividades, ou seja, menores unidades de processamento da empresa. 
Uma vez que as atividades foram estabelecidas, pelo método ABC, devemos ratear os custos 
indiretos de acordo com o consumo de cada atividade por meio dos direcionadoresde custos de 
recursos. Assim, em um primeiro momento iremos custear as atividades. Posteriormente, temos que 
verificar o quanto cada produto consome de cada atividade por meio dos direcionadores de custos 
de atividades. 
 
 
Assim, o custeio ABC ajuda a minimizar o problema do rateio, além de ser uma ferramenta 
de análise de processo e valor. 
Target Costing (custeio alvo) 
O custeio alvo ou custeio meta não é exatamente uma metodologia de custeio em si, na 
verdade o custeio alvo é uma filosofia ou método de redução de custos, uma vez que ele visa não 
calcular o custo de um produto ou serviço, mas determiná-lo com base em outras variáveis. 
Assim, o custeio alvo tem como pressuposto o mercado, ou seja, para que a empresa seja 
competitiva ela deve levar em consideração os preços praticados pelo mercado aliados a estratégia 
da empresa. Logo, o preço de venda sendo estipulado pelo mercado, resta à empresa fazer a 
engenharia reversa, subtraindo deste preço o lucro que ela deseja e assim chegar ao custo máximo 
que o produto pode ter. 
Custo máximo = preço – lucro desejado 
Custo Padrão 
O custo-padrão é o custo ideal, ou seja, o menor custo possível de ser obtido caso a empresa 
estivesse funcionando com a máxima eficiência e pleno rendimento. É um custo a ser perseguido 
pela empresa e ser comparado com o custo real alcançado. 
Algumas metodologias mais modernas de custo-padrão, não levam em consideração apenas 
o custo ideal, incorporando algumas ineficiências previsíveis e passíveis de afetar a empresa. 
Desta forma, o custo padrão pode ser um objetivo a ser aplicado e analisado com outras 
metodologias de custeio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
Martins, E. (2006). Contabilidade de Custos (9 ed.). São Paulo: Atlas. 
Neves, S., & Paulo, E. V. (2009). Contabilidade Básica (14ª ed.). São Paulo: Frase Editora.

Continue navegando