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Filariose: Parasitas e Ciclo de Vida

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Filariose
• Parasitas Digenéticos: necessitam de HI. Nesse caso, os HI são invertebrados (mosquitos) e os HD, 
vertebrados.
• Presença de sexos masculino e feminino (dioicos).
• Dirofilaria immitis: o HD geralmente é o cão. Humanos são hospedeiros acidentais.
• Onchocerca volvulus: infecções oculares, causando dano irreversível. HIs são mosquitos 
"borrachudos". Inicialmente há nódulos subcutâneos com posterior migração para os olhos. 
• Mansonella ozzardi: lesões mesentéricas. Única natural do Brasil.
• Wuchereria bancrofti
• 3 morfologias diferentes (verme adulto, microfilária, larvas). 
• Vermes adultos são delgados, esbranquiçados. Fêmea é relativamente maior e mais 
grossa. 
• Após a cópula há liberação da microfilária (embrião) que possui bainha flexível. 
Microfilárias (periodicidade noturna, pico às 23h) são liberadas na corrente sanguínea 
(dispersão) e são importantes na diferenciação de outras filarioses.
• Larvas possuem 3 tamanhos diferentes, L3 é a forma infectante.
• O indivíduo (HD) contamina-se através da picada do mosquito (HI).
• Microfilárias se diferenciam em larvas. 
• O mosquito (Cullex quinquefasciatus) não injeta as larvas. Elas penetram espontaneamente 
através do orifício causado pela picada. O calor do corpo estimula a saída das larvas de dentro 
do inseto e a umidade da pele estimula a progressão e penetração das larvas. 
• No Brasil, a maioria dos indivíduos têm parasitas alojados na região pélvica (pernas e escoto).O
mosquito tem preferência pelas regiões inferiores do corpo.
• Dentro do organismo, as larvas maturam, copulam e liberam novas microfilárias.
• Ciclo heteroxênicos (2 hospedeiros).
• Vermes adultos têm meia-vida de 4 a 8 anos.
• No HI, o ciclo dura aproximadamente 20 dias.
• No HD, o ciclo dura de 7 a 8 meses.
• Durante o dia, normalmente não se encontram microfilárias na corrente sanguínea periférica. 
Devido à periodicidade noturna, ficam sequestradas nos capilares pulmonares.
• As manifestações clínicas das filarioses são decorrentes da presença dos vermes adultos nos vasos 
linfáticos ou devido à reação imunológica do HD sobre os antígenos microfilarianos.
• A maioria é inicialmente assintomática. Indivíduos assintomáticos merecem atenção precoce devido ao 
grande número de microfilárias, causando problemas renais. 
• Casos agudos causam linfangite (inflamação do vaso linfático), linfadenite (inflamação do gânglio 
linfático) com febre e mal estar, funiculite e orquiepidimite.
• Patogenia
• A doença se desenvolvem por ação mecânica (obstrução dos vasos linfáticos) e por ação 
irritativa (presença do verme e liberação dos produtos metabólicos). 
• Outras doenças podem originar um quadro de elefantíase (hanseníase etc).
• Elefantíase: processo de inflamação e fibrose crônica do órgão atingido. Hipertrofia do TC, dilatação 
dos vasos linfáticos e edema linfático.
• Diagnóstico Laboratorial: pesquisa de microfilárias (Giemsa). Coleta noturna (no Brasil) de sangue ou 
pesquisa na urina/líquido da hidrocele.
• Diagnóstico
• Ultra-sonografia consegue determinar onde estão os vermes no sistema linfático, detectando a 
infecção em indivíduos assintomáticos. 
• Linfocintigrafia e biópsia.
• Tratamento dos doentes, combate ao inseto vetor.
• Medicação: dietilcarbamazina (sensibiliza as microfilárias), ivermectina (microfilaricida, verme adulto 
resistente), albendazol (vermes adultos).
• OMS recomenda dietilcarbamazina + ivermectina ou albendazol.

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