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Questões resolvidas

Com relação à administração direta e indireta, centralizada e descentralizada, julgue o item a seguir.
Administração direta remete à ideia de administração centralizada, ao passo que administração indireta se relaciona à noção de administração descentralizada.
Certo
Errado

No que se refere aos institutos da centralização, da descentralização e da desconcentração, julgue o item a seguir. A diferença preponderante entre os institutos da descentralização e da desconcentração é que, no primeiro, há a ruptura do vínculo hierárquico e, no segundo, esse vínculo permanece.
( ) Certo
( ) Errado

Assinale a opção correta acerca da organização administrativa.
a) Ocorre descentralização por serviços quando o poder público contrata empresa privada para desempenhar atividade acessória à atividade finalística da administração.
b) A autorização, a permissão e a concessão de serviços públicos a empresas privadas caracterizam desconcentração administrativa.
c) O ente titular do serviço público pode interferir na execução do serviço público transferido a outra pessoa jurídica no caso descentralização por serviços.
d) A descentralização por colaboração resulta na transferência da titularidade e da execução do serviço público para empresas públicas ou sociedades de economia mista.
e) No caso de descentralização por colaboração, a alteração das condições de execução do serviço público independe de previsão legal específica.

Com relação à descentralização e à desconcentração, é correto afirmar que, na descentralização, a execução das atividades ou a prestação de serviços pelo Estado é
A indireta e mediata, na desconcentração, é direta e imediata.
B direta e imediata, na desconcentração, é indireta e imediata.
C indireta e imediata, na desconcentração, é direta e mediata.
D direta e mediata, na desconcentração, é indireta e imediata.

Desconcentração administrativa é
(A) terceirização de execução de serviços para empresas permissionárias, com ou sem licitação.
(B) atribuir a outrem poderes da Administração.
(C) delegação de execução de serviços para empresas concessionárias, mediante licitação.
(D) repartição das funções entre os vários órgãos de uma mesma administração.
(E) descentralização das atividades públicas ou de utilidade pública.

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Questões resolvidas

Com relação à administração direta e indireta, centralizada e descentralizada, julgue o item a seguir.
Administração direta remete à ideia de administração centralizada, ao passo que administração indireta se relaciona à noção de administração descentralizada.
Certo
Errado

No que se refere aos institutos da centralização, da descentralização e da desconcentração, julgue o item a seguir. A diferença preponderante entre os institutos da descentralização e da desconcentração é que, no primeiro, há a ruptura do vínculo hierárquico e, no segundo, esse vínculo permanece.
( ) Certo
( ) Errado

Assinale a opção correta acerca da organização administrativa.
a) Ocorre descentralização por serviços quando o poder público contrata empresa privada para desempenhar atividade acessória à atividade finalística da administração.
b) A autorização, a permissão e a concessão de serviços públicos a empresas privadas caracterizam desconcentração administrativa.
c) O ente titular do serviço público pode interferir na execução do serviço público transferido a outra pessoa jurídica no caso descentralização por serviços.
d) A descentralização por colaboração resulta na transferência da titularidade e da execução do serviço público para empresas públicas ou sociedades de economia mista.
e) No caso de descentralização por colaboração, a alteração das condições de execução do serviço público independe de previsão legal específica.

Com relação à descentralização e à desconcentração, é correto afirmar que, na descentralização, a execução das atividades ou a prestação de serviços pelo Estado é
A indireta e mediata, na desconcentração, é direta e imediata.
B direta e imediata, na desconcentração, é indireta e imediata.
C indireta e imediata, na desconcentração, é direta e mediata.
D direta e mediata, na desconcentração, é indireta e imediata.

Desconcentração administrativa é
(A) terceirização de execução de serviços para empresas permissionárias, com ou sem licitação.
(B) atribuir a outrem poderes da Administração.
(C) delegação de execução de serviços para empresas concessionárias, mediante licitação.
(D) repartição das funções entre os vários órgãos de uma mesma administração.
(E) descentralização das atividades públicas ou de utilidade pública.

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1 Roteiro do PDF FOCADO 
• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das 
videoaulas. Este material pode conter informações além das trabalhadas em 
videoaulas. Mas, claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com 
a profundidade necessária – nem mais, nem menos.); 
• Mapas de Conteúdos: mapas mentais, mnemônicos, dicas e macetes para 
• gabaritar no dia de sua prova; 
• Questões de Sala 
• Maratona de Questões para Treinar (são questões extras/bônus ao final da 
apostila, para o aluno treinar e fixar o conteúdo aprendido. Essas questões 
fazem parte apenas do material em PDF, logo não são exibidas e nem resolvidas 
em videoaulas). 
 
 
Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs 
para complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas! 
E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso. 
VAMOS NESSA! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 Conteúdo Programático 
1 Roteiro do PDF FOCADO ........................................................................................................ 2 
2 Conteúdo Programático ........................................................................................................ 3 
3 Organização Administrativa .................................................................................................. 6 
3.1 Diferenciação Importante ........................................................................................................... 6 
4 A Organização da Administração Pública .............................................................................. 8 
4.1 Técnicas Administrativas ........................................................................................................... 11 
Centralização concentrada ou desconcentrada .................................................................................................... 11 
Desconcentração [ou Centralização Desconcentrada] .......................................................................................... 12 
Concentração [ou Centralização Concentrada] ..................................................................................................... 14 
Descentralização .................................................................................................................................................. 14 
4.1.1.1 Modalidades de Descentralização .................................................................................................... 16 
5 RESUMÃO DA AULA ............................................................................................................ 17 
6 Questões de Sala ................................................................................................................. 22 
7 Questões para Treinar ......................................................................................................... 24 
7.1 Gabarito ................................................................................................................................... 28 
8 Administração Pública Direta .............................................................................................. 29 
8.1 Teoria do Órgão ........................................................................................................................ 30 
8.2 Órgão Públicos .......................................................................................................................... 31 
Características dos Órgãos Públicos ...................................................................................................................... 34 
Classificação dos órgãos públicos ......................................................................................................................... 35 
8.2.1.1 Quanto à posição estatal .................................................................................................................. 35 
Quanto à sua estrutura ......................................................................................................................................... 39 
Quanto à sua atuação funcional ........................................................................................................................... 40 
Quanto às funções exercidas ................................................................................................................................ 41 
Quanto à esfera de ação ....................................................................................................................................... 42 
9 Resumo da aula ................................................................................................................... 44 
10 Questões de Sala ................................................................................................................. 47 
11 Questões para Treinar ......................................................................................................... 49 
11.1 Gabarito ............................................................................................................................... 51 
12 Administração Indireta ........................................................................................................ 52 
12.1 Características comuns aos entes da Adm. Indireta ................................................................ 54 
Personalidade jurídica própria .............................................................................................................................. 54 
Criação e extinção das pessoas da Adm. Pública indireta ...................................................................................... 55 
Sem fins lucrativos................................................................................................................................................ 58 
Finalidade específica ............................................................................................................................................ 59 
Ausência de hierarquia ......................................................................................................................................... 59 
12.2 Autarquia ............................................................................................................................. 59 
Características ...................................................................................................................................................... 60 
12.3 Fundações Públicas ............................................................................................................... 61 
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12.4 Empresas Estatais ................................................................................................................. 62 
Empresa Pública ................................................................................................................................................... 63 
Sociedade de Economia Mista .............................................................................................................................. 63 
12.5 Administração Pública no Brasil ............................................................................................ 65 
13 Resumo da Aula .................................................................................................................. 66 
14 Questões de Sala ................................................................................................................. 68 
15 Questões para Treinar ......................................................................................................... 69 
15.1 Gabarito ...............................................................................................................................públicos, com competências 
específicas. 
B) Centro funcional, integrante da estrutura de uma entidade, com personalidade 
jurídica de direito público. 
C) Conjunto de agentes públicos hierarquicamente organizados. 
D) Centro de competências, com patrimônio, responsabilidades e agentes próprios, 
criado para uma determinada atividade. 
E) Unidade organizacional, composta de agentes e competências, sem personalidade 
jurídica. 
 
QUESTÃO 02 - Constitui exemplo de órgão da Administração Pública Federal: 
A) O Ministério da Justiça 
B) Uma empresa pública 
C) Uma sociedade de economia mista 
D) Uma fundação pública 
E) Uma autarquia 
 
QUESTÃO 03 - Quanto aos órgãos e agentes públicos é INCORRETO afirmar que 
A) os órgãos públicos colegiados, nas relações com a própria Administração e com 
terceiros, não são representados por seus dirigentes, mas por seus membros, conjunta 
ou isoladamente. 
B) a criação e extinção de órgãos da administração pública depende de lei, de iniciativa 
privativa do Chefe do Executivo. 
C) para a eficiente realização de suas funções cada órgão público é investido de 
determinada competência redistribuída entre seus cargos, com a correspondente 
parcela de poder necessária ao exercício funcional de seus agentes. 
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D) classificam-se como compostos os órgãos públicos que reúnem na sua estrutura 
outros órgãos menores, com função principal idêntica ou com funções auxiliares 
diversificadas. 
E) agentes administrativos são todos aqueles que se vinculam ao Estado ou às suas 
entidades autárquicas e fundacionais por relações profissionais, sujeitos à hierarquia 
funcional e ao regime jurídico determinado pela entidade estatal a que servem. 
 
QUESTÃO 04 O Acerca dos órgãos públicos, julgue o item abaixo. 
Conforme a teoria administrativa moderna, a melhor explicação da relação entre 
Estado e seus agentes está expressa na teoria da representação, segundo a qual esses 
agem em nome da pessoa jurídica (Estado) que compõem. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 05 - Acerca dos órgãos públicos, julgue o item abaixo. 
Alguns órgãos possuem capacidade processual, que independe da personalidade 
jurídica, já que possuem interesses e prerrogativas próprias a serem defendidas, como, 
por exemplo, as agências executivas, que operam contratos de gestão. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 06 - Sobre os órgãos públicos, está correto afirmar que: 
A) detêm personalidade jurídica própria. 
B) são sinônimos de funções públicas. 
C) são centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais. 
D) são definidos como componentes do Governo nos seus primeiros escalões para o 
exercício de atribuições constitucionais. 
E) recebem a incumbência da Administração para representá-la, mediante 
remuneração do Poder Público. 
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11.1 Gabarito 
 
01 E 
02 A 
03 A 
04 ERRADO 
05 ERRADO 
06 C 
 
 
 
 
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12 Administração Indireta 
 
A Administração Pública poderá ser dividida em direta e indireta, a Administração 
Pública Direta é composta, basicamente, pelos órgãos (União, Estados, Distrito Federal 
e Municípios). Por outro lado, a Administração Pública Indireta, objeto da nossa aula, 
é constituída de entidades dotadas de personalidade jurídica própria, oriundas do 
processo de DESCENTRALIZAÇÃO. É composta pelos seguintes entes: autarquias, 
sociedades de economia mista, empresas públicas e fundações públicas (CF88, 
art. 37, XIX). 
 
CF/88, art. 37, com redação dada pela EC nº 19/98: 
XIX: "somente por lei específica poderá ser criada autarquia" e autorizada a 
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de 
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de 
sua atuação; 
 
Além disso, diferente da Administração Direta, as entidades que compõem a 
Administração Indireta, não estão subordinadas ou, sofrem qualquer forma de 
controle hierárquico por parte dos órgãos. As entidades estão apenas vinculadas a 
Administração e se sujeitam há um controle interno e externo, através dos poderes, 
administrativo (interno), legislativo e judiciário (externos). 
 
Nas palavras de José dos Santos Carvalho Filho (2019, p. 678) “Administração Indireta 
do Estado é o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à respectiva 
Administração Direta, têm o objetivo de desempenhar as atividades administrativas 
de forma descentralizada”. 
 
Em consonância, Alexandre Mazza (2019, p. 205) afirma que, “na Administração 
Indireta existem pessoas jurídicas estatais de direito público (autarquias, agências, 
fundações públicas e associações públicas) e pessoas jurídicas estatais de direito 
privado (empresas públicas, sociedades de economia mista, subsidiárias e consórcios 
públicos de direito privado)”. 
 
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No que diz respeito a criação das entidades, o art. 37, inciso XIX da Constituição 
Federal, com a nova redação dada pela EC nº 19/1998, passa a determinar que 
“somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de 
empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação”. Em contrapartida, 
a extinção de todas as entidades só poderá ser feita através de lei. 
 
É válido destacar que, nenhuma das entidades da Administração Pública estão sujeitas 
ao processo de falência. Dito isso, nesta aula passaremos a analisar cada uma delas 
de forma individualizada, comentando e destacando suas principais características. 
 
 
Outros entes também fazem parte da Administração Indireta, as Associações 
Públicas ou Consórcios Públicos, que, na verdade, poderão ser autarquias ou 
empresas públicas. O Consórcio público é o contrato pelo qual os entes políticos 
se reúnem na busca de uma finalidade comum (Lei 11.107/05). É uma nova 
pessoa jurídica que não se mistura com os entes políticos (ex: contrato entre 
União, o Estado do Paraná e o Município de Curitiba, formando uma associação 
pública). A associação de direito público é espécie de autarquia. A associação 
de direito privado seguirá o regime da empresa pública e sociedade de 
economia mista. 
 
Perceba que estamos sempre falando em “entes públicos”, pois a 
Administração Indireta é composta por entidades administrativas (e não por 
órgãos públicos), e estas são dotadas de personalidade jurídica própria. 
 
Antes mesmo da análise pormenorizada das entidades da Administração Indireta, 
aponta-se que tais pessoas podem existir em todas as esferas da Federação, ou seja, 
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podem ser federais, estaduais, municipais ou distritais. Além disso, vejamos o caput 
do art. 37 da Constituição Federal de 1988, para verificar que tais entidades podem 
existir, em tese, em qualquer dos Poderes: 
 
CF/88, caput do art. 37: 
A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, 
ao seguinte. 
 
Nota-se, portanto, que os entes podem existir em quaisquer uma das esferas 
da Federação. 
 
 
QUESTÃO 01 - Julgue o próximo item, relativo a poderes, organização administrativa 
do Estado e controle da administração. 
As secretarias municipais de determinado município integram a administração indireta 
desse ente federado. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
COMENTÁRIO: a questão trata apenas da desconcentração, sendo que as secretarias 
não constituem nova pessoa jurídica. Se fosse ente da administração indireta 
estaríamos diante da descentralização. Gabarito Errado. 
 
12.1 Características comuns aos entes da Adm. IndiretaVamos agora identificar quais são as características comuns de todos esses entes 
administrativos para facilitar os estudos individualizados 
 
Personalidade jurídica própria 
As pessoas da Adm. Pública indireta gozam de personalidade jurídica própria. Cada 
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pessoa terá sua personalidade, ou seja, terá aptidão para ser sujeito de direitos e 
obrigações. 
 
Os entes da Adm. Pública Indireta respondem por seus próprios atos. Não interessa a 
origem do patrimônio ou receita, se de transferência dos outros entes ou de receita 
própria, obtendo patrimônio e receitas próprias. Esse patrimônio próprio é utilizado 
para que a indireta cumpra com suas obrigações. 
 
Como gozam de patrimônio próprio, gozam de receitas próprias, têm o seu próprio 
dinheiro. Pode ser oriundo do orçamento, das atividades, das doações, etc., mas para 
cumprir suas obrigações, consequentemente, gozam de autonomia técnica, 
administrativa e financeira. 
 
Note que em nenhum momento foi explicado que esses entes possuem 
autonomia política. Eles não têm autonomia política, senão teriam aptidão para 
legislar. Nem mesmo as Agências Reguladoras, que são um tipo de autarquia, 
possuem autonomia para legislar (autonomia política), pois sua regulamentação 
define apenas competência para criação normas técnicas regulamentares 
complementares à lei. 
 
Criação e extinção das pessoas da Adm. Pública indireta 
Nos termos da Constituição Federal, somente por lei específica poderá ser criada a 
autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia 
e mista e de fundação. Vamos compreender isso. Inicialmente vejamos o dispositivo, 
art. 37, da CF88: 
CF/88, art. 37, com redação dada pela EC nº 19/98: 
XIX: somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a 
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de 
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de 
sua atuação; 
Quando a CF88 traz a expressão “lei específica”, refere-se a lei ordinária específica, 
isto é, cada pessoa jurídica terá a sua lei. Assim, para criação de autarquia será 
necessário a existência desta lei específica pra a criação. Já no caso de empresa 
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pública, de sociedade de economia mista e de fundação (neste caso fundação pública 
de direito privado) caberá à lei específica autorizar sua criação. 
 
Entre as autarquias, que necessitam de “lei que cria”, encontram-se também as 
fundações públicas de direito público (espécie dentro do gênero autarquia). 
 
 
 
Outro ponto relevante é que quando a Lei Ordinária criar uma autarquia, por exemplo, 
basta a lei e a autarquia está pronta para existir. Já no caso de uma lei que autorize a 
criação, a autorização em si não cria nada, para a completa existência da pessoa 
jurídica deve ser feito o registro dos atos constitutivos, seja no cartório de registro de 
pessoas jurídicas (natureza civil), seja na junta comercial (natureza empresarial). 
 
Pelo princípio do paralelismo das formas temos que se a regra é “lei cria”, somente 
outra lei poderá extinguir. Por outro lado, se lei autoriza criação, somente a lei pode 
autorizar a extinção. 
Na parte final do dispositivo do inciso XIX, do art. 37 da CF, temos que ... “cabendo à 
lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação.” Esta lei 
complementar deverá apresentar o rol das possíveis finalidades para as fundações. 
Já vimos que a parte final do dispositivo se refere às Fundações Públicas de direito 
privado. Isto pois, a lei complementar citada no dispositivo acima tem o enfoque de 
 
DESPENCA EM PROVA 
 
Fundação pública de direito público: (espécie do gênero autarquia)→ LEI 
CRIA. 
 
 
Fundação pública de direito privado → LEI AUTORIZA SUA CRIAÇÃO 
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definir as possíveis finalidades da fundação pública de regime privado. 
 
Vamos entender um pouco mais sobre as fundações, pois imagino que você pode 
estar um pouco confuso. 
 
Quando você ler a palavra fundação quero que faça a associação imediata à 
patrimônio personalizado, destacado por um fundador para uma finalidade específica. 
 
Via de regra, quem institui a fundação é que lhe fornece seu nome. Você já deve ter 
ouvido falar das fundações particulares instituídas por algum particular famoso. Estas 
são as chamadas fundações privadas. Ex.: Fundação Ayrton Senna, etc. 
 
A fundação privada não interessa ao Direito Administrativo, pois deverá ser estudada 
pelo direito civil. As fundações instituídas pelo poder público são objeto do nosso 
estudo. Neste caso teremos a FUNDAÇÃO PÚBLICA. 
 
A fundação pública está dentro da administração indireta. Quem define o regime 
jurídico da fundação pública é o poder público, que pode dar dois regimes diferentes 
à fundação pública: regime de direito público ou regime de direito privado. 
 
A Fundação pública de direito privado: segue o mesmo regime das empresas 
públicas e das sociedades de economia mista, chamada, então, de fundação 
governamental. Aqui a lei autoriza a sua criação. Ressalta-se que a fundação pública 
de direito privado não é espécie de empresa estatal, mas tão-somente segue o seu 
regime jurídico, qual seja: a fundação pública de direito privado tem um regime 
híbrido/misto como veremos a diante. 
 
O objetivo do legislador de manter o regime de direito privado as fundações 
públicas é o de obter as vantagens do regime público e as facilidades do regime 
privado, escapando do rigor do ordenamento jurídico constitucional 
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A Fundação pública de direito público: é também chamada de autarquia 
fundacional, isto é, uma espécie de autarquia. Se for espécie de autarquia será criada 
por meio de lei. 
 
Lembrar para sua prova!! Fundação pública de direito público é espécie 
do gênero autarquia e sua regra é LEI CRIA. Fundação pública de direito 
privado: lei ordinária autoriza sua criação e lei complementar define sua 
finalidade. 
 
Sem fins lucrativos 
Os entes da Administração Indireta são criados para satisfação do interesse público, 
assim não são criados para fins lucrativos. Isso significa dizer que pode até ter lucro, 
mas não o fim lucrativo. Fim lucrativo significa objetivo de lucro. Dessa forma o lucro 
até pode ser possível para as pessoas de Adm. Pública indireta, mas não a finalidade 
lucrativa. 
 
Cuidado com a rasteira na prova. Nem mesmo as empresas públicas e 
sociedades de economia mista não têm fim lucrativo. 
 
Veremos adiante que as empresas públicas e as sociedades de economias mistas 
podem ser criadas tanto para prestar serviço público, quanto para exploração de 
atividade econômica. Daí a pergunta que pode surgir: as empresas públicas (estatal) 
que explora atividade econômica não possuem fins lucrativos? Não, estas empresas 
são criadas e exercidas somente excepcionalmente quando da existência de relevante 
interesse público ou por motivos de segurança nacional (art. 173 da CF). Quando o 
Estado cria a empresa não poderá visar o lucro. Vejamos o dispositivo: 
 
art. 173 da CF 
Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos 
imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme 
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definidos em lei. 
 
Finalidade específica 
Falamos aqui do princípio da especialidade visto anteriormente, pois, ao criar a 
pessoa jurídica da Administração Indireta, a lei também define as suas finalidades 
específicas. Para se mudar a finalidade da pessoa jurídica, deve haver previsão por 
meio de lei, não podendo ser alterada pelo administrador. 
 
Ausência de hierarquia 
Não existe relação de subordinação entre os entesda Adm. Indireta e o Poder Público 
Instituidor. O que existe, em verdade, é o controle e fiscalização. Vimos que inexiste 
hierarquia na descentralização, mas pode ocorrer o controle e a fiscalização de duas 
formas principais: 1. O Tribunal de Contas controla todas as pessoas jurídicas da 
administração Indireta. 2. Supervisão Ministerial: controle feito pela Adm. Direta face 
à Administração Indireta (pode ser controle de receitas e despesas, controle de 
cumprimento das finalidades – por isso também é chamado de controle finalístico). O 
Poder Público instituidor faz a supervisão da Adm. Indireta, podendo inclusive nomear 
os seus dirigentes. Normalmente, essa nomeação é efetivada pelo Presidente da 
República. 
Todos os poderes constituídos exercem este controle sobre a Adm. Indireta, veja: 
1. Controle do Poder Legislativo: o Tribunal de Contas; a Comissão Parlamentar de 
Inquéritos também exerce controle fiscalizatório – a exemplo da CPI dos Correios. 
2. Controle do Poder Judiciário: exercido através de ações judiciais, controle de legalidade 
dos atos etc. 
3. Controle do Poder Executivo (via supervisão ministerial), ou seja, por meio dos ministérios 
de acordo com o ramo da atividade. Controla-se a finalidade – controle finalístico, mas 
também é possível controlar receitas e despesas, conforme a lei. 
 
12.2 Autarquia 
A autarquia é pessoa jurídica de direito público, o que significa ter praticamente as 
mesmas prerrogativas e sujeições da Administração direta; o seu regime jurídico 
pouco difere do estabelecido para esta, aparecendo, perante terceiros, como a própria 
Administração Pública; difere da União, Estados e Municípios - pessoas públicas 
políticas - por não ter capacidade política, ou seja, o poder de criar o próprio direito; 
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é pessoa pública administrativa, porque tem apenas o poder de auto-administração, 
nos limites estabelecidos em lei; 
 
As autarquias dentre as outras entidades, são as únicas que possuem personalidade 
jurídica de direito público sempre e, por isso, se submetem a um regime jurídico 
integralmente público. Elas possuem capacidade administrativa e, detém um capital 
exclusivamente público. 
 
São criadas e extintas diretamente por meio de lei específica (Lei Ordinária), através 
de um processo chamado descentralização, para exercer a atividade típica do 
Estado, ou seja, a prestação de serviços públicos (não possuem natureza mercantil). 
 
Neste sentido, José dos Santos Carvalho Filho (2019, p. 690) conceitua as autarquias 
como sendo uma “pessoa jurídica de direito público, integrante da Administração 
Indireta, criada por lei para desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, 
sejam próprias e típicas do Estado”. 
 
Por fim, o art. 5º, inciso I do Decreto Lei nº 200/67 define autarquia como sendo 
um “serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita 
próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, 
para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada”. 
 
Características 
Além dos elementos mencionados acima, podemos citar ainda como características 
das autarquias: 
→ PRIVILÉGIO FISCAL – art. 150, §2º, CF: as autarquias possuem algumas 
imunidades tributárias, vez que estão isentas do pagamento de impostos, 
embora ainda tenham que arcar com eventuais taxas, contribuições de 
melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais; 
 
→ PRIVILÉGIOS PROCESSUAIS – art. 183, CPC: as autarquias possuem prazo em 
dobro para se manifestar em eventuais processos. Além disso, são obrigadas a 
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remessa necessária, ou seja, nos processos judiciais em que o ente restar 
sucumbente (perder a demanda), é necessário a confirmação da sentença pelo 
órgão superior. Isto é, o duplo grau de jurisdição é obrigatório; 
 
→ RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO – art. 37, §6º, CF: diante de eventuais 
danos cometidos por seus servidores, a autarquia responde de forma objetiva 
(independente da comprovação de dolo ou culpa), ressalvada a possibilidade 
de ação de regresso; 
 
→ CONTRATOS: os contratos realizados com as autarquias são caracterizados 
como administrativos, portanto, antes de realizar qualquer contrato o processo 
de licitação é obrigatório; 
 
→ ATOS: assim como os contratos, os atos das autarquias são tidos como 
administrativos; 
 
→ CONCURSO/ REGIME DE PESSOAL: é obrigatório a realização de concurso 
público para a contratação de servidores e, portanto, devem seguir o regime 
estatutário; 
 
→ BENS: os bens das autarquias são considerados bens públicos, já que elas são 
pessoas jurídicas de direito público. Desta forma, são impenhoráveis, 
imprescritíveis (não podem ser usucapidos), não onerabilidade e, possuem uma 
inalienabilidade condicionada (não é absoluta), uma vez que os bens dominiais 
podem ser alienados, desde que atendidas as exigências legais. 
 
12.3 Fundações Públicas 
A fundação instituída pelo poder público caracteriza-se por ser um patrimônio, total 
ou parcialmente público, a que a lei atribui personalidade jurídica de direito público 
ou privado, para consecução de fins públicos; quando tem personalidade pública, o 
seu regime jurídico é idêntico ao das autarquias, sendo, por isso mesmo, chamada de 
autarquia fundacional, em oposição à autarquia corporativa; outros preferem falar em 
fundações públicas ou de direito público as fundações de direito privado regem-se 
pelo direito civil em tudo o que não for derrogado pelo direito público. 
 
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Se o Estado cria uma fundação e lhe dá personalidade de direito público, tal fundação 
terá natureza de autarquia; entretanto, se o Estado cria uma fundação e lhe concede 
personalidade de direito privado, tal fundação será administrada nos mesmos moldes 
que as fundações privadas, naquilo que não conflitar com as regras gerais de direito 
público. Essa é a posição do STJ e STF. 
 
Fique ligado: A fundação criada pelo Estado como pessoa jurídica de 
direito público será criada por lei específica, tal qual a autarquia. Por 
outro lado, a fundação criada pelo Estado como pessoa jurídica de 
direito privado será criada a partir de uma lei autorizativa e instituída por 
escritura como uma fundação de direito privado. 
 
 
A banca organizadora CEBRASPE já considerou correta a seguinte assertiva: “A 
instituição de fundação pública deve ser autorizada por lei ordinária específica, 
ao passo que a definição de sua área de atuação deve ser feita por lei 
complementar”. 
 
12.4 Empresas Estatais 
O gênero empresas estatais, abrange empresa pública, sociedade de economia 
mista e, para alguns doutrinadores, as empresas subsidiárias, sendo novas pessoas 
jurídicas desenvolvidas a partir das empresas públicas e das sociedades de economia 
mista. As empresas estatais são criadas por um processo de descentralização, através 
de lei autorizadora, com o posterior registro no cartório competente, mas, sua 
extinção só será possível através de lei específica. 
 
Além disso, as empresas estatais possuem personalidade jurídica de direito privado e, 
são caracterizadas pelo fato de o poder público ter a maioria do capital votante. 
 
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Empresa Pública 
As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, compostas por um 
capital exclusivamente público. São criadas com o intuito de prestar de serviços 
públicos ou explorar de atividades econômicas, sob qualquer modalidade empresarial, 
podendo, inclusive, ser composta por um ou mais sócios. 
 
A empresa pública poderá ser composta por mais de um sócio, desde que todo o 
dinheiro investido nela seja público. 
 
Neste sentido, o art. 3º da Lei 13.303/2016 afirma que empresa pública “é a entidade 
dotada depersonalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e 
com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos 
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios”. 
 
Sociedade de Economia Mista 
As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, criadas para 
a prestação de serviços públicos ou exploração de atividade econômica. Compostas 
por um capital misto, em sua maioria público, conferindo o controle acionário ao ente 
que criou a sociedade. 
Ex.: o capital da sociedade de economia mista X é dividido em, 60% público e 40% 
privado. 
 
Além disso, as sociedades de economia mista, diferente das empresas públicas, só 
poderão ser constituídas sob o regime societário da sociedade anônima - S/A, com 
capital aberto ou fechado. 
 
Em consonância, o art. 4º da Lei 13.303/2016 estabelece que sociedade de economia 
mista “é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação 
autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto 
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pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios 
ou a entidade da administração indireta”. 
 
 
Para facilitar sua compreensão, listamos as principais diferenças entre as empresas 
públicas e as sociedades de economia mista, observe: 
 
 
Contudo, exceto pelos pontos elencados acima, as empresas públicas e as sociedades 
de economia mista possuem as mesmas características, pois, o objeto de cada uma 
será definido com a sua criação, podendo ser exploradoras de atividade econômica 
ou prestadoras de serviço público. 
 
Nas palavras de Alexandre Mazza (2019, p. 239) as características básicas das 
prestadoras de serviço público e das exploradoras de atividade econômica são: 
 
PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO 
✓ Recebem imunidade tributária; 
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✓ Bens públicos, não estão sujeitos a penhora; 
✓ Responsabilidade objetiva (sem comprovação de culpa) pelos prejuízos 
causados; 
✓ Submetem-se a execução por precatórios; 
✓ Estado é responsável subsidiário pela quitação da condenação indenizatória; 
✓ Estão sujeitas à impetração de mandado de segurança e sofrem uma 
influência maior dos princípios e normas do Direito Administrativo. 
 
 
EXPLORADORAS DE ATIVIDADE ECÔNOMICA 
✓ NÃO têm imunidade tributária; 
✓ Bens são privados, estão sujeitos a penhora; 
✓ Responsabilidade subjetiva (com comprovação de culpa) pelos prejuízos 
causados; 
✓ Sofrem execução comum (sem precatório); 
✓ Estado não é responsável por garantir o pagamento da indenização, não se 
sujeitam à impetração de mandado de segurança contra atos relacionados à 
sua atividade-fim e sofrem menor influência do Direito Administrativo. 
 
Por fim, é importante ressaltar que a definição do objeto influencia no regime jurídico 
da empresa, pois, as empresas estatais terão regime jurídico misto, podendo abranger 
tanto o público quanto o privado. Além disso, os empregados públicos das empresas 
estatais estão vinculados ao sistema celetista, isto é, obedecem às normas 
estabelecidas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
12.5 Administração Pública no Brasil 
Como vimos, no Brasil vigora a conceito formal de Administração Pública, ou seja, 
será Administração Pública o que a Lei definir. Assim, a definição feita pelo Decreto-
Lei 200/67, que dispõe sobre a organização da Administração Federal, estabelece 
diretrizes para a Reforma Administrativa. É importante observar que esse decreto 
dispõe somente sobre a Administração Pública federal, todavia, pela aplicação do 
princípio da simetria, tal regra é aplicada uniformemente por todo o território 
nacional, assim sendo, concluímos tal classificação utilizada neste decreto define 
expressamente a Administração Pública federal e também implicitamente a 
Administração Pública dos demais entes da federação. Vejamos: 
 
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DECRETO-LEI 200/67 
Art. 4° A Administração Federal compreende: 
I. A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na 
estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. 
II. A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de 
entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: 
a) Autarquias; 
b) Empresas Públicas; 
c) Sociedades de Economia Mista. 
d) Fundações públicas. 
 
 
No Brasil nenhuma outra entidade integra a Administração Pública, somente as 
entidades da administração direta e indireta (art.4º Dec-Lei 200/67). 
CUIDADO! As entidades da administração indireta são classificadas 
como entidades administrativas e, caso caia em prova que uma 
entidade da administração direta é uma entidade administrativa, a 
alternativa estará errada, pois a administração direta é classificada como 
entidade política. 
 
 
13 Resumo da Aula 
Na Administração indireta o centro de poder SAI do controle pleno dos entes 
federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), ao tempo em que ganham 
certa autonomia, deixam de pertencer ao mesmo corpo. É criado um novo corpo 
(imagem laranja abaixo), formado por pessoas jurídicas criadas pelo ente político 
instituidor e por isso vinculada a eles. Fazem parte da Administração indireta: 
Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista 
 
Administração Direta é 
a União, Estados, DF e 
Municípios – representa 
os entes federativos com 
poder de comando sobre 
todos os órgãos a eles 
 Administração Indireta 
é como se fosse um 
segundo corpo, com 
certa autonomia, 
constituindo nova pessoa 
jurídica vinculada ao ente 
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vinculados. Trata-se de 
uma única pessoa jurídica 
por ente federativo. 
político instituidor. São as 
Autarquias, Fundações 
Públicas, Empresas 
Públicas e Sociedades de 
Economia Mista 
 
 
 
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14 Questões de Sala 
 
Questão 01 Com relação à organização administrativa e à administração pública direta e 
indireta, julgue o item a seguir. 
 A criação de fundações públicas de direito público ocorre por meio de lei, não sendo 
necessária a inscrição de seus atos constitutivos em registro civil de pessoas jurídicas. 
 ( ) CERTO ( ) ERRADO 
Questão 02 A respeito de improbidade administrativa, processo administrativo e organização 
administrativa, julgue o item seguinte. 
A criação de empresa pública é um exemplo de descentralização de poder realizado por meio 
de atos de direito privado, ainda que a instituição da empresa pública dependa de 
autorização legislativa. 
 ( ) CERTO ( ) ERRADO 
Questão 03 Quanto à Administração Pública Indireta, assinale a alternativa correta. 
A Somente por lei específica poderá ser criada autarquia, empresa pública, sociedade de 
economia mista e fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas 
de sua atuação. 
B A criação de subsidiárias pelas empresas públicas e sociedades de economia mista, bem 
como sua participação em empresas privadas, depende de autorização legislativa, exceto se 
já houver previsão para esse fim na própria lei que instituiu a empresa de economia mista 
matriz, tendo em vista que a lei criadora é a própria medida autorizadora. 
C A fundação pública não pode ser extinta por ato do Poder Público. 
D O chefe do Poder Executivo poderá, por decreto, extinguir empresa pública ou sociedade 
de economia mista. 
E A sociedade de economia mista poderá ser estruturada sob qualquer das formas admitidas 
em direito. 
 
Gabarito: 01. CERTO 02. CERTO 03. B 
 
 
 
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15 Questões para Treinar 
Pode acontecer de um ou outro conteúdo ainda não termos abordado, 
contudo, esforce-se em responder todos (aindaque seja arriscando uma 
resposta, o famoso “chute”) pois, quando alcançarmos nossa próxima 
aula, ficará mais fácil a assimilação. 
Lembre-se que a resolução dos exercícios é o treinamento para o 
combate (dia da prova). Quando o treinamento é árduo o combate passa 
a ser mais fácil. 
 
QUESTÃO 01 - Em relação ao direito administrativo, julgue o item seguinte. 
Somente por decreto específico poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição 
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar definir as áreas de atuação. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 02 - Pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas 
por servidores públicos, em nome próprio, sob a forma de fundação, associação ou 
cooperativa, para a prestação, em caráter privado, de serviços sociais não exclusivos 
do Estado e que mantêm vínculo jurídico com entidades da administração direta ou 
indireta, em regra por meio de convênio, denominam-se 
a) entidades de apoio. 
b) serviços sociais autônomos. 
c) organizações sociais. 
d) autarquias em regime especial. 
e) organizações da sociedade civil de interesse público. 
 
QUESTÃO 03 - Julgue o seguinte item de acordo com as disposições constitucionais 
e legais acerca dos agentes públicos. 
Em regra, o servidor público da administração autárquica que estiver no exercício de 
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mandato eletivo ficará afastado do seu cargo, emprego ou função, disposição também 
aplicável ao servidor da administração pública fundacional. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 04 - A respeito dos princípios da administração pública, de noções de 
organização administrativa e da administração direta e indireta, julgue o item que se 
segue. 
As autarquias são pessoas jurídicas criadas por lei e possuem liberdade administrativa, 
não sendo subordinadas a órgãos estatais. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 05 - Considerando a doutrina majoritária, julgue o próximo item, referente 
ao poder administrativo, à organização administrativa federal e aos princípios básicos 
da administração pública. 
Quando criadas como autarquias de regime especial, as agências reguladoras 
integram a administração direta. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 06 - Com relação à organização administrativa, julgue os itens a seguir. 
I As autarquias são pessoas jurídicas com capacidade de autodeterminação, 
patrimônio e receitas próprias, criadas por lei para o desempenho de atividades típicas 
do Estado, submetidas ao controle hierárquico pela administração pública direta. 
II As sociedades de economia mista e empresas públicas são entidades de direito 
privado integrantes da administração indireta, criadas por autorização legal, para o 
desempenho de atividades gerais de caráter econômico ou, em certas situações, 
prestação de serviços públicos. 
III Por meio da contratação de consórcios públicos, poderão ser constituídas 
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associações públicas para a realização de objetivos de interesse comum, adquirindo 
tais entidades personalidade jurídica de direito público e passando a integrar a 
administração indireta de todos os entes federativos consorciados. 
IV Por serem entes despersonalizados, os órgãos públicos não detêm capacidade 
processual para a defesa de suas prerrogativas e competências. 
Estão certos apenas os itens 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) I, III e IV. 
e) II, III e IV. 
 
QUESTÃO 07 - Acerca da organização da administração direta e indireta, centralizada 
e descentralizada, julgue o item a seguir. 
Autarquia é pessoa jurídica criada por lei específica, com personalidade jurídica de 
direito público. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 08 - Julgue o item a seguir, referente a conceitos, tipos e formas de 
controle na administração pública. 
No caso das autarquias e das empresas estatais em geral, o controle é pleno e 
ilimitado. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
 
QUESTÃO 09 - As entidades que integram a administração pública indireta incluem 
as 
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a) autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
b) secretarias estaduais, as autarquias e as fundações privada. 
c) autarquias, as fundações e as organizações sociais. 
d) organizações sociais, os serviços sociais autônomos e as entidades paraestatais. 
e) empresas públicas, as sociedades de economia mista e os serviços sociais 
autônomos. 
 
QUESTÃO 10 - Acerca da administração indireta, das formas de intervenção do Estado 
e do direito administrativo econômico, assinale a opção correta. 
a) Segundo o STF, o tratamento constitucional favorecido para empresas de pequeno 
porte resguarda o acesso aos programas de benefícios fiscais mesmo a empresas de 
pequeno porte que tenham débitos fiscais. 
b) Situação hipotética: A autarquia X, vinculada ao Ministério Y, foi instituída para 
fiscalizar as atividades desenvolvidas pelo setor Z. Assertiva: Nessa situação, a 
transferência de recursos do ente instituidor é vedada à autarquia X, visto que esta 
possui personalidade jurídica de direito público e autonomia administrativa e 
financeira. 
c) Situação hipotética: Em razão de grave crise hídrica que assola o estado X, o governo 
local instituiu empresa subsidiária da empresa de abastecimento primária para atuar 
nos problemas emergenciais de abastecimento de água. Assertiva: Nessa situação, 
houve descentralização do serviço por delegação, sendo legal a instituição de 
subsidiária da empresa de abastecimento. 
d) Situação hipotética: Com base em competência constitucional, o Ministério X 
proibiu, por meio de portaria, a venda de combustíveis para transportadoras e 
revendedoras do tipo Y, com o objetivo de combater o transporte clandestino de 
combustíveis e regulamentar o mercado em defesa do consumidor. Assertiva: 
Conforme entendimento do STF, a referida portaria é inconstitucional, por ofensa ao 
princípio da livre iniciativa. 
e) Conforme o STJ, embora seja permitido o exercício do poder de polícia fiscalizatório 
por sociedade de economia mista, é vedada a possibilidade de aplicação de sanções 
pecuniárias derivadas da coercitividade presente no referido poder. 
 
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QUESTÃO 11 - Para o direito administrativo brasileiro, uma característica das 
autarquias é a 
a) autonomia equiparada à dos entes federativos que as criam. 
b) natureza jurídica público-privada. 
c) capacidade de autoadministração. 
d) criação por portaria ministerial. 
 
QUESTÃO 12 - A União, por intermédio do Ministério do Trabalho e Emprego, 
pretende criar uma autarquia para a execução de determinadas atividades 
administrativas típicas. 
Nessa situação hipotética, a autarquia deverá ser criada por 
a) lei complementar. 
b) portaria ministerial. 
c) decreto presidencial. 
d) lei ordinária específica. 
 
QUESTÃO 13 - No que tange a regime jurídico-administrativo, organização 
administrativa e teoria do direito administrativo brasileiro, julgue o item a seguir. 
As autarquias e as fundações públicas incluem-se entre as entidades que integram a 
administração pública indireta. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 14 - No que concerne às regras acerca da organização do poder público e 
à delegação de serviços públicos, julgue o item subsequente. 
As organizações da sociedade civil de interesse público têm natureza jurídica de 
autarquias públicas. 
( ) Certo 
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( ) Errado 
 
QUESTÃO 15 - Assinale a opção correta no que tange às entidades públicas em 
espécie e à administração direta e indireta. 
a) As fundações públicas são entidades integrantes da administração indireta, sendo 
dotadas exclusivamente de personalidade jurídica de direito público. 
b) Criada por força de autorização legal comoinstrumento de ação do Estado, uma 
empresa pública federal é uma pessoa jurídica dotada de personalidade jurídica de 
direito público. 
c) As agências reguladoras são, em regra, autarquias sob regime especial criadas com 
a finalidade de disciplinar e controlar certas atividades econômicas. 
d) As sociedades de economia mista são submetidas a regras especiais, sendo 
constituídas sob a forma de sociedades anônimas ou limitadas, cujas ações ou cotas 
com direito a voto devem pertencer, em sua maioria, ao ente federativo. 
e) As empresas públicas e as sociedades de economia mista, integrantes da 
administração direta federal, são instrumentos de ação do Estado, logo, são entidades 
voltadas à busca de interesse público. 
 
QUESTÃO 16 - No que se refere a organização administrativa, administração pública 
indireta e serviços sociais autônomos, assinale a opção correta. 
a) Por execução indireta de atividade administrativa entende-se a adjudicação de obra 
ou serviço público a particular por meio de processo licitatório. 
b) É possível a participação estatal em sociedades privadas, com capital minoritário e 
sob o regime de direito privado. 
c) Desde que preenchidos certos requisitos legais, as sociedades que comercializam 
planos de saúde poderão ser enquadradas como OSCIPs. 
d) Desconcentração administrativa implica transferência de serviços para outra 
entidade personalizada. 
 
QUESTÃO 17 - Em cada um do item a seguir é apresentada uma situação hipotética 
seguida de uma assertiva a ser julgada, a respeito da organização administrativa e dos 
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atos administrativos. 
Ao instituir programa para a reforma de presídios federais, o governo federal 
determinou que fosse criada uma entidade para fiscalizar e controlar a prestação dos 
serviços de reforma. Nessa situação, tal entidade, devido à sua finalidade e desde que 
criada mediante lei específica, constituirá uma agência executiva. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 18 - As agências executivas estão inseridas no setor estatal denominado 
a) serviços não exclusivos, correspondente ao setor em que o Estado atua 
simultaneamente com outras organizações públicas não estatais. 
b) núcleo estratégico, setor em que as leis e as políticas públicas são definidas e em 
que seu cumprimento é cobrado. 
c) produção de bens e serviços para o mercado, correspondente à área de atuação 
das empresas estatais do segmento produtivo. 
d) atividades exclusivas, correspondente aos serviços que só o Estado pode realizar, 
possuindo poder de regulamentar, de fiscalizar e de fomentar. 
e) organizações sociais, correspondente às áreas que incentivam a produção não 
lucrativa, pela sociedade, de bens e serviços públicos não exclusivos do Estado. 
 
QUESTÃO 19 - As autarquias 
a) são criadas, extintas e organizadas por atos administrativos. 
b) têm sua criação e sua extinção submetidas a reserva legal, podendo ter sua 
organização regulada por decreto. 
c) têm sua criação submetida a reserva legal, mas podem ser extintas por decreto, 
podendo ter sua organização regulada por atos administrativos. 
d) são criadas e organizadas por decreto e podem ser extintas por essa mesma via 
administrativa. 
e) são criadas e extintas por decreto, podendo ter sua organização regulada por atos 
administrativos. 
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QUESTÃO 20 - A respeito dos princípios da administração pública e da organização 
administrativa, julgue o item a seguir. 
Uma autarquia é entidade administrativa personalizada distinta do ente federado que 
a criou e se sujeita a regime jurídico de direito público no que diz respeito a sua criação 
e extinção, bem como aos seus poderes, prerrogativas e restrições. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 21 - Acerca de administração pública, organização do Estado e agentes 
públicos, julgue o item a seguir. 
As autarquias e as empresas públicas têm personalidade jurídica de direito público, e 
as sociedades de economia mista têm personalidade jurídica de direito privado. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 22 - “João, servidor público ocupante do cargo de motorista de 
determinada autarquia do DF, estava conduzindo o veículo oficial durante o 
expediente quando avistou sua esposa no carro de um homem. Imediatamente, João 
dolosamente acelerou em direção ao veículo do homem, provocando uma batida e, 
por consequência, dano aos veículos. O homem, então, ingressou com ação judicial 
contra a autarquia requerendo a reparação dos danos materiais sofridos. A autarquia 
instaurou procedimento administrativo disciplinar contra João para apurar suposta 
violação de dever funcional.” 
No que se refere à situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. 
João é servidor de entidade integrante da administração indireta. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 23 - Julgue o próximo item, relativo a poderes, organização administrativa 
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do Estado e controle da administração. 
As secretarias municipais de determinado município integram a administração indireta 
desse ente federado. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 24 - Acerca da estrutura da administração federal brasileira, julgue o item 
seguinte. 
Fundações públicas são entidades da administração indireta dotadas de 
personalidade jurídica de direito público 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 25 - Acerca da estrutura da administração federal brasileira, julgue o item 
seguinte. 
Na administração indireta estão incluídas as fundações públicas, as empresas públicas 
e as autarquias. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 26 - Acerca da estrutura da administração federal brasileira, julgue o item 
seguinte. 
As entidades da administração indireta estão incluídas na estrutura administrativa da 
Presidência da República e dos ministérios, sendo a eles subordinadas 
independentemente do enquadramento de sua principal atividade. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 27 - Julgue o item subsequente, relativos a organização administrativa. 
Não existe hierarquia entre o Ministério da Saúde e a ANVISA. 
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( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 28 - Assinale a opção correta, a respeito das autarquias, fundações 
públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas. 
a) A extinção das empresas públicas e das sociedades de economia mista somente 
pode ocorrer por meio de lei autorizadora. 
b) Poderá o Estado instituir fundações públicas quando pretender intervir no domínio 
econômico. 
c) Cabe às autarquias a execução de serviços públicos de natureza social, de atividades 
administrativas e de atividades de cunho econômico e mercantil. 
d) As empresas públicas, as sociedades de economia mista e as autarquias têm 
personalidade jurídica de direito privado. 
e) Tanto as sociedades de economia mista quanto as empresas públicas devem ter a 
forma de sociedades anônimas. 
 
QUESTÃO 29 - A respeito da administração direta, indireta e fundacional, julgue o 
item a seguir. 
As autarquias e as empresas públicas integram a administração indireta e 
assemelham-se quanto ao modo de criação e ao regime jurídico, pois a criação de 
ambas depende de autorização legislativa e ambas submetem-se tanto ao regime 
público como ao regime privado. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 30 - A respeito da administração direta e indireta e da centralização e da 
descentralização administrativa, julgue o item seguinte. 
Compõem a administração indireta os órgãos públicos internos, as autarquias, as 
empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações públicas. 
( ) Certo ( ) Errado 
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15.1 Gabarito 
 
01 E 16 B 
02 A 17 E 
03 C 18 D 
04 C 19 B 
05 E 20 C 
06 C 21 E 
07 C 22 C 
08 E 23 E 
09 A 24 E 
10 E 25 C 
11 C 26 E 
12 D 27 C 
13 C 28A 
14 E 29 E 
15 C 30 E 
 
 
 
 
 
 
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16 Recapitulando... 
 
Inicialmente, antes de adentrarmos no conteúdo propriamente dito, vamos recapitular 
alguns pontos importantes. A Administração Pública pode ser dividida em direta e 
indireta, a administração direta é composta pelos órgãos públicos, aqueles ligados aos 
entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e União). Esses órgãos não possuem 
personalidade jurídica própria e são criados e extintos, via de regra, através de lei. 
 
Já a administração indireta é composta pelas autarquias, fundações públicas, 
sociedade de economia mista e empresas públicas. Diferente dos órgãos públicas, 
essas entidades são criadas por um processo de descentralização e possuem uma 
personalidade jurídica própria, ou seja, um CNPJ. Além disso, o ente não mantém uma 
relação de subordinação com o órgão da administração pública, mas está sujeito há 
um controle limitado, que verificará o seu bom funcionamento, se está cumprindo ou 
não com a função que lhe foi delegada. 
 
Assim, daremos continuidade ao nosso material, falando sobre as empresas estatais, 
dando foco principal as diferenças existentes entre as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista e autarquias. 
17 Empresas Estatais 
O gênero empresas estatais, abrange empresa pública e sociedade de economia 
mista, também podem entrar as empresas subsidiárias, sendo novas pessoas jurídicas 
criadas a partir de empresas públicas e sociedade de economia mista. Elas são criadas 
por um processo de descentralização, através de lei autorizadora, devendo esta fazer 
o registro no cartório competente. Elas possuem personalidade jurídica de direito 
privado e, são caracterizadas pelo fato de o poder público ter a maioria do capital 
votante. 
 
17.1 Empresa Pública 
As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, compostas por um 
capital exclusivamente público. Elas são criadas para a prestação de serviços 
públicos ou exploração de atividade econômica, sob qualquer modalidade 
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empresarial, inclusive poderá ser composta por um único sócio. 
 
Neste sentido, dispõe o art. 5º, II do Decreto Lei nº 200/67 que, empresa pública é a 
entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio 
e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica 
que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência 
administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. 
 
17.2 Sociedade de Economia Mista 
As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, elas são 
criadas para a prestação de serviços públicos ou exploração de atividade econômica, 
compostas por um capital misto, desde que a maioria do capital seja público. No 
entanto, as sociedades de economia mista, diferente das empresas públicas, só 
poderão ser constituídas sob o regime societário da sociedade anônima - S/A, seja ela 
de capital aberto ou fechado. 
 
Em consonância, o artigo 5º, III define que a sociedade de economia mista pode ser 
entendida como uma entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, 
criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade 
anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a 
entidade da Administração Indireta. 
 
Certo, mas falando assim, a empresa pública é muito semelhante a sociedade de 
economia mista. Sim, os pontos que diferem um ente do outro é muito sutil e, por 
isso, vamos estudar cada um deles a seguir. 
 
17.3 Diferenças entre uma EP e uma SEM 
A empresa pública se distingue da sociedade de economia mista, basicamente, em 
três pontos, o foro, o capital social e a razão social (espécie societária). 
 
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Foro/ competência 
A competência está relacionada com a ideia de qual justiça é competente para 
processar e julgar o ente, em eventuais processos. No caso da empresa pública federal, 
como, por exemplo a Caixa Econômica Federa ou os Correios, será competente a 
justiça federal, nos termos do art. 109, I da Constituição Federal, NOTE: 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem 
interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as 
de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho 
 
Já, quando se tratar de sociedade de economia mista federal, será competente para 
processar e julgar eventuais contendas, será a justiça comum estadual. Também serão 
de competência da justiça comum estadual, as empresas públicas e as sociedades de 
economia mista estadual, distrital e municipal. 
 
Capital 
A empresa pública será formada por um capital social exclusivamente público, embora 
admita-se a participação de mais de um ente para a formação do capital, este deverá 
continuar público. Esse também é o entendimento manifestado no art. 3º da Lei 
13.303/16 (Lei das Empresas Estatais), observe: 
Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com 
criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido 
pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. 
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da 
União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa 
pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de 
entidades da administração indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
 
Por outro lado, no caso das sociedades de economia mista, o capital social do ente 
deverá ser em sua maioria público, admitindo-se a participação de capital privado na 
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sua composição. Neste sentido, dispõe o art. 4º da Lei 13.303/16. 
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito 
privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com 
direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos 
Municípios ou a entidade da administração indireta. 
 
Espécie societária 
Por fim, a espécie societária da empresa pública poderá ser qualquer uma, inclusive, 
poderá ser composta por um único sócio. Em contrapartida, diferente da empresa 
pública, a sociedade de economia mista, só poderá ser uma sociedade anônima (S/A), 
não se admitindo qualquer outra razão social, nos termos do já citado art. 4º da Lei 
13.303/16. 
 
Para facilitar sua compreensão, nós elaboramos uma tabela com as principais 
diferenças entre a empresa pública e a sociedade de economia mista, NOTE: 
EMPRESA PÚBLICA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA 
O capital é 100% público 
✓ DL 200/67 
✓ Lei 13.303/2016 – EE 
Admite mais de um ente para a formação 
do capital, desde que a maioria do 
capital permaneça público – art. 3º, Lei 
13.303/16 
O capital será majoritariamente público, 
admitindo-se, portanto, capital privado 
na composição do capital social da 
sociedade de economia mista 
Admite-se a adoção de qualquer espécie 
societária, inclusive, a empresa pública 
pode ser composta por um único sócio 
Admite-se somente a Sociedade 
Anônima – art. 4º, Lei 13.303/2016 
A competência da empresa pública 
federal: justiça federal – art. 109, I, CF 
A competência da empresa pública 
estadual ou municipal e da sociedade de 
economia mista: justiça comum estadual 
 
 
 
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18 Autarquias 
As autarquias dentre as outras entidades, são as únicas que possuem personalidadejurídica de direito público sempre e, por isso, se submetem a um regime jurídico 
integralmente de direito público. São criadas e extintas diretamente por meio de lei 
específica, através de um processo chamado descentralização e devem exercer a 
atividade típica do Estado, ou seja, a prestação de serviços públicos, que não possua 
natureza mercantil. 
 
Além disso, as autarquias possuem um capital exclusivamente público e detém 
capacidade administrativa. Não obstante, além das características já mencionadas, 
podemos relacionar outras, como: 
→ Privilégio fiscal – art. 50, §2º, CF: a autarquia possui imunidade tributária 
recíproca, uma vez que os entes federativos não cobram impostos uns dos 
outros e, essa condição sendo estendida as autarquias, elas não pagam 
impostos; 
→ Privilégios processuais – art. 183, CPC: as autarquias possuem prazo em 
dobro para se manifestar em eventuais processos. Além disso, são obrigadas a 
remessa necessária, ou seja, nos processos judiciais em que o ente restar 
sucumbente (perder a demanda), é necessário a confirmação da sentença pelo 
órgão superior, o duplo grau de jurisdição é obrigatório; 
→ Responsabilidade civil do Estado – art. 37, §6º, CF: diante de eventuais danos 
cometidos por seus servidores, a autarquia responde de forma objetiva 
(independente da comprovação de dolo ou culpa), ressalvada a possibilidade 
de ação de regresso; 
→ Contratos: os contratos realizados com as autarquias são caracterizados como 
administrativos, portanto, antes de realizar qualquer contrato o processo de 
licitação é obrigatório; 
→ Atos: assim como os contratos, os atos das autarquias são tidos como 
administrativos; 
→ Concurso/ Regime de pessoal: é obrigatório a realização de concurso público 
para a contratação de servidores e, portanto, devem seguir o regime estatutário; 
→ Bens: os bens das autarquias são considerados bens públicos, já que elas são 
pessoas jurídicas de direito público. Desta forma, são impenhoráveis, 
imprescritíveis (não podem ser usucapidos), não onerabilidade e, possuem uma 
inalienabilidade condicionada (não é absoluta), uma vez que os bens dominiais 
podem ser alienados, desde que atendidas as exigências legais. 
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18.1 Classificação 
As autarquias podem ser criadas pela União, Estados, Municípios e pelo Distrito 
Federal (esses órgãos são dotados de soberania, mas não de hierarquia). Desta forma, 
as autarquias podem ser classificadas em 5 diferentes tipos, são eles: 
→ Administrativas: as autarquias administrativas são aquelas que prestam 
serviço, as chamas autarquias de serviço; 
Ex.: INCRA, IBAMA e INSS 
→ Especiais: as autarquias especiais, também conhecidas como autarquias em 
regime especial, podem ser subdivididas em stricto sensu e agências 
reguladoras. 
 Stricto sensu: são aquelas autarquias criadas, em regime especial, com a 
finalidade de fomentar determinadas regiões; 
Ex.: Sudam, Sudene 
 Agências reguladoras: por outro lado, as agencias reguladoras são 
aquelas autarquias criadas em regime especial que possuem uma certa 
autonomia, garantida pela figura do dirigente com mandato fixo e estável 
no exercício de suas funções; 
Ex.: Anatel, Anvisa, Aneel e Antaq 
→ Corporativas: as autarquias corporativas, também chamadas de autarquias 
profissionais, são aquelas que exercem um poder de polícia, regulamentando o 
exercício de determinadas profissões. 
Ex.: CRM, CRO, Conselho Regional de Odontologia 
 
! OAB – a Ordem dos Advogados do Brasil não é considerada uma 
autarquia, o entendimento que prevalece é que ela se trata de uma 
entidade sui generis, ou seja, não é um órgão e nem um ente, é uma 
coisa. 
 
→ Fundacionais: as autarquias fundacionais nada mais são do que as fundações 
públicas, constituídas por um patrimônio destinado a beneficiar pessoas 
indeterminadas; 
Ex.: Procon, Funai, Funasa 
→ Territoriais: as autarquias territoriais podem ser entendidas como um 
desmembramento geográfico, elas não são entes e, tampouco, órgãos, elas são 
entidades criadas pela União. A esse território é conferido algumas 
prerrogativas de ordem política administrativa, conferindo-lhe certa liberdade 
de ação. 
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19 Tipologia das Organizações | Terceiro Setor 
Podemos dizer que as organizações em nosso país são divididas em três setores. São 
eles: 
➢ Primeiro setor: envolve as organizações públicas, o governo, o Estado e a 
administração pública; 
➢ Segundo setor: envolve as organizações privadas, o comércio, o mercado. É 
nele que gira e impera o direito privado; 
➢ Terceiro setor: envolve as organizações sem fins lucrativos e é também 
chamado de paraestatal. Existe para cobrir as deficiências do primeiro e 
segundo setores. Ora, o Estado não é capaz de prover todas as necessidades da 
população, e as empresas privadas, embora sejam capazes de auxiliar na 
entrega de serviços, objetivam acima de tudo o lucro. Assim, as organizações 
do terceiro setor têm por finalidade resolver problemas da nossa sociedade que 
não são abarcados pelo primeiro setor sem objetivar o lucro, como faz o 
segundo setor. 
 
Na aula de hoje falaremos um pouco sobre as fundações, compreendidas no primeiro 
setor, e sobre as paraestatais, compreendidas no terceiro setor. 
 
20 Fundações 
Anteriormente, vimos que a União é estruturada de forma direta e interna através dos 
seus órgãos, criando as várias entidades, que são as autarquias, fundações, empresas 
públicas de sociedade de economista, que são chamadas de entidades. Em suma, 
vimos que: 
 
➢ Autarquias são pessoas jurídicas de direito público, dotadas de capital 
exclusivamente público, com capacidade administrativa e criadas para a 
prestação de serviço público. 
 
➢ Fundações são pessoas jurídicas compostas por um patrimônio personalizado 
e destinado pelo seu fundador para uma finalidade específica. Pode ser pública 
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ou privada a depender da origem dos bens e valores. 
 
Para aprofundarmos um pouco mais o conceito de fundação, precisamos 
compreender apesar de tomarmos por base o conceito apresentado no Decreto 
nº2000/67, segundo o qual a fundação é de direito privado, a Constituição Federal de 
1988 determina que a fundação é de direito público. Prevalece, é claro, o que está 
previsto na Constituição, mas o conceito legal continua sendo o previsto no Decreto 
2000/67. 
 
Assim, as fundações são classificadas segundo forma como são criadas, podendo 
serem qualificadas como fundações autárquicas ou fundações governamentais. 
 
20.1 Fundações Autárquicas 
Uma fundação ligada à administração pública criada de acordo com o que está 
previsto na constituição, ou seja, de acordo como o preceito de criação direta por 
lei, é praticamente considerada uma autarquia. Dessa forma, ela recebe o nome de 
fundação autárquica, ou fundação pública. A fundação autárquica é a única forma de 
autarquia considerada fundação pública. 
 
20.2 Fundações Governamentais 
Uma fundação também ligada à administração pública, mas criada com autorização 
legislativa e registrada em cartório não é uma autarquia, pois, segundo o art. 37 da 
CF/88 a criação de uma autarquia ocorre somente diretamente por lei. 
 
Para o doutrinador Celso Antônio, existe fundação pública e fundação privada. A 
fundação privada seria regida pelo Direito Civil, pelo Código Civil, e seu controle seria 
feito pelo Ministério Público, e não pelo Tribunal de Contas, uma vez que não haveria 
dinheiro público envolvido. Porém, essa não é a visão que vamos adotar para nossa 
prova de concurso. 
 
Para fins de concurso, lembre-se: 
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Existe a fundação pública de direito público, que é aquele se equipara à autarquia, 
e a fundação pública de direito privado, que é aquela criada com autorização legale registrada e cartório. 
 
As principais diferenças entre elas são: 
FUDAÇÕES PÚBLICAS/AUTÁRQUICAS FUNDAÇÕES GOVERNAMENTAIS 
 PJ de direito público  PJ de direito privado 
 Criadas por lei específica  Criadas por autorização legislativa 
 PJ surge com a publicação  PJ surge com o registro em cartório 
 Extintas por lei  Extintas por baixa em cartório 
 Espécie de autarquia  Espécie autônoma 
 Titularizam serviços públicos  Não podem titularizar serviço público. 
 Ex.: FUNAI/ FUNASA/ FN 
 Ex.: Fundação Padre Anchieta/ Fundação 
São Paulo 
AMBAS PERTENCEM À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA 
 
Lembre-se! Para fazer parte da administração pública tem que ser um órgão ou 
uma dessas quatro entidades: autarquia, fundação, sociedade de economia mista 
ou empresa pública. Do contrário, não está vinculado nem direta nem indiretamente 
à administração pública. As paraestatais, por exemplo, NÃO fazem parte da 
administração pública. 
 
21 Mapa Comparativo 
 
Para facilitar sua compreensão, elaboramos uma tabela comparativa relacionando 
todos os entes da Administração Pública Indireta, com suas principais características. 
 
 
Autarquia 
Fundação 
Pública 
Empresa 
Pública 
Sociedade de 
Eco. Mista 
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D
e
fi
n
iç
ã
o
 
São pessoas 
jurídicas de 
direito público, 
dotadas de 
capital 
exclusivamente 
público, com 
capacidade 
administrativa, 
criada para a 
prestação de 
serviço público. 
É uma pessoa 
jurídica composta 
por um 
patrimônio 
personalizado 
destinado pelo 
seu fundador, 
para uma 
finalidade 
específica. Pode 
ser pública ou 
privada, a 
depender da 
origem dos seus 
bens e valores. 
São pessoas 
jurídicas de 
direito privado, 
compostas por 
um capital 
exclusivamente 
público, criadas 
para a prestação 
de serviços 
públicos ou 
exploração de 
atividades 
econômicas, sob 
qualquer 
modalidade 
empresarial. 
São pessoas 
jurídicas de 
direito privado, 
criadas para a 
prestação de 
serviços públicos 
ou exploração 
de atividades 
econômicas, 
com o capital 
misto, sob o 
regime jurídico 
de sociedade 
anônima – S/A. 
C
a
ra
c
te
rí
st
ic
a
s 
- Autoadministração 
- Capacidade financeira 
- Patrimônio próprio 
- Regime ESTATUTÁRIO 
- Autoadministração 
- Capacidade financeira 
- Patrimônio próprio 
- Regime CELETISTA 
C
o
n
tr
o
le
 
Não há hierarquia ou subordinação, os entes apenas estão vinculados aos 
órgãos e sofrem um controle interno e externo. Eles estão sujeitos aos 3 
controles (administrativo, legislativo e o judiciário). 
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C
ri
a
ç
ã
o
 e
 e
x
ti
n
ç
ã
o
 
São criadas e 
extintas, 
diretamente por 
lei específica. 
A lei específica 
autoriza sua 
criação e a lei 
complementar 
define sua área 
de atuação. Já, no 
caso da fundação 
pública com 
personalidade 
jurídica de direito 
privado será 
criada através de 
lei autorizadora, 
sendo 
obrigatório o 
registro no 
cartório 
competente. 
A lei específica autoriza sua criação, 
porém ela só se efetiva com o 
registro dos atos constitutivos no 
respectivo Cartório. 
 
A extinção se realizará apenas por 
meio de lei específica. 
P
ri
v
il
é
g
io
 
Não está sujeita a falência, têm 
prazos processuais diferenciados e 
recebe imunidades tributárias. 
As prestadoras de serviços público 
têm iguais privilégios (ex.: Correios) 
 
As exploradoras de atividade 
econômica não possuem privilégios 
(ex.: C.E.F) 
 
O artigo 37, inciso XIX, da CF/88, estabelece que somente por lei específica poderá ser 
criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de 
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir 
as áreas de sua atuação. 
 
O mesmo acontece com os consórcios públicos, já que o procedimento de criação 
exige a promulgação de lei por cada um dos partícipes, ratificando, total ou 
parcialmente, o protocolo de intenções ou disciplinando a matéria (Lei n. 
11.107/2005). 
 
OBS.: A competência para a propositura da lei será do Poder interessado 
em constituir a entidade. 
 
No tocante à extinção das entidades da administração indireta, deve ser observado o 
princípio do paralelismo das formas, segundo o qual se um instituto jurídico é criado 
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considerando determinado procedimento e obedecendo a forma específica, sua 
extinção deverá seguir o mesmo procedimento e adotar a mesma forma. 
 
 
Questão 01: Apesar de terem o tipo societário de sociedade anônima, as sociedades 
de economia mista são pessoas jurídicas de direito público. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIO: O item está ERRADO. É verdade que as sociedades de economia mista 
devem ter a forma de sociedade anônima, sendo reguladas especialmente pela Lei n. 
6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações). Contudo, as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista são consideradas pessoas jurídicas de direito privado, 
aí o erro da assertiva. 
 
Questão 02: Ao outorgar determinada atribuição a pessoa não integrante de sua 
administração direta, o Estado serve-se da denominada desconcentração 
administrativa. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIO: O item está ERRADO. Ao outorgar determinada atribuição a pessoa 
não integrante de sua administração direta, o Estado serve-se da 
DESCENTRALIZAÇÃO, a qual consiste na distribuição ou transferência de atividades 
ou serviços da Administração Direta para a Administração Indireta ou para 
particulares, o que pressupõe a existência de pelo menos duas pessoas, a pessoa 
política que transfere as atribuições e a pessoa física ou jurídica (de direito público ou 
de direito privado) que recebe as atribuições. Fique ligado: Na descentralização 
inexiste relação hierárquica. 
 
Questão 03: A administração direta é constituída de órgãos, ao passo que a 
administração indireta é composta por entidades dotadas de personalidade jurídica 
própria, como as autarquias, que são destinadas a executar serviços públicos de 
natureza social e atividades administrativas. 
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( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIO: O item está CORRETO. A Administração Direta é o conjunto de órgãos 
públicos que integram as pessoas jurídicas políticas (União, Estados, DF e Municípios) 
para execução de atividades administrativas de forma centralizada. Os órgãos não 
possuem personalidade jurídica. Por sua vez, a Administração Indireta é o conjunto de 
pessoas jurídicas que executam atividades administrativas, de forma descentralizada, 
permanecendo vinculadas à Administração Direta. A Adm. Indireta compreende as 
autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas.. 
 
Questão 04: Decorrem do princípio da reserva legal a exigência de que as entidades 
da administração indireta sejam criadas ou autorizadas por leis específicas e a de que, 
no caso das fundações, leis complementares definam suas áreas de atuação. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIO: O item está CORRETO. A criação de entidades da Administração 
Indireta está submetida ao princípio da reserva legal. Nesse contexto, como cada 
pessoa política possui autonomia para editar as suas próprias leis, podemos afirmar 
que é possível a existência da Administração Indireta no âmbito de todos os entes 
federados. 
 
Questão 05: A empresa pública difere da sociedade de economia mista no que se 
refere à personalidade jurídica: aquela é empresa estatal de direito privado, esta é de 
direito público. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIO: item está ERRADO. Tanto a empresa pública quanto a sociedade de 
economia mista possuem personalidade jurídica de direito privado (decorre do art. 
173, § 1.º, II, CF/88). 
Questão 06: Por ser dotada de personalidade jurídica de direito públicoe integrar a 
administração pública indireta, a empresa pública não pode explorar atividade 
econômica. 
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( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIO: O item está ERRADO. A empresa pública e a sociedade de economia 
mista são consideradas pessoas jurídicas de direito privado. Ademais, tanto a empresa 
pública quanto a sociedade de economia mista podem desempenhar as duas 
atividades: exploração de atividade economia e prestação de serviços públicos. 
 
Questão 07: É possível a constituição de fundação pública de direito público ou de 
direito privado para a exploração direta de atividade econômica pelo Estado, quando 
relevante ao interesse público. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIO: O item está ERRADO. Em primeiro lugar, importante esclarecer que a 
fundação é um patrimônio personalizado destinado a realizar atividades de interesse 
social. São atividades não exclusivas do Estado, como atividades educacionais, sociais, 
culturais, pesquisas científicas, etc. As fundações não são destinadas à exploração 
de atividade econômica. O Estado pode criar fundações de direito público ou de 
direito privado, segundo lhe parecer conveniente e oportuno. 
 
Questão 08: As sociedades de economia mista sujeitam-se ao regime trabalhista 
próprio das empresas privadas. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIO: O item está CORRETO. As pessoas que trabalham nas empresas 
estatais, como regra, são regidas pela CLT, possuindo emprego público. Seus direitos 
e obrigações são fixados por um contrato de trabalho, e não pela lei. 
 
Questão 08: O principal critério de distinção entre empresa pública e sociedade de 
economia mista é que esta integra a administração indireta, enquanto aquela integra 
a administração direta. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
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COMENTÁRIO: O item está ERRADO. Tanto a empresa pública quanto a sociedade de 
economia mista fazem parte da administração indireta (art. 4.º do Decreto-lei n. 
200/67). 
 
Questão 09: Órgão público é ente despersonalizado, razão por que lhe é defeso, em 
qualquer hipótese, ser parte em processo judicial, ainda que a sua atuação seja 
indispensável à defesa de suas prerrogativas institucionais. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIO: O item está ERRADO. Em regra, os órgãos não possuem capacidade 
processual, mas a doutrina e a jurisprudência, excepcionalmente, reconhecem a 
capacidade processual ou “personalidade judiciária” de órgãos públicos de natureza 
constitucional quando se tratar da defesa de suas competências ou prerrogativas 
funcionais, violadas por ato de outro órgão. Vide súmula 525 do STJ. 
 
Questão 10: Embora sejam entidades dotadas de personalidade jurídica de direito 
privado, as empresas públicas, como regra geral, estão obrigadas a licitar antes de 
celebrar contratos destinados à prestação de serviços por terceiros. 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
COMENTÁRIO: O item está CORRETO. Tratando-se de empresa pública ou sociedade 
de economia mista que presta serviços públicos, deve haver licitação. 
 
 
 
Após ter resolvido essas questões extras, meu caro aluno e aluna, vamos dar 
continuidade sobre nosso MAPA COMPARATIVO.... 
 
Autarquia 
Fundação 
Pública 
Empresa 
Pública 
Sociedade de 
Eco. Mista 
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R
e
sp
. 
d
o
 E
st
a
d
o
 
Responsabilidade objetiva 
- Independe de comprovação 
de culpa; 
- Teoria do risco administrativo. 
Responsabilidade objetiva 
- Para as empresas públicas e 
sociedades de economia mista, 
prestadoras de serviços públicos; 
 
Responsabilidade subjetiva 
- Para as empresas públicas e 
sociedades de economia mista, 
exploradoras de atividade econômica. 
P
e
n
h
o
ra
 
Não é 
possível 
Não é possível 
No caso das prestadoras de serviço 
público, não cabe o instituto da 
penhora, visto que os bens são 
afetados; 
No caso das exploradoras de 
atividade econômica, a penhora é 
plenamente possível. 
E
x
e
m
p
lo
s 
INCRA, 
BACEN, 
INSS, 
IBAMA, 
CVM, ANA, 
ANVISA 
FUNAI, Butantã, 
IBEGE, FNS 
BNDES, CEF, 
CORREIOS, 
SERPRO, 
Radiobrás 
Banco do Brasil, 
Petrobrás, 
Eletrobrás 
 
IMPORTANTE: Nenhuma das entidades, mesmo àquelas de direito 
privado, estão sujeitas à FALÊNCIA, assim, a Administração Direta poderá 
ser responsabilizada subsidiariamente 
 
 
 
 
 
 
 
 
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22 Questões de Sala 
 
Questão 01 Julgue o seguinte item, relativo à organização administrativa da União. 
A empresa pública difere da sociedade de economia mista no que se refere à personalidade 
jurídica: aquela é empresa estatal de direito privado, esta é de direito público. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Questão 02 Em relação à organização administrativa e à licitação administrativa, julgue o 
item a seguir. 
Por ser dotada de personalidade jurídica de direito público e integrar a administração pública 
indireta, a empresa pública não pode explorar atividade econômica. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Questão 03 Acerca da organização da administração direta e indireta, centralizada e 
descentralizada, julgue o item a seguir. 
As sociedades de economia mista sujeitam-se ao regime trabalhista próprio das empresas 
privadas 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Questão 04 Com relação à organização administrativa e à administração pública direta e 
indireta, julgue o item a seguir. 
Diferentemente das empresas públicas, que podem ser constituídas sob qualquer forma 
empresarial admitida em direito, as sociedades de economia mista somente podem 
constituir-se sob a forma de sociedade anônima. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Questão 05 Com relação à organização administrativa e à administração pública direta e 
indireta, julgue o item a seguir. 
Acerca da organização administrativa da União, julgue o item seguinte. 
Sociedade de economia mista é empresa estatal com personalidade jurídica de direito 
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privado; seu capital é oriundo tanto da iniciativa privada quanto do poder público. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Questão 06 Assinale a alternativa INCORRETA acerca da organização administrativa. 
A Autarquias são pessoas jurídicas de direito público criadas por lei específica, que 
desenvolvem atividade típica de Estado, com liberdade para agirem nos limites 
administrativos da lei específica que as criou. O DETRAN é um exemplo de autarquia. 
B As agências reguladoras são espécies de autarquia com o objetivo de fiscalizar, regular e 
normatizar a prestação de serviços públicos, sendo seus dirigentes nomeados pelo Presidente 
da República, após aprovação prévia do Senado Federal. 
C A sociedade de economia mista possui capital público e privado, tendo como requisito que 
a maioria do capital societário pertença ao Poder Público. 
D Quando o Estado institui pessoa jurídica sob a forma de fundação, ele pode atribuir a ela 
o regime jurídico de direito público ou de direito privado. Se escolhido o regime de direito 
público, terá ela natureza jurídica de autarquia e será denominada autarquia fundacional. 
E Podem participar do capital de uma empresa pública os entes da administração indireta, 
ainda que possuam personalidade de direito privado, uma vez que o fundamental é o capital 
se manter integralmente público 
 
Gabarito: 01. E 02. E 03. C 04. C 05.C 06. C 
 
 
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23 Questões para Treinar 
Pode acontecer de um ou outro conteúdo ainda não termos abordado, 
contudo, esforce-se em responder todos (ainda que seja arriscando uma 
resposta, o famoso “chute”) pois, quando alcançarmos nossa próxima 
aula, ficará mais fácil a assimilação. 
Lembre-se que a resolução dos exercícios é o treinamento para o 
combate (dia da prova). Quando o treinamento é árduo o combate passa 
a ser mais fácil. 
 
QUESTÃO 0179 
16 Recapitulando... .................................................................................................................. 80 
17 Empresas Estatais ............................................................................................................... 80 
17.1 Empresa Pública ................................................................................................................... 80 
17.2 Sociedade de Economia Mista ............................................................................................... 81 
17.3 Diferenças entre uma EP e uma SEM ..................................................................................... 81 
Foro/ competência ............................................................................................................................................... 82 
Capital .................................................................................................................................................................. 82 
Espécie societária ................................................................................................................................................. 83 
18 Autarquias .......................................................................................................................... 84 
18.1 Classificação ......................................................................................................................... 85 
19 Tipologia das Organizações | Terceiro Setor ........................................................................ 86 
20 Fundações ........................................................................................................................... 86 
20.1 Fundações Autárquicas ......................................................................................................... 87 
20.2 Fundações Governamentais .................................................................................................. 87 
21 Mapa Comparativo ............................................................................................................. 88 
22 Questões de Sala ................................................................................................................. 96 
23 Questões para Treinar ......................................................................................................... 98 
23.1 Gabarito ............................................................................................................................. 112 
24 Administração Pública Indireta.......................................................................................... 113 
25 Autarquia .......................................................................................................................... 113 
25.1 Classificação ....................................................................................................................... 114 
25.2 Características .................................................................................................................... 115 
26 Regime Jurídico de Direito Público ..................................................................................... 115 
26.1 Atos ................................................................................................................................... 116 
26.2 Contratos ........................................................................................................................... 116 
26.3 Responsabilidade Civil ........................................................................................................ 116 
26.4 Bens Autárquicos ................................................................................................................ 116 
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26.5 Débitos judiciais seguem o regime de precatórios................................................................ 117 
26.6 Privilégios tributários .......................................................................................................... 117 
26.7 Privilégios Processuais ........................................................................................................ 118 
26.8 Regime de pessoal .............................................................................................................. 119 
26.9 Conselho de Profissões Regulamentadas ............................................................................. 120 
26.10 A OAB – Ordem dos Advogados do Brasil ............................................................................ 121 
26.11 Autarquia de Regime Especial ............................................................................................. 122 
27 Autarquia especial ............................................................................................................ 123 
27.1 Agências Reguladoras ......................................................................................................... 124 
27.2 Agências executivas ............................................................................................................ 126 
28 RESUMÃO ......................................................................................................................... 129 
28.1 Mapa Comparativo: Agência executiva x Agência reguladora ............................................... 129 
29 Questões de Sala ............................................................................................................... 131 
30 Questões para Treinar ....................................................................................................... 134 
30.1 Gabarito ............................................................................................................................. 135 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 Organização Administrativa 
 
Nossa aula de hoje será sobre os conceitos elementares de organização 
administrativa. Vamos compreender também quem é a Administração Direta e 
Indireta, suas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia 
mista. 
 
Vamos então começar, sempre com foco na objetividade e sua aprovação no seu 
concurso público. 
 
3.1 Diferenciação Importante 
Referente ao Direito Constitucional, quando estudamos esta disciplina aprendemos 
sobre os objetivos do Estado: liberdade, justiça, solidariedade, desenvolvimento 
nacional, erradicar pobreza, redução das desigualdades sociais, eliminar o 
preconceito, promover o bem de todos (art. 3º da CF88). 
 
Como o Estado faz para alcançar tais objetivos? Para a resposta deste 
questionamento vamos revisar os conceitos de Estado, Governo e 
Administração Pública. 
 
A Administração Pública deve ser compreendida como uma ferramenta utilizada 
pelo Estado para atingir os seus objetivos. Quem escolhe quais são esses objetivos 
é o seu governo, pois a este é quem cabe a função política (atividade eminentemente 
discricionária) – o povo escolhe seus representantes eleitos para esta tomada de 
decisões. 
 
Para melhor compreender vamos relembrar as diferenças entre Estado, Governo e 
Administração Pública: 
 
✓ Estado é a pessoa jurídica territorial soberana composta de pessoas e 
patrimônios, visando a consecução de certos fins (finalidade pública). O Estado 
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é constituído de elementos: governo, território e soberania (elementos do 
Estado). Finalmente, o Estado possui algumas funções: função administrativa, 
função judicante e função legiferante – cada uma dessas funções exercidas 
respectivamente pelos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo. 
 
✓ Administração Pública caracteriza-se pela atuação em uma das funções do 
Estado (função administrativa), bem como a prática necessária para o 
cumprimento dessa função. Assim, é a- Com relação à administração pública e sua organização, julgue o item 
a seguir. 
O IBAMA é uma fundação pública, serviço autônomo criado por lei, e tem 
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios para executar atividades típicas 
da administração pública que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão 
administrativa e financeira descentralizada. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 02 - Acerca de uma hipotética entidade da administração pública indireta 
responsável por fiscalização ambiental, julgue o item seguinte. 
Essa entidade se sujeita à necessidade de licitação, como regra excepcional, para a 
contratação de obras, serviços e compras. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 03 - Julgue o próximo item, acerca da administração pública indireta e da 
natureza jurídica e sujeição às normas jurídicas da FUNPRESP-EXE. 
Embora não sejam considerados, em regra, bens públicos, os bens das fundações 
públicas de direito privado podem ser sujeitados a regras de direito público, como a 
impenhorabilidade, o que ocorre, por exemplo, quando os referidos bens são 
empregados de maneira direta na prestação de serviços públicos, visando à garantia 
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do princípio da continuidade dos serviços públicos. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 04 - Julgue o próximo item, acerca da administração pública indireta e da 
natureza jurídica e sujeição às normas jurídicas da FUNPRESP-EXE. 
As fundações públicas de direito privado, por sua natureza jurídica, podem 
desempenhar atividades que exijam o exercício do poder de império, assim como 
ocorre com as fundações públicas de direito público. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 05 - A Agência de Regulação de Serviços Públicos Delegados do Estado 
de Rondônia (AGERO), criada mediante lei específica, possui personalidade jurídica 
própria de direito público, patrimônio e receita próprios, capacidade específica e 
restrita à sua área de atuação, bem como autonomia administrativa e financeira. A 
essa agência compete o poder de regulação, controle e fiscalização de serviços 
públicos delegados, permissionados ou autorizados. 
Com base no texto anterior, é correto afirmar que a AGERO é exemplo de 
a) fundação pública. 
b) fundação autárquica. 
c) consórcio público. 
d) autarquia. 
e) empresa pública. 
 
QUESTÃO 06 - Assinale a opção que indica o tipo de entidade que é dotada de 
personalidade jurídica de direito privado, cuja criação é autorizada por lei, sob a forma 
de sociedade anônima, com capital público e privado, e cujas ações com direito a voto 
pertencem, em sua maioria, a ente estatal ou entidade da administração indireta. 
a) sociedade de economia mista 
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b) fundação autárquica 
c) empresa pública 
d) agência executiva 
e) fundação pública 
 
QUESTÃO 07 - No que diz respeito ao direito administrativo, julgue o item a seguir. 
As autarquias federais são vinculadas a um órgão federal que exerce a supervisão 
ministerial, sem que haja subordinação hierárquica entre eles. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 08 - Julgue o seguinte item, relativo a aspectos diversos pertinentes a 
noções de direito administrativo. 
A autarquia, em que pese ser pessoa jurídica de direito privado, terá as mesmas 
sujeições da administração direta, em razão do serviço prestado. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 09 - A respeito de Estado, governo e administração pública, da organização 
administrativa do Estado e dos agentes públicos, julgue o item subsequente. 
É dado ao Estado o poder de criar entidade sem definir o objeto de sua atuação de 
forma precisa, desde que a indicação genérica seja suficiente à compreensão do 
serviço público a ser prestado. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 10 - A respeito de Estado, governo e administração pública, da organização 
administrativa do Estado e dos agentes públicos, julgue o item subsequente. 
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As empresas públicas detêm os mesmos privilégios e as mesmas prerrogativas do 
Estado. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 11 - Relativamente à organização administrativa em geral e a aspectos 
dessa organização no Brasil, julgue o próximo item. 
Nas autarquias brasileiras, adota-se o regime de patrimônio privado, o que garante a 
impenhorabilidade de bens. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 12 - Relativamente à organização administrativa em geral e a aspectos 
dessa organização no Brasil, julgue o próximo item. 
No Brasil, admite-se a existência de autarquias previdenciárias, corporativas, 
ambientais, culturais e de fomento, entre outras. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 13 - Pedro requereu informações acerca de uma contratação direta 
promovida, com amparo em cláusula de inexigibilidade de licitação, 
por uma empresa pública estadual, a qual, entretanto, negou-lhe acesso a tais 
informações, sob o fundamento de que não estaria subordinada ao regime da Lei n. 
12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação) e de que as informações solicitadas se 
referiam a dados pessoais de terceiros, cujo acesso era restrito, salvo se houvesse o 
consentimento expresso de tais terceiros. Inconformado, Pedro protocolou pedido de 
reconsideração perante a autoridade que lhe havia negado o acesso à informação, 
alegando que o referido consentimento não deve ser exigido quando as informações 
forem necessárias à proteção do interesse público preponderante. A partir dessa 
situação hipotética, julgue o item seguinte. 
Empresa pública é entidade da administração pública indireta com personalidade 
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jurídica de direito privado. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 14 - Determinada autarquia deflagrou de ofício um processo 
administrativo contra um servidor público comissionado, alegando que a legislação 
determina a abertura de processo quando verificada irregularidade funcional 
praticada na repartição. 
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o próximo item. 
Autarquia é órgão público despersonalizado subordinado à administração pública 
direta. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 15 - João, autoridade vinculada a determinada autarquia com sede no 
estado do Rio de Janeiro, praticou ato que feriu direito de Maria. Em razão disso, Maria 
interpôs recurso administrativo endereçado à autoridade superior de João, alegando 
que não havia os fundamentos de fato e jurídicos necessários para a prática do ato. 
Foi negado provimento ao recurso de Maria, então ela impetrou mandado de 
segurança, visando impugnar o ato de João. 
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item que se segue. 
Autarquia é entidade da administração pública indireta com personalidade jurídica de 
direito público e, como tal, pratica atos administrativos que devem atender a todos os 
requisitos que lhes são exigidos. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 16 - Julgue o item subsequente, acerca de legislação administrativa e 
orçamento público. 
A Casa Civil faz parte da administração indireta, assim como a FUNPRESP e a 
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Universidade de Brasília. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 17 - Julgue o próximo item, acerca dos princípios fundamentais que regem 
a administração federal e de aspectos relativos à administração direta e indireta, 
estruturação, características e descrição de órgãos e entidades públicos. 
As fundações públicas fazem parte da administração indireta, não podem ter fins 
lucrativos, são subordinadas administrativamente aos respectivos órgãos instituidores 
e devem funcionar com recursos exclusivos da união. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 18 - Julgue o próximo item, acerca dos princípios fundamentais que regem 
a administração federal e de aspectos relativos à administração direta e indireta, 
estruturação, característicase descrição de órgãos e entidades públicos. 
As autarquias executam atividades típicas da administração pública, são integrantes 
de administração indireta e possuem patrimônio próprio. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 19 - A desconcentração, no âmbito da administração pública, ocorre, por 
exemplo, na instituição de 
a) empresa pública. 
b) autarquia. 
c) fundação pública. 
d) sociedade de economia mista. 
e) secretaria executiva. 
 
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QUESTÃO 20 - No que tange aos institutos da descentralização e da desconcentração, 
julgue o item a seguir. 
A diferença preponderante entre esses institutos decorre do número de pessoas 
jurídicas envolvidas em cada um deles. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 21 - Acerca da responsabilidade civil do Estado, dos serviços públicos e da 
organização administrativa, julgue o seguinte item. 
Considera-se descentralizada a atividade exercida pelos diversos órgãos integrantes 
da administração direta em âmbito federal, estadual ou municipal. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 22 - Quanto aos aspectos de intermediação de interesses, mudanças 
institucionais, construção de agendas e políticas públicas, julgue o item seguinte. 
A descentralização dos serviços públicos prestados pelo Estado possibilita que a 
execução dos serviços seja mais flexível e que os processos sejam mais democráticos. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 23 - Julgue o seguinte item, relativo a aspectos diversos pertinentes a 
noções de direito administrativo. 
A descentralização por colaboração ocorre quando o Estado cria pessoa jurídica para 
transferir a execução de determinado serviço público. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 24 - Relativamente à organização administrativa em geral e a aspectos 
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dessa organização no Brasil, julgue o próximo item. 
Na desconcentração, as funções são compartilhadas entre diferentes órgãos, que 
podem pertencer a diferentes esferas administrativas, o que frequentemente gera 
quebras de hierarquia. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 25 - Relativamente à organização administrativa em geral e a aspectos 
dessa organização no Brasil, julgue o próximo item. 
Na descentralização, pode-se prever a distribuição de competências entre pessoas 
físicas ou jurídicas. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 26 - Acerca de sistemas administrativos, de administração pública e de 
organização administrativa do Estado, julgue o item a seguir. 
Embora apresentem diferenças, as teorias do mandato, da representação e do órgão 
têm como traço comum a imputação da vontade do órgão público à pessoa jurídica 
em que aquele se encontra inserido. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 27 - Em seu sentido objetivo, a administração pública corresponde 
a) ao conjunto de finalidades públicas do Estado. 
b) aos órgãos públicos que compõem os poderes. 
c) à atividade administrativa. 
d) à temporalidade dos governantes eleitos. 
e) às normas editadas pelo Estado. 
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QUESTÃO 28 - No que se refere ao direito administrativo, julgue o item a seguir. 
A administração direta é composta por órgãos dotados de personalidade jurídica que 
desempenham funções administrativas próprias. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 29 - No que concerne à organização administrativa, julgue o próximo item. 
A função administrativa realizada pela União, pelos estados e municípios é 
denominada administração pública indireta. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 30 - No que concerne à organização administrativa, julgue o próximo item. 
A Secretaria da Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional são 
órgãos integrantes da administração pública federal indireta. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 31 - Determinado órgão público firmou contrato administrativo com uma 
empresa de reconhecida especialização no mercado, para a prestação de serviços de 
treinamento de pessoal de natureza singular aos seus servidores. Durante a execução 
do contrato, a empresa descumpriu uma das cláusulas contratuais. A administração 
pública, então, aplicou multa por inexecução parcial do acordado. Insatisfeita, a 
empresa impetrou mandado de segurança no Poder Judiciário em face do ato 
administrativo que aplicara a penalidade sem prévia oitiva. 
Considerando essa situação hipotética, julgue o item que se seguem. 
Órgão público é ente descentralizado da administração indireta que possui 
personalidade jurídica de direito público. 
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( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 32 - A administração indireta inclui as sociedades de economia mista, cujos 
agentes são 
a) empregados públicos regidos pela CLT e sujeitos às normas constitucionais relativas 
a concurso público e à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos. 
b) empregados públicos regidos pela CLT que não se submetem às normas 
constitucionais 
relativas a concurso público nem à vedação de acumulação remunerada de cargos 
públicos. 
c) empregados públicos regidos pela CLT e sujeitos às normas constitucionais relativas 
a concurso público, mas não à vedação de acumulação remunerada de cargos 
públicos. 
d) servidores públicos estatutários sujeitos às normas constitucionais relativas a 
concurso 
público e à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos. 
e) servidores públicos estatutários sujeitos às normas constitucionais relativas a 
concurso 
público, mas não à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos. 
 
QUESTÃO 33 - Acerca das reformas administrativas e da redefinição do papel do 
Estado brasileiro, julgue o item subsequente. 
A Constituição Federal de 1988 conferiu flexibilidade operacional às fundações e 
autarquias públicas ao atribuir-lhes normas de funcionamento distintas das que 
regem a administração direta. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 34 - A respeito da organização administrativa e de poderes e deveres da 
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administração pública, julgue o item seguinte. 
É admitida a criação de autarquia por iniciativa de deputado federal, desde que este 
encaminhe o respectivo projeto de lei à Câmara dos Deputados e que a matéria verse 
estritamente sobre a criação da entidade. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 35 - Determinado governador pretende que sejam criadas uma nova 
autarquia e uma nova empresa pública em seu estado. 
Nessa situação, serão necessárias 
a) duas leis específicas: uma para a criação da autarquia e outra para a criação da 
empresa pública. 
b) uma lei específica para a criação da autarquia e outra para a autorização da 
instituição da empresa pública. 
c) uma lei específica para a criação da empresa pública e outra para a autorização da 
instituição da autarquia. 
d) autorizações legais na norma geral acerca da nova organização da administração 
pública estadual, não havendo necessidade de a criação de nenhuma das entidades 
ser feita por lei. 
e) duas leis específicas: uma para a autorização da criação da empresa pública e outra 
para a autorização da criação da autarquia. 
 
QUESTÃO 36 - As pessoas jurídicas de direito privado que compõem a administração 
pública são 
a) investidas de poderes de autoridade e encarregadas de realizar funções de interesse 
público, a partir da descentralização de poderes. 
b) passíveis de integrar tanto a administração pública direta quanto a indireta. 
c) criadas por atos de direito privado, mas a sua instituição depende de autorização 
legislativa. 
d) instituídas para fins de desconcentração de poderes e de competências 
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administrativas. 
 
QUESTÃO 37 - Na hipótese de um ente federado pretender instituir uma fundação 
pública de direito público, a criação dessa entidade deverá ser formalizadapor meio 
de 
a) lei ordinária, cabendo a decreto regulamentar definir as áreas de sua atuação. 
b) lei complementar, cabendo a lei ordinária definir as áreas de sua atuação. 
c) autorização em lei ordinária específica, cabendo a decreto regulamentar definir as 
áreas de sua atuação. 
d) autorização em lei ordinária específica, cabendo a lei complementar definir as áreas 
de sua atuação. 
e) autorização em lei complementar específica, cabendo a lei ordinária definir as áreas 
de sua atuação. 
 
QUESTÃO 38 - A respeito da organização administrativa da administração pública, 
julgue o item a seguir. 
Desconcentração administrativa consiste na distribuição do exercício das funções 
administrativas entre pessoas jurídicas autônomas. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 39 - Acerca da organização da administração direta e indireta, centralizada 
e descentralizada, julgue os itens a seguir. 
Autarquia é pessoa jurídica criada por lei específica, com personalidade jurídica de 
direito público. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 40 - Acerca da organização da administração direta e indireta, centralizada 
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e descentralizada, julgue os itens a seguir. 
As sociedades de economia mista sujeitam-se ao regime trabalhista próprio das 
empresas privadas. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 41 - Acerca da organização da administração direta e indireta, centralizada 
e descentralizada, julgue os itens a seguir. 
A empresa pública, entidade da administração indireta, possui personalidade jurídica 
de direito público. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 42 - Em relação aos princípios da administração pública e à organização 
administrativa, julgue o item que se segue. 
Quando a União cria uma nova secretaria vinculada a um de seus ministérios para 
repassar a ela algumas de suas atribuições, o ente federal descentraliza uma atividade 
administrativa a um ente personalizado. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 43 - As autarquias 
a) são criadas, extintas e organizadas por atos administrativos. 
b) têm sua criação e sua extinção submetidas a reserva legal, podendo ter sua 
organização regulada por decreto. 
c) têm sua criação submetida a reserva legal, mas podem ser extintas por decreto, 
podendo ter sua organização regulada por atos administrativos. 
d) são criadas e organizadas por decreto e podem ser extintas por essa mesma via 
administrativa. 
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e) são criadas e extintas por decreto, podendo ter sua organização regulada por atos 
administrativos. 
 
QUESTÃO 44 - João, servidor público ocupante do cargo de motorista de 
determinada autarquia do DF, estava conduzindo o veículo oficial durante o 
expediente quando avistou sua esposa no carro de um homem. Imediatamente, João 
dolosamente acelerou em direção ao veículo do homem, provocando uma batida e, 
por consequência, dano aos veículos. O homem, então, ingressou com ação judicial 
contra a autarquia requerendo a reparação dos danos materiais sofridos. A autarquia 
instaurou procedimento administrativo disciplinar contra João para apurar suposta 
violação de dever funcional. 
No que se refere à situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. 
João é servidor de entidade integrante da administração indireta. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
 
QUESTÃO 45 - Em relação aos princípios da administração pública e à organização 
administrativa, julgue o item que se segue. 
Por terem personalidade jurídica de direito privado, as sociedades de economia mista 
não se subordinam hierarquicamente ao ente político que as criou. Exatamente por 
isso elas não sofrem controle pelos tribunais de contas. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 46 – Julgue o próximo item, 
acerca dos princípios fundamentais que regem a administração federal e de aspectos 
relativos à administração direta e indireta, estruturação, características e descrição de 
órgãos e entidades públicos. 
Quando ocorre a instituição de uma autarquia educacional, com a finalidade de 
desempenhar atividades vinculadas ao Ministério da Educação, trata-se de um 
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processo de desconcentração administrativa. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 47 - No tocante à concentração e à desconcentração administrativas, 
julgue o item a seguir. 
Ocorre concentração administrativa quando um órgão central reduz o número de 
órgãos periféricos e avoca para si atividades até então exercidas por esses órgãos. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
 
23.1 Gabarito 
 
01 E 16 E 31 E 46 E 
02 E 17 E 32 A 47 C 
03 C 18 C 33 E 
04 E 19 E 34 E 
05 D 20 C 35 B 
06 A 21 E 36 C 
07 C 22 C 37 D 
08 E 23 E 38 E 
09 E 24 E 39 C 
10 E 25 C 40 C 
11 E 26 E 41 E 
12 C 27 C 42 E 
13 C 28 E 43 B 
14 E 29 E 44 C 
15 C 30 E 45 E 
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24 Administração Pública Indireta 
A Administração Pública poderá ser dividida em direta e indireta, a Administração 
Pública Direta é composta, basicamente, pelos órgãos (União, Estados, Distrito Federal 
e Municípios). Por outro lado, a Administração Pública Indireta é constituída por 
entidades dotadas de personalidade jurídica própria, oriundas do processo de 
DESCENTRALIZAÇÃO, chamadas de autarquias, fundações públicas, empresas 
públicas e as sociedades de economia mista. Na sequência vamos aprofundar nossos 
estudos a respeito das autarquias. 
 
25 Autarquia 
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, que se destinam a 
desenvolver atividades típicas de Estado, que só o Estado desenvolve. Criada por lei, 
com finalidade específica (princípio da especialidade) e tem característica própria, sem 
fins lucrativos, está sujeita a controle/fiscalização. 
Sobre sua definição, encontramos a definição constante no Decreto Lei 200, de 1967 
(inc. I, do art. 5º): 
Um serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e 
receita próprios, para executar atividades típicas da administração pública, que 
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira 
descentralizada. 
 
Dessa forma, as autarquias são criadas para executar atividades típicas da 
Administração Pública, sendo a prestação de serviços públicos de natureza social e 
atividades administrativas, de modo exclui-se deste rol os serviços e atividades de 
cunho econômico e mercantil. 
 
Os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo mencionam como atividades 
desenvolvidas pelas autarquias a prestação de serviços públicos em sentido amplo, 
a realização de atividades de interesse social e o desempenho de atividades que 
envolvam as prerrogativas públicas, como o exercício do poder de polícia. 
Alguns exemplos de autarquias: INSS, INCRA, CADE, CVM, IBAMA, Banco Central do 
Brasil, ANATEL, CVI e Conselhos de Fiscalização de profissões regulamentadas, como 
Conselho de Medicina, Conselho de Odontologia etc. (exceto OAB, conforme 
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entendimento do STF - ADI nº 1.717-DF). 
 
25.1 Classificação 
Diversas são as classificações existentes, em nosso ordenamento jurídico, para as 
autarquias, sendo que os principais critérios utilizados são os relativos ao nível 
federativo, ao objeto e à natureza. 
 
➢ Quanto ao Nível Federativo 
Podemos ter autarquias em todos os níveis federativos. Assim, a depender do ente em 
que as entidades foram instituídas, teremos autarquias: 
✓ FEDERAIS (União) 
✓ ESTADUAIS (Estados) 
✓ DISTRITAIS (Distrito Federal) 
✓ MUNICIPAIS (Municípios) 
 
➢ Quanto ao Objeto 
• Autarquias associativas: são os consórcios públicos regidos pela Lei nº 11.107/05, ou 
seja, a reunião de entes federativos com finalidades específicas. Também são 
chamados de associações púbicas, por serem PJ de direito público. 
 
• Autarquias territoriais: classificaçãobaseada na doutrina de Di Pietro. Segundo a 
autora, os territórios federais são uma espécie de autarquia geográfica da União, não 
correspondendo a um ente político, e sim, a uma entidade administrativa criada 
conforme previsão constitucional. (Art. 18, CF88) 
 
 
• Autarquias assistenciais: visam a promover auxílio a regiões menos desenvolvidas ou 
a categorias sociais específicas, para fim de diminuir as desigualdades regionais e 
sociais. Ex.: SUDENE ; SUDAM 
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• Autarquias culturais: são dirigidas à educação e ao ensino. Ex.: Universidades e 
Institutos federais. 
 
• Autarquias de controle: nesta categoria estão as agências reguladoras, 
primordialmente, as quais fiscalizam, controlam e regulamentam a atuação dos 
particulares quando esses desenvolvem serviços delegados ou atividades econômicas 
por força de concessões ou permissões de serviços públicos. Ex.: ANP; ANVISA; ANA, 
ANATEL. 
 
• Autarquias administrativas ou de serviço: são as autarquias normais, que exercem 
atribuições tipicamente administrativas. Nesse caso, o critério utilizado para a 
classificação em autarquias administrativas é o residual, ou seja, todas as autarquias 
que não sejam classificadas nas demais hipóteses serão classificadas como 
administrativas. Ex.: BACEN; INSS; IBAMA. 
 
25.2 Características 
De forma sucinta, as principais características das autarquias são: 
→ Criação/extinção diretamente através de lei específica; 
→ Pessoa jurídica de direito público; 
→ O pessoal é ocupante de cargo público, ou seja, trabalham sob o regime 
estatutário, são os chamados SERVIDORES; 
→ Regime tributário – imunidade de impostos no que se refere ao patrimônio, 
renda e serviços relacionados às suas finalidades essenciais; 
→ Desempenha serviço público descentralizado. 
 
26 Regime Jurídico de Direito Público 
O Regime Jurídico é de direito público, o que leva a algumas consequências que 
passaremos a destacar em cada uma das características a seguir estudadas. 
 
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26.1 Atos 
Os atos praticados por autarquia é ato administrativo. Terão características e atributos 
dos atos administrativos, quais sejam: Auto-executoriedade; Legitimidade (são 
presumidos legais e verdadeiros); Imperatividade (são exigíveis e obrigatórios). 
 
26.2 Contratos 
Os contratos firmados pelas autarquias celebram contratos administrativos (os quais 
contam com as cláusulas exorbitantes), bem como estão sujeitas à Lei de Licitação. Se 
a autarquia é pessoa pública está sujeita ao regime público. Dentro deste conceito 
enquadra-se o contrato administrativo sujeito a Lei de licitação. 
 
26.3 Responsabilidade Civil 
A Responsabilidade civil por seus atos é, em regra, responsabilidade objetiva, embora 
haja discussão acerca do tema. Vejamos como a CF trata da matéria: 
CF, art. 37, § 6º. As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa. 
 
Quando se diz da responsabilidade objetiva significa que a autarquia será 
responsabilizada civilmente pelos danos causados a terceiros, independentemente de 
ser comprovado que o autor (pertencente à autarquia) agiu com dolo ou culpa. Não 
interessa se houve dolo ou culpa, basta que hajam três elementos: conduta, dano e 
nexo causal. 
 
Vale destacar que se a Autarquia não estiver possibilitada de realizar o pagamento o 
Estado poderá ser cobrado dada a responsabilidade subsidiária, ou seja, primeiro 
executa-se a autarquia e depois o Estado. 
 
26.4 Bens Autárquicos 
Ora, se a autarquia é pessoa jurídica de direito público, os seus bens seguem o regime 
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de bens públicos. Assim, as consequências de terem bens públicos: 
a) em regra, alienáveis de forma condicionada, ou seja, são inalienáveis de forma 
relativa (podem ser desafetados) – esta é a chamada alienação condicionada: o bem 
público poderá ser alienado, desde que observados alguns requisitos previstos em lei 
(art. 17 da Lei 8.666/93); 
b) impenhoráveis (não podem ser objetos de penhora, sequestro e arresto). São 
impenhoráveis por não poderem ser objeto de execução. Não sobrem arresto e 
sequestro, ao tempo em que arresto é para proteger bens indeterminados, e o 
sequestro é para proteger bens determinados; 
c) São imprescritíveis, ou seja, não podem ser objeto de prescrição aquisitiva. Aqui 
significa dizer que não sofrem usucapião, isto pois, bens públicos não podem ser 
objeto de usucapião; 
d) não sujeição a ônus: sobre um bem público não incide gravames (ônus), como 
exemplos, uma hipoteca ou um penhor. 
 
26.5 Débitos judiciais seguem o regime de precatórios 
Estão sujeitas ao art. 101 da CF. Mas há uma fila própria de precatórios. Não está 
sujeito a fila geral. Cada autarquia terá a sua fila. 
 
26.6 Privilégios tributários 
É vedado aos entes políticos instituírem impostos uns sobre os outros (art. 150, inc. 
VI, alínea “a”, e p. 2º, da CF). Esta é a chamada imunidade recíproca. As autarquias 
estão incluídas entre os entes públicos que possuem imunidade tributária, contudo, 
poderá estar sujeita ao pagamento de imposto, quando não estiver relacionado com 
sua finalidade específica. 
Bastante atenção, pois a imunidade recíproca abrange apenas os impostos e somente 
em suas finalidades específicas. Dessa forma, as autarquias não possuem imunidade 
absoluta. Ex. se um particular resolve doar um imóvel a uma autarquia, que deixa de 
utilizá-lo para suas finalidades específicas. Neste caso, a autarquia deverá pagar o IPTU 
sobre o imóvel. 
Vale destacar que a autarquia está sujeita ao pagamento de taxas e contribuições. 
 
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26.7 Privilégios Processuais 
A autarquia possui os mesmos privilégios processuais da Administração Pública: 
• Dilação de prazo similar à Fazenda Pública, sendo prazo em quádruplo para 
contestar e em dobro para recorrer nos processos em que for parte – (NCPC, 
Art. 183); 
• Reexame necessário (CPC, Art. 496., I). A decisão contra a autarquia será 
levado de qualquer maneira ao tribunal, é o chamado duplo grau de 
jurisdição obrigatório. 
 
Devemos compreender o duplo grau de jurisdição obrigatório como a situação em 
que ainda que não haja recurso voluntário o juiz deverá determinar a remessa dos 
autos ao tribunal. Se o juiz não o fizer, deverá o presidente do tribunal avocar os autos 
(CPC, Art. 496., § 1º). 
 
Atenção especial quanto às exceções ao duplo grau de jurisdição obrigatório 
expressos pelo Código de Processo Civil. Nos casos abaixo, não teremos o reexame 
necessário: 
§ 3o Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito 
econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a: 
II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as 
respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que 
constituam capitais dos Estados; 
§ 4o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver 
fundada em: 
I - súmula de tribunal superior; 
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de 
Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou 
de assunção de competência; 
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito 
administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou 
súmula administrativa. 
 
Portanto, nesses casos acima, não teremos reexame necessário. 
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26.8 Regime de pessoal 
Quem exerce suas atribuições funcionais em autarquia está dento do conceitode 
servidor público. Veremos em detalhes, na aula específica, quem são os servidores 
públicos. Por ora, é necessário saber que quem trabalha na autarquia é considerado 
servidor público. 
 
O Regime Jurídico do servidor público autárquico é o regime jurídico único. Assim 
quem trabalha numa autarquia é servidor público (INSS, IBAMA, INCRA, praticamente 
todas as Universidades Federais, p.ex.). 
 
Houve discussão sobre a matéria no STF, pois a CF88 previu o como regra o regime 
jurídico único para o servidor público, isto é, um só regime, se na Administração 
Pública Federal fosse determinado o estatuto do servidor público, deveria valer para 
todos órgãos, tanto Administração Direta quanto Indireta. 
 
Contudo, com a EC n. 19/1998 trouxe a reforma administrativa, alterando o art. 39 da 
CF, passando a admitir o regime jurídico múltiplo, autorizando dois regimes dentro 
do mesmo ente político. 
 
Em 2007, foi ajuizada a ADI 2.135, sendo julgado em sede de cautelar, em que o STF 
entendeu pela inconstitucionalidade formal da alteração do art. 39 (pois a EC n. 19 foi 
emendada pelo Senado e não retornou a Câmara para deliberação), com efeitos ex 
nunc. Ou seja, estes efeitos ex nunc quer dizer que os efeitos da decisão não 
retroagem, assim, a partir deste julgado em diante os entes políticos deverão adotar 
o regime jurídico único. 
 
Dessa forma, a conclusão final é que o regime único deve ser aplicado a todas às 
pessoas jurídicas que fazem parte do mesmo ente público, isto é, todas as pessoas 
jurídicas no âmbito federal, por exemplo, devem ser estatutários ou celetistas. 
 
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Dessa forma, as autarquias possuem o mesmo regime jurídico da Administração 
Pública Direta = regime estatutário determinado pela Lei 8112/90. 
 
Assim, as autarquias e fundações adotam o mesmo regime estatutário 
adotado pelo Governo Federal. Com efeito, o art. 1º da Lei 8.112/1990 
deixa claro que suas normas se aplicam às “autarquias, inclusive as em 
regime especial” e às fundações públicas federais. 
 
Muita atenção: A terminologia “funcionário público” foi abolida do sistema jurídico. 
O certo é servidor público como estudaremos adiante. 
As consequências são deste regime jurídico único é que: 
os agentes das autarquias, assim como todos os servidores públicos, sujeitam-se 
a regras como: seus atos são passíveis de remédios constitucionais e ao controle 
de improbidade administrativa; exigência de concurso público (CF, art. 37, II); 
teto remuneratório (CF, art. 37, XI); direito à estabilidade (CF, art. 41); proibição 
para acumulação (CF, art. 37, XVII); regras de regime especial de aposentadoria 
(CF, art. 40). 
 
26.9 Conselho de Profissões Regulamentadas 
O conselho de classe nasceu com natureza de autarquia, sendo que cada conselho 
tem uma lei específica de sua criação (ex.: CREA, CRECI, CRM). Contudo, a Lei 9.649/98 
passou a afirmar que os conselhos de classe se tratava de pessoa jurídica de direito 
privado. 
O STF, por meio da ADI 1717, entendeu ser inconstitucional a referida lei, tendo em 
vista que os conselhos de classe podem fiscalizar, de forma que possuem poder de 
polícia, inerente à Administração Pública. Dar poder de polícia à pessoa jurídica de 
direito privada causaria certa insegurança jurídica. Entendeu, dessa forma, que em 
nome da segurança jurídica o conselho tem em verdade natureza de autarquia, 
denominadas de autarquias profissionais. 
Assim, os conselhos de classe são autarquias em regime especial. Consequências: 
Anuidade cobrada pelo conselho de classe: sua natureza é tributária de 
contribuição social, cabendo a execução fiscal do contribuinte inadimplente; 
Sujeição do Conselho de Classe à contabilidade pública (Lei 4.320/64) e à 
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fiscalização do Tribunal de Contas da a natureza tributária da anuidade 
(contribuição social); 
Sujeição à concurso público: conselhos de classe estão sujeitos à realização de 
concurso público para eventual contratação. 
 
26.10 A OAB – Ordem dos Advogados do Brasil 
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é um caso todo particular. Na ADIN 3.026, o 
STF assim se posicionou: 
"Não procede a alegação de que a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB sujeita-
se aos ditames impostos à administração pública direta e indireta. A OAB não é 
uma entidade da administração indireta da União. A Ordem é um serviço público 
independente, categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes 
no direito brasileiro. A OAB não está incluída na categoria na qual se inserem 
essas que se tem referido como ‘autarquias especiais’ para pretender-se afirmar 
equivocada independência das hoje chamadas ‘agências’. Por não consubstanciar 
uma entidade da administração indireta, a OAB não está sujeita a controle da 
administração, nem a qualquer das suas partes está vinculada. (...) Improcede o 
pedido do requerente no sentido de que se dê interpretação conforme o art. 37, II, 
da Constituição do Brasil ao caput do art. 79 da Lei 8.906, que determina a 
aplicação do regime trabalhista aos servidores da OAB. Incabível a exigência de 
concurso público para admissão dos contratados sob o regime trabalhista pela 
OAB. Princípio da moralidade. Ética da legalidade e moralidade. Confinamento 
do princípio da moralidade ao âmbito da ética da legalidade, que não pode ser 
ultrapassada, sob pena de dissolução do próprio sistema. Desvio de poder ou de 
finalidade." 
 
Dessa forma, o STF não chega a reconhecer OAB como um Conselho de Classe, mas 
atua em defesa dos interesses dos advogados, mas diz que a OAB é categoria impar, 
levando-nos a classificá-la como pessoa jurídica ímpar no ordenamento jurídico 
brasileiro (o STF não diz se é pública ou privada). 
 
Portanto, a anuidade da OAB não é tributária, assim a execução será comum e não 
fiscal contra o inadimplemento das anuidades. Considerando que a anuidade não é 
tributária nem cabe execução fiscal, não cabem regras de contabilidade pública nem 
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está sujeita à fiscalização do Tribunal de Contas (ADI 3026), consoante a 
jurisprudência. 
 
O Estatuto da OAB diz que o pessoal é celetista. Diante disso, o Procurador Geral da 
República ingressou com ADI 3026, para que o STF reconhecesse a necessidade de 
concurso público (pediu a interpretação conforme a constituição) para contratação de 
empregados celetistas dentro da OAB (naquele momento era possível o regime 
múltiplo e não regime único). Contudo o STF entendeu que por não ser autarquia, e 
não haver vinculação com a Administração Pública, a OAB não está sujeita ao controle 
da Administração Pública, não está sujeita à contabilidade pública e não necessita de 
concurso público para a contratação. 
 
Dessa forma, vamos ganhar um pontão na sua prova agora. Lembre-se: 
os conselhos de profissão são autarquias sob regime especial, exceto a 
OAB (que é categoria ímpar, não se misturando com os demais 
conselhos de classe, conforme entendimento do STF). 
 
26.11 Autarquia de Regime Especial 
Inicialmente, quando surgiram as autarquias de regime especial, foi com o enfoque 
de classificar as universidades públicas. A grande diferença entre as autarquias comuns 
seria que naquelas, em regra, o seu dirigente é nomeado pelo Chefe do Executivo (no 
caso o Presidente da República nas autarquias federais). Contudo, nas universidades 
públicas, o dirigente (o reitor) é escolhido mediante eleição o que traz um caráter de 
regime especial. 
 
Outra diferenciação entre as autarquias comuns e as de regime especial é que as 
universidades públicas possuem maior autonomia tanto para administrar as diversas 
disciplinas quanto para estipular a grade curricular. 
 
Essa forma, estas autonomias conferidas às universidades públicas é que as 
caracterizam como autarquia de regime especial.Focus Concursos 
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José dos Santos Carvalho Filho apresenta uma classificação das autarquias quanto ao 
regime jurídico em: (a) autarquias comuns (ou de regime comum); (b) autarquias 
especiais (ou de regime especial). As primeiras apresentam um regime sem qualquer 
especificidade, enquanto as últimas seriam regidas por um regime com disciplina 
específica, atribuindo como característica algumas prerrogativas especiais e 
diferenciadas a certas autarquias como é o caso das universidades públicas. 
 
 
 
27 Autarquia especial 
De acordo com Alexandre Mazza (2019, p. 312) as autarquias especiais “caracterizam-
se pela existência de determinadas peculiaridades normativas que as diferenciam das 
autarquias comuns, como uma mais acentuada autonomia”. Assim, podemos 
classificar as autarquias especiais em duas modalidades distintas: 
→ Stricto sensu: as autarquias especiais stricto sensu são representadas pelo 
Banco Central e, pelas antigas Sudan e Sudene. No entanto, devemos tomar 
cuidado, pois, atualmente essas autarquias também são reconhecidas como 
agências executivas; 
→ Agências reguladoras: essa modalidade detém uma maior autonomia, devido 
à presença de dirigentes estáveis, que possuem mandatos fixos. São exemplos 
de agências reguladoras a Anatel, Anvisa, ANA, ANTT. 
 
 
SE LIGUE! 
 
Não se deve confundir autarquia sob regime especial com agências 
executivas, pois estas são autarquias que cumpriram os requisitos previstos 
em lei (Lei 9.649/1998, art. 51) para receber a mencionada qualificação, 
podendo ser, inclusive, as autarquias comuns. Mais adiante estudaremos mais 
a fundo as agências executivas. 
 
 
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27.1 Agências Reguladoras 
Agora que você já sabe o conceito, fica fácil explicar que as Agências Reguladoras são 
Autarquias sob regime especial. 
 
Lei nº 13.848/19: 
 
Art. 3º A natureza especial conferida à agência reguladora é caracterizada 
pela ausência de tutela ou de subordinação hierárquica, pela autonomia 
funcional, decisória, administrativa e financeira e pela investidura a termo de 
seus dirigentes e estabilidade durante os mandatos, bem como pelas demais 
disposições constantes desta Lei ou de leis específicas voltadas à sua 
implementação. 
 
A função das Agencias Reguladoras é regular, fiscalizar e normatizar os diversos 
serviços públicos. O Estado já exercia esta função, porém, a agência reguladora surgiu 
para potencializar e aperfeiçoar essas funções. Para exercer estas funções, as agências 
reguladoras ganham mais autonomia e liberdade. 
 
São exemplos de Agências Reguladoras: 
➢ Atividades de saúde pública – ANVISA ; ANS; 
➢ Agência reguladora do uso de bem público – ANA 
➢ Serviços públicos propriamente ditos – ANATEL; ANEEL 
➢ Atividades econômicas de produtos minerais – ANP; ANM 
➢ Atividades e serviços de transporte – ANTT ; ANAC ; ANTAQ 
➢ Atividades de fomento e fiscalização de atividade privada – ANCINE; 
 
Entendida como uma autarquia, podemos dizer que praticamente tudo o que 
estudamos até aqui sobre as autarquias vale para as Agências reguladoras, com 
algumas regras especiais que as diferenciam: 
→ Nomeação especial (Investidura). Diferentemente das autarquias (onde o 
chefe do executivo faz a nomeação livremente), nas agências reguladoras a 
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nomeação é especial, pois o Senado deve aprovar previamente antes da 
nomeação pelo presidente da República. Esta regra foi fundamental para afastar 
o critério político de escolha exercido pelo presidente, de modo que o Poder 
Legislativo analisa a qualidade técnica do dirigente. Ainda, o presidente da 
República não pode exonerar livremente os dirigentes. 
 
 
→ Prazo fixo estipulado em lei para o dirigente. O dirigente assumirá com prazo 
fixo, determinado pela lei de cada agência reguladora. Existem leis prevendo 
mandado de 2, 3 e 4 anos. Há um projeto que tende a fixar o prazo de 4 anos, 
não coincidente com o mandato do presidente da República (ingresso do 
dirigente 1 ano após a posse do presidente da República). 
 
 
→ O dirigente pode renunciar livremente do cargo antes do vencimento do 
prazo. São três hipóteses de perda do cargo: 1) por renúncia livre do mandato; 
2) por sentença condenatória transitada em julgado; 3) por processo 
administrativo disciplinar. O Presidente da República não pode exonerar 
livremente os dirigentes. 
 
 
→ Período de quarentena. Por ter informações privilegiadas na área em que a 
agência reguladora atua, o dirigente exonerado deverá ficar afastado da 
atividade privada neste ramo por um período de 4 meses. Excepcionalmente, 
algumas leis específicas de agências preveem o prazo de 12 meses. O ex-
dirigente da agência receberá normalmente o salário no período de quarentena. 
 
 
→ Função de regulação e normatização. Terá mais autonomia e liberdade que 
as demais autarquias. A autarquia tem a função de regular, fiscalizar e 
normatizar os diversos serviços públicos. O Estado já exercia esta função, porém, 
a agência reguladora surgiu para potencializar e aperfeiçoar essas funções. A 
ideia aqui é a especialização, a Agência Reguladora faz apenas isso. 
 
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27.2 Agências executivas 
É uma qualificação dada à autarquia ou fundação que, por meio de contrato de gestão 
com o órgão da Administração Direta a que esteja vinculada, amplia sua autonomia 
para a melhoria da eficiência e redução de custos. 
 
Lei nº 13.934/19: 
 
Art. 1º Esta Lei regulamenta o contrato referido no § 8º do art. 37 da 
Constituição Federal, denominado “contrato de desempenho”, no âmbito da 
administração pública federal direta de qualquer dos Poderes da União e das 
autarquias e fundações públicas federais. 
 
Art. 2º Contrato de desempenho é o acordo celebrado entre o órgão ou 
entidade supervisora e o órgão ou entidade supervisionada, por meio de 
seus administradores, para o estabelecimento de metas de desempenho do 
supervisionado, com os respectivos prazos de execução e indicadores de 
qualidade, tendo como contrapartida a concessão de flexibilidades ou 
autonomias especiais. 
 
Art. 3º O contrato de desempenho constitui, para o supervisor, forma de 
autovinculação e, para o supervisionado, condição para a fruição das 
flexibilidades ou autonomias especiais. 
 
[...] 
 
Art. 6º O contrato de desempenho poderá conferir ao supervisionado, pelo 
período de sua vigência, as seguintes flexibilidades e autonomias especiais, 
sem prejuízo de outras previstas em lei ou decreto: 
I - definição de estrutura regimental, sem aumento de despesas, conforme 
os limites e as condições estabelecidos em regulamento; 
II - ampliação de autonomia administrativa quanto a limites e delegações 
relativos a: 
a) celebração de contratos; 
b) estabelecimento de limites específicos para despesas de pequeno vulto; 
c) autorização para formação de banco de horas. 
 
Art. 7º O contrato de desempenho deverá conter, entre outras, as cláusulas 
de: 
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I - metas de desempenho, prazos de consecução e indicadores de avaliação; 
II - estimativa dos recursos orçamentários e cronograma de desembolso; 
III - obrigações e responsabilidades das partes; 
IV - flexibilidades e autonomias especiais conferidas ao supervisionado; 
V - sistemática de acompanhamento e avaliação do desempenho; 
VI - penalidades aplicáveis aos responsáveis, 
VII - revisão, prorrogação, renovação, suspensão e rescisão do contrato; 
VIII - prazo de vigência, não superior a 5 (cinco) anos nem inferior a 1 (um) 
ano. 
 
LEMBRE-SE: A Lei nº 13.934/19 é FEDERAL!!! Se Estados e Municípios 
quiserem adotar medida semelhante, e criarem a suas agências 
executivas, deverão baixar suas próprias normas, observando o disposto 
no artigo 37, § 8º, da ConstituiçãoFederal! 
 
Logo, meu caro aluno e aluna, a ideia central das Agências executivas é pegar as 
autarquias e fundações que se encontram sucateadas e lhes dar uma “segunda 
chance”. O Governo, na busca da “modernização e eficiência” dessas pessoas jurídicas, 
criou as denominadas agências executivas. 
 
Dessa forma, o regime é o mesmo das autarquias. Para que essas autarquias e 
fundações ganhem status de agência executiva, se faz necessário a elaboração de um 
plano estratégico de reestruturação. Após sua elaboração, será apresentado à 
Administração Pública direta, que, tendo seu plano aprovado, será celebrado um 
contrato de gestão entre a administração direta e a autarquia. Esse contrato de gestão 
visa mais autonomia e maior recebimento de recursos e instrumentos para conseguir 
executá-lo. 
 
Após a celebração, o presidente da República mediante decreto fará a confirmação de 
que a autarquia agora é agência executiva. Em linhas gerais, o contrato de gestão 
garante: 
mais autonomia e mais liberdade à autarquia; 
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mais recurso orçamentário; 
elaboração de um plano estratégico de reestruturação; 
celebração de um contrato de gestão 
 
Vale destacar que a agência executiva tem status temporário, vigente enquanto 
perdurar o contrato de gestão. Se a prova cobrar este conteúdo é bom que saiba que 
a agência executiva deixa de ser agência executiva quando cessa o contrato de gestão, 
consequentemente volta a ser uma autarquia ou fundação. 
 
Poucos são os exemplos que temos como agências executivas: 
➢ Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial 
(Inmetro); 
➢ Agência Nacional do Desenvolvimento do Amazonas (ADA) ; 
➢ Agência Nacional do Desenvolvimento do Nordeste (Adene). 
 
 
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28 RESUMÃO 
 
28.1 Mapa Comparativo: Agência executiva x Agência reguladora 
Embora parecidas, não confunda as agências reguladoras com as agências executivas, 
os aspectos de uma diferem totalmente da outra. Pensando nisso, verificamos a 
necessidade de enfatizar essas diferenças, observe: 
AGÊNCIA EXECUTIVA AGÊNCIA REGULADORA 
Agência executiva é a qualificação dada à 
autarquia ou fundação que celebre 
contrato de gestão com o órgão da 
Administração Direta a que se acha 
vinculada, para a melhoria da eficiência e 
redução de custos. Em regra, não se trata 
de entidade instituída com a denominação 
de agência executiva. Trata-se de entidade 
preexistente (autarquia ou fundação 
governamental) que, uma vez preenchidos 
os requisitos. 
São autarquias em regime especial, criadas 
para disciplinar e controlar atividades 
determinadas em razão do fim do monopólio 
estatal, sendo responsáveis pela 
regulamentação, controle e fiscalização de 
serviços públicos, atividades e bens 
transferidos ao setor privado. 
Visam atuar no exercício de tarefas 
públicas, no âmbito privado, com mais 
autonomia. 
São criadas com o objetivo de regulamentar, 
controlar e fiscalizar setores privados. 
Surgem após a celebração do contrato de 
gestão, com a devida reestruturação 
institucional. 
Considerando que são autarquias, nascem e 
são extintas diretamente através de “Lei”. 
! A agência reguladora pode ser 
criada por uma Medida Provisória? 
Sim, é possível, com a posterior edição 
da lei específica (ex.: Agência Nacional 
de Mineração) 
No âmbito federal, é reconhecida por ato 
discricionário do Presidente da República. 
Podem ser criadas em todas as esferas e não 
somente a nível federal. 
Ex.: INMETRO/ ADA/ ADENE Ex.: ANVISA/ ANS, ANA, ANATEL 
 
 
 
 
 
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29 Questões de Sala 
 
Questão 01 Acerca da organização administrativa da União, julgue o item seguinte. 
As autarquias, pessoas jurídicas de direito público, são criadas por lei e têm capacidade de 
autoadministração 
 ( ) Certo ( ) Errado 
 
Questão 02 A respeito das administrações direta e indireta, julgue os itens seguintes: 
A criação de autarquia ocorre pela publicação de lei específica e posterior registro dos 
estatutos em cartório competente. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Questão 03 Com base nas disposições constitucionais e no regime jurídico referentes à 
administração indireta, assinale a opção correta 
Os conselhos profissionais são considerados autarquias profissionais ou corporativas 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Questão 04 Acerca do poder de polícia, julgue o item seguinte. 
Por desenvolverem atividades públicas de Estado por delegação, que incluem o exercício do 
poder de polícia e a tributação, os conselhos de fiscalização profissional, à exceção da Ordem 
dos Advogados do Brasil, integram a administração indireta, possuindo personalidade 
jurídica de direito público 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Questão 05 Acerca do poder de polícia, julgue o item seguinte. 
No que se refere a organização administrativa, conselho profissional é considerado Autarquia 
corporativa que, no exercício do poder de polícia administrativo, fiscaliza o exercício da 
respectiva categoria profissional 
( ) Certo ( ) Errado 
Questão 06 A estrutura da Administração Pública Brasileira, tanto no plano federal quanto 
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nos estados e municípios é formada por órgãos da administração direta e indireta, cada uma 
apresentando características próprias. A Universidade Federal do Ceará é exemplo de: 
A Fundação pública. 
B Empresa pública. 
C Autarquia em regime especial. 
D Autarquia sem fins lucrativos. 
E Instituição de ensino superior da administração direta 
 
Questão 07 As agências reguladoras são entidades criadas pelo Estado com a finalidade de 
regular determinados setores da economia, visando assegurar o interesse público. 
Em relação aos dirigentes das Agências Reguladoras Federais, tem-se o entendimento de que 
A são servidores efetivos em cargo de confiança. 
B devem ser escolhidos pelo Presidente da República. 
C são indicados pelo colegiado de servidores do órgão. 
D podem ser exonerados ad nutun por ministros. 
E adquirem vitaliciedade após dois anos de exercício 
 
Questão 08 As agências reguladoras foram criadas a partir do Programa Nacional de 
Desestatização, para fiscalizar, regular e normatizar a prestação de serviços públicos 
transferidos à iniciativa privada, na forma da lei, com intenção de reduzir gastos e buscar 
maior eficiência na execução de tais atividades. Nesse contexto, no plano federal, imagine-se 
a hipotética Agência Nacional Alfa, que, por ser uma agência reguladora, de acordo com a 
legislação de regência, em matéria de organização administrativa, se classifica como: 
A autarquia em regime especial, que é caracterizada pela ausência de tutela ou de 
subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira e 
pela investidura a termo de seus dirigentes e estabilidade durante os mandatos, sendo certo 
que seu controle externo é exercido pelo Congresso Nacional, com auxílio do Tribunal de 
Contas da União; 
B autarquia em regime especial, que é caracterizada pela existência de tutela ou de 
subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória e administrativa, bem como 
pela vinculação orçamentária e financeira junto à Administração direta, sendo certo que seu 
controle externo é exercido por meio de supervisão ministerial, com auxílio do Tribunal de 
Contas da União; 
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C autarquia territorial nacional, que é caracterizada pela existência de tutela ou de 
subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória e administrativa, pela 
vinculação orçamentária e financeira junto à Administração direta, sendo certo que seu 
controle externo é exercido por meio de supervisão ministerial, comauxílio da Controladoria 
Geral da União; 
D fundação pública de direito privado, que ostenta personalidade jurídica de direito privado 
e executa atividades regulatórias de interesse social, com tutela e subordinação hierárquica, 
autonomia funcional, decisória e administrativa, sendo certo que seu controle externo é 
exercido por meio do Ministério Público Federal, mediante o velamento de fundações; 
E empresa estatal, que ostenta personalidade jurídica de direito privado e executa atividades 
regulatórias de interesse social, com ausência de tutela ou de subordinação hierárquica, 
possuindo autonomia funcional, decisória e administrativa, sendo certo que seu controle 
externo é feito diretamente pelos usuários do serviço e pela sociedade civil, mediante o 
controle social, exercido com auxílio da Defensoria Pública da União. 
 
Questão 09 Considerando os ditames constitucionais da administração pública, julgue o item 
que se segue. 
Uma autarquia federal pode firmar contrato com o poder público com a finalidade de ampliar 
sua autonomia financeira e gerencial 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Questão 10 Acerca das agências executivas e reguladoras, julgue os seguintes itens. 
À agência executiva é vedada a celebração de contrato de gestão com órgão da 
administração direta. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Gabarito: 01. C 02. E 03.C 04.C 05.C 06.C 07.B 08.A 09.C 10.E 
 
 
 
 
 
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30 Questões para Treinar 
Pode acontecer de um ou outro conteúdo ainda não termos abordado, 
contudo, esforce-se em responder todos (ainda que seja arriscando uma 
resposta, o famoso “chute”) pois, quando alcançarmos nossa próxima 
aula, ficará mais fácil a assimilação. 
Lembre-se que a resolução dos exercícios é o treinamento para o 
combate (dia da prova). Quando o treinamento é árduo o combate passa 
a ser mais fácil. 
 
QUESTÃO 01 - Pelo sistema constitucional brasileiro, a categoria das agências 
reguladoras apresentam competência de natureza: 
A) legislativa e administrativa. 
B) exclusivamente administrativa. 
C) exclusivamente legislativa. 
D) administrativa e jurisdicional. 
E) legislativa, administrativa e jurisdicional. 
 
 
QUESTÃO 02 - Todos os itens abaixo definem aspectos da autonomia das agências 
regulatórias de infra-estrutura, em geral, exceto que 
A) podem efetuar compras e contratação de serviços segundo regime especial de 
licitação, nas modalidades de consulta e pregão, nos termos do regulamento próprio. 
B) possuem dotações próprias no orçamento federal. 
C) não estão subordinadas ao controle nem pelos centros decisórios da política 
macroeconômica, nem pelos ministérios setoriais. 
D) não estão sujeitas ao controle por parte do Tribunal de Contas da União. 
E) seus dirigentes só podem ser destituídos por condenação judicial transitada em 
julgado, improbidade administrativa ou descumprimento injustificado do contrato de 
gestão. 
 
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QUESTÃO 03 - A criação, a atuação e o funcionamento da ANATEL são submetidos 
ao princípio da reserva legal, ao princípio da especialidade e ao princípio do controle. 
Quanto a este último, a ANATEL submete-se apenas aos aspectos de controle 
institucional e administrativo. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 04 - No que concerne às agências executivas, é correto afirmar que 
A) tais agências não possuem autonomia de gestão, porém a lei assegura a 
disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para que possam cumprir 
suas metas e objetivos institucionais. 
B) trata-se de entidade preexistente, que receberá a qualificação de agência executiva 
através de ato do Ministro de Estado a que estiver vinculada. 
C) agência executiva é a qualificação dada somente às autarquias, desde que 
cumpridas as exigências legais para tanto. 
D) a qualificação da entidade como agência executiva permite que ela usufrua de 
determinadas vantagens previstas em lei, como, por exemplo, o aumento dos 
percentuais de dispensa de licitação, previsto na Lei no 8666/93. 
E) para a qualificação em agência executiva, é necessário o cumprimento de apenas 
um desses requisitos: ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento 
institucional em andamento ou ter celebrado contrato de gestão com o respectivo 
Ministério supervisor. 
 
30.1 Gabarito 
 
01 B 
02 D 
03 ERRADO 
04 D 
Estou em seu aguardo para o nosso próximo encontro!
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atividades visando ao bem comum. Administração pública é, em sentido prático 
ou subjetivo, o conjunto 7de órgãos, serviços e agentes do Estado, bem como 
das demais pessoas coletivas públicas (tais como as autarquias locais) que 
asseguram a satisfação das necessidades coletivas variadas, tais como a 
segurança, a cultura, a saúde e o bem estar das populações. 
 
✓ Governo é o conjunto dos poderes e instituições públicas, considerado 
sobretudo pelo seu poder de "comando". O Governo é quem conduz os 
negócios públicos, estabelecendo linhas-mestras de atuação. Governo ainda 
pode ser conceituado como a organização, que é a autoridade governante de 
uma unidade política. Governo é conjunto dos dirigentes executivos do Estado, 
ou ministros. 
 
Assim, podemos entender que quem exerce a função administrativa é a 
Administração Pública e quem exerce a função política é o governo. É o governo 
quem determina as vontades do Estado, ou seja, o governo é o cérebro do Estado. 
 
Por outro lado, quando se diz que uma determinada atividade é discricionária, 
significa dizer que o governo ou a Administração Pública tem certa capacidade de 
escolha. Ou seja, ao administrador caberá escolher entre duas ou mais opções 
estabelecidas por LEI e que melhor atende à sociedade (finalidade pública). 
 
 
 
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Cuidado: discricionário é escolher dentro dos limites legais, assim, não 
quer dizer que poderá escolher livremente, mas deverá fazê-lo de acordo 
com as opções que a Lei determina. 
 
Para poder atingir esses objetivos o Estado precisa agir com base nas regras 
permitidas em LEI. O Estado, para exercer sua função administrativa, o faz através 
da Administração Pública. Sendo assim, a Administração Pública é a responsável pelo 
exercício das atividades públicas do Estado. 
 
A função administrativa exercida pela Administração Pública é atividade neutra, 
normalmente vinculada à lei ou à norma técnica e exercida mediante conduta 
hierarquizada. Já o governo é atividade política e discricionária, afinal se encarrega de 
definir os objetivos do Estado e definir as políticas para o alcance desses objetivos. 
 
A Administração Pública é atividade neutra, normalmente vinculada à lei ou à norma 
técnica, se encarregando simplesmente de atingir os objetivos traçados pelo 
governo. 
 
O governo atua mediante atos de soberania ou de, pelo menos, autonomia política 
na condução dos negócios públicos. Governo é conduta independente, enquanto a 
Administração é hierarquizada. 
 
O Governo deve comandar com responsabilidade constitucional e política, mas sem 
responsabilidade técnica e legal pela execução. A Administração age sem 
responsabilidade política, mas com responsabilidade técnica e legal pela execução. 
 
4 A Organização da Administração Pública 
A Administração Pública é composta de pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos 
que visam alcançar o pleno exercício da função administrativa. Como vimos na 
introdução, ao final desta aula deveremos conhecer tudo sobre quais são as pessoas 
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jurídicas que compõem a Administração Pública. Assim, a doutrina estabelece alguns 
critérios que facilitam nosso estudo. Dentre eles, destaca-se o critério material e o 
critério formal. 
 
Você deve estar se perguntando, para que servem esses critérios? Eles 
servem para definir quais as pessoas jurídicas que compõem a 
organização da administração pública. Estão vamos lá: 
 
Segundo o sentido material, também chamado de objetivo, a Administração Pública 
compreende o exercício de atividades pelas quais se manifesta a função administrativa 
do Estado. 
 
Vamos começar com uma dica salutar. Quando você sonhou pela primeira vez em ser 
concursado, você queria ser um integrante da Administração Pública, representando 
um braço do Estado? Tenho certeza que a maioria não pensava assim. Então vamos 
ser objetivos: você sonha em ganhar um bom salário, ser reconhecido pelos amigos 
e familiares. O sentido objetivo é esse! A compreensão sobre o sentido material ou 
objetivo significa responder à pergunta: o que faz a Administração Pública? 
 
Através deste critério compõe a Administração Pública material qualquer pessoa 
jurídica, seus órgãos e agentes que exercem as ATIVIDADES administrativas do 
Estado. Neste caso, a composição da Administração Pública pouco leva em 
consideração quanto a quem é a pessoa jurídica, o que importa é o que a pessoa 
jurídica faz. Assim, por tal critério, se a pessoa jurídica exerce atividade 
administrativa ela integra a Administração Pública. 
Como exemplo de tais atividades nós temos: 
a prestação de serviços públicos, 
exercício do poder de polícia, 
o fomento, a intervenção 
e as atividades meio da Administração Pública. 
 
Essas são as chamadas atividades típicas do Estado, de forma que, pelo critério 
material, qualquer pessoa que exerce alguma dessas atividades é Administração 
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Pública, não importa quem seja. 
 
Por esse critério, teríamos por exemplo, as seguintes pessoas jurídicas na 
Administração Pública: 
União, Estados, Municípios, DF, 
Autarquias, 
Fundações Públicas prestadoras de serviços públicos, 
Empresas Públicas prestadora de serviço público, 
Sociedade de Economia Mista prestadora de serviços públicos e 
Concessionárias, autoritárias e permissionárias de serviço público. 
 
Apesar das bancas de concurso cobrarem o seu conhecimento acerca dessa matéria, 
esse critério (objetivo ou material) não é o adotado pelo Brasil. Dessa forma, a 
classificação feita acima não descreve a Administração Pública brasileira, que 
conforme veremos a seguir, adota o modelo formal de classificação. 
 
Tal qual estudamos nesta aula, o conceito de Administração Pública em sentido 
formal, estrito ou subjetivo compreende o conjunto de órgãos e pessoas jurídicas 
encarregadas, por determinação legal, do exercício da função administrativa do 
Estado. 
 
Pelo modelo formal a Administração Pública é o conjunto de entidades (pessoas 
jurídicas, seus órgãos e agentes) que o nosso ordenamento jurídico identifica como 
Administração Pública, pouco importando a sua área de atuação, ou seja, pouco 
importa a atividade exercida pela pessoa jurídica, e sim quem é a pessoa jurídica. 
 
O sentido formal leva em conta o sujeito que está exercendo a função administrativa. 
Quem estabelece os sujeitos que exercem a função administrativa é a Lei. Outro ponto 
de bastante atenção é que este sujeito pode ser de qualquer do Poderes (Executivo, 
Legislativo ou Judiciário). 
Na função administrativa o Estado age, basicamente, de duas maneiras: centralizada 
(concentrada e desconcentrada) e descentralizada (concentrada e desconcentrada). 
 
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QUESTÃO 01 - Considerando os princípios e fundamentos teóricos do direito 
administrativo, julgue o item a seguir: 
A administração pública, em sentido estrito e subjetivo, compreende as pessoas 
jurídicas, os órgãos e os agentes públicos que exerçam função administrativa. 
Certo ( ) Errado ( ) 
COMENTÁRIO: Este conceito é exatamente o que estudamos acerca do assunto. 
Maria Sylvia Di Pietro, ensina que: "(...)em sentido subjetivo, formal ou orgânico, ela 
designa os entes que exercem a atividade administrativa; compreende pessoas 
jurídicas, órgãos e agentes públicos incumbidos de exercer uma das funções em que 
se triparte a atividade estatal: a função administrativa;". Gabarito Certo.. 
 
Bom, agora que já revisamos vamos aprofundar e entrar no assunto IMPORTANTE 
da aula de hoje. 
 
4.1 Técnicas Administrativas 
As técnicas administrativas utilizadas pelo poder público para a concretização das 
atividades administrativas são quatro: centralização, descentralização, 
desconcentração econcentração. 
 
Centralização concentrada ou desconcentrada 
Por centralização devemos compreender os entes da administração direta, titulares 
da competência para exercer determinada atividade administrativa, quando a exerce 
diretamente através de seus órgãos e agentes. 
Na centralização administrativa, é o próprio ente federativo (União, Estados, DF e 
Municípios) quem age. Importante destacar que na centralização poderá ser 
concentrada ou desconcentrada. Exemplo: 
a União poderia agir por meio de um único órgão [centralização-concentrada] 
ou 
por intermédio de vários órgãos [centralização-desconcentrada]. 
 
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União
(centro de poder 
concentrado)
Polícia Federal
(desconcentração)
Polícia Rodoviária 
Federal
(desconcentração)
DEPEN
(desconcentração)
Ministério da 
Segurança Pública 
(desconcetração)
A Administração Pública centralizada no Brasil é desconcentrada. Isso soa estranho 
pra você? Vamos entender. 
 
Desconcentração [ou Centralização Desconcentrada] 
Acontece tanto na administração direta e quanto na indireta. Ocorre quando a pessoa 
jurídica distribui competências no âmbito de sua própria estrutura. É a distribuição 
de competências entre os diversos órgãos integrantes da estrutura de determinada 
pessoa jurídica da Administração Pública. 
Quando a União atua por meio de vários órgãos públicos o faz de forma 
desconcentrada. Ainda que o centro de poder seja um só (o cérebro do corpo 
humano), o princípio da especialidade determina que a Administração o faça por 
meio de diversos órgãos. Seria impossível, por exemplo, a Presidência da República 
cuidar da saúde, educação e justiça, sem desconcentrar suas atividades nos Ministérios 
da Saúde, Educação e Justiça, respectivamente. Assim, toda vez que o Poder Executiva 
cria um novo ministério ele está atendendo ao princípio da especialidade a atuando 
de forma desconcentrada. Vamos à ilustração abaixo que demonstra bem nosso 
estudo de centralização-desconcentrada 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vale destacar que todos os órgãos acima fazem parte da Administração Pública 
Centralizada, pois a União é o único centro de poder. 
 
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ATENÇÃO! Na desconcentração existe relação de hierarquia ou de subordinação 
entre o centro de poder e seus órgãos. 
 
Outro ponto importante é que os serviços executados diretamente pela União, no 
exemplo acima, são atividades centralizadas-concentradas (mais perto do centro). 
Na desconcentração administrativa as tarefas ou atividades são distribuídas de um 
centro para setores periféricos ou de escalões superiores para escalões inferiores, 
dentro da pessoa jurídica. Assim temos: 
Desconcentração por Matéria: O Poder Executivo Federal pode ser 
desconcentrado em Ministérios (entre outros órgãos), como da Saúde, da 
Previdência, da Cultura, dos Transportes, logo, em diversas áreas temáticas. 
Desconcentração Territorial ou Geográfica: Os Tribunais Federais têm órgãos 
espalhados em Brasília, em Minas, no Piauí, no Mato Grosso do Sul etc. É a 
mesma pessoa, União, só que as competências são realizadas por órgãos em 
base geográfica distinta. 
Desconcentração por hierarquia: A Secretaria de Saúde de determinado 
município é órgão subordinado hierarquicamente à Prefeitura, ambos, por sua 
vez, são órgãos da mesma pessoa (leia-se: Município). 
 
 
 
QUESTÃO 02 - Considerando os princípios e fundamentos teóricos do direito 
administrativo, julgue o item a seguir: 
Desconcentração é a distribuição de competências de uma pessoa física ou jurídica 
para outra, ao passo que descentralização é a distribuição de competências dentro de 
uma mesma pessoa jurídica, em razão da sua organização hierárquica. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
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COMENTÁRIO: Os conceitos nesta alternativa, além de ter algumas imprecisões, se 
revelam essencialmente invertidos. Desconcentração se opera, sempre, no âmbito de 
uma mesma pessoa jurídica, consistindo em mera redistribuição interna de 
competências, cujo produto, por assim dizer, são os órgãos públicos. Resulta do 
princípio da especialidade, como vimos. 
A descentralização administrativa, tem como característica principal a criação de outra 
pessoa jurídica (duas pessoas jurídicas), podendo se dar na hipótese de criação de 
entidade da administração indireta. Gabarito Certo. 
 
QUESTÃO 03 - Acerca da organização da administração direta e indireta, centralizada 
e descentralizada, julgue o item a seguir. 
Define-se desconcentração como o fenômeno administrativo que consiste na 
distribuição de competências de determinada pessoa jurídica da administração direta 
para outra pessoa jurídica, seja ela pública ou privada. 
Certo ( ) Errado ( ). 
 
COMENTÁRIO: DesCOncentração é quando Cria Órgão, envolve uma pessoa 
(Administração Pública Direta), o Estado atua diretamente e existe hierarquia interna 
entre seus órgãos. DesCEntralização é quando Cria Entidade, envolve duas pessoas 
(Estado + uma pessoa física ou jurídica), trata-se de processo externo, onde o Estado 
atua indiretamente (Administração Pública Indireta), o ente criado tem tem 
autonomia. Portanto, errada a questão já que utilizou o conceito de descentralização 
ao tentar definir a desconcentração. Gabarito Errado. 
 
Concentração [ou Centralização Concentrada] 
É o processo inverso da desconcentração. Manifesta-se com a extinção de um órgão 
público e a absorção das atividades exercidas por este órgão pelo órgão superior. 
 
Descentralização 
Agora você tem que ter em mente que na descentralização muda-se o centro de 
poder para outra pessoa jurídica. Portanto, não existe mais hierarquia ou 
subordinação - o que passa a existir é um laço de vinculação, de controle de 
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finalidade (finalístico) ou de supervisão Ministerial. Exemplos: 
a) a Autarquia Federal Banco Central encontra-se vinculada ao Ministério da 
Fazenda; 
b) a Fundação Pública Federal FUNASA, vinculada ao Ministério da Saúde; 
c) a Sociedade de Economia Mista Federal Companhia Docas do Estado de São 
Paulo é vinculada à Secretaria de Portos. 
 
A característica comum em todos os tipos de descentralização de atividades 
administrativos é: o Estado atribui à outra pessoa, física ou jurídica, a possibilidade de 
realizar algo. Na descentralização, haverá pelos menos duas pessoas envolvidas: o 
descentralizador e o descentralizado. 
Note a comparação importante com a desconcentração, onde não haverá 
a ampliação de pessoas, titulares de atribuições, diversamente do que 
ocorre na descentralização, em que novas pessoas se envolverão com as 
tarefas. 
 
Assim, o Estado desempenha algumas de suas atividades por meio de outras pessoas, 
físicas ou jurídicas, e não pela administração direta. Assim sendo, a pessoa política 
titular da atividade, transfere a execução dessa atividade para outra pessoa. 
 
A descentralização pode ser por outorga legal ou por delegação. Vejamos: 
 
Descentralização por outorga legal / técnica / serviços / funcional: É feita por lei e 
transfere a titularidade e a execução da atividade administrativa por prazo 
indeterminado para uma pessoa jurídica integrante da administração indireta. 
Descentralização por delegação / colaboração: É feita em regra por um contrato 
administrativo e nestes casos depende de licitação. Pode acontecer descentralização 
por delegação através de um ato administrativo. Transfere somente a execução da 
atividade administrativa, e não a sua titularidade, por prazo determinado para um 
particular (pessoa física ou jurídica). 
 
 
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QUESTÃO 04 - Com relação à administração direta e indireta, centralizada e 
descentralizada, julgue o item a seguir. 
Administração direta remete à ideia de administração centralizada, ao passoque 
administração indireta se relaciona à noção de administração descentralizada. 
Certo ( ) Errado ( ). 
 
COMENTÁRIO: A questão coloca os conceitos de centralização e descentralização 
lado a lado. Por centralização entende-se quando o Estado executa suas tarefas 
diretamente, por meio de órgãos e agentes integrantes da Administração Direta. Já na 
descentralização o Estado desempenha algumas de suas atribuições por meio de 
outras pessoas jurídicas, e não mais pela sua Administração Direta. A descentralização 
pressupõe duas pessoas distintas: o Estado e a pessoa que executará o serviço, por ter 
recebido do Estado essa atribuição. Gabarito Certo. 
 
4.1.1.1 Modalidades de Descentralização 
Administrativa: 
✓ Descentralização por Outorga ou Serviços: Também denominada de 
descentralização funcional ou técnica, é aquela em que o Poder Público cria 
uma pessoa jurídica de direito público ou privado, atribuindo-lhe, além da 
execução, a titularidade de determinado serviço público. Exemplo da FUNASA 
e da ECT. No Brasil, dá-se exclusivamente por lei. 
✓ Descentralização por Delegação ou Colaboração: Ocorre quando a execução 
de um serviço público é transferida à pessoa jurídica de direito privado, ou 
mesmo à pessoa física, por meio de contrato ou ato administrativo, 
conservando o Poder Público a titularidade do serviço. Ex.: concessão ou 
permissão de serviços públicos. 
 
Descentralização Política: Em direito constitucional a organização político-
administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos. Ocorre que essa descentralização 
entre entres federativos é política [chamada de vertical]. A criação de um novo ente 
integrante da federação, não será descentralização administrativa [conhecida como 
horizontal], mas sim política, já que a nova unidade é dotada de autonomia política. 
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A característica fundamental da descentralização política é que o ente descentralizado 
exerce suas atribuições por meio de seu corpo legislativo. A capacidade legislativa, 
portanto, é a principal característica de diferenciação da descentralização política 
quando comparada com a administrativa 
 
 
 
 
 
 
5 RESUMÃO DA AULA 
Logo, meu caro concurseiro, pense na administração pública como se fosse um corpo 
humano, o corpo pode ser chamado de União. 
Descentrali-
zação Política
• Horizontal: resulta nos entes federativos com 
autonomia política (União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios)
Descentrali-
zação 
Administrativa
• Vertical: resulta na Administração Pública Indireta 
(Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e 
Sociedade de Economia Mista).
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É importante que você saiba a diferença entre entes políticos e entidades, os entes 
possuem uma autonomia política e as entidades possuem uma autonomia 
administrativa financeira. 
 
Ambos são pessoas jurídicas, nos entes políticos estão: 
• União; 
• Estado; 
• Distrito Federal; e 
• Municípios. 
 
Nas entidades encontram-se: 
• Autarquias; 
• Fundações públicas; 
• Empresas públicas; e 
• Sociedade de economia mista. 
 
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• Acima da linha estará o direito público, abaixo será de direito privado. 
 
A respeito do órgão, existem várias formas de administrar, sabemos que na atualidade 
nenhum município, por menor que seja, possui condições de ser administrado por 
uma única pessoa, ou seja, de forma centralizada. Desta maneira, há a 
desconcentração, isto é, a criação de órgãos, uma mera distribuição administrativa 
interna. 
 
Tudo que está dentro do corpo é órgão, quando se pensa em órgão, deve ser 
compreendido que está dentro de uma pessoa, no nosso exemplo, a pessoa se chama 
União. 
 
Formas de prestação da atividade administrativa 
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A centralização administrativa é a situação em que o Estado executa suas tarefas 
diretamente, por intermédio de seus inúmeros órgãos e agentes administrativos que 
compõem a sua estrutura funcional. Ou seja, não há transferência de atividades para 
outras pessoas. A centralização consiste na execução da atividade administrativa pelas 
próprias pessoas políticas (União, Estados, DF e Municípios), por meio dos órgãos das 
suas respectivas Administrações Diretas. É uma atividade eminentemente 
hierarquizada. 
 
Na descentralização administrativa, em vez de desenvolver suas atividades 
administrativas por si mesmo, o Estado transfere a execução dessas atividades a 
particulares ou a outras pessoas jurídicas, de direito público ou privado. Ou seja, a 
descentralização administrativa consiste na distribuição ou transferência de atividades 
ou serviços da Administração Direta para a Administração Indireta ou para 
particulares, o que pressupõe a existência de pelo menos duas pessoas, a pessoa 
política que transfere as atribuições e a pessoa física ou jurídica (de direito público ou 
de direito privado) que recebe as atribuições. Aqui inexiste relação de hierarquia entre 
a pessoa que transfere e a que recebe as atribuições. 
 
A desconcentração administrativa consiste na distribuição interna de competências 
no âmbito da mesma pessoa jurídica. Na desconcentração, tem-se o controle 
hierárquico, pois os órgãos de menor hierarquia permanecem subordinados aos 
órgãos que lhes são superiores. 
 
Por sua vez, a concentração administrativa consiste na ausência completa de 
distribuição de tarefas entre repartições internas, constituindo-se em situação 
raríssima na Adm. Pública. Como na concentração inexiste mais de um órgão, também 
não existe, por óbvio, qualquer relação de hierarquia entre órgãos. 
 
 
 
 
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É possível desconcentração na descentralização? Sim é possível, na desconcentração 
se está criando órgãos, ministério, secretarias, departamentos e chefias. Já na 
descentralização não se cria órgãos, mas sim entidades administrativas. 
 
• Órgão não possui vida, ou seja, o órgão não é pessoa jurídica, é 
despersonalizado. 
 
 
Qual teoria na atualidade é mais aceita para justificar o “poder da caneta”? A 
assinatura de um governador por exemplo, vale mais que a de um cidadão comum, 
pois foi imputado a ele o poder de falar por todos, isto é, representar toda aquele 
órgão, a teoria do órgão justifica e é a imputação ao agente público a competência 
de executar sua função administrativa. 
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6 Questões de Sala 
 
 
Questão 01 No que se refere aos institutos da centralização, da descentralização e da 
desconcentração, julgue o item a seguir. 
A centralização consiste na execução de tarefas administrativas pelo próprio Estado, por meio 
de órgãos internos e integrantes da administração pública direta 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Questão 02 A respeito de organização administrativa, de atos administrativos e de 
autarquias, julgue o item a seguir. 
O fato de a administração pública desmembrar seus órgãos, distribuindo os serviços dentro 
da mesma pessoa jurídica, para melhorar a sua organização estrutural, constitui exemplo de 
ato de desconcentração 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Questão 03 No que se refere aos institutos da centralização, da descentralização e da 
desconcentração, julgue o item a seguir. 
 A diferença preponderante entre os institutos da descentralização e da desconcentração é 
que, no primeiro, há a ruptura do vínculo hierárquico e, no segundo, esse vínculo permanece. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Questão 04 Assinale a opção correta acerca da organização administrativa. 
A Ocorre descentralização por serviços quando o poder público contrata empresa privada 
para desempenhar atividade acessória à atividade finalística da administração. 
B A autorização,a permissão e a concessão de serviços públicos a empresas privadas 
caracterizam desconcentração administrativa. 
C O ente titular do serviço público pode interferir na execução do serviço público transferido 
a outra pessoa jurídica no caso descentralização por serviços. 
D A descentralização por colaboração resulta na transferência da titularidade e da execução 
do serviço público para empresas públicas ou sociedades de economia mista. 
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E No caso de descentralização por colaboração, a alteração das condições de execução do 
serviço público independe de previsão legal específica. 
 
Questão 05 A respeito da administração pública brasileira, julgue o item a seguir. 
A descentralização por colaboração ocorre, por exemplo, quando a administração pública, 
por meio de ato administrativo, transfere a execução de um serviço a uma pessoa jurídica, 
mas mantém a titularidade do serviço 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Gabarito: 01. C 02. C 03.C 04. E 05.C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 Questões para Treinar 
QUESTÃO 01 - Com relação à descentralização e à desconcentração, é correto afirmar 
que, na descentralização, a execução das atividades ou a prestação de serviços pelo 
Estado é 
A) indireta e mediata, na desconcentração, é direta e imediata. 
B) direta e imediata, na desconcentração, é indireta e imediata. 
C) indireta e imediata, na desconcentração, é direta e mediata. 
D) direta e mediata, na desconcentração, é indireta e imediata. 
 
QUESTÃO 02 - Quanto à organização administrativa, julgue os itens a seguir. 
A divisão de determinado tribunal em departamentos visando otimizar o 
desempenho, para, posteriormente, redistribuir as funções no âmbito dessa nova 
estrutura interna, é um exemplo de descentralização. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 03 - Quanto à organização administrativa, julgue os itens a seguir. 
A descentralização pode ser feita por qualquer um dos níveis de Estado: União, DF, 
estados e municípios. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 04 O controle dos resultados de forma descentralizada, na administração 
pública, depende de um grau de confiança limitado nos agentes públicos, que, mesmo 
com estrito monitoramento permanente, devem ter delegação de competência 
suficiente para escolher os meios mais apropriados ao cumprimento das metas 
prefixadas. 
( ) Certo 
( ) Errado 
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QUESTÃO 05 - Desconcentração administrativa é 
A) terceirização de execução de serviços para empresas permissionárias, com ou sem 
licitação. 
B) atribuir a outrem poderes da Administração. 
C) delegação de execução de serviços para empresas concessionárias, mediante 
licitação. 
D) repartição das funções entre os vários órgãos de uma mesma administração. 
E) descentralização das atividades públicas ou de utilidade pública. 
 
QUESTÃO 06 - A descentralização efetivada através da criação por lei de um órgão 
da administração indireta com o fim específico de prestar um serviço público é 
realizada mediante 
A) privatização. 
B) terceirização. 
C) outorga. 
D) desconcentração. 
E) delegação. 
 
QUESTÃO 07 - A descentralização é efetivada por meio de delegação quando o 
Estado 
A) delega a alguém o exercício de um serviço público sob condições negociadas e não 
alteráveis unilateralmente pelo Estado. 
B) transfere, por contrato ou ato unilateral, unicamente a execução do serviço. 
C) cria uma entidade e a ela transfere, mediante previsão em lei, determinado serviço 
público. 
D) transfere aos concessionários e aos permissionários a titularidade de determinado 
serviço. 
E) transfere bens e ações para uma entidade privada. 
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QUESTÃO 08 - Quando a Administração Pública, diante da complexidade das 
atividades por ela desenvolvidas, distribui competências, no âmbito de sua própria 
estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente a prestação dos serviços, ocorre a técnica 
administrativa intitulada 
A) descentralização. 
B) desconcentração. 
C) delegação. 
D) privatização. 
E) desburocratização. 
 
QUESTÃO 09 - Levando em consideração a descentralização administrativa, analise 
as afirmativas a seguir: 
I. Concessão é a delegação da prestação de serviço público. 
II. Permissão é um ato administrativo, com delegação precária do serviço público. 
III. Autorização é um ato administrativo outorgado a uma empresa para realização de 
suas atividades. 
Assinale: 
A) se somente a alternativa I estiver correta. 
B) se somente a alternativa II estiver correta. 
C) se somente a alternativa III estiver correta. 
D) se somente as alternativas I e II estiverem corretas. 
E) se somente as alternativas II e III estiverem corretas. 
 
QUESTÃO 10 - Centralização é o fenômeno pelo qual o Estado executa, mediante 
outorga ou delegação, suas tarefas institucionais, por meio de seus órgãos e agentes 
integrantes da administração direta. 
( ) Certo 
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( ) Errado 
 
QUESTÃO 11 - Em sua forma de organização, o Ministério da Saúde conta com 
núcleos em cada estado da Federação. Julgue os próximos itens, relativos aos 
propósitos dessa forma de organização. 
É uma forma de desconcentração pois representa o Ministério da Saúde nos estados. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 12 - A descentralização administrativa efetiva-se por meio de outorga 
quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei, determinado serviço 
público. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 13 - Em relação à organização administrativa, pode-se afirmar que as 
organizações sociais integram a Administração Pública descentralizada. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
QUESTÃO 14 - As duas formas básicas de organização e atuação administrativas 
adotadas pelo Estado no desempenho de suas atribuições, denominam-se: 
centralização e descentralização. 
( ) Certo 
( ) Errado 
 
 
 
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7.1 Gabarito 
 
01 A 
02 ERRADO 
03 CERTO 
04 CERTO 
05 D 
06 C 
07 B 
08 B 
09 D 
10 ERRADO 
11 CERTO 
12 CERTO 
13 ERRADO 
14 CERTO 
 
 
 
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8 Administração Pública Direta 
 
A Administração Direta é o conjunto de órgãos públicos que integram as pessoas 
jurídicas políticas (União, Estados, DF e Municípios) para a execução de atividades 
administrativas de forma centralizada. 
 
Tal como no corpo humano, onde o cérebro é o centro de poder, em nosso exemplo 
a União, representando um dos entes federativos, tem comando sobre todo o corpo. 
Assim, enquanto o cérebro gerencia seus órgãos (mãos, olhos, pernas), os órgãos da 
administração direta estão ligados à União - sem qualquer capacidade de controle 
próprio, sempre geridos pelo ente federativo maior. 
 
 
São, por exemplo, os Ministérios (da Justiça, da Saúde, da Comunicação e todos 
os demais), que não possuem pessoa jurídica independente, já que o comando 
será sempre da União. Um funcionário vinculado ao Ministério da Justiça, por 
exemplo, é funcionário da União, sendo que seu chefe máximo será o Presidente 
da República. Um único centro de poder comanda todos os órgãos da 
Administração Pública no caso da administração direta. 
 
 
Ao falarmos da Administração Direta é inevitável citarmos os órgãos 
públicos, pois esta administração se perfaz pela existência destes. 
 
 
Logo, meu caro aluno, anota essa informação importante: a Administração Pública 
Direta, que também chamada de Administração Pública Centralizada, existe em 
todos os níveis das Esferas do Governo, Federal, Estadual, Distrital e Municipal, e em 
seus poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário. Em outros termos, é a própria 
Administração Pública. 
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8.1 Teoria do Órgão 
 
Várias teorias tentam explicar como o Estado, titular de direitos e obrigações, exerce 
suas atividades por meio de seus agentes. 
 
Pela TEORIA DO MANDATO, considerava-se o agente como mandatário do Estado, 
assim como ocorre nas relações privadas quando uma pessoa confere a outra um 
mandato/procuração para a prática de determinados atos. 
 
Pela TEORIA DA REPRESENTAÇÃO considerava-se o agente representante do 
Estado, à semelhança do tutor e do curador dos incapazes existente no Direito Civil. 
 
Embora não sejam mais aplicadas, a teoria do mandato e a da representação ainda 
são cobradas em provas, por isso, elaboramos um quadro comparativo com as 
principais características de cada uma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pela TEORIA DO ÓRGÃO: Diferente das outras duas, na teoria do órgão, também 
conhecida como teoria da imputação, os agentes públicos são verdadeiros veículos 
da expressão do Estado. Toda a conduta praticada pelos agentes é imputada ao órgão, 
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o qual, por sua vez, encontra-se ligado à entidade possuidora de personalidade 
jurídica, quem, ao fim, acaba respondendo a eventuais questionamentos jurídicos. 
Essa teoria é amplamente aceita pela doutrina moderna. 
 
Neste sentido, Alexandre Mazza (2019, p. 201) complementa dizendo que, de 
acordo com a teoria do órgão “cada repartição estatal funciona como uma parte do 
corpo, como um dos órgãos humanos, daí a origem do nome “órgão” público. A 
personalidade, no corpo, assim como no Estado, é um atributo do todo, não das 
partes. Por isso, os órgãos públicos não são pessoas, mas partes integrantes da 
pessoa estatal”. 
 
 
Por fim, pela TEORIA DA IDENTIDADE OU SUBJETIVA, os órgãos e agentes públicos 
formam uma unidade única e inseparável, de forma que o órgão se confunde com a 
pessoa do próprio agente. 
 
De acordo com Alexandre Mazza (2019, p. 200) a teoria da identidade foi uma das 
primeiras teorias que falam a respeito da atuação do agente público e Estado. Essa 
teoria “afirmava que órgão e agente formam uma unidade inseparável, de modo 
que o órgão público é o próprio agente. O equívoco dessa concepção é evidente, 
pois sua aceitação implica concluir que a morte do agente público causa a extinção 
do órgão”. 
 
 
 
8.2 Órgão Públicos 
Dito isto, com base na teoria do órgão, pode-se definir o órgão público como uma 
unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que o integram 
com o objetivo de expressar a vontade do Estado. 
 
Para Hely Lopes Meirelles órgãos públicos “são centros de competência instituídos 
para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é 
imputada à pessoa jurídica a que pertencem”. Por isso, os órgãos não têm 
personalidade jurídica nem vontade própria, que “são atributos ao corpo e não das 
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partes". 
 
Base legal: 
Lei nº. 9.784/99 
Conforme estabelece o artigo 1º., § 2º., inciso I, da Lei nº. 9.784/99, que 
disciplina o processo administrativo no âmbito da Administração Pública 
Federal, órgão é “a unidade de atuação integrante da estrutura da 
Administração direta e da estrutura da Administração indireta” 
 
 
Além disso, sabemos que personalidade jurídica significa a possibilidade de assumir 
direitos e obrigações. Assim, os órgãos na área de suas atribuições e nos limites de 
sua competência funcional expressam não a sua própria vontade, mas, a vontade do 
ente ou da entidade a que pertencem e a vinculam por seus atos, manifestados através 
de seus agentes (pessoas físicas). 
 
No entanto, e isto é muito importante, embora não tenham personalidade jurídica, 
os órgãos podem ter prerrogativas funcionais próprias que, quando infringidas por 
outro órgão, admitem defesa até mesmo por mandado de segurança. Essa 
prerrogativa é denominada de capacidade judiciária ou capacidade processual, e é 
entregue aos órgãos em raríssimas exceções! 
 
Ainda, com relação à capacidade processual, só é conferida aos órgãos 
independentes e os autônomos, visto que os demais (superiores e subalternos), em 
razão de sua hierarquização, não podem demandar judicialmente, uma vez que seus 
conflitos de atribuições serão resolvidos de forma administrativa, através das chefias 
a que estão subordinados. 
 
 
 
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Lembre-se, embora o órgão possua CNPJ, não detém personalidade jurídica. O 
cadastramento do órgão é uma mera exigência orçamentária, para organização de 
finanças/orçamento público. 
 
 
O órgão não se confunde com a pessoa jurídica, embora seja uma de suas partes 
integrantes; a pessoa jurídica é o todo, enquanto os órgãos são parcelas 
integrantes do todo. 
O órgão também não se confunde com a pessoa física, o agente público, porque 
congrega funções que este vai exercer 
Órgão não tem vida, não tem patrimônio, não têm direitos. 
Órgão é produto da desconcentração administrativa. 
Órgão compõem a adm. Pub. Direta e indireta. 
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Órgão não tem capacidade postulatória. 
 
Características dos Órgãos Públicos 
Os órgãos públicos são compartimentos ou centros de atribuições que se encontram 
inseridos dentro de determina pessoa jurídica. 
 
A criação dos órgãos públicos é justificada pela necessidade de especialização das 
funções estatais. Assim, por exemplo, a Polícia Federal, órgão que compõe a estrutura 
da Administração Direta da União, dentre outras atribuições, é responsável e 
especializada em combater o tráfico internacional de drogas. 
 
CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS 
a) Os órgãos podem ser definidos como compartimentos ou centro de 
atribuições que se encontram inseridos dentro de determinada pessoa jurídica; 
b) Não se confundem com a pessoa jurídica; a pessoa jurídica é o todo, 
enquanto os órgãos são parcelas integrantes do todo; 
c) A criação de órgãos é justificada pela necessidade de especialização das 
funções estatais; 
d) A divisão em órgãos é fenômeno que existe tanto na estrutura das pessoas 
políticas (Administração Direta) quanto na estrutura das entidades da 
Administração Indireta; 
e) No âmbito da Administração Direta, a criação e a extinção de órgãos 
dependem de lei. Contudo, a mera disciplina da organização e funcionamento 
desta, desde que não implique aumento de despesa, podem ser veiculados em 
decreto do chefe do Poder Executivo. 
f) Os órgãos não possuem personalidade jurídica, esta é atributo apenas da 
pessoa jurídica a que pertencem; 
g) A atuação dos órgãos é imputada a pessoa jurídica que integram (teoria do 
órgão); 
h) Em regra, os órgãos não possuem capacidade processual, mas a doutrina e a 
jurisprudência, excepcionalmente, reconhecem a capacidade processual ou 
“personalidade judiciária” de órgãos públicos de natureza constitucional quando 
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se tratar da defesa de suas competências ou prerrogativas funcionais, violadas 
por ato de outro órgão. 
 
Se liga na súmula do STJ: 
SÚMULA 525/STJ 
A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas 
personalidade judiciária, somente podendo demandar em juízo para defender 
os seus direitos institucionais. (Súmula 525, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 
22/04/2015, DJe 27/04/2015) 
 
 
Classificação dos órgãos públicos 
 
Os órgãos públicos podem ser classificados, basicamente, de cinco diferentes formas, 
são elas: a) quanto a sua posição; b) quanto a sua estrutura; c) quanto a sua 
atuação funcional; d) quanto às funções exercidas; e) quanto a esfera de ação. 
Na sequência veremos cada uma dessas possibilidades de forma individualizada, 
apontando e esmiuçando seus pontos principais. 
 
8.2.1.1 Quanto à posição estatal 
Como o próprio nome já diz, esta classificação está ligada à hierarquizaçãoda 
Administração Pública onde encontramos órgãos superiores em relação a outros 
inferiores. Assim temos: 
 
ÓRGÃOS INDEPENDENTES 
Os órgãos independentes são aqueles originários da Constituição e representativos 
dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Não têm subordinação hierárquica 
ou funcional, sujeitando-se exclusivamente aos controles constitucionais que 
permitem o controle de um Poder pelo outro (sistema de freios e contrapesos). 
 
 
São exemplos desses órgãos: 
• Casas Legislativas - Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado 
Federal, Assembleias Legislativas, Câmaras de Vereadores; 
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• Chefias do Executivo - Presidência da República, Governadorias, 
Prefeituras; 
• Ministério Público - da União e dos Estados; 
• Defensorias Públicas; 
• Tribunais de Contas (órgãos aux. do poder legislativo) - da União, dos 
Estados, dos Municípios; 
• Tribunais do Poder Judiciário e Juízes Singulares. 
 
 
ÓRGÃOS AUTÔNOMOS 
Os órgãos autônomos são os que se encontram na cúpula da Administração logo 
abaixo dos independentes, sendo a estes subordinados. Além disso, esses órgãos 
têm autonomia administrativa, financeira e técnica, são responsáveis pelo 
planejamento, supervisão, coordenação e controle da administração. 
 
São exemplos desses órgãos: 
• Ministérios, Secretarias Estaduais, Secretarias Municipais; 
• Advocacia-Geral da União, Procuradorias dos Estados e Municípios; 
• Estado Maior das Forças Armadas; 
• Consultoria Geral da República. 
 
Lembrando que os órgãos mudam quando falamos da União, Estados ou dos 
Municípios, por exemplo: 
 
 
ÓRGÃOS SUPERIORES 
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Os órgãos superiores, por sua vez, não gozam de autonomia administrativa nem 
financeira, que são atributos dos órgãos independentes e dos autônomos a que 
pertencem. Sua liberdade funcional restringe-se ao planejamento e soluções 
técnicas, dentro de sua área de competência, com responsabilidade pela execução, 
geralmente a cargo de seus órgãos subalternos. 
 
São exemplos desses órgãos: 
• Gabinetes; 
• Inspetorias-Gerais; 
• Coodenadorias; 
• Departamentos; 
• Divisões. 
 
 
QUESTÃO 01 - Os órgãos superiores são os originários da Constituição e 
representativos dos Poderes de Estado - Legislativo, Executivo e Judiciário - colocados 
no ápice da pirâmide governamental, sem qualquer subordinação hierárquica ou 
funcional, e só sujeitos aos controles constitucionais de um Poder pelo outro. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
COMENTÁRIO: Os órgãos superiores têm poder de direção, controle, decisão e 
comando em assuntos de sua alçada específica. São os Chefias de Gabinete dos 
Ministros, Delegacias da Receita Federal, Superintendências Regionais do INCRA e 
outros desta natureza. Gabarito Errado. 
 
QUESTÃO 02 - Os órgãos independentes são os que detêm poder de direção, 
controle, decisão e comando dos assuntos de sua competência. Sua liberdade 
funcional restringe-se ao planejamento e soluções técnicas. São exemplos as 
Secretárias-gerais e os Gabinetes. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
COMENTÁRIO: Os órgãos independentes são os originários da CF: Legislativo, 
Executivo, Judiciário. Têm funções políticas já definidas anteriormente, exercidas por 
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seus membros que são agentes políticos com mandato eletivo, enquanto seus 
servidores são agentes administrativos. São também chamados órgãos primários e 
estão sujeitos aos controles constitucionais de um Poder pelos outros. Gabarito 
Errado. 
 
QUESTÃO 03 - Quanto à posição ocupada na escala governamental ou administrativa, 
os órgãos são classificados em independentes, autônomos, superiores e subalternos. 
É correto afirmar que os órgãos públicos independentes são originários da própria 
Constituição, assim como os órgãos autônomos, e representativos dos três Poderes. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
COMENTÁRIO: De acordo com a doutrina acima indicada, apenas os órgãos 
independentes são originários da própria Constituição, o mesmo não podendo ser 
dito em relação aos órgãos autônomos. Gabarito Errado. 
 
QUESTÃO 04 - Quanto à posição ocupada na escala governamental ou administrativa, 
os órgãos são classificados em independentes, autônomos, superiores e subalternos. 
É correto afirmar que os órgãos públicos Autônomos gozam de autonomia 
administrativa e financeira, mas não funcional, isto é, não possuem autonomia para 
cumprir suas funções sem subordinação. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
COMENTÁRIO: É equivocado dizer que os órgãos autônomos não disponham de 
autonomia funcional. A doutrina é tranquila em asseverar que tais órgãos ostentam, 
sim, ampla autonomia administrativa, financeira e técnica (no que se inclui, portanto, 
o aspecto funcional). Gabarito Errado. 
 
 
ÓRGÃOS SUBALTERNOS 
Por fim, os órgãos subalternos, representam o último escalão da Administração, com 
reduzido poder decisório e com predominância de atribuições de execução, a 
exemplo das atividades-meios e atendimento ao público, como, por exemplo, as 
portarias, protocolos e as sessões de expediente. 
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Quanto à sua estrutura 
Com relação à sua estrutura, sua composição, os órgãos podem ser classificados como 
simples ou compostos, de modo que: 
→ ÓRGÃOS SIMPLES: também chamados de unitários, têm só um centro de 
competência. 
Ex.: Presidência da República, Portarias. 
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→ ÓRGÃOS COMPOSTOS: têm em sua estrutura inúmeros outros órgãos 
menores, uns exercendo função idêntica à principal, ou seja, atividade fim e 
outras exercendo uma função auxiliar diferente da principal, ou seja, atividade 
meio. 
Ex.: Secretarias e Ministérios. 
 
 
Não confunda órgãos simples e compostos com atos administrativos, que também 
podem ser simples, compostos ou complexo. Um órgão, independente da composição 
de sua estrutura, poderá emitir um ato simples, composto ou complexo. A estrutura 
do órgão que emana, não influencia na classificação do ato. 
 
Quanto à sua atuação funcional 
A classificação quanto a atuação funcional do órgão estabelece uma divisão por 
ordem de mando, ou seja, as ordens derivam de uma ou mais pessoas estabelecidas 
no órgão. Desta forma, os órgãos poderão ser definidos como: 
 
ÓRGÃOS SINGULARES OU UNIPESSOAIS 
Os órgãos unipessoais, são aqueles que apresentam um só titular que é o chefe e 
representante do mesmo e que apesar de contar com muitos outros agentes 
auxiliares, desempenha a função principal do órgão individualmente. A formação e 
manifestação de vontade não dependem do acorde de nenhuma outra autoridade. 
 
Ex.: o Presidente da República, as Governadorias dos Estados e os Prefeitos. 
 
ÓRGÃOS COLEGIADOS OU PLURIPESSOAIS 
Por outro lado, os órgãos pluripessoais, são aqueles que atuam e decidem pela 
manifestação conjunta e majoritária da vontade de seus membros, não 
prevalecendo a vontade pessoal do chefe ou de qualquer outro integrante. 
 
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Ex.: as Corporações Legislativas, os Tribunais e as Comissões deliberam e decidem por 
seus plenários e câmaras, mas se fazem representar juridicamente e se administram 
por seus presidentes, chefes ou procuradores. 
 
 
 
 
Quanto às funções exercidas 
Os órgãos podem exercer basicamente, de três funções distintas na Administração 
Pública, são os chamados órgãos ativos, de consulta e os de controle. 
→ ÓRGÃOS ATIVOS: são aqueles que produzem ações, atos necessários para o 
cumprimento dos fins da pessoa jurídica da qual fazem parte. 
Ex.: Ministérios e Secretárias. 
 
→ ÓRGÃOS DE CONSULTA: produzem os pareceres e as opiniões necessárias 
para a tomada de decisão por parte dos órgãos ativos. 
Ex.: assessorias jurídicas integrantes das estruturas dos Ministérios 
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. 
→ ÓRGÃOS DE CONTROLE: são aqueles responsáveis por acompanhar e fiscalizar 
outros órgãos. 
Ex.: Tribunal de Contas da União, CGU. 
 
 
 
 
Quanto à esfera de ação 
Essa classificação é apresentada pela doutrinadora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a 
qual defende que os órgãos públicos, no que diz respeito ao seu âmbito de ação, 
podem ser divididos em centrais e locais, de modo que: 
→ ÓRGÃOS CENTRAIS: são aqueles que exercem atribuições em todo o território 
nacional, estadual ou municipal. 
Ex.: Casas Legislativas, Ministérios, Secretarias de Estado e as de Município. 
 
→ ÓRGÃOS LOCAIS: por outro lado, os órgãos locais atuam apenas sobre uma 
parte do território (atuação localizada). 
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Ex.: Delegacias Regionais da Receita Federal, Delegacias de Polícia, Postos 
de Saúde. 
 
 
 
 
QUESTÃO 05 - Os órgãos compostos são todos aqueles que atuam e decidem pela 
manifestação conjunta e majoritária da vontade de seus membros. 
Certo ( ) Errado ( ) 
COMENTÁRIO. Os órgãos compostos são aqueles que em sua estrutura possuem outros 
órgãos menores, seja com desempenho de função principal ou de auxilio nas atividades, as 
funções são distribuídas em vários centros de competência, sob a supervisão do órgão de 
chefia. Gabarito Errado. 
 
QUESTÃO 06 - Os órgãos colegiados são os que reúnem na sua estrutura outros 
órgãos menores, com função principal idêntica. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
COMENTÁRIO: Os órgãos colegiados são aqueles em que há representações diversas e as 
decisões são tomadas em grupo, com o aproveitamento de experiências diferenciadas. 
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Gabarito Errado. 
 
QUESTÃO 07 - Subalternos são aqueles a cargo de uma coletividade de pessoas 
físicas ordenadas verticalmente. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
COMENTÁRIO: A característica fundamental dos órgãos subalternos, na realidade, consiste 
em serem dotados de atribuições meramente executórias. Sua destinação, portanto, 
corresponde a tarefas de rotina, com diminuto ou nenhum poder decisório. Gabarito Errado. 
 
QUESTÃO 08 - Superiores são os órgãos de direção, controle e comando em relação 
aos subalternos, mas que não possuem autonomia administrativa, nem financeira. 
Certo ( ) Errado ( ) 
 
COMENTÁRIO: Esta opção está em sintonia com o que defende Hely Lopes Meirelles, como 
se extrai da seguinte passagem de sua obra: "Órgãos superiores são os que detêm poder de 
direção, controle, decisão e comando dos assuntos de sua competência específica, mas 
sempre sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia mais alta. Não gozam 
de autonomia administrativa e financeira, que são atributos dos órgãos independentes e dos 
autônomos a que pertencem.". Gabarito Certo 
9 Resumo da aula 
De acordo com Hely Lopes Meirelles, os órgãos públicos “são centros de competência 
instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja 
atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem”. Logo, não possuem 
personalidade jurídica e, tampouco autonomia de vontade. 
 
No entanto, embora não tenham personalidade jurídica, é possível que os órgãos 
independentes e autônomos tenham prerrogativas funcionais próprias (capacidade 
judiciária/processual), uma vez violadas por outro órgão, admite defesa. 
 
Classificação dos órgãos públicos 
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• INDEPENDENTES: são os originários da Constituição e representativos dos 
poderes do Estado, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional. São 
exemplos o Congresso Nacional, a Câmara dos Deputados, o Senado Federal, 
as Assembleias Legislativas, Câmaras de Vereadores, Presidência da República, 
Governadorias dos Estados e DF, Prefeituras, o Ministério Público, Tribunais 
judiciários e juízos singulares, Tribunal de Contas. 
 
• AUTÔNOMOS: são localizados imediatamente abaixo dos órgãos 
independentes e diretamente subordinados a seus chefes. Têm ampla 
autonomia administrativa, financeira e técnica, caracterizando-se como órgãos 
diretivos. Exemplos: os Ministérios, as Secretarias estaduais e municipais, a AGU. 
• SUPERIORES: detêm poder de direção, controle, decisão e comando de 
assuntos de sua competência específica, mas sempre sujeitos à subordinação e 
ao controle hierárquico de uma chefia mais alta. Ex.: gabinetes, secretarias 
gerais, departamentos, etc. 
 
• SUBALTERNOS: são todos aqueles que se acham hierarquizados a órgãos mais 
elevados, com reduzido poder decisório e predominância de atribuições de 
execução. Ex.: zeladoria, almoxarifado, etc. 
 
 
Quanto à estrutura 
 
• SIMPLES: são constituídos por um único centro de competência; não tem 
outros órgãos agregados a sua estrutura. Ex.: gabinetes. 
 
• COMPOSTOS: reúnem na sua estrutura outros órgãos menores, ou seja, 
possuem ramificações. Ex.: secretaria de educação. 
 
Quanto à atuação funcional 
 
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• SINGULARES ou UNIPESSOAIS: atuam e decidem mediante um único agente, 
que é seu chefe e representante. Ex.: Presidência da República; Governadorias 
de Estado; Prefeitura. 
 
• COLEGIADOS ou PLURIPESSOAIS: atuam e decidem pela manifestação 
conjunta e majoritária da vontade dos membros. Ex.: casas legislativas; STF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10 Questões de Sala 
 
 
Questão 01 No que se refere aos institutos da centralização, da descentralização e da 
desconcentração, julgue o item a seguir. 
A centralização consiste na execução de tarefas administrativas pelo próprio Estado, por meio 
de órgãos internos e integrantes da administração pública direta. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Questão 02 Embora dotados de personalidade jurídica, os órgãos públicos não possuem 
capacidade processual para a defesa de suas prerrogativas e competências institucionais. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Questão 03 Embora, em regra, os órgãos públicos não tenham personalidade jurídica, a 
alguns órgãos é conferida a denominada capacidade processual, estando eles autorizados 
por lei a defender em juízo, em nome próprio, determinados interesses ou prerrogativas 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Questão 04 Quanto à organização dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, julgue o 
item a seguir. 
É viável a extinção de órgãos públicos por meio de decreto do presidente da República na 
hipótese de redução de despesa para a União. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 05 Os órgãos superiores são os originários da Constituição e representativos dos 
Poderes de Estado - Legislativo, Executivo e Judiciário - colocados no ápice da pirâmide 
governamental, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional, e só sujeitos aos 
controles constitucionais de um Poder pelo outro. 
( ) Certo ( ) Errado 
QUESTÃO 06 - De acordo com a classificação dos órgãos públicos, analise o trecho a seguir 
e assinale a alternativa que aponta a classificação correspondente. 
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“São os originários da Constituição e representativos dos três Poderes do Estado, sem 
qualquer subordinação hierárquica ou funcional, e sujeitos apenas aos controles 
constitucionais de um sobre o outro; suas atribuições são exercidas por agentes políticos.” 
(Di Pietro, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 30.ed. Rev., atual. eampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2017.) 
A Órgãos autônomos. 
B Órgãos independentes. 
C Órgãos superiores. 
D Órgãos centrais. 
E Órgãos subalternos. 
 
GABARITO 
01. C 02. E 03. C 04.E 05.E 06. B 
 
 
 
 
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11 Questões para Treinar 
QUESTÃO 01 - Assinale, entre as seguintes definições, aquela que pode ser 
considerada correta como a de órgão público. 
A) Unidade personalizada, composta de agentes

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