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RESUMO DE DIAGNÓSTICO BL2

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RESUMO DE DIAGNO STICO BL2 
1. NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS: 
Neoplasia significa nova produção. 
Toda leucemia seja crônica ou aguda promove aplasia de medula. 
Para diagnóstico das neoplasias hematológicas, nunca se deve basear em apenas 1 
único exame, deve-se realizar biópsia para confirmação e correlacionar todos os achados em 
um único diagnóstico. 
45% do volume do sangue é composto pelos elementos figurados, que são as células. 
No sedimento há por ordem: eritrócitos, leucócitos (polimorfonucleares), mononucleares, 
plaquetas e por fim o plasma. 8% do peso corporal é composto por sangue. O plasma 
apresenta 91% de água, sendo seu segundo componente mais abundante as proteínas. Da 
porcentagem de proteínas, 58% é composta por albumina, a qual é proteína transportadora, 
podendo inativar algumas toxinas, além de controlar a osmolaridade, impedindo a saída de 
líquido dos vasos. Após a albumina, em percentual, há as globulinas, e o fibrinogênio. Outros 
solutos compõe 2% do plasma e são eles: citocinas, interleucinas, íons, gases, etc. 
Embora as hemácias sejam anucleadas, são células que possibilitam a passagem por 
finíssimos capilares, promovendo o transporte de O2. Estão presentes no número de 4-6 . 
106/mL, o qual se reduz na anemia. Quando o volume globular médio das hemácias aumenta 
temos um quadro de macrocitose, e a microcitose é o quadro inverso. 
Os leucócitos são encontrados no número de 4 – 9 . 106/mL, sendo separados em 
polimorfonucleares e mononucleares. Já as plaquetas estão presentes no número de 200.000 
– 400.000/mL. 
As células na medula podem ser estimuladas por fatores , como eritropoetina (EPO), 
tromboplastina, a qual estimula a produção de plaquetas, sendo produzida no fígado, 
apresentando número reduzido em casos de problemas hepáticos, resultando em problemas 
de coagulação. IL-1 e IL – 3 estimulam a produção de macrófagos, IL-5 estimula a produção de 
eosinófilos, a qual, bem como as células estão aumentadas na alergia e nas infecções por 
vermes. A EPO é produzida nos rins e estimula a produção de hemácias, problemas no rim , 
promovem redução da produção de hemácias, resultando em anemia. É possível encontrar 
EPO artificial, mas não tromboplastina - em caso de necessidade há transfusão de plaquetas. 
Um aumento de monócitos é encontrado em infecções pelo vírus Epstein barr, o qual 
´pode desencadear leucemia e linfona de Burkit (em imunossuprimidos), também por CMV na 
mononucleose, além de leucemia relacionada a monócitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
↑monócitos 
Epstein baar 
Leucemia 
Linfoma de 
Burkit 
CMV 
Mononucleose 
Leucemia 
A maioria das leucemias é causada por mutações, em geral desencadeadas por 
agentes químicos. Essas mutações promovem aumento da proliferação das células na medula 
na ausência de estímulos, ou seja, há aumento da proliferação e redução dos fatores normais 
que estimulam, como por exemplo, aumento da produção de hemácias e redução de EPO. 
Os fatores estimulantes da produção medular, citocinas e as células atravessam os 
vasos dos ossos a fim de entrar e sair da medula. A cabeça do fêmur, quadril, esterno e as 
costelas mantém a produção medular mesmo na vida adulta. 
Se houver a presença de mais de 30% de blastos na medula é sinal de leucemia. 
Uma das formas de detecção de leucemia é a contagem 
das células utilizando a câmara de newbauer. Para contagem dos 
leucócitos, é necessário contar os 4 quadrantes maiores, 
enquanto que para as hemácias e plaquetas, deve-se escolher 5 
quadrantes da malha do meio, seja tais quadrantes em cruz ou 
em sequência. 
A = 1mm2 H = 0,1 mm 
V = A . H → 1 . 0,1 = 0,1mm3 = 0,1 μL 
0,1𝜇𝐿
0,0001 𝑚𝐿
=
10−1
10−4
 
EX: 20 células contadas X 20 (fator de diluição) = 
400 células/10-1 μL = 4000 células/ μL = 400 / 10-
4 μL = 4. 106 / mL. ISSO PARA CONTAGEM DE 
LEUCÓCITOS. 
 
Já para contagem de hemácias temos: 
cada quadrante menor apresenta 0,2 mm de 
lado, o que é 1/5 de 1mm. 
A = 0,04 mm2 H = 0,1 mm 
V = 0,04 . 0,1 = 0,004 mm3 = 0,004 μL 
0,004 μL
0,0004 𝑚𝐿
= 
10−2
10−5
 EX: 20 células X 20 FD = 
400/10-2 = 40.000 células / μL = 400/10-5 = 40.000.000/mL 
(4.107) 
 
Em hepatopatias as plaquetas estão agrupadas, e isso também pode estar presente no 
sangue que não foi homogenizado após a coleta. 
Há um aumento de plaquetas e de hemácias na policitemia vera, na qual 
provavelmente há mutação da linhagem mielóide e tal mutação pode estar relacionada a JAK2, 
devendo ser procurada a alteração no gene que codifica esta proteína para confirmação do 
diagnóstico. Doar sangue 1x por mês é um forma de redução do número de hemácias e 
plaquetas. Os eritroblastos requerem alta demanda de vitamina B12 e de ácido fólico, 
portanto, na policitemia vera há redução de ambos, bem como a redução da EPO a fim de 
freiar o estímulo a produção de hemácias. Há também a redução do ferro sérico na policitemia 
vera, em função da alta incorporação a HB. Portanto, para diagnóstico de policitemia vera é 
necessário avaliar a presença de blastos na medula, redução de ferro, B12, ácido fólico e 
EPO, bem como avaliar possíveis alterações no gene de JAK2. 
Neutrófilos ficam 8 horas combatendo infecções bacterianas. Quando há infecções 
muito grandes pode ter aumento de leucócitos de até 50.000 células, visto que o limite 
máximo normal de 9 a 10.000, 11.000 já está no limite, pode ser uma pessoa idosa, ou alguém 
com alergia a alimentos. Mais que 11.000 suspeita-se de leucemia ou de reação leucemóide, 
isso bem acima de 11.000 como 50.000. 
Na leucemia há mutação de células sanguíneas, reduzindo a produção de plaquetas, 
gerando trombocitopenia, da produção de hemácias, gerando anemia, além da redução de 
leucócitos, gerando aumento da suscetibilidade a infecções, até há aumento de leucócitos, 
porém não são funcionais. Cedo ou tarde em quaisquer tipos de leucemia há infecção, anemia 
e hemorragia. Na leucemia as células se proliferam tanto, a ponto da stem cell ser expulsa, 
resultando em aplasia de medula. 
Na reação leucemóide é possível a presença de 50.000 células, redução de plaquetas, 
mas a trombocitopenia é moderada, aguda, não resultando em hemorragia. Na leucemia os 
problemas são progressivos, tendendo a piorar, já na reação leucemóide, os problemas são 
reversíveis, sem chegar a aplasia. Em infecção há desvio a esquerda, no qual há presença de 
células mais jovens na circulação ( no caso dos neutrófilos, há aumento de bastões quando há 
desvio a esquerda), e desvio a direita apresenta células mais maduras em maior número na 
circulação. Portanto na reação leucemóide é presente desvio a esquerda, podendo apresentar 
desvio a direita, já que a reação é reversível, diferente na leucemia que apresenta apenas 
desvio a esquerda, pois após a intensa proliferação com aumento de blastos na circulação a 
tendência é a aplasia de medula. REAÇÃO LEUCEMÓIDE É UMA GRANDE RESPOSTA DOS 
LEUCÓCITOS FRENTE A UMA INFECÇÃO, QUE PARECE SER LEUCEMIA, MAS NÃO APRESENTA 
VALORES TÃO ELEVADOS QUANTO OS DA LEUCEMIA. Até 50.000 leucócitos pode ser 
leucemia, mas ainda pode ser uma puta resposta, uma reação leucemóide, devendo ser 
realizado o diagnóstico diferencial de leucemia. 
Aplasia não está presente na reação leucemóide, mas presente na leucemia, há 
presença de infecção, hemorragia e anemia na leucemia, e não em mesma intensidade na 
reação leucemóide, espleno, hepato e linfoadenomegalia (reflete poder infiltrativo das 
células tumorais presente na leucemia) é presente na leucemia e não na reação leucemóide, 
há presença de nucléolos grandes e proeminentes (critério de malignidade) presente apenas 
na leucemia e não na reação leucemóide,a reação leucemóide é reversível, a leucemia não. 
 
 
 
2. CONTROLE DE QUALIDADE EM LABORATÓRIO CLÍNICO: 
De acordo com foco do laboratório há algumas regras específicas. Qualidade muitas 
vezes é uma palavra subjetiva, ou seja, não se sabe ao certo, mas se reconhece quando se 
encontra. Outras vezes é visualizada no produto, como algo que acrescenta valor que não é 
encontrado em outros produtos. Qualidade é o conjunto de desempenho de um produto e 
serviço e em conformidade com as especificações atende e , por vezes, supera as espectativas 
do consumidor. 
Esse conceito até 2000 era só adequação ao uso e ao bem estar do cliente. Após 2000 
surgiu a ISO que é organização internacional de padronização para obtenção da satisfação do 
cliente através do atendimento das necessidades e das espectativas dentro de um ambiente 
organizacional voltado para o melhoramento contínuo. Determina regras para os laboratórios 
para que tenha controle de qualidade, para atender as espectativas do cliente, devendo 
atender determinadas regras. 
A qualidade é importante, pois confere confiabilidade aos resultados; reconhecimento 
da comunidade e de seus pares; facilita a rastreabilidade dos dados obtidos; facilita 
organização do trabalho. 
 
Várias áreas de vários 
setores que estão relacionados com 
a qualidade de um laboratório. 
Para a montagem de 
laboratório clínico há algumas 
legislações com exigências de 
qualidade: 
PROVA? 
 
 
O controle de qualidade objetiva precisão e 
exatidão dos resultados, conferindo valores reais e 
que o resultado seja reprodutível. 
 
 
 
Funções do controle de qualidade: 
Os laboratórios clínicos devem 
ter a missão de diagnóstico, produzir 
resultados de exames que sejam de real 
utilidade para se fazer corretamente o 
prognóstico, acompanhar a terapia, 
evolução e prevenção de enfermidades. 
 
 
A garantia é conjunto de 
atividades planejadas, sistematizadas 
e implementadas para cumprir os 
requisitos de qualidade. A garantia é 
diga o que você faz, escreva o que 
faz, faça conforme escrito, confira 
para garantir a conformidade, atue 
nas diferenças para melhoria 
contínua. 
 
 
 
 
Processos laboratoriais: 
confirma qual laboratório aceita o 
convênio, cadastro, coleta, análise, 
processamento, liberação, laudo. É um 
ciclo que sempre gira dessa forma e 
que cada área tem uma 
responsabilidade. Na padronização no 
laboratório clínico há o pré – analítico, 
analítico e pós – analítico. No pré – 
analítico pode acontecer erros em 
torno de 60 -70% : letra ilegível que pode direcionar a realização de exame incorreto, preparo 
do paciente que pode estar incorreto. 
 
Qualidade na fase pré analiítca tem como objetivo é garantir que as amostras tenham 
representatividade desejada e mantenha a integridade, por isso deve-se investir em 
treinamento de pessoal, padronizar procedimentos, e registrar atividades. Tem o pedido 
médico, preparo, coleta e obtenção, identificação da amostra, transpote e os critérios de 
rejeição quando presente alguma incompatibilidade. Na coleta deve-se preparar o paciente, 
descrição dos recipientes, agora é mais fácil identificar pelas cores os tubos, mas há 
necessidade de identificar os reagentes. Tipo e quantidade de material a ser coletado, 
preparos especiais, identificação do flebotomista, identificando a pessoa da coleta, descarte 
seguro do material utilizado. Razões para rejeição da amostra: identificação incorreta, 
formulário incompleto, omissão de dados, fixação inadequada, lâmina quebrada. 
Na fase analítica o controle de qualidade garante que os resultados obtidos atendem 
os critérios de qualidade adequados. Se a fase pré analítica é correta a analítica também será 
correta, com precisão e exatidão. Finalidade de garantir a exatidão dos resultados, devendo 
verificar a calibração. Um sistema analítico ideal seria um com alto grau de precisão, exatidão 
e confiabilidade, sem qualquer interferência e com sensibilidade e especificidade. É 
importantíssima a presença e o cumprimento dos procedimentos operacionais padrão (POP) a 
fim de garantir a correta realização dos ensaios, garantindo precisão, exatidão, sensibilidade e 
especificidade. Os equipamentos devem estar calibrados, se não se sabe utilizar o aparelho, 
não se deve utilizar ou, principalmente, perguntar como funciona. Rotulagem de reagentes. 
Instruções escritas. Laudo deve ser emitido e arquivado. 
Controle interno e externo do laboratório. Controle interno apresenta análise diária, 
necessária presença de controles e padrões. Se o resultado estiver diferente, verificar lote de 
reagente, verificar os procedimentos, calibração de equipamentos e pipetas, se os 
equipamentos estão limpos a fim de evitar contaminação cruzada. 
- CONTROLE INTERNO DA QUALIDADE - CIQ: Procedimentos conduzidos em associação 
com o exame de amostras de pacientes para avaliar se o sistema analítico está operando 
dentro dos limites de tolerância pré-definidos. 
Há gráficos para saber se o controle interno está correto. Gráfico de Jennings e o 
Sistema de Westgard que são utilizados no controle interno, os quais fornecem os limites 
aceitáveis de erro. Os resultados dos controles diários são lançados no gráficos e comparados 
para ver se há limite aceitável de erro. Se os resultados estão dentro do limite a rotina 
continua normalmente, diferente de quando os resultados não estão dentro do limite, 
devendo-se parar a rotina e investigar onde está acontecendo o erro. A verificação é diária, 
semanal e mensal. Determinam precisão e exatidão. Quando há perda da exatidão há desvio 
do gráfico, alteração de controle, de padrão, reagentes mal preparados podem influenciar. A 
precisão também pode ser perdida, como agitação exagerada, material sujo, pipetagem 
incorreta. Há erro de tendência, onde os resultados estão seguindo uma tendência, com 
valores consecutivos ascendentes ou descendentes, causados por padrão, reagente ou 
equipamento. Há também erros de desvio, decorrentes de variação de concentração no 
padrão, mudança sensibilidade nos reagentes. Há também erro aleatório, como de calibração 
dos equipamentos. 
- CONTROLE EXTERNO DA QUALIDADE (ensaios de proficiência) - CEQ: Atividade de 
avaliação do desempenho de sistemas analíticos através de ensaios de proficiência, análise de 
padrões certificados e comparações inter laboratoriais. Também chamada Avaliação Externa 
da Qualidade. 
Órgãos regulamentam, mandam uma amostra e pedem para o laboratório realizar a 
análise, cujo resultado correto os órgãos conhecem. Com isso há avaliação da calibração do 
equipamento, se o protocolo está sendo realizado corretamente. Padroniza resultados de 
diferentes laboratórios através de análises interlaboratoriais, observando qual laboratório está 
realmente padrão com a amostra enviada. A avaliação pode ser qualitativa e 
quantitativamente do laboratório pelo órgão regulamentador, podendo aprovar ou não o 
laboratório através de emissão de laudos. 
A qualidade da fase pós analítica depende de um bom laudo. Uma vez que os 
resultados são aprovados e liberados, e todos os requisitos para um laudo perfeito devem ser 
respeitados na formulação do leito. Deve ser escrito na lingua portuguesa, para que todos 
possam ler e entender, e assinado por profissional de nível superior inscrito nos conselhos 
regionais. 
 
3. ENZIMAS CARDÍACAS: 
Enzimas são catalizadores biológicos, são preteínas responsáveis pela maioria das 
reações do corpo. Toda enzima é uma proteína, mas nem toda proteína é enzima. 
Há enzima e o substrato, os quais interagem levando a um produto. A enzima é 
sempre estável, após a reação a enzimapermanece inalterada e os produtos são liberados. 
Importante para o funcionamento correto da fisiologia celular. Como catalizador as enzimas 
reduzem a energia de ativação, acelerando a reação. 
As enzimas são específicas para o substrato, respeitando um modelo chave fechadura, 
há também o modelo de encaixe induzido, no qual o substrato se adequa a forma do sítio ativo 
da enzima. 
As enzimas são organo – específicas e sua liberação no plasma é indicativo de 
problemas na células, como necrose, ruptura de membrana e infarto. Encontrado tais enzimas 
no plasma é sinal de problemas no órgão de origem da enzima. 
O aumento das enzimas cardíacas no sangue é marcador de morte das células do 
miocárdio, sendo sinal de necrose. As células afetadas pela necrose liberam essas enzimas, e a 
detecção de tais enzimas no sangue é diagnóstico de infarto agudo do miocárdio (IAM). 
Quando acontece o infarto há obstrução das artérias coronárias, resultando em 
isquemia, já que a irrigação de determinada região será comprometida, não recebendo 
nutrientes, O2, resultando na morte - necrose. Quando há morte celular há liberação das 
enzimas cardíacas, detectadas nos exames laboratoriais. 
Critérios para detecção de IAM: 
A medida de quanto tempo o paciente está sentindo dor é importante para 
determinar a presença ou não de determinada enzima cardíaca, pois há enzimas que se 
elevam logo ao início do IAM e outras que se elevam nas horas posteriores. 
 
 
 
 
MARCADOR CARDÍADO IDEAL: 
 GRANDE SENSIBILIDADE – ABUNDANTE NO TECIDO CARDÍACO; 
 GRANDE ESPECIFICIDADE – AUSENTE EM TECIDOS NÃO CARDÍACOS E NÃO 
PRESENTE EM INDIVÍDUOS SADIOS; 
 RÁPIDO APARECIMENTO NA CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA – RÁPIDA DETECÇÃO 
DE QUANDO HOUVE A NECROSE. 
 GRANDE MEIA – VIDA PARA DIAGNÓSTICO TARDIO E ACOMPANHAMENTO; 
 AUSÊNCIA DE REAÇÃO CRUZADA COM OUTRAS COISAS QUE POSSAM LEVAR 
DÚVIDA QUANTO AO DIAGNÓSTICO. 
 
 
 
A. ASPARTATO AMINOTRANSFERASE (AST): 
Se eleva no IAM. Foi a primeira a ser empregada como marcador de IAM. Encontrada 
em fígado, músculo cardíaco, eritrócitos, rim. Sua concentração plasmática começa a elevar de 
6 -8 horas - complicado para 
rápida intervenção. Pico em 
18 horas. Não é muito 
utilizada, justamente por 
conta da reação cruzada, 
principalmente com o fígado, 
além de se elevar em 
diferentes enfermidades. 
 
B. CREA
TINA FOSFOCINASE (CK): 
É a mais específica, 
sua determinação é a 
primeira escolha. Há a CKT 
(total) se houver muito 
aumento é indicativo de necrose, pois apresenta 98% de sensibilidade e 15% de falso 
positivo. É uma das primeiras enzimas consideradas precoce para indicar lesão 4 -6 horas. 
Como desvantagem é a presença no músculo esquelético, podendo gerar dúvidas quanto ao 
aumento da CK total, não sendo muito específico, pois outros quadros podem elevar. A CK 
apresenta 3 isoenzimas a CKBB - cérebro, CKMB - coração e CKMM - músculo esquelético. 
Portanto, para diagnóstico diferencial se dosa a CKT e a CKMB, caso CKMB esteja elevada é 
indicativo de necrose tecido cardíaco. CKT normal no ínicio do IAM, mas a CKMB vai estar 
alterada, com valores bem altos, superiores a CKT, podendo aumentar de 3 a 20x. Para 
IAM 
DOR 
MARCADO
RES ELETRO 
diferenciar lesão de músculo esquelético de músculo cardíaco: 
𝐶𝐾𝑀𝐵
𝐶𝐾𝑇
> 6% → 𝐿𝐸𝑆Ã𝑂 𝐶𝐴𝑅𝐷Í𝐴𝐶𝐴; 
𝐶𝐾𝑀𝐵
𝐶𝐾𝑇
< 6% → 𝐿𝐸𝑆Ã𝑂 𝐸𝑆𝑄𝑈𝐸𝐿É𝑇𝐼𝐶𝐴 . 
 
C. LACTATO DESIDROGENASE (LDH): 
É bastante abundante, com elevados níveis teciduais e no plasma. Maiores valores em 
dano tecidual, mesmo que inespecíficos, não definindo apenas o infarto, em função de sua 
ampla distribuição. Os níveis de LDH total podem estar elevados em diversos quadros, 
devendo avaliar as isoformas de 1 – 5. As isoformas 1 e 2 estão presentes no tecido cardíaco, 
devendo ser dosadas quando se encontram elevados níveis de LDH. LDH1 eleva-se de 8-12 
horas com pico de 24-48 horas, permanecendo por 7 dias. É importante marcador em função 
de sua elevada duração no soro, conferindo mais tempo para diagnóstico, mesmo não sendo 
tão precoce. A relação entre LDH 1 e 2 está no fato de que a LDH 2 não se eleva após IAM, 
diferindo da LDH 1, que se eleva, sendo requisitada juntamente da LDH total. 
 
D. TROPONINAS: 
São complexo de 3 proteínas que participa na contração muscular, no caso do coração 
participa da sístole. Geralmente apresentam valores baixos no plasma ou não são 
determinadas, se aparecem é indicativo de lesão, sendo o mais empregado e o mais 
estudado. Quando o paciente apresenta elevados níveis de troponina é muito provável de que 
ocorreu lesão cardíaca, de que ocorreu IAM. Não são afetadas por outras lesões musculares, 
as quais que não lesão as células (exercício, injeção). 
Há as troponinas I, C e T, sendo as subunidades do complexo de troponina. Após IAM 
há liberação das troponinas T e I e detectadas no mesmo espaço de tempo que a CKMB. 
Troponina I é altamente específica para o tecido cardíaco. Se o paciente não apresenta 
muito tempo, é a principal enzima a ser dosada, sendo a mais específica. Aumento 
proporcional maior que as demais enzimas, detectada entre 4-6 horas, com pico 12 horas, 
permanecendo detectável por 7 – 10 dias. Troponina T é detectada 2-4 horas após a lesão, 
super rápida, mas não é tão específica para tecido cardíaco quanto a Troponina I. 
 
E. MIOGLOBINA: 
Encontrada no músculo cardíaco e esquelético, detectada após 1 – 3 horas da lesão. É 
a que aparece mais rapidamente no plasma, porém não é a mais específica. Quando se 
suspeita de lesão e o paciente está nas primeiras horas é interessante sua dosagem para 
direcionar o diagnóstico. Sua principal vantagem é ser rápida, apresenta sensibilidade de 91%.

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