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GREYKA FRANCESCHINI PAVARIN VET5M UNIGUAÇU MEDICINA EQUINA Melanoma Neoplasia relacionada com células produtoras de melanina (melanócitos), substância esta que confere coloração escura à pele. Representam 5 a 14% dos neoplasmas em eqüinos; Eqüinos de pelagem tordilha, sendo ocasionalmente observado em animais de outras pelagens; Eqüinos com idade superior a 6 anos; não há predileção por sexo ou raça; Os mecanismos envolvidos no desenvolvimento desse neoplasma incluem distúrbios no metabolismo da melanina, que induzem a formação de novos melanoblastos ou aumento da atividade dos melanoblastos residentes, resultando em áreas de produção excessiva desse pigmento; Suspeita-se que o aumento da produção de α-MSH (hormônio estimulante de α-melanócitos), influenciado pala luz solar, possa ser envolvido na patogênese desses neoplasmas; Locais de predileção: base da cauda, períneo e ânus; Aparece inicialmente como nódulo firme, único ou múltiplo e que com o tempo poderá ulcerar e apresentar secreção purulenta; As metástases ocorrem via hematógena, linfática ou por implantação; Os principais locais envolvidos em casos de metástase são linfonodos regionais, baço, fígado, pulmões, vasos sanguíneos e coração (morte súbita em animais de esporte); Embora apresentem características invasivas e metastáticas, alguns não apresentam este comportamento, evoluindo lentamente e não causa grandes problema sao animal; Sob a forma de melanossarcoma, o tumor pode comprometer a glândula parótida e por contiguidade atingir a bolsa gutural. Tumores mais amplos podem causar obstrução física do esfíncter anal, pênis, prepúcio ou comissura vulvar, resultando em disquesia, disúria e dificuldades no coito. Clinicamente os melanomas podem ser classificados de acordo com suas características em: Melanoma dérmico: Comum em cavalos tordilhos, velhos e ocorre como massas neoplásicas no períneo, base da cauda e genitália externa. A incidência de metástases é baixa; Melanomatose dérmica: Semelhante ao melanoma dérmico, porém com múltiplas massas cutâneas com metástase; Nevo melanocítico: Ocorre em cavalos jovens, tordilhos ou não, como massas superficiais ou no tecido subcutâneo; GREYKA FRANCESCHINI PAVARIN VET5M UNIGUAÇU MEDICINA EQUINA Melanoma maligno anaplásico: Ocorre em cavalos velhos, tordilhos ou não, e caracteriza-se pela formação de múltiplas massas cutâneas, com altos índices de metástase. Diagnóstico -Anamnese e História Clínica; -Exame Físico; -Exames Complementares: -Citologia aspirativa; -Imuno-histoquímica; Tratamento Cirúrgico Excisão cirúrgica (métodos convencionais ou crio cirurgia): Após avaliação do diâmetro, quantidade de nódulos e idade do animal; Pode ser definitiva nos casos de melanomas solitários, mas impraticável em melanomas múltiplos; Melanomas com múltiplos nódulos que evoluem a cauda e região anal, frequentemente recidivam na mesma região, e após a cirurgia podem apresentar tendência de produzirem metástase. Clínico Cimetidina (antagonista H2) *Propicia a redução da neoplasia primária e prevenção da progressão; **Forma de atuação (não bem esclarecida). Pacientes com desordens neoplásicas podem ter abundância de células T-supressoras, que ocultam o próprio mecanismo antitumoral. Estudos mostram que a histamina ativa as células T- supressoras através dos receptores de histamina (H2), que suprime as respostas mediadas por células e resposta imune humoral. A cimetidina parece bloquear a ativação destas células supressoras, aumentando a resposta mediada por célula e resposta imune humoral. -Cisplatina intralesional (em emulsão de óleos de amêndoas): -Laser de dióxido de carbono nas massas cutâneas: *Luz laser transmite mínimo calor (promove pouca necrose), levando a coagulação de pequenos vasos sanguíneos e linfáticos e nervos.