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Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 1 TEORIA DAS ESTRUTURAS 2 ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS (cálculo dos deslocamentos) E ESTRUTURAS HIPERESTÁTICAS (cálculo das reações de apoio) & (cálculo dos deslocamentos) Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 2 1 - Introdução. As estruturas em geral estão sob a ação das seguintes solicitações reais: A - Peso próprio; B - Carregamento exterior (cargas permanentes, cargas acidentais); C - Efeito da temperatura; D - Deslocamento prescrito (conhecido): D1 - Movimentos dos apoios da estrutura, ou seja, recalques dos apoios; D2 - modificação na posição original da estrutura que ocorre durante a montagem da mesma (um alongamento, um encurtamento); Estas solicitações reais geram esforços internos, ou seja, Forças reais internas (N, Q, M, T) nas estruturas que por sua provocam deslocamentos, ou seja, deformações nas estruturas. No dia a dia as estruturas estão sob o efeito simultâneo destas solicitações reais. Para determinar o deslocamento de uma determinada seção s qualquer de uma estrutura é necessário calcular o deslocamento provocado por cada agente separadamente e em seguida realizar o somatório dos deslocamentos produzidos pelos agentes a fim de determinar o deslocamento final sofrido por esta seção s da estrutura. O cálculo dos deslocamentos em estruturas isostáticas pode ser determinado por meio do Método da Força Virtual Unitária ou Método de Maxwell-Mohr, em homenagem a James Maxwell e Otto Mohr que o desenvolveram em trabalhos independentes, respectivamente, em 1864 e 1874. Este método foi desenvolvido a partir do Teorema ou Princípio das Forças Virtuais. 1.1 - Teorema das Forças Virtuais Este Teorema estabelece que: Considerando em uma estrutura um sistema de forcas equilibradas quaisquer, denominadas Forças Virtuais, o trabalho virtual das forças externas é igual ao trabalho virtual das forças internas. Wext = Wint Lembrete: trabalho Æ W = F. d ∑(Pi . δi) + ∑ (Rj . δij) = ∑ ( x∫ N dδ + x∫ Q dλ + x∫ M dϕ + x∫ T dθ ) (1) i j ∑ - somatório da contribuição de cada barra da estrutura; x - comprimento da barra; Pi - forças virtuais externas, variando de 1 até i; δi - deslocamentos reais onde são supostas as forças virtuais Pi ; Rj - reações de apoio virtuais, variando de 1 até j; δij - deslocamentos prescritos (iniciaisÆ antes da aplicação de uma solicitação qualquer sobre a estrutura) onde são arbitradas as reações de apoio virtuais; N, Q, M, T - forças virtuais internas (Normal, Cortante, Momento fletor e Momento Torçor) ao longo da barra devido à aplicação da externa virtuais; dδ, dλ, dϕ e dθ são os deslocamentos reais relativos associados, respectivamente às forças reais internas ( N, Q, M, T ) que surgem para equilibrar as forças externas reais; Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 3 A resistência dos materiais fornece as seguintes expressões: dδ = N . dx; dλ = Q . dx; dϕ = M . dx; dθ = T . dx (2) EA GAv EI GJ Onde: E - Módulo de elasticidade; A - Área da seção transversal; I - Momento de Inércia da seção transversal; G - Módulo de elasticidade transversal; J - Momento de inércia polar, ou seja, momento de inércia associado a torção da seção; Av - Área efetiva de cisalhamento. Av = A/f, sendo f o fator de cisalhamento relativo ao esforço cortante; A tabela 1 apresenta as propriedades de seção A, Iy, Iz, fy, fz e J para as seções transversais mais usuais. Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 4 Substituindo os termos da equação 2 na equação 1, obtêm-se o teorema das Forças Virtuais sob a forma: Wext = Wint ∑(Pi . δi) + ∑ (Rj . δij) = ∑ (x∫ N.N.dx + x∫ Q.Q. dx + x∫ M.M.dx + x∫ T.T.dx) (3) i j EA GAv EI GJ N, Q, M, T Æ forças internas reais (devido à solicitação real) N, Q, M, T Æ forças internas virtuais (devido à solicitação virtual unitária); 2 - Cálculo dos deslocamentos por meio do Método da Força Virtual Unitária ou Método de Maxwell-Mohr. Inicialmente será apresentada a formulação para determinar o deslocamento de uma seção s qualquer de uma estrutura devido à ação solicitação real: carregamento exterior, posteriormente, as formulações para determinar os deslocamentos provocados pelas demais solicitações reais serão apresentadas, visto que são análogas ao do carregamento exterior. Seja a estrutura da figura 1, submetida ao carregamento indicado, que por sua vez, gera Forças reais internas (N, Q, M, T). Devido a estas forças reais internas a estrutura se deforma, adquirindo a configuração representada em traço-ponto. Modelo sob solicitação real: Modelo sob solicitação virtual: carregamento exterior, onde este força vitual unitária, onde esta carregamento gera: força virtual gera: - forças reais internas: (N, Q, M, T); - forças virtuais internas: (N, Q, M, T); - deslocamentos reais relativos entre - deslocamentos virtuais relativos entre duas seções adjacentes distantes dx: duas seções adjacentes distantes dx: dδ Æ deslocamento axial devido ao N; dδ Æ deslocamento axialdevido ao N; dλ Æ deslizamento devido ao Q; dλ Æ deslizamento devido ao Q; dϕ Æ rotação devida ao M; dϕ Æ rotação devida ao M; dθ Æ rotação devida ao T; dθ Æ rotação devida ao T; Figura 1: Modelo sob solicitação real: Figura 2: Modelo sob solicitação virtual: carregamento exterior Força virtual unitária P2 dx m P1 Pi Pn Δ δ Δ m Δ δ Δ Fu= 1 Configuração original Configuração deformada Configuração original Configuração deformada Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 5 Supondo, para fins de raciocínio, que o deslocamento na direção Δ de um ponto qualquer m da estrutura ilustrada na figura 1 seja determinado, sendo este deslocamento chamado por δ. Utilizando o Teorema das forças Virtuais Maxwell-Mohr propuseram o seguinte procedimento. 1- Considerando uma estrutura, conforme ilustrado na figura 2, tal que ao ser submetida à uma força virtual unitária dada por Fu = 1 na direção do deslocamento do ponto m a ser calculado adquira uma configuração deformada igual a configuração original (quando descarregada) da estrutura da figura1. 2 - Dando-se a todos os pontos da estrutura na configuração deformada ilustrada na figura 2, campo de deslocamentos virtuais ( δ ) exatamente iguais aos deslocamentos reais ( δ ) provocados pela solicitação real, esta assumirá uma configuração virtual deformada igual à configuração deformada da figura 1. δ = δ dδ = dδ Æ deslocamento axial devido ao N; dλ = dλ Æ deslizamento devido ao Q; dϕ = dϕ Æ rotação devida ao M; dθ = dθ Æ rotação devida ao T; Assim aplicando o teorema das forças virtuais à estrutura com as forças e deslocamentos indicados na figura 2, ou seja, utilizando a equação 3, para a estrutura em questão, têm-se: Wext = Wint ∑(Pi . δi) + ∑ (Rj . δij) = ∑ (x∫ N.N.dx + x∫ Q.Q. dx + x∫ M.M.dx + x∫ T.T.dx) (3) i j EA GAv EI GJ Onde para a estrutura da figura 2 devem ser realizadas as considerações a seguir: - Existe apenas uma força virtual unitária (Fu = 1) Æ Pi = Fu - Esta força virtual unitária, gera forças internas virtuais: N = Nu; Q = Qu; M = Mu; T = Tu Assim a equação 3 pode ser escrita da seguinte forma: Fu . δ + ∑ (Rj . δij) = ∑ (x∫ Nu.N.dx + x∫ Qu.Q. dx + x∫ Mu.M.dx + x∫ Tu.T.dx) (4) EA GAv EI GJ A equação (4) traduz matematicamente MÉTODO DA FORÇA VIRTUAL UNITÁRIA, O cálculo dos deslocamentos em estruturas isostáticas é determinado por meio do MÉTODO DA FORÇA VIRTUAL UNITÁRIA ou Método de Maxwell-Mohr, em homenagem a James Maxwell e Otto Mohr que o desenvolveram em trabalhos independentes, respectivamente, em 1864 e 1874. Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 6 No dia a dia as estruturas estão sob o efeito simultâneo de várias solicitações reais: - peso próprio - Carregamento exterior (cargas permanentes, cargas acidentais); - Efeito da temperatura; - Deslocamento prescrito (conhecido): Para determinar o deslocamento de uma determinada seção s qualquer de uma estrutura é necessário calcular o deslocamento provocado por cada solicitação real separadamente e em seguida realizar o somatório dos deslocamentos produzidos a fim de determinar o deslocamento final sofrido por esta seção s da estrutura. Inicialmente será apresentada a formulação pra determinar o deslocamento de uma seção s qualquer de uma estrutura devido à ação do carregamento exterior, posteriormente, as formulações para determinar os deslocamentos provocados pelos demais agentes serão apresentadas, visto que suas formulações são análogas ao do carregamento exterior. 2.1 - Método da força virtual unitária: Efeito de carregamento exterior O deslocamento ( δ ) em uma dada direção, em uma determinada seção s de uma estrutura devido à ação do carregamento exterior é determinado por meio da equação (4), mas fazendo as seguintes considerações: - o objetivo é determinar o deslocamento de uma seção s provocado apenas pela solicitação realÆ carregamento exterior - Desta forma, o termo que considera os deslocamentos prescritos da estrutura podem ser considerado nulo, o que permite escrever: = 0 Fu . δ + ∑ (Rj . δij) = ∑ (x∫ Nu.N.dx + x∫ Qu.Q. dx + x∫ Mu.M.dx + x∫ Tu.T.dx) (4) EA GAv EI GJ Fu . δ = ∑ (x∫ Nu.N.dx + x∫ Qu.Q. dx + x∫ Mu.M.dx + x∫ Tu.T.dx) EA GAv EI GJ Como a força virtual é unitária: δ = ∑ (x∫ Nu.N.dx + x∫ Qu.Q. dx + x∫ Mu.M.dx + x∫ Tu.T.dx) (5) EA GAv EI GJ ∑ - somatório da contribuição de cada barra da estrutura; x - comprimento da barra; M,N,Q, T - forças internas reais ( Momento fletor, Normal , Cortante, Torçor) ao longo da barra devido à ação da solicitação real Æ carregamento exterior; Mu,Nu,Qu, Tu - forcas internas virtuais (Momento fletor, Normal , Cortante, Torçor) ao longo da barra devido à ação da força virtual unitária; E - Módulo de elasticidade; A - Área da seção transversal; I - Momento de Inércia da seção transversal; G - Módulo de elasticidade transversal; J - Momento de inércia polar, ou seja, momento de inércia associado a torção da seção; Av - Área efetiva de cisalhamento; Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 7O valor de Mu, Nu, Qu, Tu ao longo de cada barra da estrutura devido à ação da força unitária é determinado aplicando-se sobre a seção s uma força virtual unitária na direção do deslocamento a ser calculado, conforme apresentado na tabela 2 a seguir: Tabela 2: Escolha do Modelo de força virtual unitária Deslocamento ( δ ) a calcular da seção s Força virtual unitária (Fu) 1 - translação vertical, ou seja, deslocamento linear vertical de uma seção s 2 - translação horizontal, ou seja, deslocamento linear horizontal de uma seção s 3 - rotação, ou seja, deslocamento angular de uma seção s 4 - rotação relativa entre duas barras i e j que concorrem para a mesma rótula 5 - rotação relativa entre duas seções s e s’ de uma mesma barra 6 - rotação absoluta de uma corda AB 7 - rotação relativa de 2 cordas AB e CD 8 - variação do comprimento de uma corda que une 2 pontos A e B Fu=1 s s Fu=1 s Mu=1 i j Mu= 1 Mu Mu s s’ Mu = 1 Mu = 1 A B Fu= (1/L) Fu= (1/L) (AB = L) A B C D Fu1=(1/L1) (AB = L1) (CD = L2) Fu2=(1/L2) Fu1 Fu2 A B Fu=1 Fu=1 Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 8 Para as estruturas usuais (simples), as parcelas devido ao esforço Normal, ao esforço Cortante e ao Momento Torçor podem ser desprezadas, assim a equação (5), que permite calcular o deslocamento de uma seção s qualquer de uma estrutura pode ser simplificada, sendo esta dada por: δ = ∑ (x∫ Mu.M.dx )barra (estruturas de barras em geral: vigas, pórticos) (6) EI Para o caso específico de grelhas, apenas as parcelas devido ao esforço Normal, ao esforço Cortante podem ser desprezadas assim a equação (5), que permite calcular o deslocamento de uma seção s qualquer de uma estrutura pode ser simplificada, sendo esta dada por: δ = ∑ (x∫ Mu.M.dx + x∫ Tu.T.dx)barra (7) EI GJ Exemplo1: Calcule o deslocamento horizontal do ponto B, com e sem a consideração da contribuição do esforço normal e do esforço cortante. Área da seção transversal das barras: A = 134 cm2 = 134x10-4 m2 Momento de inércia da seção transversal: I = 29213 cm4 = 29213x10-8 m4 Área efetiva de cisalhamento: AV = 39 cm2 = 39x10-4m2 Módulo de Elasticidade longitudinal: E = 205 GPa = 205x109 Pa = 205x109 N/m2 Coeficiente de Poisson: υ = 0,3 Módulo de elasticidade transversal: G = E / [2 (1+ υ)] = 78,85 GPa Resolução: 1 - O deslocamento solicitado: Determinar o deslocamento horizontal do ponto B. δB =? De acordo com a tabela 2: deve ser aplicada uma força virtual unitária horizontal em b Æ Caso 2 da tabela 2 2 - Esboçar os diagramas de esforços devido à ação da Força virtual unitária. ΣMa= 0 + Æ Vd . 6,0 - 1,0 . 4,0 = 0 Vd = 4/6 = 0,67 + Σ Fy = 0 Æ Va + Vd = 0 Va = - 0,67 Æ Va = 0,67 d Ha = 1 50 kN 4,0 m a 6,0 m 3,0 m b c Fu = 1 4,0 m a 6,0 m 3,0 m b c d va = 0,67 Vd = 0,67 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 9 3 - Esboçar os diagramas de esforços devido à ação da solicitação real: carregamento exterior. ΣMa= 0 + Æ Vd . 6,0 - 50,0 . 4,0 = 0 Vd = 200/6 = 33,33 KN + Σ Fy = 0 Æ Va + Vd = 0 Va = - 33,33 Æ Va = 33,33 KN 4 - Cálculo do deslocamento horizontal em b (δb =?) δ = ∑ ( x∫ Mu.M.dx + x∫ Nu.N.dx + x∫ Qu.Q.dx + x∫ Tu.T.dx)barra E.I E.A G.Av G.J Parcela do Momento fletor de todas as barras: δΜ = L1∫ Mu1.M1.dx + L2∫ Mu2.M2.dx + L3∫ Mu3.M3.dx = E.I E.I E.I δΜ = 1 . [L1∫ Mu1.M1.dx + L2∫ Mu2.M2.dx + L3∫ Mu3.M3.dx ] E.I Ha = 50 KN 50 KN 4,0 m a 6,0 m 3,0 m b c d va = 33,33 KN Vd = 33,33 KN Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 10 4 6 δΜ = 1 [ + 0∫ (1 . x) (50000. x ).dx + 0∫ (0,67. x) (33330. x ).dx + 0 ] E.I *** Se os momentos estiverem tracionando lados opostos Æ negativo 4 6 δΜ = 1 [ 0∫ 50000.x2.dx + 0∫ 22331,1 . x2.dx ] E.I 4 6 δΜ = 1 [ 50000. 0∫.x2.dx + 22331,1 . 0∫ x2.dx ] E.I δΜ = 1 [ 50000 . (x3/3)|4 + 22331,1 . (x3/3)|6 ] E.I δΜ = 1 . [ 50000 . 21,33 + 22331,1 . 72 ] = 0,04466 m 59886650 Parcela do Normal de todas as barras: δΝ = L1∫ Nu1.N1.dx + L2∫ Nu2.N2.dx + L3∫Nu3.N3.dx = E.A E.A E.A δΝ = 1 . [L1∫ Nu1.N1.dx + L2∫ Nu2.N2.dx + L3∫ Nu3.N3.dx ] E.A 4 3 δΝ = 1 [ + 0∫ 0,67 . 33330 . dx + 0 + 0∫ - 0,67 . (- 33330) . dx ] E.A 4 3 δΝ = 1 [ 0∫ 22331,1 . dx + 0∫ 22331,1 . dx ] E.A 4 3 δΝ = 1 [ 22331,1 . 0∫dx + 22331,1 . 0∫ dx ] E.A δΝ = 1 [ 22331,1 . (x)|4 + 22331,1 . (x)|3 ] E.A δΝ = 1 . [ 22331,1 . 4 + 22331,1 . 3 ] = 4,67x10-5 m 3,35X109 Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 11 Parcela do Cortante de todas as barras: δQ = L1∫ Qu1.Q1.dx + L2∫ Qu2.Q2.dx + L3∫ Qu3.Q3.dx = E.Av E.Av E.Av δQ = 1 . [L1∫ Qu1.Q1.dx + L2∫ Qu2.Q2.dx + L3∫ Qu3.Q3.dx ] E.Av 4 6 δQ = 1 [ + 0∫ 1 .50000 . dx + 0∫ - 0,67 . (-33330) . dx + 0 ] E.Av 4 6 δQ = 1 [ 0∫ 50000 . dx + 0∫ 22331,1 . dx ] E.Av 4 6 δQ = 1 [ 50000 . 0∫dx + 22331,1 . 0∫ dx ] E.Av δQ = 1 [ 50000 . (x)|4 + 22331,1 . (x)|6 ] E. Av δQ = 1 . [ 50000 . 4 - 22331,1 . 6 ] = 4,177x10-4 m 799,5x106 Assim, tem-se o valor do deslocamento horizontal do ponto b: δb = δM + δN + δQ = 0,04466 + 4,67x10-5 + 4,177x10-4 = 0,0451244 m δb = 0,0451244 m ÆO valor positivo indica que o sentido arbitrado para a força virtual unitária está correto, ou seja, o ponto b desloca de fato vale 0,0451244 m para a direita. Æ Analisando a parcela de contribuição de cada esforço no deslocamento total do ponto b tem-se: % δM = δM / δb = 0,04466 /0,0451244 = 98,97 = 99 % do deslocamento total de b. % δN = δN / δb = 4,67x10-5 /0,0451244 = 0,10 = 0,10 % % δQ = δQ/ δb = 4,177x10-4 /0,0451244 = 0,926 = 0,90 % Este resultado demonstra que a contribuição do esforço Normal e do esforço cortante pode ser desprezada para as estruturas usuais. Assim, o deslocamento de b considerando apenas a contribuição do momento fletor vale: δb = 0,04466 = 0,045 m Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 12 Quando se trabalha com estruturas compostas por barras de seção transversal constante e de propriedades constantes, pode-se evitar o desenvolvimento analítico da integral que ocorre na equação (5), conforme visto no exemplo1, adotando-se o procedimento de A. N. Vereshchagin. Neste procedimento o valor da integral é obtido por meio da tabela 3 desenvolvida pelo já referido autor. A tabela 3 apresenta apenas o valor da parcela devido ao momento fletor, uma vez que, já foi demonstrado que para estruturas usuais as parcelas devido ao esforço normal e devido ao esforço cortante podem ser desprezadas. Tabela 3: equações que representam o valor da integral do produto entre o diagrama de momento fletor devido ao agente solicitante (M) e o diagrama de momento fletor devido à força virtual unitária (Mu) L.M.Mu 1/2.L.M.Mub 1/2.L.M.Mua 1/2.L.M.(Mua+ Mub) 2/3.L.M.Mum 1/2.L.Mb.Mu 1/3.L.Mb.Mub 1/6.L.Mb.Mua 1/6.L.Mb.(Mua+2Mub) 1/3.L.Mb.Mum 1/2.L.Ma.Mu 1/6.L.Ma.Mub 1/3.L.Ma.Mua 1/6.L.Ma.(2Mua+ Mub) 1/3.L.Ma.Mum 1/2.L.(Ma+Mb).Mu 1/6.L.(Ma+2Mb).Mub 1/6.L.(2Ma+Mb).Mua 1/6.L[Ma.(2Mua+Mub)+ Mb.(Mua+2Mub)] 1/3.L.(Ma+Mb).Mum 1/2.L.(Ma+Mb).Mu 1/6.L.(Ma+2Mb).Mub 1/6.L.(2Ma+Mb).Mua 1/6.L[Ma.(2Mua+Mub)+ Mb.(Mua+2Mub)] 1/3.L.(Ma+Mb).Mum 2/3.L.Mm.Mu 1/3.L.Mm.Mub 1/3.L.Mm.Mua 1/3.L.Mm.(Mua+ Mub) 8/15.L.Mm.Mum OBS: Se M e Mu de uma barra tracionar lados oposto da barra Æ deve ser inserido o sinal de (-) no inicio da equação obtida na tabela 3. Exemplos: Æ - 1/3.L.Mb.Mub Æ 1/3.L.Mb.Mub Æ 1/3.L.Mb.Mub Æ - 1/3.L.Mb.Mub par. 2º grau Mb Mub Mb Mub Mb Mub Mb Mub Mum Mub Mua Mua Mub Mu M Mb Ma Ma Mb Ma par. 2º grau Mm Mb Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 13 Exemplo2: Calcule a para a estrutura apresentada abaixo os seguintes deslocamentos: a) a rotação relativa do ponto b; b) o deslocamento horizontal do ponto c; E = 205 GPa; υ = 0,3 Módulo de elasticidadetransversal: G = E / [2 (1+ υ)] = 78,85 GPa Resolução: Item a) Área da seção transversal das barras: tabela 1 (A=bh) ÆA = 280 cm2 Momento de inércia da seção transversal: tabela 1 (Iz = bh3/12) Æ Iz = 37333,33 cm4 Área efetiva de cisalhamento: tabela 1 (fz = 6/5) Æ AVz = A/fz = 233,33 cm2 A = 280x10-4 m2; Iz = 37333,33x10-8 m4; AVz = 233,33x10-4 m2 1 - O deslocamento solicitado: Determinar a rotação relativa no ponto b. δb =? De acordo com a tabela 2: deve ser aplicada uma força momento unitária em b. Caso 3 da tabela 2 2 - Esboçar o diagrama de momento fletor Mu devido à ação da Força momento virtual unitária. ΣMa= 0 + Æ Vd . 6,0 + 1,0 = 0 Vd = 1/6 = - 0,167 Vd = 0,167 + Σ Fy = 0 Æ Va + Vd = 0 Va = 0,167 b A A 50 kN 4,0 m a 6,0 m 3,0 m b c d 1ª 2ª 3ª q= 10 kN/m Ha = 0 Mu = 1 4,0 m a 6,0 m 3,0 m b c d va = 0,167 Vd = 0,167 1ª 2ª 3ª A A B B B B A A h = 40 cm b = 7 cm a h b h a b Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 14 3 - Esboçar o diagrama de momento fletor M devido à ação da solicitação real: carregamento exterior. ΣMa= 0 + Æ Vd . 6,0 + 50,0 . 4,0 - R . 2,0 = 0 Vd = -120/6 = -20,0 KN Vd = 20 KN + Σ Fy = 0 Æ Va + Vb = 0 Va = 20,0 KN 4 - Cálculo da rotação relativa do ponto b (δb =?) δb = ∑ ( ∫L Mu.M.dx )barra E.I Parcela do Momento fletor de todas as barras: δb = L1∫ Mu1.M1.dx + L2∫ Mu2.M2.dx + L3∫ Mu3.M3.dx E.I E.I E.I δb = 1 . [ ∑(equações obtidas da tabela 3) ] E.I Utilizando a tabela 3 para obter o valor das integrais: Neste caso apenas a barra 2 contribui para a rotação do ponto b Barra 2: Æ 1/3.L.Ma.Mua δb = 1 . [ 0 + 1/3.L.Ma.Mua + 0 ] = 1 . [1/3 . 6 . 120000 . 1 ] E.I (205x109. 37333,33x10-8) δb = 3,14x10-3 rad Æ lembrete: 2πrad = 3600 ÆO valor positivo indica que o sentido arbitrado para a força momento unitária está correto, ou seja, o ponto b sofre uma rotação de 3,14x10-3 rad no sentido anti-horário. Ha = 10 KN 50 KN 4,0 m a 6,0 m 3,0 m b c d va = 20,0 KN Vd = 20,0 KN R = 40 KN Ma = 120 KN Mua =1 Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 15 Resolução: Item b) 1 - O deslocamento solicitado: Determinar o deslocamento horizontal do ponto c. δc =? De acordo com a tabela 2: deve ser aplicada uma força momento virtual unitária em b. Caso 2 da tabela 2 2 - Esboçar o diagrama de momento fletor Mu devido à ação da Força momento unitária. ΣMa= 0 + Æ Vd . 6,0 - 1,0 . 4,0 = 0 Vd = 4/6 = 0,67 + Σ Fy = 0 Æ Va + Vd = 0 Va = - 0,67 = 0,67 3 - Esboçar o diagrama de momento fletor M devido à ação da solicitação real: carregamento exterior. ** Não será necessário esboçar este diagrama M, uma vez que, este já foi esboçado no item a, desta forma, serão utilizadas as informações deste mesmo diagrama. Ha = 1 Fu = 1 4,0 m a 6,0 m 3,0 m b c d va = 0,67 Vd = 0,67 1ª 2ª 3ª Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 16 4 - Cálculo do deslocamento horizontal do ponto c (δc =?) δc = 1 . [ ∑(equações obtidas da tabela 3) ] E.I Utilizando a tabela 3 para obter o valor das integrais: Neste caso apenas as barras 1 e 2 contribuem para o deslocamento do ponto c Barra 1: + Æ - 1/3.L.Ma.Mua + 1/3.L.Mm.Mb - 1/3. 4. 120000.4 + 1/3.4.20000.4 = - 533333,33 Barra 2: Æ -1/3.L.Ma.Mua -1/3.6.120000.4 = - 960000 δc = 1 . [ - 533333,33 - 960000 + 0 ] = 1 . - 1493333,33 E.I (205x109. 37333,33x10-8) δc = - 0,0195 m = - 19,2 mm ÆO valornegativo indica que o sentido arbitrado para a força unitária está errado, ou seja, o ponto c sofre um deslocamento horizontal de 19,2 mm, porém para a esquerda. Exemplo3: Calcule a para a estrutura apresentada abaixo os seguintes deslocamentos: a) a rotação relativa entre as barras 1 e 2 que concorrem para a rótula b; b) o deslocamento vertical do ponto e; E = 205 GPa; υ = 0,3 Resolução: Item a) Área da seção transversal das barras: tabela 1 (A=hth + 2btb) ÆA = 285 cm2 Momento de inércia da seção transversal: tabela 1 (Iy = b3tb/6) Æ Iy = 21333,33 cm4 Área efetiva de cisalhamento: tabela 1 (fy = A/hth) Æ AVy = A/fy = 125 cm2 A = 285x10-4 m2; Iy = 21333,33x10-8 m4; AVy= 125x10-4 m2 b A A a Ma = 120KN.m Mua = 4 Mb = 120 KN.m Mub = 4 Mub = 4 Mm = 20 KN.m 10 kN 4,0 m a 5,0 m 3,0 m b c d 1ª 2ª 3ª q= 18 kN/m 15 kN 4ª e 3,0 m A A A A B B B B b b = 40 cm h = 50 cm tb th a b h h tb = 2,0 cm th = 2,5 cm Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 17 Item a) 1 - O deslocamento solicitado: Determinar a rotação relativa entre as barras 1 e 2 que concorrem para a rótula b. δb =? De acordo com a tabela 2: deve ser aplicada um par de força momento virtual unitária em torno da rótula b. Caso 4 da tabela 2 2 - Esboçar o diagrama de momento fletor Mu devido à ação do par de Força momento unitária. 1ª ordem: ΣMb= 0 + Æ Vd . 5,0 + 1,0 = 0 Vd = 1/5 = - 0,2 Vd = 0,2 + Σ Fy = 0 Æ Vb + Vd = 0 Vb = 0,2 2ª ordem: ΣMa= 0 + Æ - Ma - 1,0 = 0 Ma = -1 Ma = 1 Mu = 1 Mu = 1 b 3,0 m b c d 2ª 4ª e 3,0 m Vd = 0,2 4,0 m a 5,0 m 1ª 3ª Mu = 1 Mu = 1 b c d e a Q. 1ª ordem Q. 2ª ordem Hb = 0 vb = 0,2 vb’ = 0,2 Ha = 0 va = 0,2 Ma = 1 Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 18 3 - Esboçar o diagrama de momento fletor M devido à ação do carregamento exterior. 1ª ordem: ΣMb= 0 + ÆVd .5,0 - R.2,5 - 15. 8,0=0 Vd = 345/5 = 69 KN + Σ Fy = 0 Æ Vb + Vd = 105 Vb = 36 KN 2ª ordem: ΣMa= 0 + Æ - Ma + 10. 4,0 = 0 Æ Ma = 40 KN.m 4 - Cálculo da rotação relativa entre as barras 1 e 2 no ponto b (δb =?) δb = 1 . [ ∑(equações obtidas da tabela 3) ] E.I Utilizando a tabela 3 para obter o valor das integrais: Neste caso apenas as barras 1 e 2 contribuem para a rotação relativa entre as barras 1 e 2 no ponto b b 3,0 m b c d 2ª 4ª e 3,0 m Vd = 69 KN 4,0 m a 5,0 m 1ª 3ª b c d e a Q. 1ª ordem Q. 2ª ordem Hb = 10 KN vb = 36 KN vb’ = 36 KN Ha = 10 KN va = 36 KN Ma = 40 KN.m R = 90 KN 10 kN q= 18 kN/m 15 kN 10 kN 15 kN Hb’ = 10 KN Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 19 Barra 1: Æ - 1/2.L.Ma.Mu Æ - 1/2. 4. 40000.1 = - 80000,0 Barra 2: Æ 1/6.L.Ma.Mua + -1/3.L.Mm.Mua 1/6. 5. 45000.1 + - 1/3.5. 56250.1 = - 56250,0 δb = 1 . [ - 80000 - 56250,0 ] = 1 . - 136250,0 = - 3,115x10-3 rad E.I (205x109. 21333,33x10-8) ÆO valor negativo indica que o sentido arbitrado para o par de força momento unitária está errado, ou seja, as barras 1 e 2 se aproximam, conforme ilustrado no esquema ao lado. Resolução: Item b) 1 - O deslocamento solicitado: Determinar o deslocamento vertical do ponto e. δe =? De acordo com a tabela 2: deve ser aplicada uma força virtual unitária em e Æ Caso 1 da tabela 2 2 - Esboçar o diagrama de momento fletor Mu devido à ação da Força unitária. 1ª ordem:ΣMb= 0 + Æ Vd . 5,0 - 1. 8,0 = 0 Vd = 8/5 = 1,6 + Σ Fy = 0 Æ Vb + Vd = 1,0 2ª ordem: Vb = - 0,6 ΣMa= 0 + Æ - Ma = 0 Vb = 0,6 Ma = 0 Mb = 45KN.m Mua = 1 Ma = 40 KN.m Mu = 1 Mm = 56,25 KN.m Mua = 1 b 3,0 m b c d 2ª 4ª e 3,0 m Vd = 1,6 4,0 m a 5,0 m 1ª 3ª b c d e a Q. 1ª ordem Q. 2ª ordem Hb = 0 vb = 0,6 vb’ = 0,6 Ha = 0 va = 0,6 Ma = 0 Fu = 1 Fu = 1 Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 20 3 - Esboçar o diagrama de momento fletor M devido à ação da solicitação real: carregamento exterior. ** Não será necessário esboçar este diagrama M, uma vez que, este já foi esboçado no item a, desta forma, serão utilizadas as informações deste mesmo diagrama. 4 - Cálculo do deslocamento vertical do ponto e (δe =?) δe = 1 . [ ∑(equações obtidas da tabela 3) ] E.I Utilizando a tabela 3 para obter o valor das integrais: Neste caso apenas as barras 2 e 4 contribuem para o deslocamento do ponto e Barra 2: Æ 1/3.L.Ma.Mua + -1/3.L.Mm.Mub 1/3. 5. 45000.3 + - 1/3.5. 56250.3 = - 56250,0 Mb = 45KN.m Mub = 3 Mm = 56,25 KN.m Mub = 3 Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 21 Barra 4: Æ 1/3.L.Ma.Mua 1/3.3.45000.3 = 135000,0 δc = 1 . [ - 56250,0 + 135000 ] = 1 . 78750,0 E.I (205x109. 21333,33x10-8) δc = 1,80 x10-3 m = 1,80 mm ÆO valor negativo indica que o sentido arbitrado para a força unitária está correto, ou seja, o ponto e sofre um deslocamento vertical de 1,80 mm para baixo. Exemplo4: Calcule a para a estrutura apresentada abaixo os seguintes deslocamentos: a) a rotação absoluta da corda bc da grelha; b) o deslocamento vertical do ponto c; E = 205 GPa; υ = 0,3 Resolução: Item a) Área da seção transversal das barras: tabela 1 ( A= 2(hth + btb) ) ÆA = 105 cm2 Momento de inércia da seção transversal: tabela 1 ( Iy = b2 (btb + 3hth)/6 ) Æ Iy = 4218,75 cm4 Momento de inércia à torção da seção transversal: 1( J = 2b2h2(tbth)/(btb + hth) ) Æ J = 7714,29 cm4 Módulo de elasticidade transversal: G = E / [2 (1+ υ)] = 78,85 GPa Área efetiva de cisalhamento: tabela 1 (fy = A/hth) Æ AVy = A/fy = 60 cm2 A = 105x10-4 m2; Iy = 4218,75x10-8 m4; AVy = 60x10-4 m2; J = 7714,29x10-8 m4 G = 78,85 x109 N/m2 E= 205x109 N/m2 b h Ma = 45 KN.m Mua = 3 a 3 kN.m a 2,0 m b c b 1ª 2ª q= 8 kN/m 6 kN 1,5 cm B B h 1,0 m 4 kN.m i 1,5 m X Y Z A A b = 15 cm h = 20 cm A A B B b c b h b = 15 cm h = 20 cm 1,5 cm b Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 22 Item a) 1 - O deslocamento solicitado: Determinar a rotação absoluta da corda bc da grelha. δbc =? De acordo com a tabela 2: deve ser aplicado um par de forças virtuais unitárias no ponto b e no ponto c. Caso 6 da tabela 2 2 - Esboçar o diagrama de momento fletor Mu e o diagrama de momento torçor Tu devido à ação do par de forças unitárias. ∑ Tab = 0 + Æ - Fu . 1,5 + Ta = 0 Ta = 1 ∑ Tbc = 0 + Æ Ma = 0 3 - Esboçar o diagrama de momento fletor M e o diagrama de momento torçor T devido à ação do carregamento exterior. + ∑ Fz = 0 Æ Va = 6 + R Æ Va = 18 KN ∑ Tab = 0 + Æ Ta - 4 - R . 0,75 = 0 Æ Ta = 13 KN.m ∑ Tab = 0 + Æ Ma + Va . 2,0 - 6 . 1,0 + 3 = 0 Æ Ma = - 33 KN.m Ma = 33 KN.m a 2,0 m b c 1ª 2ª Fu = 1/1,5 1,0 m d 1,5 m X Y Z Fu = 1/1,5 Va = 0 Ma = 0 Ta = 1 a 2,0 m b c 1ª 2ª R = 12 KN 1,0 m d 1,5 m X Y Z Va = 18 KN Ma = 33 KN.m Ta = 13KN.m 3 kN.m 6 kN 4 kN.mCurso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 23 4 - Cálculo da rotação absoluta da corda bc da grelha (δbc =?) δbc = ∑ (x∫ Mu.M.dx + x∫ Tu .T.dx)barra (7) EI GJ ***Obs: Tu e T Æ são constantes ao longo da barra, isto permite obter: x= Lbarra x∫ Tu .T . dx = Tu . T . x∫ dx = Tu . T. x| = Tu . T. Lbarra 0 x= Lbarra EX: L∫ 5 . 6 . dx = 5 . 6 . L∫ dx = 5 . 6 . x| = Tu . T. Lbarra 0 A contribuição de cada barra em termos de Momento torçor vale: Tu . T. Lbarra GJ A contribuição de cada barra em termos de Momento fletor, conforme apresentado anteriormente é dada a partir Æ equações obtidas da tabela 3 Então, a equação (7) pode ser escrita da seguinte forma: δbc = 1 . [ ∑(equações obtidas da tabela 3) + 1 ∑( Tu. T . Lbarra) ] E.I GJ Utilizando a tabela 3 para obter o valor das integrais: Em termo de momento fletor apenas a barra 2 contribui com a rotação. Já em termo de momento torçor apenas a barra 1 contribui para a rotação. Contribuição em termo de Momento fletor: Barra 2: Æ1/6.L.(2Ma+Mb).Mua + -1/3.L.Mm.Mua 1/6. 1,5.(2.13000 + 4000).1 + -1/3.1,5. 2250.1 = 6375,0 Mb = 4KN.m Mua = 1 Mm = 2,25 KN.m Mua = 1 Ma = 13KN.m Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 24 Contribuição em termo de Momento torçor: Barra1: Tu1 . T1 . L1.= (-13000) . (-1) . 2,0 = 26000 δbc = 1 . [ 6375 ] + 1 . [ 26000 ] = E.I GJ δbc = [ 6375 ] + [ 26000 ] = (205x109. 4218,75x10-8) (78,85x109. 7714,29x10-8) δbc = 5,0x10-3 rad ÆO valor positivo indica que o sentido arbitrado para o par de força unitária está correto, ou seja, a corda bc da grelha rotaciona o sentido horário. Resolução: Item b) 1 - O deslocamento solicitado: Determinar o deslocamento vertical do ponto c. δc =? De acordo com a tabela 2: deve ser aplicada uma força virtual unitária em c Æ Caso 1 da tabela 2 2 - Esboçar o diagrama de momento fletor Mu e o diagrama de momento torçor Tu devido à ação da força unitária. + ∑ Fz = 0 Æ Va = 1 ∑ Tab = 0 + Æ - Fu . 1,5 + Ta = 0 Ta = 1,5 ∑ Tbc = 0 + Æ Ma + 1. 2,0 = 0 Ma = - 2,0 Ma = 2,0 a b c a 2,0 m b c 1ª 2ª Fu = 1 1,0 m d 1,5 m X Y Z Va = 1 Ma = 2 Ta = 1 d Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 25 3 - Esboçar o diagrama de momento fletor M devido à ação da solicitação real: carregamento exterior. ** Não será necessário esboçar este diagrama M, uma vez que, este já foi esboçado no item a, desta forma, serão utilizadas as informações deste mesmo diagrama. 4 - Cálculo do deslocamento vertical do ponto c (δc =?) δc = 1 . [ ∑(equações obtidas da tabela 3) + 1 ∑( Tu. T . Lbarra) ] E.I GJ Contribuição em termo de Momento fletor: Barra 1: trecho(ad): Æ1/6.L. [ Ma .(2Mua + Mub) + Mb .(Mua + 2Mub) ] 1/6. 1,0.[ 33000 .(2.2 + 1) + 15000 .(2 +2.1) ] = 37500 trecho(db): Æ1/6.L.(2Ma+Mb).Mua 1/6. 1,0.(2.15000 + 3000). 1 = 5500 Total da barra 1 : 43000 Mb = 15 KN.m Mua = 2 Ma = 33 KN.m Mb = 3 KN.m Mua = 1 Ma = 15 KN.m Mub = 1 Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 26 Barra 2:Æ1/6.L.(2Ma+Mb).Mua + - 1/3.L.Mm.Mua 1/6. 1,5.(2.13000 + 4000).1,5 - 1/3.1,5. 2250.1,5 = 9562,5 Contribuição em termo de Momento torçor: Barra1: Tu1 . T1 . L1.= (-13000) . (-1,5) . 2,0 = 39000 Rotação absoluta da barra bc: δbc = 1 . [ 43000 + 9562,5 ] + 1 . [ 39000 ] = E.I GJ δbc = [52562,5 ] + [ 39000 ] = (205x109. 4218,75x10-8) (78,85x109. 7714,29x10-8) δbc = 0,0125 m = 12,5 mm ÆO valor positivo indica que o sentido arbitrado para a força unitária está correto, ou seja, o ponto c da grelha desloca verticalmente para baixo 5,8 mm. Mb = 4KN.m Mua = 1,5 Mm = 2,25 KN.m Mua = 1,5 Ma = 13KN.m a b c Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 27 1 Lista de exercícios: 1) Calcule para a estrutura apresentada abaixo a rotação do ponto d. Considerar concreto de módulo de elasticidade igual a 21GPa. 2) Determine o deslocamento vertical do ponto c da estrutura esquematizado na figura abaixo. Considerar módulo de elasticidade igual a 205 GPa. 3) Determine o deslocamento vertical do ponto c do pórtico esquematizado na figura abaixo, sendo E= 25 GPa. 4) Calcule para a estrutura apresentada abaixo os seguintes deslocamentos: a) a rotação do ponto a; b) o deslocamento horizontal do ponto b; E = 205 GPa; υ = 0,3 h b 3,0 m 1,5 m b a 1ª 5,0 m b c d a 2,0 m 3,0 m 20 KN. m 50 KN q = 30 KN/ m q = 20 KN/ m 1ª 2ª 3ª A A h A A h = 30 cm b = 40 cm b 1,5 m c d 2,0 m q = 10 KN/ m 3ª A A b A A h = 100 cm b = 15 cm 2ª 1,5 m 3,0 m b c d a 2,0 m 5,0 m q = 30 KN/ m 10 KN.m 1ª A A b A A h 3,0 m e 2ª 3ª 4ª A A a 2 kN 4,0 m a b c 1ª 2ª 3ª q= 9 kN/m d 4,0 m A A A A B B B B h a h 1,5 cm b = 15 cm h = 60 cm b b th = 1,5 cm b = 15 cm h = 40 cm tb = 1,5 cm tb Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 28 5) Determine o deslocamento horizontal do ponto d da estrutura apresentada abaixo. Considerar concreto de módulo de elasticidade igual a 27 GPa e υ = 0,2. 6) Calcule para a estrutura apresentada abaixo os seguintes deslocamentos: a) a rotação relativa entre as barras 2 e 4 que concorrem para a rótula c; b) o deslocamento horizontal do ponto f; E = 205 GPa; υ = 0,3 7) Calcule para a estrutura apresentada abaixo o deslocamento vertical do ponto a. E = 26 GPa; υ = 0,2 f d A A A a 15 kN 4,0 m 5,0 m b c e 1ª 2ª 3ª q= 10 kN/m 4ª d 5,0 m A A A A B B B B h 1,0 m a a h h = 70 cm b = 15 cm b 4,0 m a 4,0 m a b c 1ª 2ª 3ª q= 10 kN/m e 3,0 m A A B B t = 2,0 cm d = 50 cm 3,0 m q= 15 kN/m 5ª 4ª A a d B B b d 4,0 m X Y Z q = 30KN/m 30 KN 3,0 m 3,0 m 29KN. m 18 KN. m 30 KN a 1ª b c d 2ª 3ª h b A A h = 100 cm b = 20 cm A A Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 29 8) Calcule para a estrutura apresentada abaixo o deslocamento vertical do ponto c. E = 205 GPa; υ = 0,3 9) Calcule para a estrutura apresentada abaixo a rotação da corda cd. E = 26 GPa; υ = 0,2 10) Calcule para a estrutura apresentada abaixo a rotação relativa entre as cordas ab e cd. E = 205 GPa; υ = 0,3 b 1,5 m X Y Z q = 3 KN/m 2 KN 2,0 m 2,0 m 4 KN. m a 1ª c d 2ª 3ª b h A A A A 2,0 m X Y Z q = 6KN/m 7 KN 5,0 m 2,0 m 8 KN. m a 1ª b c d 2ª 3ª d d A A A A 4,0 m X Y Z q = 7 KN/m 6 KN 3,0 m 4,0 m 8 KN. m 3,5 KN a 3ª b c d 2ª 4ª b h A A A A 4 KN d = 60 cm b = 35 cm h = 45 cm 5 KN. m e 2,0 m b = 30 cm h = 35 cm tb 1ª tb = 2,0 cm th = 2,5 cm th Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 30 2.2 - Método da força virtual unitária: Efeito de temperatura Seja a estrutura composta por elementos de barra reta de altura h representada na figura 3 em que se impõe a variação de temperatura te na “face” ou “fibra” externa ou superior da barra e a variação de temperatura ti na “face” ou “fibra” interna ou inferior da barra. Ao longo da altura h da seção das barras da estrutura, a variação de temperatura possui uma lei de comportamento linear. Figura 3: estrutura sob o efeito de temperatura Considerando a barra livre sem vínculos externos e acréscimos de temperatura, a barra se expande longitudinalmente e flete com uma curvatura que pode ser voltada para cima ou para baixo, conforme ilustrado na figura 3. Sendo α o coeficiente de dilatação térmica do materiale dx a distância entre duas seções adjacentes, estas por sua vez, adquirem um deslocamento relativo composto de duas partes: a) deslocamento relativo axial (longitudinal): dδ = α.tg.dx (8) b) rotação relativa entre essas seções: dϕ = [ α(ti - te)/h ].dx (9) O deslocamento (δ) em uma dada direção, em uma determinada seção s de uma estrutura devido à ação da temperatura é determinado por meio da equação (1), mas fazendo as seguintes considerações: ∑(Pi . δi) + ∑ (Rj . δij) = ∑ ( x∫ N dδ + x∫ Q dλ + x∫ M dϕ + x∫ T dθ ) (1) i j - o objetivo é determinar o deslocamento de uma seção s provocado apenas pela solicitação realÆ efeito da temperatura - Desta forma, o termo que considera os deslocamentos prescritos da estrutura podem ser considerado nulo, o que permite escrever: = 0 ∑(Pi . δi) + ∑ (Rj . δij) = ∑ ( x∫ N dδ + x∫ Q dλ + x∫ M dϕ + x∫ T dθ ) i j ∑(Pi . δi) = ∑ ( x∫ N dδ + x∫ Q dλ + x∫ M dϕ + x∫ T dθ ) (10) i s s α.te.dx h dx C. G. h ti te α.ti.dx α.tg.dx C. G. = centro geométrico da seção, ou seja, o centróide da seção tg = temperatura no centróide da seção dx dθ h te ti ti > te te ti te > ti te = temperatura na fibra externa ou superior ti = temperatura na fibra interna ou inferior Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 31 Onde de forma semelhante ao estabelecido no item 2.1, devem ser adotadas as seguintes considerações: - Existe apenas uma força virtual unitária (Fu = 1) Æ Pi = Fu - Esta força virtual unitária, gera forças internas virtuais: N = Nu; Q = Qu; M = Mu; T = Tu Assim a equação (10) pode ser escrita da seguinte forma: Fu . δ = ∑ ( x∫ Nu dδ + x∫ Qu dλ + x∫ Mu dϕ + x∫ Tu dθ ) (11) Como a força virtual é unitária: δ = ∑ ( x∫ Nu dδ + x∫ Qu dλ + x∫ Mu dϕ + x∫ Tu dθ ) (12) Para determinar o deslocamento de qualquer seção de uma estrutura usual (simples) sob o efeito de carregamento exterior foi apresentado e demonstrado no item 2.1 que; - As parcelas devido ao esforço Normal, ao esforço Cortante e ao Momento Torçor podem ser desprezadas, o que permitiu estabelecer a equação (6), apresentada novamente a seguir: δ = ∑ (x∫ Mu.M.dx )barra (estruturas de barras em geral: vigas, pórticos) (6) EI Entretanto, no caso de estrutura usual sob o efeito de temperatura, além da contribuição do Momento fletor tem-se também a contribuição significativa do esforço normal, o que permite escrever a equação (12) da seguinte forma: δ = ∑ ( x∫ Nu dδ + x∫Mu dϕ ) (13) E finalmente substituindo as equações (8) e (9) na equação (13) obtém-se a equação que permite calcular o deslocamento de qualquer seção de uma estrutura usual sob o efeito de temperatura, a qual é dada por; dδ = α.tg.dx (8) dϕ = [ α(ti - te)/h ].dx (9) δ = ∑ ( x∫ Nu . α.tg.dx + x∫Mu . [ α(ti - te)/h ].dx ) Como, α, tg, te, ti são constantes ao longo das barras, e para barras com h constante este termos podem sair da integral: δ = ∑ (α.tg . x∫ Nu .dx + [ α(ti - te)/h ]. x∫Mu . dx ) Na equação acima as integrais x∫ Nu .dx e x∫Mu . dx se identificam como o valor das áreas dos diagramas de esforço normal e de momento fletor das barras da estrutura sob a ação da força virtual unitária, assim a equação anterior pode ser escrita da seguinte forma: δ = ∑ (α.tg . ANu + [ α(ti - te)/h ] . AMu ) (14) Se as barras não tiverem seção constante, o deslocamento de uma seção qualquer da estrutura é dado por: δ = ∑ (α. x∫ tg. Nu .dx + [ α(ti - te)]. x∫Mu/h . dx ) (15) Curso: Engenharia Civil; Prof: Marcos Vinicios Disciplina: Teoria das Estruturas 2 32 Para o emprego das equações (14) e (16), as seguintes convenções de sinais serão adotadas: Nu Æ (+ ), barra tracionada; Nu Æ ( - ), barra comprimida; Mu Æ (+ ), fibras internas e inferiores tracionadas; Mu Æ ( - ), fibras externas e superiores tracionadas; Exemplo5: Calcule para a estrutura devido aos acréscimos de temperatura apresentados abaixo os seguintes deslocamentos a) a rotação do ponto a. b) o deslocamento horizontal do ponto c. E = 205 GPa; υ = 0,3; α = 1,2x105/0C; Resolução: Item a) 1 - O deslocamento solicitado: Determinar a rotação relativa no ponto a. δa =? De acordo com a tabela 2: deve ser aplicada uma força momento unitária em a. Caso 3 da tabela 2 2 - Esboçar os diagramas de esforço normal Nu e de momento fletor Mu devido à ação da Força momento virtual unitária. ΣMa= 0 + Æ Vb . 6,0 + 1,0 = 0 Vb = 1/6 = - 0,167 Vb = 0,167 + Σ Fy = 0 Æ Va + Vb = 0 Æ Va = 0,167 x= 5+tg -50C A ti =+15 0C Fibras internas Fibras externas + ÅM M Æ + M Æ + M Æ - M Æ - - Å M b A A 50 kN 4,0 m a 6,0 m 3,0 m b c d 1ª 2ª 3ª q= 10 kN/m Ha = 0 Mu = 1 4,0 m a 6,0 m 3,0 m b c d va = 0,167 Vb = 0,167 1ª 2ª 3ª A B B B B A A h = 40 cm b = 7 cm a h b h a b te = - 5 0C 150C tg = ? 5+15 = 20 h h/2 h/20 = (h/2)/x x = (h/2) . (20/h) x = 20/2 = 10 x = 5 + tg Æ tg = x - 5 = 10 - 5 = 5 tg = 50C C.G. Fibras inferiores + ÅM M Æ - Fibras superiores
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