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PROVA DISSERTATIVA DE FILOSOFIA E ÉTICA

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Disciplina(s):
Ética e Educação
Fundamentos Filosóficos da Educação
Data de início:	11/12/2015 15:07
Prazo máximo entrega:	11/12/2015 16:22
Data de entrega:	11/12/2015 15:59
Questão 1/5
Leia o trecho a seguir:
“Todo direito está historicamente enraizado na moralidade. O contexto moral, com suas características econômicas, sociais, políticas, religiosas e culturais, está presente nos fundamentos e nas justificativas legais.”
WEBER, T. PAVIANI, J. Moral, ética e direito. In TORRES, J. C. B. (org) Manual de ética. Petrópolis: Ed. Vozes, 2014. p. 430
 
Analisando o texto citado e o livro base da disciplina, descreva a relação entre moralidade e lei.
Nota: 20.0
A moral seria um conjunto de hábitos e costumes efetivamente vivenciados por um grupo humano e a lei seria aquele conjunto de hábitos e costumes considerados fundamentais e indispensáveis, de caráter obrigatório. A lei representaria o mínimo moral declarado obrigatório para que a sociedade possa sobreviver. (ALENCASTRO, p 46)
 
Resposta:
As leis estabelece acordos de caráter obrigatório seguindo hábitos e costumes de um grupo no sentido de garantir a justiça e o direito que todo ser humano possui,e a moral é o conjunto de regras,prescrições e valores que regulam o comportamento do individuo.
Questão 2/5
Leia o fragmento de texto a seguir:
 
No século XVIII, surge a figura de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Embora vários teóricos já tivessem se ocupado da questão pedagógica, foi Rousseau quem deu expressão viva e concreta ao “naturalismo” pedagógico e marcou o fim da “ilustração” na França, pois percebeu que a educação calcada na razão nada contribuía para melhorar a humanidade. Ao materialismo sensualista prevalecente, Rousseau valorizou outros aspectos, por ele considerados “mais humanos”: a natureza do afeto, da personalidade, do culto à vida interior, de caráter individual. Em seu livro Emílio (1762), defende a ideia de que a educação se constitua a partir da natureza da criança e que, portanto, a vida moral deve ser um prolongamento da vida biológica.
 
FONTERRADA, M. T. de O. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. São Paulo: Editora UNESP, 2005. (p. 50)
 
A partir do texto e de acordo com os conteúdos e livro-base da disciplina, descreva a concepção de educação apresentada por Rousseau no livro Emílio:
Nota: 16.0
Emílio ou Da educação (2004) é uma obra de ficção na qual o próprio autor se apresenta como um personagem, o de preceptor, cuja função é educar um aluno, chamado Emílio, desde o nascimento até a idade adulta. Para Rousseau, o ideal é que a criança cresça e se desenvolva em um alto grau de isolamento, tendo contato praticamente só com o preceptor, que deve ser uma pessoa especial, alguém dotado de um caráter moral irrepreensível. Mesmo a presença dos pais é dispensada, pois eles se preocupam em demasia com o bem-estar de seus filhos, privando-os muitas vezes de experiências desagradáveis, mas necessárias a seu desenvolvimento.
Segundo Rousseau, é importante que as crianças recebam leite materno nos primeiros anos de vida e que se evite o costume de enrolar os bebês em faixas. Na época, acreditava-se que esse procedimento contribuía para melhorar postura da criança; para o filósofo francês, no entanto, essa prática representa o primeiro momento de cerceamento da liberdade na vida do indivíduo. Para o autor, até os 12 anos de idade, a criança deve receber o máximo possível de estímulos dos sentidos, pois, sob o ponto de vista de Rousseau, um dos grandes problemas da civilização é que as crianças aprendem a ler muito cedo e, com isso, fecham-se para o rico universo da experiência sensória. Ver, ouvir, degustar, cheirar e tatear são atividades naturais que podem ser aprimoradas com a educação, mas, na maioria das vezes, a educação livresca das escolas colabora para o enfraquecimento dessas possibilidades. (p. 55-56)
Resposta:
Partindo do principio que todo homem nasce bom porem a sociedade o corrompe Rousseau propõe uma forma correta de educação em sua concepção naturalista para substituir a educação tradicional, que em nome da educação e do progresso obrigam os homens a desenvolverem nas crianças a formação apenas do intelecto em detrimento da educação física,do caráter moral e da natureza própria de cada individuo.
Questão 3/5
Leia o trecho a seguir:
“Ao explicar a diferença entre agir por dever e conforme ao dever, Kant apresenta o exemplo de dois filantropos, distinguindo o que possui um grande prazer em espalhar alegria aos seres humanos e aquele que, insensível às dores alheias, apenas ajuda os outros por dever. A ação benevolente com valor moral, aos olhos kantianos, é aquela feita sem nenhuma inclinação, apenas por dever.”
BORGES, M. L. Ética e emoções. In TORRES, J. C. B. (org) Manual de ética. Petrópolis: Ed. Vozes, 2014. p. 116
Com base no livro da disciplina e na citação acima, descreva a ética do dever de Kant.
Nota: 16.0
A ética do dever de Kant está centrada na razão. Para ele, o dever nasce do reconhecimento por parte do ser humano, através do uso da razão, da necessidade obrigatória de obedecer certas regras, os “imperativos categóricos”. O primeiro imperativo é o de respeitar todos os homens como seres racionais na qualidade de fins em si mesmos. O segundo imperativo é a obrigação de agir de forma que sua ação pudesse ter uma validade universal. Assim o agir não deveria ser um sentimento, mas uma obrigação que o homem se impõe. (ALENCASTRO, p 41)
Resposta:
A doutrina moral de Kant é independente de qualquer sentido religioso.Sua moral exclui a noção de intenção como elemento de uma alma pura, e o dever não e uma obrigação a ser seguida em virtude de um ente superior,intenção e dever depende do ser epistemológico e não do eu pscicologico.Assim todo ser saudável possui tal aparato,formado por três campos a razão, o entendimento e a sensibilidade.
Questão 4/5
Leia o fragmento de texto a seguir:
 
É incontestável que, nos seus mitos, Platão ensina a preexistência das almas, a sua imortalidade e as recompensas que elas recebem após a morte. [...]. Faz parte do esquema do Diálogo o uso “da máscara para expressar os pensamentos mais caros do autor, no empenho de obrigar o leitor a pensar por conta própria”.
[...] Propomo-nos portanto, esclarecer aspectos como: o que é alma? Será a alma criada ao mesmo tempo que o corpo, ou anterior a este? Qual o motivo da união da alma com o corpo? As almas foram criadas iguais, moral e intelectualmente [...]? Se as almas são criadas iguais, como explicar a diversidade de aptidões e predisposições naturais que notamos entre os homens? Qual o estado da alma em sua origem? Se a alma já existia, antes da união com o corpo, tinha ela identidade, individualidade e consciência de si? Tem o homem o livre-arbítrio, ou está sujeito à fatalidade? Em que consiste a purificação? Para onde vai a alma depois de deixar o corpo? Tem a alma depois da morte consciência e identidade? Em que consistem os sofrimentos da alma depois da morte? [...]
 PAULO, M. M. Indagação sobre a imortalidade da alma em Platão. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1996. (p. 10)
 
A partir do texto e de acordo com o conteúdo e livro-base da disciplina, responda: como Platão compreendia a união entre corpo e alma? Qual a relação do conhecimento humano com a sua alma?
Nota: 20.0
Para Platão, a união entre o corpo e a alma se dá de forma violenta. O corpo serve de prisão para a alma, eu, enquanto estiver unida a ele, permanece incapaz de ascender ao mundo inteligível. O conhecimento humano só é possível porque as coisas materiais, sendo cópias, guardam semelhanças com as ideias que elas imitam. O reconhecimento dessa semelhança faz despertar na alma humana as ideias que nela já existiam desde antes de se unir ao corpo, mas que se encontravam adormecidas. (p. 27)
Resposta:
A alma não se limita a ser entendida como o principio da vida, mais também como principio do conhecimento.A alma e uma substancia independente do corpo,é eterna unindo-se a ele de forma temporária e acidental.As almas pertencem ao mundo inteletíveis ou mundo das ideias.As ideias tem realidade objetiva,substancial e são o modelo ideal de todas as coisas que existem no mundo sensível,com base nas quais as coisas foram criadas ou tendem a serem realizadas, ou seja o conhecimento.
Questão 5/5
Leia o fragmento de texto a seguir:
 
Bacon foi quem fez uma primeira boa observação sobre a divisão entre as duas correntes de pensamento moderno. Chamou os racionalistas de aranhas e os empiristas de formigas. Os primeiros lançam teias a partir de si e os empiristas coletam coisas para o seu uso.
 
GHIRALDELLI JR., P. História essencial da filosofia. São Paulo: Universo dos livros, 2010. (Vol 3. p. 54)
 
Com base no texto e nos conteúdos e livro da discplina, pode-se dizer que a filosofia moderna, em sua origem, apresenta-se em duas grandes correntes de pensamento: o racionalismo e o empirismo.
Quais as principais características do racionalismo? E qual foi o mais influente dos filósofos racionalistas?
Nota: 20.0
Para o racionalismo, todo conhecimento verdadeiro deriva da pura razão. Sendo assim, essa corrente privilegia o método dedutivo, no qual, com base em enunciados gerais, chegamos a conclusões de caráter particular, sem o auxílio da experiência. [...] (p. 34)
René Descartes, que viveu no século XVII, foi um dos mais influentes filósofos racionalistas. [...] (p. 35)
Resposta:
O racionalismo afirma que a razão é a unica faculdade a proporcionar o conhecimento adequado da realidade.A partir do pressuposto de que o pensamento se coincide com o ser, a filosofia ocidental desde suas origens,percebe que ha concordância entre a estrutura da razão e a estrutura analógica do real,pois caso houvesse total desacordo entre razão e a realidade o real seria incognoscível e nada se poderia dizer a respeito.
O mais influente dos filósofos racionalista foi René Descartes.

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