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Estudo pra prova de Penal

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Estudo pra prova de Penal 
 
1- O que é concurso de pessoas? 
 
R: O concurso de pessoas é o cometimento da infração penal por mais de uma pessoa. Tal 
cooperação da prática da conduta delitiva pode se dar por meio da coautoria, participação, 
concurso de delinquentes ou de agentes, entre outras formas. 
 
2- O que são crimes monossubjetivos? 
 
R: Os crimes unissubjetivos (ou monossubjetivos, ou de concurso eventual) são aqueles 
que podem ser praticados por apenas um sujeito, entretanto, admite-se a coautoria e a 
participação. 
São todos os crimes tipificados no Código Penal que podem ser praticados por uma ou 
mais pessoas. 
 
3- O que são crimes plurissubjetivos? 
 
R: Os crimes plurissubjetivos (ou de concurso necessário) são aqueles que exigem dois 
ou mais agentes para a prática do delito em virtude de sua conceituação típica. 
Necessariamente a lei exige que seja de duas ou mais pessoas. 
 
4- Em que tipo de crime o concurso de pessoas é necessário e qual ele é eventual? 
 
R: No monossubjetivo o concurso de pessoas é eventual, porém no plurissubjetivo ele é 
necessário. 
 
5- O que é autoria? 
 
R: É todo agente que pratica a conduta típica penal. 
 
6- O que é autoria mediata? 
 
R: A autoria mediata ocorre quando o agente usa de pessoa não culpável, ou que atua 
sem dolo ou culpa para realizar o delito. São situações que ensejam a autoria mediata: 
valer-se de inimputável, coação moral irresistível, obediência hierárquica, erro de tipo 
escusável ou de proibição, provocados por terceiro. 
 
7- O que é coautoria? 
 
R: Dois ou mais agentes praticam o verbo nuclear na mesma infração penal. 
 
8- O que é participação (partícipe)? 
 
R: O Partícipe não realiza a conduta típica, não pratica o exato núcleo do tipo penal, mas 
ele contribui de alguma forma para o crime acontecer, conscientemente da ilegalidade e 
dos objetivos delituosos. O partícipe é quem não tem domínio sobre função ou tarefa no 
ato criminoso, seu domínio se restringe ao ato de auxiliar indiretamente o autor, quem 
pratica o crime em si. 
O art. 29 do CP que, "quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a 
este cominadas, na medida de sua culpabilidade", dessa forma deve-se analisar cada caso 
concreto de modo a verificar a proporção da colaboração. 
 
 
 
9- Diferencie autor de partícipe. 
 
R: Diferencia-se um Autor de um Partícipe, porque o Autor (ou Coautor) tem poder de 
mandar, ordena o ato infracionário ao agente executor, enquanto o partícipe não tem 
poder de ordenar o agente direto, ele pode no máximo, influenciar resistivelmente ao 
agente. Induzir e instigar o autor a cometer o ato criminoso é típica conduta de partícipe. 
 
10- Quais os tipos de participação existente? Explique. 
 
R: São dois: moral que se faz através da instigação e induzimento e o material que se 
faz através de recursos materiais ajudar a pratica de um crime. 
 
11- Explique a teoria do domínio do fato. 
 
R: A teoria do domínio do fato afirma que é autor - e não mero partícipe - a pessoa que, 
mesmo não tendo praticado diretamente a infração penal, decidiu e ordenou sua prática a 
subordinado seu, o qual foi o agente que diretamente a praticou em obediência ao 
primeiro. O mentor da infração não é mero partícipe, pois seu ato não se restringe a induzir 
ou instigar o agente infrator, pois havia relação de hierarquia e subordinação entre ambos, 
não de mera influência resistível. 
No Brasil não é aplicada no Código Penal. 
 
 
12- Explique a teoria monista/unitária. 
 
R: Todos os coautores ou partícipe são julgados num mesmo tipo penal. 
Trata-se da teoria adotado pelo código penal, onde todos aqueles que contribuíram oara 
o mesmo resultado, deverão responder pelo mesmo crime, salvo as hipóteses dos arts. 
124 e 126 combinados, 317 e 333 e quando não houver a cooperação. 
 
13- Quais são os requisitos para o concurso de pessoas? Explique cada um deles. 
 
R: São a pluralidade de agentes, liame subjetivo e relevância causal de comportamento. 
Pluralidade de agentes é o principal requisito do concurso de pessoas. Malgrado todos os 
participantes de um evento criminoso, contribuir livre e espontaneamente para o seu 
resultado, não fazem, necessariamente da mesma forma, nas mesmas condições e nem 
com a mesma importância. 
O liame subjetivo do concurso de crime é fundado em que quem concorre para o crime 
deve ter a mesma vontade de produzir o mesmo crime que o autor que comete o delito de 
forma imediata, ou seja, bastando a adesão voluntária e consciente para a produção 
daquele crime, onde o participante planeja o chamado modus operandi com o autor do 
crime. 
Relevância causal de comportamento Em se tratando de várias condutas, é 
indispensável do ponto de vista objetivo que haja, evidentemente, o nexo de causalidade 
entre cada uma delas e o resultado criminoso. Conclui-se, por óbvio, que nem todo 
comportamento caracteriza a participação, posto que precisa ter eficácia causal 
provocando, facilitando ou estimulando a realização da conduta principal. 
 
14- O que é autoria colateral? 
 
R: Há a autoria colateral quando duas ou mais pessoas, agindo sem qualquer vínculo 
subjetivo, portanto, sem que uma saiba da outra, praticam condutas convergentes 
objetivando a prática da mesma infração penal. 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Autoria_(direito_penal)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Infra%C3%A7%C3%A3o_penal
 
15- Diferencie autoria colateral de autoria incerta. 
 
R: Autoria colateral é aquela em que há mais de um agente desejando o resultado e 
praticando conduta independente do outro (Ex: A e B atiram para matar C: cada um quer 
seu resultado, e cada um responde por seu crime). 
A autoria incerta é quando não se sabe quem é o autor de uma autoria colateral (ex: A e 
B atiram para matar C, mas não se sabe pelo tiro de quem ele morreu: ambos respondem 
por tentativa de homicídio). 
 
16- Diferencie homicídio consumado de homicídio tentado. 
 
R: Homicídio consumado, nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal. Ex: 
no homicídio (matar alguém) o crime se consuma com a morte da vítima. Homicídio 
tentado, o agente inicia a execução, mas não pode consumá-lo por circunstâncias alheias 
a sua vontade. 
 
17- Qual é o conceito de pena? 
 
R: A pena é uma sanção imposta pelo Estado ao autor de uma infração penal, através de 
uma respectiva ação penal. 
 
18- Qual é a finalidade de pena? 
 
R: É mista e serve para retribuir o mal causado e contribuir para que o crime não ocorra 
novamente. 
 
19- O que é tipicidade? 
 
R: Pertence a conduta, é a qualidade que se dá ao fato, é a adequação da conduta a um 
tipo. O fato deve ser previsto em lei. 
 
20- Explique o principio da anterioridade. 
 
R: O Princípio da Anterioridade da Lei Penal só se aplica aos fatos praticados após sua 
vigência. Diz-se de tal princípio que ele implica também na irretroatividade da lei penal, já 
que ela não alcançará os fatos praticados antes de sua vigência, ainda que venham a ser 
futuramente tidos como crime. 
 
21- Explique o principio da irretroatividade penal. 
 
R: O Princípio da Irretroatividade Penal proíbe que, uma vez determinada por Lei como 
ilícita determinada conduta, os efeitos penais, incriminantes e condenatórios dessa Lei 
retroajam anteriormente à vigência dessa. Assim sendo, a prática de uma conduta 
delituosa só será punível se praticada após a vigência da Lei que a proscreve. 
 
22- Explique o principio da retroatividade benéfica penal. 
 
R: O Princípio da Retroatividade Benéfica Penal determina que os efeitos benéficos e 
favoráveis de uma lei penal retroagem ilimitadamente e indiscriminadamente para todos os 
fatos anteriores à sua entrada em vigência. 
 
 
 
 
23- Explique o principio da insignificância. 
 
R: Trata de um principio que exclui a ilicitude em razão do baixo grau de reprovabilidade 
social. 
 
24- Explique o princípio de individualização da pena. 
 
R: É o princípio que garante que as penas dos infratores não sejam igualadas, mesmo que 
tenham praticadocrimes idênticos. Isto porque, independente da prática de mesma 
conduta, cada indivíduo possui um histórico pessoal, devendo cada qual receber apenas a 
punição que lhe é devida. 
 
25- Explique o princípio da confiança. 
 
R: O princípio da confiança refere-se à situação na qual uma pessoa age de acordo com 
as regras avençadas pela sociedade (para uma determinada atividade), e acredita que a 
outra também agirá conforme tais regras. Trata-se de um orientador da conduta humana, 
que visa a organizar os comportamentos sociais, de forma que um sujeito saiba o que 
esperar do outro. 
 
26- Explique o principio da intervenção mínima. 
 
R: O princípio da intervenção mínima consiste em que o Estado de direito utilize a lei penal 
como seu último recurso (ultima ratio), havendo extrema necessidade, para as resoluções 
quando são afetados os bens jurídicos mais importantes em questão. É uma forma de 
disciplinar a conduta do indivíduo, no direito brasileiro, pois se pune a conduta e não o 
indivíduo. 
 
27- Explique o principio da subsidiariedade. 
 
R: Princípio segundo o qual a intervenção do Direito Penal só se justifica quando 
fracassam as demais formas protetoras do bem jurídico previstas em outros ramos do 
Direito. 
 
28- Explique o principio da proporcionalidade. 
 
R: O princípio da proporcionalidade integra uma exigência ínsita ao Estado Democrático de 
Direito enquanto tal, que impõe a proteção do indivíduo contra intervenções estatais 
desnecessárias ou excessivas, que causem aos cidadãos danos mais graves que o 
indispensável para a proteção dos interesses públicos. 
 
29- Explique o principio da personalidade. 
 
R: Modalidade referente à pena, indicadora de que a sanção penal não passa da pessoa 
do delinquente, isto é, a responsabilidade penal é individual, não se transmitindo a 
terceiros, como ocorria antigamente. 
 
30- Explique o principio do no bis inidem. 
 
R: No princípio do “Non bis in idem”, têm-se que ninguém deve ser punido duas vezes pelo 
mesmo fato ou assunto. 
 
31- O que é dosimetria da pena? 
 
R: Trata-se da elaboração do calculo da pena que deverá ser imposta ao condenado. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_de_direito
http://www.jusbrasil.com.br/definicoes/100004859/principio-da-subsidiariedade
 
32- Explique o sistema trifásico. 
 
R: O Código Penal adotou o critério trifásico para a fixação da pena, ou seja, o juiz, ao 
apreciar o caso concreto, quando for decidir a pena a ser imposta ao réu, deverá passar 
por 03 (três) fases: a primeira, em que se incumbirá de fixar a pena-base; a segunda, em 
que fará a apuração das circunstâncias atenuantes e agravantes; e, por fim, a terceira e 
última fase, que se encarregará da aplicação das causas de aumento e diminuição da 
pena para que, ao final, chegue ao total de pena que deverá ser cumprida pelo réu. A 
fixação do quantum da pena servirá para o juiz fixar o regime inicial de seu cumprimento 
obedecendo as regras do artigo 33 do CP (regimes fechado, semi-aberto e aberto) bem 
como para decidir sobre a concessão do sursis e sobre a substituição da pena privativa de 
liberdade por restritiva de direitos ou multa. 
 
33- Fale sobre a primeira fase do sistema trifásico. 
 
R: Primeira fase é a pena base, o juiz em face do caso concreto, analisará as 
características do crime e as aplicará no caso concreto. 
Circunstâncias judiciais ou inominadas. São circunstâncias judiciais: a) Culpabilidade: é o 
grau de reprovação da conduta em face das características pessoais do agente e do 
crime; b) Antecedentes: se o condenado possui passagem pela polícia; c) Conduta 
social: é a conduta do agente no meio em que vive (família, trabalho, etc.);d) 
Personalidade: são as características pessoais do agente, a sua índole e periculosidade. 
Nada mais é que o perfil psicológico e moral; e) Motivos do crime: o que levou o agente a 
praticar o crime, qualificadora, causa de aumento ou diminuição não será analisada nesta 
fase, sob pena de configuração do bis in idem;f) Circunstâncias do crime: dia do crime, 
horário, instrumentos utilizados para a prática da infração penal, se durou muito ou pouco, 
se teve prolongamento do sofrimento da vítima.); g) Consequências do crime: é a 
intensidade da lesão produzida no bem jurídico protegido em decorrência da prática 
delituosa;h) Comportamento da vítima: é analisado se a vítima de alguma forma 
estimulou ou influenciou negativamente a conduta do agente, caso em que a pena será 
abrandada. 
 
34- Fale sobre a segunda fase do sistema trifásico. 
 
R: Além das circunstâncias judiciais, são previstas pela lei vigente as circunstâncias 
atenuantes, que são aquelas que permitirão ao magistrado reduzir a pena-base já fixada 
na fase anterior, e as circunstâncias agravantes, as quais, ao contrário das atenuantes, 
permitirão ao juiz aumentar a pena-base, ressaltando que nessa fase o magistrado não 
poderá ultrapassar os limites do mínimo e do máximo legal. As circunstâncias agravantes 
somente serão aplicadas quando não constituem elementar do crime ou os qualifiquem. 
Circunstâncias atenuantes:a) ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou 
maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença de 1° grau;b) o desconhecimento da lei: 
não ocorre a isenção da pena, mas seu abrandamento;c) ter o agente cometido o crime 
por motivo de relevante valor social ou moral: valor moral é o que se refere aos 
sentimentos relevantes do próprio agente e valor social é o que interessa ao grupo social, 
à coletividade;d) ter o agente procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, 
logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, 
reparado o dano: não se confunde com o instituto do arrependimento eficaz (artigo 15 do 
CP), nesse caso ocorre a consumação e, posteriormente, o agente evita ou diminui suas 
consequências;e) ter o agente cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em 
cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob influência de violenta emoção, 
provocada por ato injusto da vitima: observa-se as regras do artigo 22 do CP (coação 
irresistível e ordem hierárquica);f) ter o agente confessado espontaneamente, perante a 
autoridade, a autoria do crime: se o agente confessa perante a Autoridade Policial porém 
se retrata em juízo tal atenuante não é aplicada; g) ter o agente cometido o crime sob 
influência de multidão em tumulto, se não o provocou: é aplicada desde que o tumulto não 
tenha sido provocado por ele mesmo. De acordo com o artigo 66, do CP, "a pena poderá 
ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, 
embora não prevista expressamente em lei", razão pela qual pode-se concluir que o rol das 
atenuantes do artigo 65 é exemplificativo. 
Circunstâncias agravantes: a) reincidência: dispõe o artigo 63, do CP, que "verifica-se a 
reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em julgado a 
sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime anterior”; b) ter o 
agente cometido o crime por motivo fútil ou torpe: motivo fútil é aquele de pouca 
importância e motivo torpe é aquele vil, repugnante; c) ter o agente cometido o crime para 
facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: 
nessa circunstância tem que existir conexão entre os dois crimes; d) ter o agente cometido 
o crime à traição, por emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que 
dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido: essa circunstância será aplicada 
quando a vítima for pega de surpresa; a traição ocorre quando o agente usa de confiança 
nele depositada pela vitima para praticar o delito; a emboscada é a tocaia, ocorre quando o 
agente aguarda escondido para praticar o delito e, por fim, a dissimulação ocorre quando o 
agente utiliza-se de artifícios para aproximar-se da vítima; e) ter o agente cometido o crime 
com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel,ou de 
que podia resultar perigo comum: essa circunstância se refere ao meio empregado para a 
prática delituosa; tortura ou meio cruel é aquele que causa imenso sofrimento físico e 
moral à vítima; meio insidioso é aquele que usa de fraude ou armadilha e, por fim, perigo 
comum é o que coloca em risco um número indeterminado de pessoas; f) ter o agente 
cometido o crime contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge: abrange qualquer 
forma de parentesco, independente de ser legítimo, ilegítimo, consanguíneo ou civil;g) ter o 
agente cometido o crime com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações 
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma 
da lei específica: o abuso de autoridade refere-se a relações privadas; relações domésticas 
são as existentes entre os membros de uma família; e coabitação significa que tanto autor 
quanto vítima residem sob o mesmo teto;h) ter o agente cometido o crime com abuso de 
poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão: o abuso de 
poder se dá quando o crime é praticado por agente público, não se aplicando se o delito 
constituir em crime de abuso de autoridade; as demais hipóteses referem-se quando o 
agente utilizar-se de sua profissão para praticar o crime (atividade exercida por alguém 
como meio de vida);i) ter o agente cometido o crime contra criança, contra maior de 60 
(sessenta) anos, ou contra enfermo ou mulher grávida: são pessoas mais vulneráveis, por 
isso ganham maior proteção da lei; criança é o que possui idade inferior a 12 (doze) anos 
da idade; j) ter o agente cometido o crime quando o ofendido estava sob imediata proteção 
da autoridade: aumenta-se a pena pela audácia do agente em não respeitar à 
autoridade;k) ter o agente cometido o crime em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação 
ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular do ofendido: se dá pela 
insensibilidade do agente que se aproveita de uma situação de desgraça, pública ou 
particular, para praticar o delito;l) ter o agente cometido o crime em estado de embriaguez 
preordenada: ocorre quando o agente se embriaga para ter coragem para praticar o delito. 
Circunstâncias agravantes no concurso de pessoas: referindo-se ao concurso de 
pessoas, o artigo 62, do CP, dispõe que a pena será agravada em relação ao agente que: 
a) promove, organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes: 
pune-se aquele que promove ou comanda a prática delituosa, incluindo o mentor 
intelectual do crime; b) coage ou induz outrem à execução material do crime: existe o 
emprego de coação ou grave ameaça a fim de fazer com que uma outra pessoa pratique 
determinado delito;c) instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua 
autoridade ou não-punível em virtude de condição ou qualidade pessoal: instigar é reforçar 
uma idéia já existente, enquanto determinar é uma ordem; a autoridade referida nesta 
circunstância pode ser pública ou particular; as condições ou qualidades pessoais que 
tornam a pessoa não-punível pode ser a menoridade, a doença mental, etc.; d) executa o 
crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa: a paga é o 
pagamento anterior a execução do delito, enquanto a recompensa é o pagamento após a 
execução. 
Concurso de circunstâncias atenuantes e agravantes: havendo o concurso entre as 
circunstâncias agravantes e as atenuantes o magistrado não deverá compensar uma pela 
outra e sim ponderar-se pelas circunstâncias preponderantes que, segundo o legislador, 
são aquelas que resultam dos motivos determinantes do crime, da personalidade do 
agente e da reincidência. 
 
35- Fale sobre a terceira fase do sistema trifásico. 
 
R: Qualquer caso de aumento ou diminuição de pena, que não seja atenuante e agravante. 
 
36- O que é furto simples? 
 
R: Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel. 
 
37- O que são antecedentes criminais? 
 
R: Os antecedentes criminais tratam de todo e qualquer envolvimento que a pessoa já teve 
com o Poder Judiciário na esfera penal. 
 
38- O que é reincidente? 
 
R: Ocorre a reincidência quando o agente, após ter sido condenado definitivamente por 
outro crime, comete novo delito, desde que não tenha transcorrido o prazo de cinco anos 
entre a data do cumprimento ou extinção da pena e a prática da nova infração. 
 
39- Quando começa a contar o prazo da reincidência? 
 
R: O prazo de cinco anos da reincidência começa a contar a partir do último dia do 
cumprimento da pena. 
 
40- Quais são os crimes que não geram reincidência? 
 
R: São os crimes políticos e militares, regidos por lei específica. 
 
41- Fale sobre arrependimento. 
 
R: Art. 16 CP. - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado 
o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato 
voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
 
42- Quais são as espécies de pena? 
 
R: Art. 32 CP. - As penas são: I - privativas de liberdade; II - restritivas de direitos; e III - de 
multa. 
 
43- O que são penas privativas de liberdade? 
 
R: Penas privativas de liberdade: reclusão, detenção e prisão simples, enquanto os dois 
primeiros tipos de pena decorrem da prática de crime, o último tipo decorre de 
contravenções penais. 
 
44- Qual é a diferença entre reclusão e detenção? 
 
R: Reclusão: admite o regime inicial fechado e Detenção: não admite o regime inicial 
fechado. 
 
45- O que são penas restritivas de direito? 
 
R: Penas restritivas de direito: prestação de serviços a comunidade, entidades públicas, 
interdição temporária de direitos, limitação de fins de semana, perda de bens e valores e 
prestação pecuniária. 
 
46- O que é pena pecuniária? 
 
R: É multa. 
 
47- Quais são as espécies de regime de pena? 
 
R: Regime fechado, semiaberto, aberto e prisão domiciliar. Art. 33 CP. 
 
48- Explique o regime fechado. 
 
R: O cumprimento da pena é feito no estabelecimento prisional de segurança máxima ou 
média. As regras deste regime estão no art. 34 CP. 
 
49- Explique o regime semiaberto. 
 
R: O condenado deverá cumprir pena em estabelecimento agrícola ou industrial. As regras 
deste regime estão no art. 35 CP. 
 
50- Explique o regime aberto. 
 
R: O condenado deverá cumprir a pena na Casa do Albergado (finais de semana e 
feriado). As regras deste regime estão no art. 36 CP. 
 
51- Explique prisão domiciliar. 
 
R: É para maiores de 70 anos, enfermidade grave, gestantes e mães que tenham filhos 
portadores de necessidades especiais. Esta prisão encontra-se em legislação específica 
LEP 7.210/84. 
 
52- O que ocorre quando não tem vaga no sistema penitencial agrícola e industrial e na Casa 
do Albergado? 
 
R: Quando não tem vaga no sistema penitencial agrícola e industrial o condenado pode 
cumprir pena na Casa do Albergado e quando não tiver vaga na Casa do Albergado o 
condenado cumpri pena em prisão domiciliar. 
 
53- Qual o propósito da Casa do Albergado? 
 
R: Reabilitação, cursos profissionalizantes, orientações, palestras, psicólogo. 
 
 
 
 
 
54- O que é progressão de pena? 
 
R: Trata-se da dinâmica do cumprimento do regime de pena, portanto o acusado sai de 
um regime mais rigoroso e vai para um menos rigoroso, Isso é o que nos chamamos de 
resocialização do condenado. 
 
55- Quais são as condições para progredir de pena? 
 
R: Existem dois requisitos: objetivo que é o cumprimento de uma parcela da pena e o 
subjetivo que trata do bom comportamento do acusado no sistema penitenciário. A 
progressão de pena pode passar do regime fechado para o semiaberto e do semiaberto 
para o aberto. 
O requisito subjetivo é elaborado pelo diretor do presídio, que através de um documento 
envia para a Vara das Execuções Fiscais que será analisado pelo juiz. 
Nos crimes comuns o condenado tem que ter cumprido 1/6 da pena para progredir de 
pena, não importando se é primário ou reincidente e nos crimes hediondos o condenado 
primário teráque cumprir 2/5 da pena e o reincidente terá que cumprir 3/5 da pena. 
 
56- O que é prisão provisória? 
 
R: A prisão cautelar é chamada de prisão provisória. Ela ocorre antes do trânsito em 
julgado de sentença condenatória e tem como pressupostos o fumus commisi delicti, 
que é a probabilidade da ocorrência de um delito, e o periculum libertatis, que é o risco que 
o acusado causará se permanecer em liberdade. 
 
57- Fale sobre o inicio do regime da pena de reclusão. (DECORAR) 
 
R: Se a pena for maior de 8 anos o réu iniciará o cumprimento da pena em regime 
fechado, se for maior que 4 anos e menor que 8 anos o inicio da pena será em regime 
semiaberto para réu primário e fechado para reincidente, se a pena for igual ou menor que 
4 anos inicio da pena do réu primário será no regime aberto e do réu reincidente será no 
regime semiaberto. 
 
58- Fale sobre o inicio do regime da pena de detenção. (DECORAR) 
 
R: Se a pena for maior de 4 anos ou reincidente o inicio da pena é no regime semiaberto e 
se a pena for igual ou menor de 4 anos o inicio da pena é no regime aberto. 
 
59- O que é remição de pena? 
 
R: A cada 3 dias de trabalho reduz 1 dia de pena e a cada 12 horas de frequência escolar 
reduz um dia de pena para o condenado que cumpre a pena em regime fechado ou 
semiaberto. 
 
60- O que é detração da pena? 
 
R: O condenado ainda não recebeu nenhuma sentença. Desconta-se o período de tempo 
em que o condenado ficou preso temporariamente. 
 
61- Explique Regime Disciplinar Diferenciado. 
 
R: O Regime Disciplinar Diferenciado foi concebido para atender as necessidades de maior 
segurança nos estabelecimentos penais e da defesa da ordem pública contra criminosos 
que, por serem lideres ou integrantes de facções criminosas são responsáveis por 
constantes rebeliões e fugas ou permanecem, mesmo encarcerados, comandando ou 
participando de quadrilhas ou organizações criminosas atuantes no interior do sistema 
prisional no meio social. 
É um relatório feito por um despacho do juiz da Vara das Execuções Criminais, mas é 
dado após manifestação do Ministério Público. 
 
62- Qual é o fundamento do RDD? 
 
R: A inserção do RDD depende necessariamente de um prévio relatório elaborado pelo 
diretor do sistema prisional ou qualquer autoridade judiciária. 
 
63- Qual é a teoria da corrente contrária ao RDD? 
 
R: O RDD é uma medida inconstitucional por ferir o princípio da dignidade da pessoa 
humana, tendo em vista que a própria constituição federal veda penas cruéis e de 
banimento. 
 
64- Qual é a teoria da corrente favorável ao RDD? 
 
R: Caput, art. 5º da CF. assegura o direito a segurança para todas as pessoas, portanto, 
não se pode tratar da mesma maneira um preso comum de um preso chefe de quadrilha 
ou líder de organizações criminosas. 
 
65- Quais são as características do RDD? 
 
R: Isolar o condenado, não pode ter contato algum com o mundo exterior, com outro preso, 
não pode ler jornal, revista, livro, etc... 
Tem direito a 2 horas de banho de sol, porém sozinho, pode ficar até 360 dias e pode ser 
prorrogado por mais 360 dias. Ex: Marcola, Fernandinho Beira-Mar. 
 
66- Diferencie RDD punitiva de cautelar. 
 
R: RDD punitivo ocorre quando o condenado causar tumultos desestabilizando o sistema 
prisional e o RDD cautelar basta o acusado ser líder de organização criminosa que ele vai 
diretamente para o RDD. 
 
67- Explique penas restritivas de direito. 
 
R: Também são conhecidas como penas alternativas ou autônomas servem para substituir 
uma pena privativa de liberdade. Elas substituem uma pena privativa de liberdade. Ver 
penas especiais art. 43 CP. 
 
68- Qual a diferença entre organização criminosa e associação criminosa? 
 
R: Organização criminosa a pena é mais rigorosa, tem legislação específica (lei 
12.850/13), caráter transnacional (em vários locais), mais de 4 pessoas, após o 
cometimento do crime ela se mantém e a associação são mais de 3 pessoas, após o 
cometimento do crime ela se desfaz, art. 288 CP. 
 
69- O que são penas restritivas de direito? 
 
R: As penas restritivas de direito também são conhecidas como penas alternativas ou 
penas substitutivas que tem por objetivo evitar a imposição da pena privativa de liberdade. 
 
 
 
70- Quais são as penas restritivas de direito? 
 
R: As penas restritivas de direito são: prestação pecuniária, perda de bens e valores, 
prestação de serviço à comunidade ou entidades públicas, interdição temporária de direitos 
e limitação de fim de semana. Art. 43 CP. 
 
71- O que é prestação pecuniária? 
 
R: Trata-se do pagamento em dinheiro para a vítima, seus dependentes ou entidades 
públicas e privadas com fim sociais. Art. 45 §1 e §2 CP. 
 
72- O que é perda de bens e valores? 
 
R: Na perda de bens e valores o pagamento arrecadado vai para o fundo penitenciário 
nacional e recai sobre o patrimônio lícito do agente. 
 
73- O que é confisco? 
 
R: Recai sobre o patrimônio ilícito do agente. Aplicação do princípio da eficiência art. 37 
CF. O bem que não foi vendido no leilão é utilizado na própria administração pública e 
quando o bem PE vendido o dinheiro vai para o fundo penitenciário nacional. 
 
74- O que é prestação de serviços? 
 
R: Trata-se de tarefas gratuitas para entidades, escolas, hospitais e orfanatos. Nas 
prestações de serviço à comunidade não existe remuneração e não cria vinculo 
empregatício. 
Nas prestações de serviço à comunidade a cada hora trabalhada equivale a um dia a 
menos de pena, mas a pena tem que ser maior de seis meses para a aplicação deste. 
 
75- Explique interdição temporária de direitos. 
 
R: Só aplico art. 47 CP., inciso I proibição do exercício de cargo, função ou atividade 
pública, bem como de mandato eletivo - aplico aos funcionários públicos; no inciso II 
proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação 
especial, de licença ou autorização do poder público - aplico na área privada; inciso III 
suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo - crimes de trânsito; inciso 
IV proibido de frequentar certos lugares (local em que aconteceu o crime, onde a vítima 
trabalha, onde a vítima mora, onde pratica seu lazer) e V proibição de inscrever-se em 
concurso, avaliação ou exame públicos. 
 
76- Explique as limitações de final de semana. 
 
R: O agente aos finais de semana deverá permanecer no mínimo 5 horas na Casa do 
Albergado, pena indireta da privativa de liberdade. Esse tipo de pena não tem fiscalização. 
 
77- O que é natureza jurídica substitutiva? 
 
R: O magistrado em um primeiro momento aplica a pena privativa de liberdade. Analisando 
os requisitos das penas restritivas de direito, o juiz substitui a pena privativa de liberdade 
em restritiva de direito. 
 
78- Qual é a natureza da pena substitutiva de direito? 
 
R: É substitutiva e autônoma, art. 55 CP. 
79- Qual é a única exceção em que o juiz aplica tanto a pena privativa de direito como a 
restritiva de liberdade? 
 
R: O código de trânsito. 
 
80- Quais são os requisitos objetivos para aplicação da pena restritiva de direito? 
 
R: Nos crimes dolosos em que a pena não ultrapassar quatro anos, nos crimes de menos 
potencial ofensivos regidos pela Lei 9099/95 e em todas as contravenções penais. Todas 
as contravenções penais são plausíveis de pena restritiva de direito. LCP 3.688/41. 
 
81- Quais são os requisitos subjetivos para aplicação da pena restritiva de direito? 
 
R: Em relação aos requisitos subjetivos para que o agente receba uma pena restritiva de 
direito, não poderá ser reincidente e não poderá praticar nenhum fato típico durante o 
cumprimento de sua pena. 
 
82- Pode haver reconversão da pena restritiva de direito em privativa de liberdade? 
 
R: Sim, pode. O juiz estará obrigado em reconverter a pena restritiva de direito em pena 
privativa de liberdade quando o agente não cumprir de forma injustificada a pena restritiva 
de direito, art. 44, § 4 CP. Essa ação do juiz é obrigatória. 
 
83- Qual é a açãofacultativa do juiz? 
 
R: O juiz poderá ou não reconverter a pena. O agente que cumprindo uma pena restritiva 
de direito comete um delito, o juiz vai analisar se ele vai converter ou não a pena em 
privativa de liberdade. (poder discricionário do juiz). 
 
84- O que é pena de multa? 
 
R: Trata-se de uma sanção penal de cunho patrimonial em que o agente deverá efetuar o 
pagamento de uma determinada quantia ao fundo penitenciário nacional, art. 49 CP. 
 
85- Quais são as espécies de pena? 
 
R: Previsão da pena no próprio crime – art. 155 CP. O próprio crime estipula o pagamento 
de multa e pena inferior a um ano – art. 44, § 2 CP. Em todos os crimes cuja pena seja 
inferior a um ano o juiz aplica a pena de multa. 
 
86- Explique o calculo da pena. 
 
R: Primeiro o juiz analisa a culpabilidade, conduta, motivos, circunstâncias, etc., depois 
estipula multa conforme o poder econômico do agente. Esse valor deverá ser atualizado 
através de juros e correção monetária a partir do dia do cometimento do crime e não do dia 
da sentença penal transitada em julgado. O perito contador que atualiza esses valores. 
O pagamento poderá ser parcela em até 10x. Se o agente não pagar a multa estipulada, 
seu nome irá para a Divida Ativa da Fazenda Pública e não poderá ocorrer a prisão do 
agente por falta de pagamento, pois o Brasil é signatário do Pacto de São José da Costa 
Rica e não existe prisão por divida. A única divida no Brasil que ocorre prisão é pensão 
alimentícia. 
Pena de menos de um ano não poderá ser convertida em multa + multa. 
 
 
 
87- O que são agravantes? 
 
R: São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam 
o crime. 
 
88- Quais são as agravantes? 
 
R: A reincidência, ter o agente cometido o crime: por motivo fútil ou torpe, para facilitar ou 
assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime, à traição, 
de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou tornou 
impossível a defesa do ofendido, com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro 
meio insidioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum, contra ascendente, 
descente, irmão ou cônjuge, com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações 
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma 
da lei específica, com abuso de poder ou violação de dever inerente ao cargo, ofício, 
ministério ou profissão, contra criança, maior de sessenta anos, enfermo ou mulher 
grávida, quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade, em ocasião de 
incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça particular 
do ofendido, em estado de embriaguez preordenada. 
 
89- Quais são as agravantes no concurso de pessoas? 
 
R: A pena será ainda agravante ao agente que: promove, ou organiza a cooperação no 
crime ou dirige a atividade dos demais agentes, coage ou induz alguém à execução 
material do crime, instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito a sua autoridade 
ou não punível em virtude de condição ou qualidade pessoal, executa o crime ou nele 
participa, mediante paga ou promessa de recompensa. 
 
90- O que são crimes conexos? 
 
R: Agrava a pena do agente, a reincidência refere-se aos crimes conexos. O agente pratica 
dois crimes que estão ligados um ao outro. Ex: mata e esconde o corpo, ele responderá 
por homicídio e ocultação de cadáver. 
 
91- Qual é a diferença entre autoria e participe? 
 
R: Autoria é quem pratica o verbo nuclear e o participe não pratica o verbo nuclear, porém 
concorre para o resultado da infração penal. 
 
92- O que são atenuantes? 
 
R: São circunstâncias que sempre atenuam a pena. 
 
93- Quais são as atenuantes? 
 
R: Ser o agente menor de vinte a um anos, na data do fato, ou maior de setenta anos, na 
data da sentença, o desconhecimento da lei, ter o agente: cometido crime por motivo de 
relevante valor social ou moral (furto famélico), procurado, por sua espontânea vontade e 
com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes 
do julgamento, reparado o dano, cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em 
cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, 
provocada por ato injusto da vítima, confessado espontaneamente, perante autoridade, a 
autoria do crime, cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o 
provocou. 
 
94- Qual a diferença entre arrependimento eficaz e posterior? CAI NA PROVA 
 
R: Arrependimento eficaz ocorre antes da pratica da infração penal, já o arrependimento 
posterior é praticado pelo agente para diminuir a gravidade do crime. 
 
95- Quais são as fases da dosimetria da pena? 
 
R: Primeira fase: pena base, segunda fase: agravante e atenuante e terceira fase: causas 
de aumento ou diminuição da pena. 
 
96- O que são as causas de aumento ou diminuição de pena? 
 
R: Trata-se de qualquer hipótese que aumente ou diminua a pena, desde que não sejam 
agravantes, atenuantes ou qualificadoras. 
 
97- Como identifico causa de aumento da pena? 
 
R: Identifica-se uma causa de aumento de pena quando a lei se utilizar de índice de soma 
ou multiplicação. Ex: art. 121, §4 e 6, CP. 
 
98- Como identifico causa de diminuição de pena? 
 
R: Identifica-se uma causa de diminuição de pena quando a lei aplicar índice de diminuição 
ou redutibilidade na pena. Ex: art 14, 16 e 121, §1. 
 
99- Quais são os artigos que falam sobre limites da pena? 
 
R: art. 75, §1 CP e art. 5, inciso XLVII (47). 
 
100- Explique a unificação das penas. 
 
R: Unificação das penas é aplicada no concurso material de crimes ou quando o réu 
estiver respondendo por vários processos criminais para não ultrapassar 30 anos. Art. 75, 
§2 CP. 
 
101- Onde encontro de quem é a competência para unificar as leis 
 
R: LEP, art. 66, inciso III, que compete ao juiz da execução. 
 
102- Qual é a diferença entre causas de aumento de pena e qualificadora? 
 
R: As causas de aumento de pena a lei se utiliza de um índice para aumento de pena e as 
qualificadoras a pena já é elevada sem necessidade da lei impor um índice. 
 
103- Se no Brasil o agente somente pode ficar preso no máximo 30 anos, porque existem 
sentenças com mais de 30 anos? 
 
R: Porque para o calculo da progressão de pena a conta será com base na sentença e não 
no tempo máximo permitido de reclusão. 
 
104- O que é concurso de crimes? 
 
R: Trata-se do instituto que se verifica quando o agente mediante uma ação ou omissão ou 
mediante duas ou mais ações ou omissões praticam duas ou mais infrações penais. 
 
105- Quais são as espécies de concurso de crime? Explique. 
 
R: Concurso material ocorre quando o agente mediante duas ou mais ações ou omissões 
pratica duas ou mais infrações penais. O concurso material é dividido em homogênio e 
heterogênio. 
O homogênio o agente pratica crimes da mesma espécie. Ex: vários roubos, furtos, etc. O 
heterogêneo o agente pratica vários crimes de espécies diferentes. Ex: roubo + estupro. 
Concurso formal ocorre quando o agente mediante uma só ação ou uma omissão pratica 
duas ou mais infrações penais. O concurso formal é divido em perfeito e imperfeito. O 
perfeito também é chamado de próprio, o agente possui apenas um designo ou nenhum, já 
no concurso formal imperfeito ou impróprio, o agente possui dois ou mais designo. Vai 
depender da intenção do agente. 
 
106- O que é designo? 
 
R: Trata-se da previsão do agente em causar um determinado dano. Para cada designo do 
agente eu correspondo a uma intenção. 
 
107- Que calculo aplico no concurso material, formal perfeito e imperfeito? 
 
R: No concurso formal perfeito aplico a tabela da exasperação e no concurso material e 
formal imperito aplico o critério cumulativo. 
 
108- Qual é a diferença entre exasperação e cumulação no concurso de crimes? 
 
R: A exasperação o agente possuía apenas um designo ou nenhum, já na cumulação o 
agente possuía dois oumais designo. 
 
109- Explique crime continuado. 
 
R: Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes 
da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras 
semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-
se a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada em 
qualquer caso, de um sexto a dois terços. Art. 71 CP. 
 
110- Como é feito o calculo nos concursos de crimes com multa? 
 
R: Aplico a exasperação no mais grave e somo as multas. 
 
111- O juiz pode ao invés de aplicar a pena do concurso material ou formal perfeito, pode 
aplicar outra pena? 
 
R: O concurso material ou formal de crimes com pena mais benéfica, ocorre quando no 
concurso formal perfeito o critério da exasperação torna a pena maior do que no critério 
cumulativo. Neste caso o juiz deverá aplicar o critério cumulativo em razão da pena ser 
inferior ao do critério por exasperação. 
 
112- O que é o erro na execução ou aberratio ictus? 
 
R: É uma aberração no ataque em relação a pessoa que deveria ser atingida pela conduta 
criminosa. O agente não se engana em relação à pessoa que desejava atingir porém, por 
desastre atinge pessoa diversa da pretendida. Art. 73 CP. 
 
 
113- O que é erro sobre a pessoa? 
 
R: Ocorre quando o agente se engana em relação a pessoa que gostaria de atingir. 
 
114- Quais são as espécies de erro na execução? Explique. 
 
R: São de espécie simples que atinge pessoa diversa da pretendida sendo que a vítima 
virtual continua ilesa e a espécie complexa onde duas ou mais pessoas são atingidas, 
portanto a vítima virtual e um terceiro sofrem as lesões. Neste caso o agente responde por 
concurso formal e aplica-se o critério da exasperação. Pega-se a pena mais grave e 
aumenta de 1/6 até a metade. 
 
115- Explique o resultado diferente do pretendido aberratio criminis. 
 
R: Trata-se do instituto que se verifica quando o agente mediante erro ou acidente produz 
resultado diferente do pretendido. Art. 74. Só aplico o art. 74 quando não consigo aplicar o 
art. 73.CP. 
 
116- O que é sursis? Explique. 
 
R: Trata-se da suspensão condicional da pena, art. 77 CP. e seguintes. O sursis só poderá 
ser concedido após uma sentença penal transitada em julgado, portanto o livramento 
condicional da pena só existe após sentença definitiva, se não houver sentença definitiva 
não se fala em sursis. 
 
117- Explique a suspensão condicional da pena. 
 
R: O condenado a uma pena privativa de liberdade não superior a 2 anos e preenchidos 
determinados requisitos deixará de cumprir a pena. Não cabe o sursis em pena restritiva 
de direito e multa e não pode ser reincidente. 
 
118- Em que situação o juiz não concede o sursis? 
 
R: Quando o condenado receber uma pena privativa de liberdade e esta puder ser 
substituída por uma restritiva de direito ou multa. 
 
119- Quais são as exceções a regra de 2 anos do sursis? 
 
R: São crimes ambientais com pena não superior a 3 anos, sursis etário agentes com mais 
de 70 anos e pena não superior a 4 anos e sursis humanitário agentes com doença grave 
e a pena não for superior a 4 anos, todas nas penas privativas de direito. 
 
120- Fale sobre a revogação obrigatória e a facultativa. 
 
R: Revogação obrigatória art. 81, incisos I, II e III o condenado não cumprir as regras do 
sursis o juiz revoga-o e a revogação facultativa art. 81, §1 CP. O juiz pode ou não revogar 
o sursis. 
 
121- O que é audiência admonitória? 
 
R: É analisado o comportamento do condenado, se for satisfatório é elaborado um laudo e 
o diretor do presídio encaminha para o juiz, ou seja, os magistrados estabelecem 
condições para o cumprimento do regime aberto. 
 
122- Explique o livramento condicional? 
 
R: É o beneficio que permite ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior 
a 2 anos a liberdade antecipada, condicional e precária, desde que cumprida parte da pena 
observando determinados requisitos exigidos por lei. O condenado deve ter recebido uma 
pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 anos, art. 83 caput CP. O condenado 
precisa cumprir metade da pena para receber este beneficio e não pode ser reincidente e o 
reincidente deverá cumprir 1/3 da pena e os crimes hediondos o agente deverá cumprir 2/3 
da pena. Art. 83, inciso V do CP. Não é necessário que o condenado tenha progredido de 
pena para receber o beneficio. 
 
123- Quais são os critérios subjetivos para o livramento de condicional? 
 
R: Bons antecedentes, art. 83, I do CP, comportamento satisfatório durante a parcela do 
cumprimento da pena, art. 83, III do CP, aptidão para prover a própria subsistência 
mediante trabalho honesto, art. 83, III do CP. 
 
124- Revogação obrigatória – art. 86 CP. e revogação facultativa – art. 87 CP. 
 
R: 
 
125- O que é punibilidade? CAIA NA PROVA DESTA QUESTÃO ATÉ A QUESTÃO 140 
 
R: Trata-se do poder dever do Estado em punir o agente da conduta delituosa, ou seja, 
punir o autor da infração penal. 
 
126- O que é infração penal? 
 
R: É um fato típico e antijurídico para quem adota a teoria bipartida. Ex: Damásio. Já para 
quem adota a teoria tripartida, infração penal é fato típico, antijurídico e culpável. Somente 
o Estado é detentor do direito de punir. 
 
127- Quais são as circunstâncias que impedem o Estado de punir? 
 
R: Extingue-se a punibilidade: pela morte do agente; pela anistia, graça ou indulto; pela 
retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; pela prescrição, 
decadência ou perempção; pela renuncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos 
crimes de ação privada; pela retratação do agente, nos casos em que a lei admite pelo 
perdão judicial, nos casos previstos em lei. 
 
128- O que é anistia? 
 
R: Trata-se de um benefício concedido ao agente, por iniciativa do poder legislativo para 
aqueles que geralmente cometeram crimes políticos. 
 
129- O que é o indulto? 
 
R: É um benefício concedido ao agente por iniciativa do poder executivo a um determinado 
grupo de agentes. 
 
130- Qual a diferença entre prescrição e decadência? 
 
R: Prescrição impede o Estado de punir, já na decadência perde-se o direito de ingressar 
com ação penal. A decadência não se aplica na ação penal pública incondicional, portanto, 
só aplica-se na ação penal privada e ação penal pública condicionada. A vítima tem o 
prazo de 6 meses a partir do dia em que soube dos fatos para ingressar com a ação. 
131- O que é perempção? 
 
R: Ocorre nas ações penais privadas quando o interessado (vítima) deixa de praticar 
certos atos processuais prescritos no art. 60 CPP. Perde o direito de ação. 
 
132- O que é queixa crime? 
 
R: Peça inaugural nos crimes de ação penal privada, em que o próprio ofendido, ou quem 
tiver qualidade para representa-lo ingressa com a ação. 
 
133- O que é perdão judicial? 
 
R: O perdão judicial é uma renúncia do Estado à pretensão punitiva, manifestada através 
do Juiz. Nesse caso, a renúncia à aplicação da pena acarreta como consequência 
automática e inafastável, a extinção da punibilidade. Art. 120, 121 §5, 168ª e 312 §3. 
 
134- O que é ação penal? 
 
R: Trata-se do direito de invocar o poder judiciário para a aplicação do direito penal 
objetivo. Art. 24 ao 62 CPP. E arts. 100 ao 106 CP. Ação penal subjetiva – arts. Previstos 
no CPP e código penal objetivo são todos os crimes tipificados no CP. 
 
135- O que é ação penal pública incondicionada? 
 
R: Trata-se de uma ação penal que não necessita de vontade alguma, portanto não está 
subordinada a nada, não está condicionada a nada. O titular é o Ministério Público na 
pessoa do promotor de justiça através da denuncia. É aberto um inquérito policial e quando 
encerrado o delegado apresenta este inquérito ao Ministério Público que dá inicio a ação 
pena pública. 
 
136- O que é ação penal pública condicionada? 
 
R: É preciso que a vítima queira denunciar, depende de representação. 
 
137- O que é ação penal privada? 
 
R:O titular da ação penal privada é o advogado, ele que dá inicio a ação. Existem três 
tipos de ações penais privadas: ação penal privada exclusiva – quem propõe é o ofendido, 
ação penal personalíssima – apenas o ofendido ingressa com a ação e só cabe um crime, 
contraente enganado e a ação penal privada subsidiaria – que se o promotor não ingressar 
com a ação o particular poderá iniciar a ação, tornando-se essa subsidiaria da pública. 
 
138- Quais são os princípios da ação penal privada? 
 
R: Oportunidade – o particular poderá ou não entrar com a ação, indivisibilidade – havendo 
concursos de agentes, a vítima terá que processar todos os ofensores e disponibilidade – o 
particular ou o ofendido poderá desistir do processo penal a qualquer momento. 
 
139- Como acontece a renuncia da ação? 
 
R: Expressa por meio de um documento formalizado, protocolado e assinado pelo autor ou 
tácita quando o comportamento da vítima é incompatível com o processo penal. 
 
 
 
140- Quais são as formas de identificação de ação penal? 
 
R: No silêncio da lei a ação será pública incondicionada, quando a lei descrever “somente 
se procede mediante representação” estaremos diante de uma ação penal pública 
condicionada, quando a lei descrever “somente se procede mediante queixa” estaremos 
diante de uma ação penal privada e nos casos de ação penal privada subsidiaria da 
pública, basta o não cumprimento dos prazos previstos no art. 46 CPP. 
 
141- O que é prescrição? 
 
R: Trata-se de uma das modalidades de causa da extinção de punibilidade em razão de 
um prazo transcorrido. 
 
142- Quais são as modalidades e aplicações da prescrição? 
 
R: As modalidades são: prescrição da pretensão punitiva que ocorre antes da sentença 
penal condenatória transitada em julgado, já a prescrição da pretensão executiva ocorre 
posteriormente a uma sentença penal condenatória transitada em julgado. 
O PPP aplica-se a pena máxima em abstrato a uma infração penal, art. 109 CP., já o PPE 
aplica-se a pena em concreto por razões de uma sentença penal condenatória transitada 
em julgado, art. 110 CP. 
 
143- Quais são os casos de redução dos prazos? 
 
R: Se o agente for menor de 21 anos da data em que praticou o crime ou se o agente for 
maior de 70 anos no dia que a sentença penal transitou em julgado, o prazo prescricional 
reduz pela metade. Art. 115 CP. 
 
144- Explique a prescrição da multa. 
 
R: Isolada (somente a multa) sem sentença prescreve em 2 anos e a multa com sentença 
prescreve em 5 anos e a cumulativa (multa + pena) a multa prescreve com a pena privativa 
de liberdade. Art. 114 CP. Nesses dois casos não utilizo o art. 109 CP. 
 
145- Quais são os crimes imprescritíveis? 
 
R: Racismo e segurança nacional que são crimes contra o Estado Democrático de Direito. 
 
146- Como funcionam as causas interruptivas da prescrição? 
 
R: O prazo quando interrompido deverá ser calculado desde o inicio. 
 
147- Como funcionam as causas suspensivas da prescrição? 
 
R: O prazo deverá ser contado a partir do momento da suspensão. Art. 116 CP. 
 
148- O que é medida de segurança? 
 
R: É uma sanção penal que tem finalidade exclusivamente preventiva e é aplicada no 
intuito de submeter a tratamento o autor de um fato típico e ilícito que demonstrou ser 
portador de periculosidade. 
 
149- Qual é o objetivo da natureza jurídica? 
 
R: É preservar a sociedade e não retribuir. 
150- Quais são as diferenças entre pena e medida de segurança? 
 
R: A pena é aplicada em razão da culpabilidade do agente, já a medida de segurança é 
aplicada em razão da periculosidade do agente. 
Aplica-se a pena aos imputáveis e semi-imputáveis, já na medida de segurança aplica-se 
aos inimputáveis e semi-imputáveis. 
Não existe um limite mínimo e máximo a ser cumprido, já na Medida de Segurança o prazo 
mínimo a ser cumprido será de 1 a 3 anos e o prazo máximo será de forma indeterminada. 
 
151- O que é periculosidade? 
 
R: Trata-se de pessoas com doença mental, desenvolvimento mental retardado ou 
incompleto e ser dependente químico. 
 
152- O que é oligofrénico? 
 
R: É o idiota, é a pessoa que tem comportamento incompatível com a sua idade. É 
chamado pelos psiquiatras de síndrome do Peter Pan. 
 
153- Como funciona a medida de segurança no Brasil? 
 
R: Na medida de segurança no Brasil adota-se a teoria unitária ou vicariante. Ou aplica-se 
uma pena ou a medida de segurança. Se o sujeito estiver cumprindo pena e ficar louco o 
juiz substitui a pena por medida de segurança, o contrário não ocorre. 
 
154- Fale sobre o princípio da legalidade. 
 
R: Não são todos os doentes mentais, portadores de desenvolvimento mental retardado ou 
incompleto e os dependentes químicos que sofrem medida de segurança, mas somente 
aqueles que praticarem fato típico. Se a conduta for considerada crime. 
 
155- Quais são as espécies de medida de segurança? 
 
R: São: detentiva que é aplicada nos crimes apenados por reclusão onde o agente deverá 
permanecer detido e restritiva onde o agente responde em liberdade nos crimes apenados 
por detenção. 
Aplica-se neste caso uma liberdade assistida onde o doente deverá ir de 2 a 3x por 
semana ao médico. 
Nos crimes apenados por reclusão o juiz estará obrigado a penalizar o agente na forma 
detentiva. 
Nos crimes apenados por detenção o juiz poderá aplicar tanto a forma detentiva quanto a 
restritiva.

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