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Parte Geral Direito Penal Parte 2

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CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON DE PAIVA
DIREITO PENAL – PROF. WESER FRANCISCO
PEDRO GUILHERME GALINARI COSTA FARIA
TRABALHO INDIVIDUAL – QUESTIONÁRIO – 15 PONTOS
BELO HORIZONTE
2015
Questão 1- O que é concurso de pessoas? Quais os requisitos de concurso de pessoas? 
O concurso de pessoas no direito penal é quando duas ou mais pessoas concorrem para a prática de uma mesma infração penal. Durante a pratica do crime pode-se reconhecer a presença de vários autores do ilícito penal ou autores e partícipes. Para se verificar a presença do concurso de pessoas é necessário visualizar alguns requisitos: a) pluralidade de agentes e de condutas: no mínimo duas pessoas, empenhando esforços conjuntos, almejam praticar determinada infração penal; b) relevância causal de cada conduta: é a relevância presente na conduta de uma pessoa com o resultado que se pretende alcançar; c) liame subjetivo entre os agentes: é o vínculo psicológico que une os agentes para a prática da mesma infração penal, ou seja, o partícipe deve ter ciência de estar colaborando para uma prática criminosa; d) identidade de infração penal: está infimamente ligado ao requisito do liame subjetivo, porém cabe a identidade que os agentes e partícipes devem querer praticar a mesma infração penal. O concurso de pessoas, ou seja, acontece quando duas ou mais pessoas, unidas pelo liame subjetivo, levarem a efeito condutas relevantes dirigidas ao cometimento de uma mesma infração penal. 
Questão 2 - Discorra sobre o concurso necessário e eventual. Dê exemplos.
O concurso eventual, conhecido como crime unissubjetivo ou crime monossubjetivo, são os crimes praticados por uma pessoa, mas que eventualmente podem ser praticados por duas ou mais pessoas, como exemplo destaca-se homicídio, roubo em que no tipo penal ele é descrito como uma conduta praticada por uma pessoa, nesses casos aplica-se o artigo 29 do Código Penal. O concurso necessário é aquele que é praticado por duas ou mais pessoas e já esta caracterizado no tipo penal, como exemplo o crime de associação criminosa, tipificado no artigo 288 do Código Penal.
Questão 3- Defina autoria mediata. Autoria incerta. Coautoria e participação. Dê exemplos.
Autoria mediata acontece quando o autor utiliza uma pessoa não culpável, ou que atua sem dolo ou culpa para realizar o delito. São as situações de: valer-se de inimputável, coação moral irresistível, obediência hierárquica, erro de tipo escusável ou de proibição, provocada por terceiros; exemplo: Pedro, 19 anos, ameaça Gabriel, dizendo que se ele não ficar com 10 pinos de cocaína guardados ele vai mata-lo. A autoria incerta é aquela em que não se sabe numa conduta de duas ou mais pessoas quem foi o responsável pelo resultado; exemplo: A e B atiram em C que morre. Na perícia não fica identificado quem matou C. A participação é acessória e engloba numa infração penal todos que concorrem para prática penal, mas que tenham desempenhado uma atitude diversa do autor. A coautoria é aquela em que se considera todas as condutas da prática penal considerando o autor e os partícipes como coautores, ou seja, aqueles que juntamente praticam o delito penal.
Questão 4 – O que é pena? Qual a classificação e os sistemas penitenciários?
A pena é a consequência natural imposta pelo estado quando alguém pratica uma infração penal. Quando o agente comete um fato típico, ilícito e culpável, abre-se a possibilidade para o Estado de fazer o seu ius puniendi. As penas são classificadas como: a) privativas de liberdade (reclusão e detenção); b) restritiva de direitos (prestação pecuniária, perda de bens e valores, prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, interdição temporária de direitos e limitação de fim de semana); c) multa.
Questão 5 – Discorra sobre as Penas Privativas de Liberdade. (regimes fechado, semiaberto e aberto).
As penas privativas de liberdade são aquelas que objetiva privar o condenado do seu direito de locomoção (ir e vir) recolhendo-se à prisão. As penas privativas de liberdade se dividem em detenção (crimes de menor gravidade) e reclusão (crimes graves) e é estabelecido no tipo penal incriminador. As penas detenção admite-se o regime semiaberto e aberto e para as penas de reclusão os regimes: aberto, semiaberto e fechado e caracterizando para que o inicio da pena seja em regime fechado. Graças o instituto de regressão de pena é possível que os condenados mudem de regime com o tempo para que conquistem a liberdade e o convívio social aos poucos. O regime fechado é estabelecido inicialmente para as penas maiores de 8 anos, o regime semiaberto para as penas de 4 a 8 anos e o regime aberto para as penas de até 4 anos.
Questão 6 – Discorra sobre Medidas de Segurança.
A medida de segurança passou por uma reforma do Código Penal anterior para o atual vigente. A medida de segurança era aplicada quando um condenado cumpria sua pena restritiva de liberdade e era submetido a medida de segurança para retornar à sociedade. Esse instituto, hoje, é para que o Estado através do jus puniendi possa punir quem praticou uma conduta, típica e ilícita mas não culpável, em regra sendo aplicado aos inimputáveis.
Questão 7- Quais as fases do iter crimins? Comente. 
A primeira fase do iter criminis é a cogitação que é a etapa que não pode ser punível e é caracterizada pelo agente idealizar a conduta que queira praticar. A segunda fase são os atos preparatórios que é a etapa que pode ser punível pois nessa fase que o agente inicia os atos, preparando instrumentos para pratica do crime, chamando os partícipes e caso desenvolva uma conduta ilícita (como exemplo, compra de uma arma) pode ser punível. A terceira fase do iter criminis são os atos de execução que é o momento que se dá o início ao cumprimento do plano do delito, quando surge a punibilidade, instante no qual o autor realiza a conduta típica e antijurídica. A penúltima fase é a consumação, etapa em que todos os elementos do delito estão presentes, nos delitos materiais, quando se verifica o resultado. A última fase é o exaurimento que existe apenas em delitos formais quando o surgimento do resultado é apenas a intenção do agente, se esse verifica como mero benefício da conduta ocorre apenas um pós-fato impunível. 
Questão 8 – O que é detração penal? O que é remição penal? 
A detração é o instituto jurídico mediante o qual computam-se, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no artigo 41 do Código Penal. Isso é comum acontecer porque antes da sentença condenatória o agente venha a ser preso provisoriamente para segurança social. A remição é o instituto penal no qual são abatidos dos dias e horas trabalhados pelo preso que cumpre em regime fechado ou semiaberto, diminuindo dessa forma a condenação que ele foi sentenciado.
Questão 9 – O que é arrependimento eficaz e desistência voluntária? Dê	 exemplo. 
A desistência voluntária é quando o agente já começando os atos de execução desiste de continuar a praticar o ato e dessa forma só irá responder pelos atos já praticados, ficando afastado a sua punição pela tentativa da infração penal por ele pretendida inicialmente; exemplo: Pedro com 6 balas desfere 2 tiros: no pé e no ombro de Emerson, mas sensibiliza-se e não termina de praticar o ato e não responde por tentativa de homicídio, uma vez que tinha mais 4 balas e não completou a execução. O arrependimento eficaz é aquele que o agente depois de esgotar todos os meios de que dispunha para chegar à consumação da infração penal, arrepende-se e atua em sentido contrário, evitando a produção do resultado inicialmente por ele pretendido; exemplo: uma pessoa depois de uma discussão no interior de um barco, lança seu desafeto ao mar, tendo conhecimento que este não sabia nadar, querendo causar sua morte por afogamento, se arrepende e pula para salvar o desafeto.
Questão 10 – O que é arrependimentoposterior? Dê exemplo.
O arrependimento posterior é quando um crime que é cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparando o dano ou restituída à coisa, até o recebimento da denuncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. O exemplo pode ser: Pedro furta o celular de Lina, mas devolve antes que ela faça a denúncia. 
Questão 11 – O que é crime impossível?
O crime impossível é aquele quando o agente já inicia os atos de execução de algum delito e a consumação não acontece por razões alheias à sua vontade, não se punindo a tentativa.
Questão 12 – Diferença entre autor, coautor e participação. 
Autor é quem pratica o crime, embora as vezes haja mais de um autor que são os chamados coautores e podem num crime ter funções e atribuições diferentes como o autor intelectual e o autor que executa. Os partícipes são aqueles que num ilícito penal ajudam para a consumação.
Questão 13 – Quais os efeitos da condenação?
A finalidade da sentença penal condenatória é aplicar ao agente a pena que mais se aproxime do mal que ele praticou, a fim de cumprir as suas metas de reprovação e prevenção do crime. 
Para Fragoso, “a consequencia da condenação é de natureza civil. Tal sentença é declaratória da obrigação de reparar o dano.” Os efeitos podem ser Gerais, Extrapenais e genéricos
Temos os efeitos da condenação, de forma generica, mencionados no Art. 91 do Código Penal: 
I – tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime;
II – a perda em favor da uniao, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa fé: 
Dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo o fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilicito;
Do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferidopelo agente com a pratica do fato criminoso.
§ 1º Poderá ser decretada a perda de bensou valores equivalentes ao produto ou proveito do crimequando estes não forem encontrados ou quando se localizarem no exterior.
§2 º Na hipotese do § 1º, as medidas assecuratórias previstas na legislação processual, poderão abranger bens ou valores equivalentes do investigado ou acusado, para posterior decretação de perda. 
E ainda mencionamos os efeitos especificos, citados no art 92, do CP:
I – perda de cargo, função publica ou mandato eletivo;
Quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração publica;
Quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos.
II – a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos, sujeitos á pena de reclusão, cometidos contra o filho, tutelado ou curatelado;
III – a inabilitação para dirigir veiculo, quando utilizado como meio para a pratica de crime doloso.
Questão 14 – O que é detração? 
A detração penal é o instituto jurídico mediante o qual se computam, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, o de prisão administrativa e o de internação em qualquer dos estabelecimentos referidos no art. 41 do CP, que determina:
O condenado a quem sobrevém doença mental deve ser recolhido a hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, á falta, a outro estabelecimento adequado.
Questão 15 – Qual a diferença entre remição e remissão?
 A remição é o instituto penal no qual são abatidos dos dias e horas trabalhados pelo preso que cumpre em regime fechado ou semiaberto, diminuindo dessa forma a condenação que ele foi sentenciado. A remissão, porém é aquela que o réu é perdoado pelo estado pelo ilícito penal que pratica.
Questão 16 – O que é reincidência? 
O Código Penal, em seu artigo 63, define o que é reincidência, nos seguintes termos: "Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior". A reincidência é um fator de risco para o ordenamento jurídico e a sociedade, pois o agente que pratica o fato típico, ilícito e culpável de transitar em julgado a sentença que tenha sido condenado por crime anterior. A reincidência é uma causa agravante de aumento de pena.
Questão 17 – O que é reabilitação e quais as condições?
Reabilitação Criminal é um benefício jurídico criado com o intuito de restituir o condenado ao seu status quo ante, ou seja, para sua situação anterior à condenação, retirando de sua ficha de antecedentes criminais as anotações negativas nela apostas.
São condições necessárias ao pedido de reabilitação:
Art. 94. A reabilitação poderá ser requerida, decorridos dois anos do dia em que for extinta, de qualquer modo, a pena ou terminar sua execução, computando-se o período de prova da suspensão e o do livramento condicional, se não sobrevier revogação, desde que o condenado:
I – tenha tido domicilio no País no prazo acima referido;
II – tenha dado, durante este tempo, demonstração efetiva e constante de bom comportamento publico e privado;
III – tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre absoluta impossibilidade de fazê-lo até o dia do pedido, ou exiba documento que comprove a renuncia da vitima ou novação da vítima.
Vale ressaltar, conforme afirma Jair Leonardo Lopes, que tais efeitos e requisitos não possuem alcance prático, uma vez que o art. 202 da Lei nº 7.210/84 (LEP), já o requer de modo imediato e eficaz.
Art.202. Cumprida ou extinta a pena, não constarão da folha corrida, atestados ou certidões fornecidas por autoridades policial, qualquer notícia ou referência à condenação, salvo para instruir processo pela pratica de nova infração penal, ou outros casos expressos em lei.
Questão 18 – Quais são agravantes, atenuantes e causas de aumento e diminuição de pena? 
São circunstancias que deverão ser observadas pelo juiz de direito no momento de definir a aplicação da pena.
 Circunstâncias atenuantes: 
a) ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença de 1° grau; 
b) o desconhecimento da lei: não ocorre a isenção da pena, mas seu abrandamento; 
c) ter o agente cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral: valor moral é o que se refere aos sentimentos relevantes do próprio agente e valor social é o que interessa ao grupo social, à coletividade; 
d) ter o agente procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano: não se confunde com o instituto do arrependimento eficaz (artigo 15 do CP), nesse caso ocorre a consumação e, posteriormente, o agente evita ou diminui suas consequências; 
e) ter o agente cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vitima: observa-se as regras do artigo 22 do CP (coação irresistível e ordem hierárquica); 
f) ter o agente confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime: se o agente confessa perante a Autoridade Policial porém se retrata em juízo tal atenuante não é aplicada; 
g) ter o agente cometido o crime sob influência de multidão em tumulto, se não o provocou: é aplicada desde que o tumulto não tenha sido provocado por ele mesmo. 
De acordo com o artigo 66, do CP, "a pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei", razão pela qual pode-se concluir que o rol das atenuantes do artigo 65 é exemplificativo. 
- Circunstâncias agravantes: 
a) reincidência: dispõe o artigo 63, do CP, que "verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior"; 
b) ter o agente cometido o crime por motivo fútilou torpe: motivo fútil é aquele de pouca importância e motivo torpe é aquele vil, repugnante; 
c) ter o agente cometido o crime para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: nessa circunstância tem que existir conexão entre os dois crimes; 
d) ter o agente cometido o crime à traição, por emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido: essa circunstância será aplicada quando a vítima for pega de surpresa; a traição ocorre quando o agente usa de confiança nele depositada pela vitima para praticar o delito; a emboscada é a tocaia, ocorre quando o agente aguarda escondido para praticar o delito e, por fim, a dissimulação ocorre quando o agente utiliza-se de artifícios para aproximar-se da vítima; 
e) ter o agente cometido o crime com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum: essa circunstância se refere ao meio empregado para a prática delituosa; tortura ou meio cruel é aquele que causa imenso sofrimento físico e moral à vítima; meio insidioso é aquele que usa de fraude ou armadilha e, por fim, perigo comum é o que coloca em risco um número indeterminado de pessoas; 
f) ter o agente cometido o crime contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge: abrange qualquer forma de parentesco, independente de ser legítimo, ilegítimo, consanguíneo ou civil; 
g) ter o agente cometido o crime com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica: o abuso de autoridade refere-se a relações privadas; relações domésticas são as existentes entre os membros de uma família; e coabitação significa que tanto autor quanto vítima residem sob o mesmo teto; 
h) ter o agente cometido o crime com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão: o abuso de poder se dá quando o crime é praticado por agente público, não se aplicando se o delito constituir em crime de abuso de autoridade; as demais hipóteses referem-se quando o agente utilizar-se de sua profissão para praticar o crime (atividade exercida por alguém como meio de vida); 
i) ter o agente cometido o crime contra criança, contra maior de 60 (sessenta) anos, ou contra enfermo ou mulher grávida: são pessoas mais vulneráveis, por isso ganham maior proteção da lei; criança é o que possui idade inferior a 12 (doze) anos da idade; 
j) ter o agente cometido o crime quando o ofendido estava sob imediata proteção da autoridade: aumenta-se a pena pela audácia do agente em não respeitar à autoridade; 
k) ter o agente cometido o crime em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido: se dá pela insensibilidade do agente que se aproveita de uma situação de desgraça, pública ou particular, para praticar o delito; 
l) ter o agente cometido o crime em estado de embriaguez preordenada: ocorre quando o agente se embriaga para ter coragem para praticar o delito. 
As Causas de aumento e de diminuição de pena podem ser genericas ou especificas. 
As causas de aumento e diminuição genéricas sao assim denominadas pois se encontram na parte geral do Código Penal. Aumentam ou diminuem a pena conforme as proporções apresentadas pelo texto da lei.
Somente na última fase, com as causas de aumento e de diminuição, é que a pena poderá sair dos limites legais.
Temos como exemplo de causas de diminuição genéricas: a tentativa, artigo 14, parágrafo único; arrependimento posterior, artigo 16; erro de proibição evitável, artigo 21, 2ª parte; semi-imputabilidade; menor participação, artigo 29, parágrafo 1º.
Temos como exemplo de causas de aumento genéricas: concurso formal, artigo 70; crime continuado, artigo 71, dentre outras …
E as causas de aumento e diminuição específicas são aquelas que se situam na Parte Especial ou na Parte Geral do Código Penal, podendo ser:
Qualificadoras e as causas de aumento ou de diminuição.
As qualificadoras estão previstas na parte especial do Código Penal, sua função é alterar os limites máximo e/ou mínimo da pena. As qualificadoras elevam os limites abstratos da pena, a pena em abstrato.
Considerando que as qualificadoras alteram os limites em abstrato da pena, temos que o juiz, antes de iniciar a fixação da pena, deve observar se o crime é simples ou qualificado para saber em que limites fixará a reprimenda.
Em relação às causas de aumento e de diminuição situadas na parte especial do Código Penal, reitera-se tudo o que foi comentado em relação às causas de aumento e diminuição genéricas, com ressalvas de que se encontram na parte especial do Código Penal.
Questão 19 – Discorra sobre a fixação de pena.
A fixação de pena é dada pelo Estado através do juiz que deverá estipular a pena prevista ao agente que pratica o crime. Quando vai julgar o juiz analisa as condições do agente, atenuantes e agravantes, qualificadoras. Ao fixar a pena ele analisa na lei qual será o tempo mínimo e máximo de pena analisando cada caso concreto. O regime fechado é aqueles de pena de reclusão maiores de oito anos. A pena superior a quatro ano e inferior a oito anos é cumprida em regime semiaberto pelo condenado. O condenado, não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 anos, poderá , desde o início, cumpri-la em regime aberto.
Questão 20 – O que é concurso de crimes? Quais as espécies de concurso? 
Artigo 69, Código Penal: o concurso de crimes é quando o agente mediante mais de uma ação ou omissão pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplicando-se cumulativamente as penas privativas de liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se primeira aquela. O concurso de crimes nada mais é quando, em uma mesma oportunidade ou mesmo em ocasiões diversas, uma pessoa comete duas ou mais infrações penais que, de algum modo estejam ligadas por circunstâncias variadas. São espécies de concurso de crimes: a) concurso material; b) concurso formal; c) crime continuado.
Questão 21 – O que é suspensão condicional de execução da pena? (sursis).
A suspensão condicional da pena também é chamada de sursis, que quer dizer suspensão, derivando de surseoir, que significa suspender. É medida penal de natureza restritiva de liberdade de cunho repressivo e preventivo. Não é um benefício. Esse instituto foi criado com o objetivo de reeducar o infrator de baixa periculosidade, que comete delito de menor gravidade, suspendendo a execução da pena privativa de liberdade de pequena duração.
Questão 22 – O que é suspensão condicional do processo? (art. 89 da Lei 9.099/95).
Prevista no art. 89 da lei 9.099/95, a Suspensão Condicional do Processo é uma forma de solução alternativa para problemas penais, que busca evitar o início do processo em crimes cuja pena mínima não ultrapassa 1 ano ( pena ≤ 1ano) quando o acusado não for reincidente em crime doloso e não esteja sendo processado por outro crime. Além disso, devem ser observados aspectos subjetivos da personalidade do agente. O que é sempre um problema. A Suspensão Condicional do Processo se aplica em qualquer procedimento, e não só no sumaríssimo. Assim, em crimes não considerados de menor potencial ofensivo também pode ser oferecida esta solução. O momento adequado para o oferecimento da Suspensão Condicional do Processo é o do oferecimento da denúncia.
Questão 23 – O que é livramento condicional? Quais os efeitos da revogação?
Livramento condicional é a liberdade antecipada, mediante certas condições, conferida ao condenado que já cumpriu uma parte da pena imposta a ele.
No livramento o condenado só alcança esse benefício no curso da execução, tendo ele cumprido uma parcela da pena que lhe foi imposta. Diferente do “SURSIS” quando o condenado não chega sequer a iniciar o cumprimento da pena privativa de liberdade.
O livramento condicional será concedido quandoo sentenciado, condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 anos, cumprir:
- mais de 1/3 da pena se não for reincidente em crime doloso (crime comum),
- mais da 1/2 da pena se for reincidente em crime doloso (crime comum) e
- mais de 2/3 da pena, nos casos de condenação por crime hediondo ou a ele equiparado (tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo), e desde que o sentenciado não seja reincidente específico em crimes desta natureza (art. 83, CP).
Para cada tipo de revogação do livramento condicional, teremos seus efeitos. 
Os efeitos da revogação obrigatória do livramento condicional tem duas causas e estas causas possuem seus efeitos. Assim: 
A primeira ocorre quando o liberado é condenado a pena privativa de liberdade em sentença irrecorrível, por crime cometido no período da vigência do beneficio. Produzindo três efeitos:
a) Não se computa na pena o tempo que esteve solto.
b) Não se concederá, em relação à mesma pena, novo livramento (art. 88 do CP e 142 da LEP). Para poder obter o livramento para a segunda pena, ele deverá cumprir a pena da primeira condenação integralmente, pois no que diz respeito a esta lhe é negado novo livramento. 
c) O restante da pena cominada ao crime, sendo o livramento revogado, não pode somar-se à nova pena para efeito de concessão de novo livramento.
A segunda causa, ocorre se o liberado venha a ser condenado a pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível, por crime anterior. Entretanto os efeitos não são tão drásticos. 
a) O período de prova é computado como tempo de cumprimento de pena (art.141 da LEP);
b) É possível a concessão de novo livramento desde que o condenado tenha cumprido a metade ou um terço, conforme seja ou não reincidente em crime doloso, da soma do tempo das duas penas (art. 141 da LEP);
Caso o juiz opte pela revogação facultativa, os efeitos serão os seguintes:
a) Não se computa na pena o tempo que o condenado esteve solto;
b) Não se concederá, em relação à mesma pena, novo livramento.
Questão 24 – O que é extinção da punibilidade? 
A extinção da punibilidade é a impossibilidade de se punir o agente que praticou infração penal por algum motivo. A extinção da punibilidade não faz desaparecer o delito, apenas o torna inimputável ao agente que praticou. São causas de extinção da punibilidade: morte, anistia, graça, indulto, 	abolitio criminis, prescrição, decadência, perempção, renuncia...
Questão 25 – Quais os tipos de ação penal?
Temos as ações penais públicas e ações penais privadas.
Os tipos de ação penais públicas existentes são:
- Incondicionada pode propô-la exclusivamente o MP;
- Condicionada também o MP, mas somente mediante representação do ofendido ou a requerimento do Ministro da Justiça.
Os tipos de ação penal privada existentes são três: 
- Exclusiva – pode ser proposta pelo ofendido ou por seu sucessor, nos termos do art. 100, § 4.° do Código Penal , mediante queixa; 
- Subsidiária, proposta pelo ofendido, caso o MP não o faça no prazo legal, mediante queixa; 
- Personalíssima – proposta somente pelo próprio interessado mediante queixa, sendo vedado a seus sucessores.
Questão 26 – O que é representação? 
É a manifestação de vontade do ofendido ou de seu representante legal quanto ao interesse em que a ação penal seja iniciada.[1] No Brasil, está prevista no art. 39 do Código de Processo Penal Brasileiro. Sobre a forma pode ser escrita ou oral (basta a manifestação de vontade).
É dirigida ao juiz, órgão do Ministério Público, autoridade policial
É condição de procedibilidade da ação penal pública, sendo que sua falta impede que o Ministério Público ofereça a denúncia. É também condição para a ação penal. 
O interesse na proteção do bem protegido na norma penal é, a princípio, do Estado, contudo o ofendido ou seu representante legal devem revelar que tem interesse na punição. A representação não condiciona o direito de punir do Estado, pois esse sempre existe. A representação faz nascer a pretensão punitiva do Estado. 
O direito de representação pode ser exercido no prazo de seis meses, contados do dia em que o ofendido ou seu representante legal soube quem é o autor do crime. Não se conta o prazo a partir do crime, mas da descoberta de seu autor. 
De acordo com o art. 10 do Código Penal Brasileiro, na contagem do prazo inclui-se o dia do começo (ao contrário da regra comum no processo civil, onde a contagem começa no dia útil seguinte).
A interrupção do prazo não é admissível, visto tratar-se de prazo decadencial, que não admite interrupções ou suspensões.
Questão 27 – O que é decadência? 
A decadência, em se tratando de direito criminal, consiste na perda do direito de ação, pelo ofendido, ante sua inércia, em razão do decurso de certo tempo fixado em lei. A consequência do reconhecimento da decadência é a extinção da punibilidade, nos termos do artigo 107, inciso IV, segunda figura, do Código Penal.
Questão 28 - Quais as causas extintivas de punibilidade? Quais as consequências para o autor do crime?
As causas extintivas da punibilidade não fazem desaparecer o Delito, mas o não podem ser punidos, já que o Estado perdeu o seu "jus puniendi". Existe a infração, mas esta não é mais punível. As causas extintivas da Punibilidade encontram previsão legal no Art. 107 do Código Penal, porém, devemos lembrar que seu rol não é taxativo, mas exemplificativo. São elas: Morte, Anistia, Graça, Indulto, Abolitio criminis, Prescrição, Decadência, Perempção, Renúncia, Perdão e Retratação.
Questão 29 - Quais são os tipos de prescrições?
A prescrição é a perda do direito de punir do Estado em virtude do decurso do tempo. Os prazos prescricionais aplicáveis às condutas definidas como crime no Brasil estão previstos no art. 109 do Código Penal.
A prescrição pode se dar tanto antes quanto após o trânsito em julgado da sentença penal. Da mesma forma, a prescrição pode atingir tanto a pretensão punitiva quanto a pretensão executória do Estado.
- Prescrição da Pretensão Punitiva - Pena em Abstrato:
A prescrição da pretensão punitiva ocorre antes de transitar em julgado a sentença penal. O reconhecimento dessa espécie de prescrição tem o mesmo efeito de uma sentença absolutória. Logo, o réu continuará sendo considerado primário e de bons antecedentes.
A prescrição da pretensão punitiva pela pena em abstrato é regulada pelos prazos previstos no art. 109 do CP.
- Prescrição da Pretensão Punitiva - Pena em Concreto:
Existem várias circunstâncias, previstas em um rol exaustivo no art. 117 do CP, que interrompem o curso do prazo prescricional.
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: 
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; 
II - pela pronúncia; 
III - pela decisão confirmatória da pronúncia; 
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; 
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; 
VI - pela reincidência. 
§ 1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles. 
§ 2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção.
- Prescrição da Pretensão Executória:
Quando a sentença penal condenatória transita em julgado, o prazo prescricional passa a ser calculado pela pena em concreto. Entretanto, apenas a pretensão executória do Estado é que prescreve. A pena não será cumprida, mas todos os seus demais efeitos serão mantidos.
Questão 30- Quais sugestões para a Segurança Pública para impedir aumento da criminalidade brasileira?
Em minha opinião a criminalidade brasileira está diretamente ligada à educação oferecida nas redes públicas, embora outros fatores como a saúde pública também influenciam. A educação pública deve ser de qualidade para que todos tenham acesso a uma educação de qualidade no país,retirando as crianças e adolescentes da rua e os colocando na escola, onde possam ter orientação escolar e de modos de convivência com o próximo, alertando sobre perigos de uso de drogas. É necessário que haja uma isonomia material. Outro fato preponderante é uma revisão geral no Código Penal que é antigo e que pode se atualizar com as experiências atuais vividas na sociedade brasileira, com uma atualização de penas e de institutos penais. E, por fim, a lotação e condições e falta de oportunidade e trabalho nas penitenciárias e sistemas carcerários atrapalham muito para manutenção da criminalidade, uma vez que os que cumprem a pena não passam por uma ressocialização e não pagam pelo que fez e sim são vingados, fazendo com que ao sair pratiquem mais crimes e piores ainda.

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