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1942 → DR. KARL THEODORE DUSSIK IN AUSTRIA na investigação do cérebro por ultrassom de transmissão é fornecido o primeiro trabalho publicado sobre ultrassom médico DÉCADA DE 1950 → PROFESSOR IAN DONALD AND COLLEAGUES IN GLASGOW facilitou o desenvolvimento de tecnologias e aplicações práticas: uso mais amplo do ultrassom na prática médica nas décadas subsequentes ARTIGO: INVESTIGATION OF ABDOMINAL MASSES BY PULSED ULTRASOUND → LANCET 1:1188–1195 (1958) em 1956 na medicina veterinária: avaliação de carcaças de suínos e bovinos 1966: Ivan Lindahl USO DIAGNÓSTICO! confirmou prenhez em ovelhas com o aparelho de ultrassom escala de cinza na imagem → 1971 1980-90: desenvolvimento tecnológico → importante instrumento de investigação diagnóstica 1984: primeiros trabalhos na medicina veterinária Introdução à ultrassonografia A avaliação dos tecidos moles como musculatura, órgãos, tendões, ligamentos, cápsula articular, tecido subcutâneo e serosas é o motivo da importância da ultrassonografia diagnóstica na medicina veterinária. Importância da ultrassonografia diagnóstica Histórico em utilização médica ONDA: é uma perturbação que se propaga através de um meio tipos de ondas (natureza e sentido de suas vibrações): eletromagnéticas: não necessitam de um meio material para se propagar ex: luz, ondas de rádio, televisão, raio X mecânicas: necessitam de um meio material para se propagar como sólidos, líquidos ou gases ex: ondas sonoras classificação das ondas quanto ao sentido da vibração: transversais: partículas vibram em direção perpendicular à direção de propagação da onda longitudinais: partículas vibram na mesma direção da propagação da onda, são as que interessam (direção do feixe sonoro é a mesma da fonte vibrante como uma mola Física do ultrassom ELEMENTOS DE UMA ONDA: amplitude: corresponde à magnitude ou intensidade sonora comprimento de onda: distância em que o fenômeno se repete ECOLOCALIZAÇÃO: em 1794, Lazzaro Spallanzini descobriu que os morcegos se orientavam pelo audição durante a 2° Guerra Mundial, sonares foram utilizados com objetivos militares e industriais EFEITO PIEZOELÉTRICO: em 1880, Jacques e Pierre Curie descobriram que alguns materiais (cristais) possuem a capacidade de produzir eletricidade quando submetidas a estresse mecânico (contração e expansão) em 1881, G. Lippmann descobriu que o inverso da observação dos irmãos Currie também era verdadeiro, ou seja, aplicando-se cargas elétricas na superfície dos cristais piezoelétricos, originavam-se deformações no cristal FORMAÇÃO DA IMAGEM ULTRASSONOGRÁFICA: é um método diagnóstico que se baseia na produção e reflexão de ondas sonoras ondas sonoras de alta frequência:: ultrassom diagnóstico (1 a 28 MHz) constituintes do equipamento: monitor mesa de comando transdutores é quem possui os elementos piezoelétricos unidade básica denominada transdutor (sonda) converte uma forma de energia em outra são transmissores e receptores simultaneamente como funciona: o aparelho de ultrassom é ligado, energizado e os cristais piezoelétricos emitem ______ frequência: é o número de ciclos pela unidade de tempo a unidade de medida de frequência é o heartz (Hz) 1 Hz = 1 ciclo/segundo 1 quiloheartz (1 kHz) = 1.000 ciclos/segundo 1 megaheartz (1MHz) = 1.000.000 ciclos/segundo o som audível pelo ouvido humano está _________compreendido entre as frequências de 20 a 20.000 Hz infrassons 20.000 Hz ULTRASSOM É UMA FORMA DE VIBRAÇÃO ACÚSTICA COM FREQUÊNCIA MUITO ALTA PARA SER PERCEBIDA PELO OUVIDO HUMANO. Princípios do ultrassom TRANSDUTOR cristais piezoelétricos TECIDOS superfícies reflexoras refletidas (eco) atravessam os tecidos COMPUTADOR transforma em imagens ondas sonoras que atravessam os tecidos que vibram e refletem ‘’eco’’ os cristais captam o eco e o transforma em energia elétrica que é transformada em imagem pelo computador o tempo entre a emissão e recepção das ondas, significa a distância percorrida por elas INTERAÇÃO DO SOM COM OS TECIDOS: velocidade (c): é constante para cada material, dependendo de suas propriedades elásticas e densidade (d) com exceção do ar, pulmão e ossos, os tecidos possuem densidade muito próxima impedância acústica (Z): qualidade do tecidos em transmitir as ondas sonoras Z = c x d a diferença da impedância acústica entre dois tecidos permite identificar estruturas vizinhas quanto maior a diferença de impedância entre duas estruturas, maior será a intensidade de reflexão ABSORÇÃO: ocorre pela transformação da energia acústica em calor no ultrassom diagnóstico, a intensidade da onda é tão baixa que a quantidade absorvida em forma de calor é ínfima, o tempo do exame e a constante mudança de posição do transdutor sobre a pele não são suficientes para causar danos ESPALHAMENTO: Formas de interação do ultrassom com os tecidos quando o comprimento da onda do feixe sonoro é maior que as partículas que compõe o meio, produz-se uma série de pequenas reflexões à partir de cada partícula em várias direções REFRAÇÃO: é o fenômeno que ocorre quando o feixe sonoro não incide perpendicularmente à _______ a reflexão depende da diferença de impedância acústica → qualidade do tecido em transmitir as ondas sonoras quanto maior a diferença, mais intensa a reflexão das ondas sonoras espera-se que parte sofra reflexão nas interfaces de duas estruturas, analisando seus limites e a maior parte seja transmitida para se analisar estruturas mais profundas ATENUAÇÃO: indica o que acontece com a intensidade do ultrassom depois que ele penetra no corpo do paciente quando o feixe sonoro se propaga, existe uma redução da sua amplitude em função da distância percorrida quanto maior a distância percorrida, maior será a atenuação → lembrar do barulho da ambulância frequência X atenuação: quanto maior a frequência, maior a atenuação, menor a profundidade atingida → 2 pontos tem maior chance de serem atingidos com ondas de alta frequência frequência X resolução: quanto maior a frequência, maior a resolução axial resolução: menor distância entre 2 pontos distintos vistos como distintos à medida que percorrem o corpo do paciente, as ondas sonoras produzidas pelo aparelho de ultrassom interagem com os tecidos de diversas maneiras, ocasionando na atenuação do feixe sonoro frequência alta → maior resolução, menor distância percorrida interface das estruturas e há diferença de velocidade do som entre elas neste caso pode originar artefatos de descontinuidade nas interfaces REFLEXÃO: porções da onda sonora que batem em superfícies refletoras e retornam ao transdutor esse fator é responsável pela base da formação da imagem ultrassonográfica baixa frequência → menor resolução, maior distância percorrida MODO B: modo brilhante ou bidimensional intensidade do eco = ponto luminosos → a diferença de intensidades de brilho é refletida na escala de cinza imagens contínuas e automáticas (30 imagens/segundo) Equipamento de ultrassonografia MODO M: representação gráfica das estruturas em movimento ponto luminoso do eco sofre deslocamento durante um tempo, criando uma reta onde linhas paralelas correm na tela em função do tempo ponto fixo: reta ponto em movimento: curva corresponde ao deslocamento MODO DOPPLER: identificação de fluxo identificação de velocidade sanguínea princípio: frequência do som muda à medida que se aproxima ou se distancia de um objeto em movimento hemácias aproximando → aumento de frequência hemácias afastando → diminuição na frequência o deslocamento ou desvio Doppler depende de: visualização de uma porção fina do tecido analisado padronização com a realização de diversos planos de corte da área analisada MODO A: eixo y = amplitude do eco retornado eixo x = tempo de retorno utilizado em ecoencefalografia e oftalmologia associado com o modo B para exatidão de profundidade: olho normal setas na córnea, cristalino e fundo da órbita frequência do som utilizada velocidade das hemácias velocidade do som nos tecidos ângulo de incidência do feixe sonoro deve ser o maispróximo de zero para mensurar a velocidade com precisão (60° ou menos → fluxo não é medido a 90°) existem vários tipos de Doppler: doppler pulsátil: o mesmo cristal envia e recebe seleção com o ‘’gate’’ - volume da amostra seleciona o vaso e o local no vaso: eixo x: tempo eixo y: velocidade ferrari -> vermelho se aproxima rápido williams -> azul se afasta de ganhar o campeonato fluxo aproximando → acima do eixo X fluxo afastando → abaixo do eixo X doppler contínuo: um cristal envia e outro cristal recebe muito preciso na detecção do deslocamento doppler (não existe tempo de envio e de espera de eco) detecta altas velocidades mede todo o deslocamento doppler detectado ao longo do eco sonoro: difícil diferenciar de dois vasos diferentes ao longo do eco doppler colorido: cores sobrepostas à imagem em modo B azul afastando vermelho aproximando power doppler doppler duplex/triplex Existem diversos tipos de transdutores, sendo cada um adequado para um tipo de exame. Os mais utilizados são divididos em dois tipos de feixes sonoros: feixes sonoros divergentes: imagem em formato de cunha transdutores setoriais e convexos feixes sonoros paralelos: imagem em formato de retângulo transdutores lineares Tipos de transdutores número topografia/posição contornos/margens forma dimensões relação entre a estrutura analisada e as estruturas vizinhas arquitetura → relação com a anatomia ecogenicidade: ecogênico: capaz de gerar ecos escala de cinza anecóico, anecogênico: ausência completa de ecos ou da transmissão do som cor escura → líquido isoecóico, isoecogênico: ecogenicidades semelhantes hiperercóico, hiperecogênico: ecos brancos → mais ecogênico do que outra estrutura osso, gás, tecido mineralizado hipoecóico, hipoecogênico: ecos discerníveis de baixa intesidade → menos ecogênico do que outra estrutura Semiologia ultrassonográfica Artefatos de imagem são fenômenos de exibição que NÃO representam as estruturas a serem mostradas. São frequentemente encontrados durante os exames ultrassonográficos de rotina. A identificação e compreensão destes, otimiza a interpretação das imagens. ARTEFATOS DE PROPAGAÇÃO: reverberação: falsos ecos, distais a uma superfície altamente refletiva (gás ou metal) reproduzindo a mesma, repetidamente a distâncias regulares em zonas mais profundas ou em forma de cauda de cometa escala de cinza de órgãos parenquimatosos ecotextura: identidade ultrassonográfica do tecido: fina ou grosseira homogênea e heterogênea → também pode estar relacionado à ecogenicidade Artefatos de técnica imagem em espelho: superfície altamente reflexiva curva cuidado para não confundir com hérnia diafragmática lobo lateral: ecos gerados no lado do feixe principal retornam ao transdutor equipamento interpreta como do feixe principal localização errônea de estrutura ecos fracos ocorrência em superfícies reflexivas e curvas espessura de corte: parte da espessura do feixe sonoro vai além de estrutura cística ecos do tecido adjacente viso dentro da estrutura pseudosedimento: curvo perpendicular ao feixe sedimento verdadeiro: alinha horizontalmente movimenta com paciente ARTEFATOS DE ATENUAÇÃO: sombreamento acústico ou sombra acústica posterior: gás ou mineral reflexão ou atenuação total do eco sem imagem posterior ajuda na identificação de calcificações, cálculos e gás reforço acústico: posteriormente a tecidos com baixa atenuação do feixe sonoro região abaixo a uma estrutura preenchida por fluido tem sua ecogenicidade aumentada devido a falta de atenuação das ondas sonoras através da estrutura em questão útil para detectar a presença de cistos, abscessos e efusões sombreamento lateral: na margem de uma superfície curva parte das ondas sonoras que são refratadas ou refletidas ao incidirem neste local, não retornam ao transdutor sombra profunda nos limites da superfície curvada estruturas císticas, vesícula biliar, bexiga e rim SÓLIDO: presença de qualquer ecogenicidade → heterogêneo ou homogêneo CÍSTICO: arredondado contornos definidos conteúdo anecóico artefato de técnica de reforço acústico posterior ou sombreamento lateral pode ser: simples (homogêneo) complexo (com material particulado) CÁLCICO: material mineral (branco) com ou sem sombra acústica TUBULAR: simples: alongado em uma plano e cilíndrico em outro multilaminar: o mesmo, mas em camadas sobrepostas LÍQUIDO: anecóico homogêneo espesso com debris finos ou grosseiros (ecos puntiformes em suspensão) GASOSO: branco artefatos de técnica: reverberação, sombra acústica posterior, cauda de cometa MISTO: partes sólidas e partes líquidas COMPLEXO: partes sólidas e partes líquidas com planos de clivagem Padrões e varredura da ultrassonografia Padrões ecográficos básicos POSICIONAMENTO DO ULTRASSONOGRAFISTA, PACIENTE E EQUIPAMENTO: Realização do exame ultrassonográfico PREPARAÇÃO DO PACIENTE: jejum, dimeticona e enema (4 horas) tricotomia da região ventral do abdômen desde o arco costal até a região inguinal umedecer a pele com álcool ou solução fisiológica aplicar gel acústico sobre a pele (contato acústico) sedação PLANOS DE SECÇÃO: mínimo de 2 planos de imagem, a variar dependendo da área sob exame sagital ou longitudinal: transdutor ventral, plano de secção ao longo do eixo longitudinal transversal: transversal em relação à coluna vertebral plano dorsal ou coronal: transdutor na lateral, ao longo do eixo longitudinal paralelo à coluna vertebral ESCOLHA DO EQUIPAMENTO: aparelhos com modo B dinâmico equinos: transdutores variando de 2,5 a 18 MHz cães e gatos: transdutores variando entre 3,5 e 18 MHz transdutores de 5 e 7,5 MHz → animais pequenos profundidade de 12 a 8 cm respectivamente transdutores de 3,5 e 5 MHz → animais grandes profundidade de 18 a 12 cm respectivamente Mais utilizado em cães e gatos, mas também pode ser usado em equinos. Exame da cavidade abdominal A sistematização pode ser feita em zigue zague ou em círculo no sentido anti-horário: zigue-zague: fígado baço estômago* duodeno* pâncreas* rins glândulas adrenais* bexiga próstata útero* intestinos* círculo Sequência de varredura abdominal em cães e gatos Sequência de varredura abdominal em equinos Precisamos avaliar órgãos, tecido adiposo (pode tanto atrapalhar na visualização quanto ter algum significado a mais) e omento. LÍQUIDO LIVRE: regiões anecóicas → 2 mL/Kg movimento líquido X movimento das alças intestinais acúmulo de líquido na porção pendente → posição do animal localização: lobos hepáticos, margem do baço e cranial à bexiga ecogenicidade: depende do conteúdo do líquido, se há líquido e debris transudatos modificados ou puro Avaliação da cavidades abdominal exsudato: alta celularidade → hipoecóico linfa, sangue ou urina PERITONITE: inflamação do peritônio causas: infecção, ruptura de órgão, trauma, lesão penetrante, pancreatite, neoplasia características ecográficas: efusão abdominal partículas ou não (ecos suspensos) órgãos com contorno irregular → pregueamento pode haver gordura hiperecóica PAREDE ABDOMINAL → HÉRNIAS: indicação da US: diagnóstico identificação do conteúdo hérnia diafragmática, inguinal, perineal, umbilical, escrotal REVISÃO ANATÔMICA: rins no espaço retroperitoneal gatos possuem os rins mais livres há contato entre órgãos próstata e região de trígono vesical relações anatômicas da bexiga com estruturas dorsal, cranial e caudal Sistema urinário de cães e gatos padrão pregueado semelhante a corpo estranho linear visualização da bexiga: referência do início do exame afecções do sistema urinário deslocamentos pode indicar hérnias inguinal ou perineal avaliação da janela acústica em próstata, útero, linfonodos ilíacos e cólon indicações para ultrassonografia de sistema urinário: hematúria anúria estrangúria secreção vulvar muco-purulenta parede normal: entre 1 e 2 mm camadas: serosa: hiperecóica 3 camadas musculares: hiperecóicas lâmina própria da submucosa: hiperecóica mucosa: hipoecóica conteúdo normal: anecóico (cães e gatos) CISTITE: contaminação ascendente sinais clínicos:polaciúria, estrangúria, hematúria exames complementares - urinálise:______ Varredura abdominal para bexiga de cães e gatos bacteriúria, hematúria, piúria, aumento do número de células epiteliais, proteínas ultrassonografia: aumento da espessura da parede (diferença de repleção) irregularidade da superfície mucosa pontos ecogênicos em suspensão UROLITÍASE: renal, ureteral, vesical e uretral incidência de 2,8% com predisposição por raças matriz orgânica + minerais estruvita* (50%), oxalato de cálcio (33%), urato (8%), cistina (1%), silicato (1%)*, mistos (7%) anamnese e sinais clínicos: inflamação, infecção e obstrução polaciúria, hematúria, estrangúria, urina fétida localização duração do problema todos os cálculos vesicais são visibilizados à ultrassonografia ecos hiperecóicos no lúmen vesical sombra acústica (mesmo urato e cistina) sedimento hiperecóico → balotamento COÁGULOS: diagnósticos diferenciais: cistite, urolitíase, traumas, ruptura de bexiga e neoplasias ecotextura mista não formadores de sombra acústica irregulares e móveis NEOPLASIAS: raras: espessamento focal (pode ser generalizado) com ou sem alteração na ecogenicidade pode haver crescimento ecogênico para lúmen hematoma intramural: trauma massa hipoecóica parede espessada RUPTURA DE BEXIGA: trauma, obstruções sinais clínicos: no momento da ruptura → trauma X uremia exames complementares: uretrocistografia retrógrada ultrassonografia: líquido livre bexiga pouco repleta sonda uretral → soro fisiológico estéril posicionamento: sagital ou longitudinal transversal plano dorsal ou coronal características sonográficas dos rins: cápsula renal: fino eco regular hiperecóico cortical: ecogenicidade homogênea (hipo ~baço; hipo ou iso ~fígado) medular: hipoecóica/anecóica → tem + vasos/ductos passando junção corticomedular evidente pelve renal: anecóica seio renal: hiperecóico (gordura) relação córtico-medular → 1:1 tamanho plano longitudinal ALTERAÇÕES RENAIS: nefrolitíase, ureterolitíase e hidronefrose: Varredura dos rins de cães e gatos localização: pelve renal ou ureter eco hiperecóico com sombra acústica diferencial: ecos da gordura na pelve renal obstrução → hidronefrose parcial ou completa tempo de obstrução importante avaliar o grau de dilatação da pelve e o grau de comprometimento do parênquima outras causas: ligaduras, massas extrínsecas, estenose ALTERAÇÕES RENAIS DIFUSAS DA CORTICAL: aumento da ecogenicidade: quadros degenerativos (nefrite glomerular ou intersticial, necrose tubular, amiloidose, doença renal terminal) e vacúolos de gordura em gatos castrados (não relacionados a afecções) comum: perda da definição cortico-medular aumento da espessura cortical alterações no contorno pode haver perda da arquitetura interna redução da ecogenicidade: glomerulonefrite nefrite intersticial aguda neoplasias pielonefrite: inflamação e infecção da pelve e parênquima renais no ultrassom: aumento do tamanho renal aumento da ecogenicidade do córtex e da medula perda da delimitação córtico-medular fibrose renal irregularidade no contorno dilatação da pelve ALTERAÇÕES RENAIS FOCAIS: cistos renais: congênitos ou adquiridos únicos ou múltiplos uni ou bilaterais imagem: estruturas arredondas ecotextura anecogênica localizados em região cortical reforço acústico posterior podem deformar o contorno do rim achado acidental doença renal policística: PKD Persa diferenciais: hematoma, abscessos sem debris, neoplasia com necrose → clínica! -> inflamações -> infiltrado -> + líquido -> quadros degenerativos - aumenta a ecogenicidade, pois tem mais calcificações LESÕES DIFUSAS OU FOCAIS: neoplasia renal: raro em cães e gatos a ecogenicidade depende do tipo de célula presente aumento do volume renal alteração da arquitetura renal linfossarcoma → mais comum no gato adenocarcinoma → mais comum no cão Dictophyma renale: BEXIGA: localização: transcutâneo: distendida, ventral, imediatamente cranial ao púbis transretal: vazia, ventral ao cólon urina ecogênica: cristalúria normal para equinos imagem transretal, transdutor 7,5 MHz conteúdo homogêneo anormalidades: cistite: incomum aumento difuso da espessura parede irregularidades mucosa sedimento: ecos em camadas, deposição em debris urólitos: mais comum: bexiga aumento da espessura da parede eco linear irregular hiperecogênico sombra acústica posterior uretra: obstrução → distensão vesical RINS: técnica: transdutor 2,5 - 5 MHz rim direito: do 4-17 espaço intercostal (ou borda cranial fossa paralombar) rim esquerdo: do 6° espaço intercostal à borda caudal da fossa paralombar mais profundo → + difícil anormalidades: hidronefrose pielonefrite Sistema urinário de equinos alterações difusas: aumento de ecogenicidade diminuição da ecogenicidade alterações focais INDICAÇÕES: principais usos do US em pequenos animais alterações no ciclo estral pesquisa de piometra massas abdominais (abscessos, granulomas e tumores) confirmação e avaliação gestacional avaliação pós-natal técnicas aplicadas à reprodução animal Trato genital feminino - PA ANATOMIA ULTRASSONOGRÁFICA: útero não gravídico: estrutura sólida hipoecóica lúmen discretamente hipoecogênico paredes finas: hipoecogênico internamente e hiperecogênico externamente diferencial de intestino: padrão de parede, ausência de peristaltismo, ausência de padrão gasoso intraluminal tamanho varíavel: estado fisiológico, doença, tamanho do animal ovários: difícil observação, deve haver preparo prévio ANATOMIA ULTRASSONOGRÁFICA: útero não gravídico: estrutura sólida hipoecóica lúmen discretamente hipoecogênico paredes finas: hipoecogênico internamente e hiperecogênico externamente diferencial de intestino: padrão de parede, ausência de peristaltismo, ausência de padrão gasoso intraluminal tamanho varíavel: estado fisiológico, doença, tamanho do animal ovários: difícil observação, deve haver preparo prévio ecogênico homogêneo - isoecóico cortical renal ecotextura variada folículos: anecóicos, paredes finas dificuldades de observação → bursa ovariana e gordura localização: próximo aos rins alta resolução transdutor de alta frequência operador experiente ALTERAÇÕES UTERINAS: piometra: definição: doença polissistêmica aguda ou crônica ocorrendo no diestro com acúmulo de material purulento no interior do útero comum em cadelas de meia idade → risco de 24% até os 10 anos ocorre ocasionalmente em gatas complexo de hiperplasia endometrial cística → piometra P4 estimula as glândulas do endométrio e reduz a atividade do miométrio produção de P4 pelo CL → P4 exógena resposta anormal do tecido glandular uterino: cístico, edematoso, espessado e infiltração por linfócitos e plasmócitos → hiperplasia endometrial cística acúmulo de fluido nas glândulas e lúmen uterino e colonização bacteriana (oportunistas) → piometra no ultrassom: série de estruturas arredondadas hipo ou anecogênicas e com paredes de aspecto variável diâmetro varia de poucos mm até ocupar praticamente todo abdome aluz pode ser anecóica ou hipoecóica, de acordo com a consistência e celularidade do fluido e pode-se notar movimento de debris piometra de coto uterino: pós ovariosalpingohisterectomia pressupõe remanescente de tecido ovariano ultrassom: estrutura tubular conteúdo líquido homogêneo ou heterogêneo pode haver aumento da espessura da parede pode estar irregular consequências importantes! útero gestante: cadela: concepção até 7 dias após o coita (subestima de idade gestacional) meio de diagnóstico mais preciso e precoce 20 dia de gestação → 27° dia pós-coito inócuo para a fêmea e para os fetos utilizações principais: confirmação de gestação viabilidade gestacional e idade gestacional avaliação de viabilidade fetal na distocia distocias: causas maternas: falha das forças expulsivas: inércia uterina lesão uterina torção uterina obstrução do canal do parto: pelve: fraturas, neoplasia, imaturidade tecidos moles: vulva, vagina, cérviz causas fetais: deficiência hormonal: ACTH e cortisol (início do parto) desproporção feto pélvica mau posicionamentofetal → estática fetal Highlight Highlight má apresentação: transversal, lateral, vertical má posição: ventral, lateral, oblíqua má postura: desvio de cabeça ou membros morte fetal é mesmo distocia? → avalie a viabilidade fetal freq. cardíaca no mínimo o dobro da mãe resposta a estímulo peristaltismo (60 a 64 dias → desenvolvimento dos intestinos) líquido amniótico: aspecto quantidade morte fetal: anterior ao dia 25 de gestação: reabsorção completa (geralmente) diminuição da bolsa amniótica diminuição do tamanho do embrião ausência de batimento cardíaco sinais de abortamento após o 35° dia: aumento da ecogenicidade do líquido fetal ausência de batimentos cardíacos ausência de movimentos fetais tecidos fetais mal definidos ecos de gás no interior do feto INDICAÇÕES: diagnóstico precoce de gestação manejo eficiente de prenhez gemelar detectar morte fetal precocemente afecções uterinas como cistos, abscessos, neoplasias afecções ovarianas como estágio do ciclo estral, status dos folículos pré-ovulatórios, desenvolvimento do corpo lúteo e cistos periovarianos ANATOMIA ULTRASSONOGRÁFICA: ovário: formato de feijão fossa ovulatória zona medular interna e zona cortical externa folículo ovariano: anecóico arredondado parede folicular ecogênica corpo hemorrágico → após ovulação → ecogênico útero: corpo: imagem longitudinal cornos: imagem transversal alterações com o ciclo estral: estro: edema → dobras endometriais que se mostram como linhas ecogênicas e anecóicas alternadas de projetando no lúmem → roda de carroça, laranja aparência edematosa começa a diminuir pouco antes da ovulação Trato genital feminino - égua diestro: dobras não bem definidas com ecogenicidade homogênea útero gravídico: gestação precoce → transretal diagnóstico: 9-11 dias pós-ovulação vesícula embrionaría do 6 ao 16 dia → móvel, anecóico arredondado formato triangular do 17 – 21 dia embrião visualizado dia 21 → massa ecogênica no aspecto ventral da vesícula embrionária batimento cardíaco: dia 25 dia 30: alantóide divide concepto ao meio sexagem fetal: entre 59 e 68 dias local do tubérculo genital próximo ao cordão umbilical → macho abaixo da cauda → fêmea gestação após 80 dias → transcutâneo viabilidade fetal características dos fluidos amniótico e alantóideo ANORMALIDADES: folículos anovulatórios hemorrágicos: aumento dos debris ecogênicos próximo momento ovulação → hemorragia pré ovulação partículas continuam: folículo anovulatório causa pouco conhecida infertilidade em 10% dos estros (ciclo não ovulatório) folículos podem: organizar → diferencial neoplasia luteinizar → ecogênicos hidrometra em cabra: também denominada pseudociese etiologia desconhecida → relacionada à persistência/ ocorrência espontânea de corpo lúteo cabras não apresentam estro aumento de volume abdominal: produtores relacionam à prenhez importância: infertilidade temporária com aumento no intervalo de partos alta incidência: 2 – 21% PRÓSTATA - CÃO: posicionamento: órgão que circunda colo da bexiga posição está relacionada ao seu tamanho e à repleção da bexiga extraperitoneal tamanho varia com: idade, maturidade sexual e doença anatomia ultrassonográfica: ecotextura groseira ecogênica homogênea margem lisa e hiperecóica formato: Trato genital masculino plano longitudinal → ovóide, arredondada plano transversal → bilobada linhas ecogênicas centrais: tecido periuretral (eco hilar) cães castrados: pequena e hipoecóica indicações: sinais sistêmicos: febre, anorexia, prostração e dor abdominal anormalidades de defecação: tenesmo, constipação e hérnia perianal sinais de sistema urinário: corrimento uretral, hematúria, disúria e polaciúria sinais locomotores: claudicação dos membros pélvicos anormalidades prostáticas: alta frequência em cães idosos hiperplasia prostática benigna: machos inteiros, > 6 anos, com estímulo androgênico que apresente sinais clínicos ou subclínicos maioria dos casos próstata mantém a ecogenicidade, forma e simetria margem lisa com parênquima homogêneo, mas aumentada de tamanho pode haver cistos de retenção prostatite bacteriana: infecção com diferencial para neoplasia prostática agudas: febre, desidratação, dor, corrimento prepucial, espaços parenquimatosos > 1,5cm, hipoecogênicos, margens irregulares crônicas: assintomático ou com infecção urinária recidivante, parênquima heterogêneo, ______hiperecogênico, pode haver mineralização e gás abscesso prostático cistos prostáticos e paraprostáticos: lesões cavitárias no parênquima prostático paredes finas e definidas conteúdo anecóico ou hipoecóico idosos diferencial de abscesso prostático neoplasias prostáticas: principalmente adenocarcinoma prostático ecogenicidade mista ecotextura variável áreas hiperecóicas focais com sombra acústica sugerem mineralização áreas hipoecóicas sugerem hemorragia ou necrose contorno irregular TESTÍCULOS: anomalias: cão e gatos: criptoquirdismo*, orquite, epididimite, hérnias*, neoplasias*, torção equinos: criptorquidismo, hérnias, orquite*, epididimite*, torção, neoplasia e abscesso anatomia ultrassonográfica: ecotextura densa e homogênea mediastino: linha hiperecoica na região central as margens externas do parênquima são hiperecóicas neoplasias: alterações focais ou difusas ecogenicidade mista ou complexa orquite e epididimite: infeccioso, traumático, auto-imune infeccioso: cão: brucelose, E. coli equino: AIE, Salmonella abortus equi padrão hipoecóico homogêneo aumento de tamanho e contorno pode ficar irregular FUNÇÕES DO BAÇO: reservatório de sangue resposta imunológica → maturação e armazenamento de linfócitos fagocitose → partículas e destruição de eritrócitos ANATOMIA ESPLÊNICA: cápsula parênquima: polpa branca e polpa vermelha irrigação: artéria esplênica ramos veia esplênica → veia porta anatomia no cão e gato: quadrante abdominal cranial esquerdo → hipocôndrio esquerdo localização → caixa torácica X abdômen órgãos adjacentes anatomia no equino: lado esquerdo → entre 17° espaço intercostal caudal a ele → rim esquerdo no US → + ecogênico e homogêneo Baço ANATOMIA ULTRASSONOGRÁFICA: ecotextura densa, granular e homogênea ecogenicidade do baço > fígado >/= cortical renal cápsula hiperecóica vasos hilo INDICAÇÕES: esplenomegalia à palpação massa abdominal à palpação traumas abdômen agudo pesquisa de metástases anemia derrames cavitários ALTERAÇÕES GENERALIZADAS/ ESPLENOMEGALIA: ultrassom: discretamente hipoecogênico ou normal ecotextura pode estar em aspecto rendilhado homogêneo bordas arredondadas tamanho → relação com órgão adjacentes e cavidade abdominal esplenomegalia + ecogenicidade normal ou discretamente hipoecogênica: anestésicos fisiológica na gestação congestão: toxemia, ICC, hipertensão portal, efusão pericárdica, torção esplênica hiperplasia linforreticular: anemia hemolítica imunomediada, trombocitopenias, hemoparasitoses infecciosas e inflamatórias: doenças sistêmicas fúngicas, bacterianas, virais e parasitárias infiltrativas não neoplásicas: hematopoiese extramedular, síndrome eosinofílica dos gatos infiltrativas neoplásicas: pp linfoma esplenomegalia + aumento de ecogenicidade: hiperecogênico, homogêneo e com bordas arredondadas congestão crônica inflamação ou infecção crônica mastocitoma felino doenças mieloproliferativas hematopoiese extramedular ALTERAÇÕES FOCAIS E MULTIFOCAIS: hiperplasia nodular, hematoma, abscessos, neoplasias, calcificação, lesões antigas, necrose/ infartos hematoma: causas: associado a neoplasia traumas distúrbios da coagulaçãp recente: áreas anecóicas antiga: área anecóica + tecidos hiperecóicos → padrão misto abscessos: áreas mistas, hipoecóicas ou hiperecóicas delimitação de contorno únicas ou múltiplas ecos de gás comum líquido livre hiperplasia nodular (benigna/senil): cão nódulos únicos ou múltiplos → áreas de proliferação linfocítica, plamocítica e hematopoiética comum animais mais velhos → 20 a 40% lesões esplênicas ecogenicidade: geralmente hipoecóico, pode estar isoecóico hiperecóico → evolução para fibrose ou calcificação complexo→ necrose para diferenciação: aspirar, histologia, acompanhamento ultrassonográfico (s/ alterações) NEOPLASIAS: são um caso a parte podem se apresentar de maneira difusa: esplenomegalia ecogenicidade pode estar normal, mas disperso nódulos hipoecóicos podem estar presente ou não linfoma: hipo ou hiperecogênico infiltrados malignos (histiocítico, mastocítico): hipoecogênico linfossarcoma: hiperecogênico ou de maneira focal: sarcomas, hemangiossarcomas, linfossarcoma áreas mistas, complexas, hipoecóicas ou hiper comum líquido livre dimensões e contorno INDICAÇÕES: alterações hepáticas baseado no histórico, exame físico, bioquímica sérica (70% do parênquima lesionado) hepatomegalia, massa abdominal, ascite, icterícia, pesquisa de metástase muitos padrões de doenças hepáticas são inespecíficos VARREDURA DO FÍGADO NO CÃO E NO GATO: maior órgão e localização mais profunda: regulagem do equipamento padrão da imagem: parênquima hepático é ecogênico, homogêneo e de textura mediana Fígado círculos anecóicos e estruturas vasculares tubulares vasos com paredes hiperecóicas: veias portais vasos parede não detectável: veias hepáticas artérias hepáticas normais não são visualizadas os ductos biliares intra-hepáticos normais não são visualizados varredura da vesícula biliar: estrutura arredondada e conteúdo anecogênico suavemente margeada por paredes delgadas e o reforço posterior avaliar o tamanho, a superfície, as margens, ecogenicidade e alterações difusas ou focais VARREDURA DO FÍGADO NO EQUINO: lado direito: entre o 6 e 5 EIC lado esquerdo: abdômen ventral cranial do 6 a 9 EIC ANORMALIDADES: alterações difusas (sensível e não específico): tamanho e ecogenicidade, mais difíceis de serem detectadas e não provocam grandes distorções na arquitetura do órgão hepatomegalia + diminuição difusa de ecogenicidade: congestão hepática: dilatação das veias hepáticas e veia cava caudal causas : ICCD, doenças pericárdicas, dirofilariose, insuficiência renal, hérnias encarceradas linfoma hepatite aguda: pode não ter alteração na ecogenicidade causas em cão e gato: toxinas ambientais e fármacos secundária a pancreatite, sepse causas em equinos: larvas de Strongylus aflatoxicose aguda: necrose hepática, fibrose periportal, estase biliar hepatomegalia + aumento difuso ecogenicidade: lipidose hepática: acúmulo de lipídeos hepáticos pp gatos, equinos e cães idiopática: estudos em causas desequilíbrios dieta-metabolismo de proteínas secundária: diabetes melitus (pp gatos), miocardiopatia, neoplasia, pancreatite, PIF e doença renal crônica, aflatoxicose (equinos) sinais inespecíficos, neurológicos e icterícia hepatite crônica linfossarcoma/linfoma: hepatomegalia ou normal microhepatia + aumento difuso da ecogenicidade: cirrose: causas: hepatite crônica (bacteriana, fúngica ou viral), doença inflamatória ____ -> padrão de céu estrelado intestinal crônica, toxinas, e drogas (exposição prolongada) microhepatia margens irregularidades desvios portossistêmicos congênitos: desvio do fluxo de sangue portal ao redor do fígado por vasos anômalos – fígado não realiza depuração de toxinas endógenas ou exógena resultado: crescimento e função deficiente dos hepatócitos desvios: veia gástrica, esplênica ou portal à veia cava caudal sinais: encefalopatia hepática US: Doppler – localização fluxo alterações focais (pouca sensibilidade em equinos): exame de excelência alterações de ecogenicidade ou arquitetura anecogênicas : cistos, abscessos, hematomas e neoplasias hipoecogênicas : hiperplasias, abscessos, hematomas, neoplasias hiperecogênicas : hiperplasia, fibrose, abscessos, hematomas, neoplasias (pp linfossarcoma), calcificação mistas :abscessos, hematomas e neoplasias VESÍCULA BILIAR: parede varia de 1 a 3 mm de espessura transdutor de alta resolução formato variável tamanho/repleção lama biliar : animais idosos, sedentários, obesos, em jejum prolongado ou endocrinopatas animais idosos podem apresentar pólipos (irregularidade e espessamento) em parede alterações da vesícula biliar: espessamento da parede (colangite) litíases (presença de cálculos) obstrução (aumento de volume) mucocele INDICAÇÕES: anorexia hiporexia vômito diarreias dor abdominal traumas anormalidades à palpação abdominal VARREDURA DO TRATO DIGESTÓRIO: é um exame de difícil execução, mas consegue-se avaliar o estômago, o fluxo gástrico e o peristaltismo padrão de imagem: padrão estriado → roda raiada alças intestinais - 3 ou 5 camadas Trato gastrointestinal -> animais em jejum, vesícula cheia parede intestinal tem 2-4mm em cães e 2mm em gatos lúmen: hiperecóico mucosa: anecóica submucosa: hiperecóica muscular: anecóica serosa: hiperecóica ANORMALIDADES: obstrução intestinal: acúmulo de líquido e ingesta peristaltismo aumentado, diminuído ou ausente intussuscepção: intussuscepto (alça encarceirada) e intussuscipiente (alça que encarceira) causas: mobilidade aumentada enterite viral, parasitismo, corpos estranhos local: qualquer segmento obstrução parcial seguida de completa padrão de imagem: imagem em alvo várias camadas concêntricas (cebola) padrão ouro para diagnóstico corpos estranhos: histórico de ingestão de CE sinais clínicos: obstrução parcial x completa (sinais mais agudos e graves) mais oral (alta → mais agudo e grave) ou aboral desidratação anorexia dor abdominal letargia vômito palpação de massa abdominal padrão de imagem; ecogênicos sombra acústica posterior sinais de obstruçãp alça adjacente com dilatação segmentar ou generalizada, com aumento de espessura de parede, acúmulo de líquido e aumento ou diminuição do peristaltismo corpos estranhos lineares*: alças corrugadas, pregueadas, pliçadas alça adjacente com dilatação segmentar ou generalizada, com aumento de espessura de parede, acúmulo de líquido e aumento ou diminuição do peristaltismo diferencial de peritonite e líquido livre doenças inflamatórias: enterite linfocítica-plasmocitária, gastroenterocolite eosinofílica canina, parasitoses hipomotilidade aumento de ecogenicidade da mucosa espessamento generalizado geralmente manutenção das camadas aumento de linfonodos mesentéricos neoplasias: baixa incidência adenocarcinomas, linfomas, leiomiossarcomas e leiomiomas diarreia, vômito, emagrecimento sinais de obstrução parcial ou total, palpação de massas + sinais inespecíficos padrão de imagem: espessamento localizado concêntrico ou não (pode estar generalizado também) perda de definição das camadas lúmen reduzido ausência de peristaltismo no segmento doenças fúngicas: ocorrência baixa, depende da região, principalmente em cães pitiose → Pythium insidiosum diarréia, vômito, emagrecimento sinais de obstrução parcial ou total, palpação de massas, sinais inespecíficos padrão de imagem: granuloma espessamento localizado concêntrico ou não (pode generalizado) perda de definição das camadas lúmen reduzido ausência de peristaltismo no segmento TRATO DIGESTÓRIO EM EQUINOS: indicações: quadros de cólica: decisão entre tratamento clínico ou cirúrgico indicações para cirurgia → aumento excessivo do diâmetro, aumento da espessura da parede, ausência de motilidade varredura abdominal: transcutâneo: início da porção ventral, seguido laterais transretal: avaliação das camadas intestinais estômago: medial ao baço duodeno: medial às porções ventral e caudal do fígado direito cursa caudodorsalmente ao polo caudal do rim direito jejuno: não visibilizado cólon: a seguir sequência de varredura em equinos: anatomia ultrassonográfica: estômago: eco semicircular hiperecóico com sombra acústica → padrão gás ecogênico sem sombra acústica: padrão mucoso anecóico: padrão fluido intestino delgado atividade peristáltica espessura paredes: 2-5mm intestino grosso: aparência saculada, gás anormalidades: vólvulo do intestino delgado: principalmente potros dor aguda rápido padrão de imagem: preenchimento líquido dilatação sem motilidade parede espessadas intussescepção: jejuno-jejuno → pp potros íleo-íleo → pp jovens íleo-celca → pp jovens cecocecal → pp jovens,abdômen ventral direito cecocólica → pp jovens, abdômen dorsal direito padrão de imagem: sinal em alvo encarceiramento nefroesplênico: migração do cólon maior esquerdo dorsal e ventral entre baço e parede abdominal resultado → encarceiramento sobre o ligamento nefroesplênico ausência de visibilização do rim esquerdo (obscurecido sombra) borda dorsal do baço em posição horizontal na fossa paralombar ausência de peristaltismo nem sempre é encarceiramento nefroesplênico também, às vezes, o rim só pode estar mais difícil de ser visualizado impactação cecal: cólica moderada persistente ou intermitente diagnóstico geralmente por palpação transretal padrão de imagem: estrutura intraluminal hiperecoica forte sombra acústica e reverberação ex: compactação por areia → cólon maior achatado contra a parede ventral, perda das saculações normais, ausência ou diminuição do peristaltismo, sombras acústicas em várias direções (característico da areia) Fast Localized Abdominal Sonography in Horses direcionado para pacientes com abdômen agudo pode ser realizado pelo clínico ou enfermeiro treinado rápido (10 a 15 minutos) feito com um transdutor convexo de 3 - 3,5 MHz e álcool uma imagem de cada janela onde se observa líquido livre e/ou dilatação/distensão de alças de delgado SETE JANELAS ULTRASSONOGRÁFICAS: lado esquerdo: 1: abdômen ventral 2: gástrica 3: esplenorrenal 4: terço médio esquerdo do abdômen lado direito: 5: duodenal 6: terço médio direito do abdômen 7 ou T: tórax ventral cranial O QUE AVALIAR: presença ou ausência de líquido livre visualização do rim esquerdo Protocolo FLASH topografia dos segmentos intestinais conteúdo motilidade espessura de parede dilatação da alça intestinal JANELA 1 → ABDÔMEN VENTRAL: posicionar o transdutor caudalmente ao esterno para acessar a área ventral do abdômen, movimentando caudalmente o transdutor JANELA 2 → GÁSTRICA: visualizar o estômago na altura do 10°EIC no terço médio dorsoventral do abdômen e movimentar o transdutor 2-3 EICs cranial e caudal ao 10°EIC JANELA 3 → ESPLENORRENAL: posicionar o transdutor entre o terço médio e dorsal do abdômen na altura do 17°EIC JANELA 4 → TERÇO MÉDIO ESQUERDO DO ABDÔMEN: movimentos livres ao redor do terço médio do abdômen esquerdo JANELA 5 → DUODENAL: posicionar o transdutor no 14-15° EIC direito na parte dorsal do terço médio dorsoventral do abdome JANELA 6 → TERÇO MEDIAL DIREITO DO ABDÔMEN: movimentos livres ao redor do terço médio do abdômen direito JANELA 7 OU T → TÓRAX CRANIAL VENTRAL: posicionar o transdutor no tórax cranial ventral imediatamente causal ao músculo tríceps AFECÇÕES VISÍVEIS: estômago: dilatação → ultrapassa 5 EICs compactação imagem: grande quantidade de líquido seta: artefato promovido pela sonda intestino delgado: vólvulos processos obstrutivos enterite intussuscepção hérnia escrotal (avaliar o escroto) cólon maior: colite deslocamento/torção corpo estranho/enterólito compactação* intussuscepção encarceiramento nefroesplênico ceco: tiflite deslocamento/torção compactação intussuscepção imagem: compactação ceca seta maior aponta para conteúdo denso cabeça da seta aponta para conteúdo líquido seta curta aponta para a parede do ceco cavidade abdominal: líquido livre → exame laboratorial aderências neoplasias abscessos Ultrassonografia musculoesquelética OSSOS: MÚSCULOS: TENDÕES E LIGAMENTOS: tendão: osso → músculo ligamento: osso → osso Revisão anatômica PLANOS DE VARREDURA: longitudinal transversal oblíqua TÉCNICA: frequência dependendo da região/estrutura tricotomia quando possível álcool e gel Técnica ultrassonográfica superfícies ósseas, interface com os tecidos moles indicações: fraturas, osteoartrites, onteocondroses, sinovites, tenossinovites, avaliação de calos ósseos etc regiões não acessíveis ao exame radiográfico (pelve, fêmur, escápula, úmero, cabeça, coluna) fraturas por avulsão avaliação de calo ósseo, reação periosteal, enteseófitos Avaliação ultrassonográfica das superfícies ósseas ecogênico, fibras musculares tecido fibroso circundante: hiperecóico identificação e avaliação da extensão de lesões indicações: seroma hematoma abscessos estiramentos rupturas contraturas atrofia guia para aspirações por agulha fina Avaliação ultrassonográfica dos músculos contornos bem definidos ecogênicos faixas hiperecóicas relativamente homogêneas ao plano longitudinal faixas anecóicas: endotendão, tecido conjuntivo frouxo e vasos pontos hiperecóicos densamente compactados ao plano transversal efusão, ruptura, tendinite, desmite, mineralização Avaliação ultrassonográfica de tendões e ligamentos REGIÃO PODOTROCLEAR: indicações: dor → claudicação de origem no aparelho podotroclear (exame físico, bloqueios ______ Membro distal equino anestésicos) síndrome do navicular: exame de tecidos moles superfícies ósseas do navicular e terceira falange suspeitas de fratura do navicular feridas penetrantes na sola osteoartrite das articulações interfalangeanas o que é analisado: bursa podotroclear TFDP ligamento sesamóideo distal ímpar face flexora do osso navicular coxim digital preparo do paciente: retirada das ferraduras limpeza da sola e do casco imersão do casco em água equipamento: transdutor linear de alta frequência → 7,5 a 10 MHz transdutor microconvexo → 6,5 MHz procedimento: plano palmar distal da quartela (acima dos bulbos dos talões) plano sagital - transcuneal ultrassom: coxim digital homogêneo e hipoecóico TDFP hiperecóico bursa podotroclear com conteúdo anecóico ligamento sesamóideo distal ímpar hipoecóico principais lesões: erosão da fibrocartilagem da superfície flexora: irregularidades bursite alterações tendíneas: rupturas de fibras, aderências, perda do paralelismo das fibras mineralização do ligamento sesamóideo distal ímpar feridas penetrantes de sola: avaliação das estruturas afetas tipo I: somente cório solear tipo II: profundamente para ranilha osteíte, fratura, lesão do TFDP, bursite METACARPO/METATARSO, BOLETO E QUARTELA: são analisados de maneira sistemática (proximal - distal) transdutor linear de alta frequência varredura longitudinal e transversal dividida em áreas uso de stand-off se necessário estruturas muito superficiais tricotomia e gel, podendo-se umedecer a pele com álcool região de metacarpo/metatarso: em amarelo claro: tendão flexor superficial em rosa: tendão flexor digital profundo ligamento acessório (rosa) em amarelo escuro: ligamento suspensório, ramo extensor *notar nas imagens que o tendão flexor superficial e o tensão flexor digital profundo não somem → são os únicos **TFS é mais cranial na imagem do que o TFDP região de boleto (articulação metacarpo/tarso-falangeana): transdutor linear de alta frequência tricotomia e gel varredura: planos longitudinal e transversal, dorsal, lateral, medial, palmar e plantar avaliação de ossos sessamoides e ligamento intersesamóideo afecções: avaliar: margem óssea ecogenicidade das estruturas comprimento/diâmetro alinhamento de fibras presença de efusão tendões e ligamentos: desalinhamento de fibras → hipoecogenicidade core lesions → lesões em núcleo, área central hipoecóica lesões crônicas → hiperecogenicidade, tecido cicatricial infiltrado inflamatório → anecóico articular, bainha tendínea enteseófitos tendinites, desmites, tenossinovites, sinovites região da quartela: superfícies ósseas e articulações: irregularidades proliferação óssea fraturas fragmentos OCD osteoartrites osteocondrites